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História Meu dentista favorito - Desejos e sequestros


Escrita por: RichWP

Capítulo 19 - Desejos e sequestros


Fanfic / Fanfiction Meu dentista favorito - Desejos e sequestros

Nós somos movidos por nossos desejos. Eles nos fazem executar o possível e o impossível para que sejam realizados. Numa análise mais profunda, podemos dizer que eles nos escravizam: passamos a vida inteira executando afazeres a fim de saciá-los, dar vida a eles, não deixar que sejam esquecidos e decepcionados. Nossos desejos representam o que nós somos, o que vivemos, e o que necessitamos. Aqueles que acabam decidindo por não realizá-los, vivem infelizes e monótonos. Para quê sobreviveremos se não houverem motivos para viver

Eu me encontrava agora, num ponto da minha vida em que meus desejos eram saciados assim que possível, pois eles eram desejos simples. Não simples para qualquer um, mas simples para mim. Tudo o que desejava na infância acabou sumindo. Todos os desejos e sonhos mudaram. Agora não queria morar em uma casa feita de chocolate ou ficar acordado para sempre e poder assistir desenhos animados até o fim de minha vida, agora eu queria ele. Minhas vontades eram representadas por ele. Ele representava tudo aquilo que quis ter um dia. Jamie não era apenas o meu namorado; era o amor da minha vida. Por quanto tempo seria ele, não sei, mas o importante é que, enquanto estivesse com ele, iria realizar desde meus desejos mais simples e doces até os mais complexos e sombrios. 

O que sentia por ele, agora estava num ponto em que nada do que dissesse e fizesse iria afastá-lo de mim. Absolutamente nada. 

Logo após Jamie lavar a louça e eu, secar, enquanto Bruna e Jane arrumavam-se para uma festa (a qual eu nem sabia que iria acontecer), sentei-me à mesa e comecei olhar as últimas mensagens que recebi. Minha mãe havia mandado, no mínimo, umas 50 mensagens perguntando se tudo havia ocorrido bem e se eu estava bem. Se decidisse perder tempo respondendo tudo o que ela mandou, ficaria umas 5 horas no telefone escrevendo, então achei mais simples ligar. O problema foi que eu não sabia fazer chamadas sendo que minha mãe estava agora em outro país, então Jamie,  que nem mesmo esperou que eu pedisse ajuda, tomou o celular da minha mão e discou os números. 

- Você é muito prestativo. - Falei, fazendo graça. Jamie riu. 

 Você não imagina o quanto. - Ele disse, me fazendo corar. 

Minha mãe atendeu o telefone antes mesmo do primeiro toque soar:

- Filho! Até que enfim. Você resolve viajar com um cara que nem conhece direito, duas amigas que até loucas são e nem dá notícias? 

- Calma mãe, eu só cheguei há algumas horas. Mas está tudo ocorrendo bem. O que você está fazendo aí? - Perguntei, distraindo-a do nervosismo.

- Ah, estou pensando se devo te contar uma coisa. 

- AHHHHH, VOCÊ NÃO VAI ME FAZER IMPLORAR PARA QUE CONTE, NÉ?

- Não vou torturar você. Então, é o seguinte, seu pai mora em Londres. Como você está aí, pensei que talvez resolvesse visitá-lo ou algo assim. 

- QUÊ? Você está delirando, né mãe? O cara nunca mais procurou por mim, mesmo sabendo da minha existência e você acha que eu vou querer visitá-lo? 

- É só uma sugestão. Não estou dizendo que você quer nada. Mas tens certeza? E se ele estiver à beira da morte ou alguma coisa assim?

- Não me diga que ele está com câncer. 

- Ele está com câncer. 

- Ótimo! Eu não gosto de gente doente, mãe. - Falei, tentando quebrar o clima pesado e fazendo ela rir. 

- Seja mais sensato. Mas entenda que não estou obrigado você a nada. Só estou alertando-o.

- Sabe que eu nem sinto pena dele? Mas e aí, como você descobriu que ele está com câncer?

- Ele me ligou, chorando, implorando para que eu levasse você até ele. 

- Coitado. Mal sabe ele que se você estivesse comigo em Londres, só iria me afastar ainda mais dele. 

- Concordo com você. Nunca confiei no seu pai. Talvez ele nem esteja com câncer e essa seja apenas uma desculpa para te ver. 

- Sabe o que eu vou fazer? Vou levar o Jamie, beijar ele na frente desse homem que diz ser meu "pai" e fazê-lo infartar de vez. Imagina só? Descobrir assim, de cara, que o filho é gay? Deve ser uma delícia. 

- Faça isso. Deve ser realmente uma delícia. Queria estar aí para ver. Mas enfim, você vai ou não vai?

- Vou pensar no assunto. Você me manda uma mensagem, com o endereço dele, caso eu decida ir até lá? 

- Claro, meu bem. 

- Ah, e como é mesmo o nome dele? - Já sabia o nome, mas perguntei, só para fingir que nem me lembrava dele direito.

- Herbert Canalha Montanez. - Eu ri.

- Mãe, você é má. Muito má. Eu te amo. 

- Oh, bebê. Eu sei, obrigado. Eu também amo você. Cuide-se. - Desligou. Dei uma enorme gargalhada por ela ter levado o adjetivo má como um elogio.

- Então o seu pai mora aqui, em Londres? - Perguntou Jamie.

- Prefiro que nós não conversemos sobre isso, OK? - Pedi e ele concedeu. - E então, tirando a parte de roubar bancos, o que iremos fazer esta noite? - Perguntei para mudar completamente o assunto.

- Seja o que for, aquelas duas lá em cima estarão preparadas. - Jamie estava sentado no sofá da sala de estar, então fui até o sofá e sentei no seu colo. Ele pousou as mãos sobre minhas coxas e disse: - Se você continuar me provocando, talvez nós passemos a noite inteira na cama. 

- Não. Por hoje já fizemos o suficiente. 

- Não o suficiente para mim. - Ele disse, com um sorrisinho no rosto. 

- Então, o que acha de transarmos em algum lugar arriscado? Sempre foi uma das minhas maiores fantasias. - Eu disse, tentando ser sensual. 

- Nós podemos ir na London Eye, esperar chegar lá em cima e transarmos lá mesmo. O que acha? - Não pude deixar de achar a ideia brilhante e, ao mesmo tempo, engraçada. 

- Acho que você pega pesado. - Ele gargalhou. - Mas agora, falando sério mesmo, nós estamos em Londres. Deve haver alguma coisa legal, interessante e aventureira para fazer. 

- Você quer adrenalina? Então vamos visitar minha mãe. Será um dos maiores desafios da sua vida. 

- Não. Não me sentiria à vontade para isso agora. Talvez, se estivesse bêbado. - Desviei de suas ideias.

- Nós podemos ir numa festa rave. Só teríamos que cuidar para que Bruna e Jane não fossem sequestradas. - Ele estava falando sério. Pensando bem, não era uma má ideia. Provavelmente nós voltaríamos para casa caindo de bêbados, ou drogados, dependendo da situação. 

- Bruna e Jane vão aceitar e eu aceito, mas você vai ter que andar me carregando no seu colo. 

- Você tem medo? - Ele perguntou, preocupado. 

- Não. Na verdade, vou ficar bêbado muito rápido, então, vai ter me carregar no seu colo. 

- Será um prazer. - Ele deu um sorrisinho de canto. 

- Bem, e caso você fique drogado muito rápido, eu também posso te carregar no colo. 

- Você não conseguiria. - Ele disse rindo. 

- É claro que conseguiria. Olha o tamanho dos meus bíceps. - Falei enquanto arremangava a camiseta e fazia força. 

- Então me pega no colo, aqui e agora. - Jamie me desafiou. 

Levantei e puxei Jamie para que ficasse de pé e assim que ficou, me abaixei para ter acesso as suas pernas, então agarrei-as e coloquei-as uma de cada lado da minha cintura. Jamie ficou alto até demais daquele jeito: sua boca batia na minha testa. Mas num movimento rápido, ele abaixou a cabeça e alcançou a minha boca. A bunda dele encaixava no meu pau, então não pude evitar uma ereção. Continuamos a nos beijar, então, deitei-o no sofá sem que desfizéssemos a posição, e ele me apertava cada vez mais, me puxando e fazendo com que meu pau quase rasgasse a calça de tão duro que estava. Jamie era maior que eu, mas de qualquer jeito, quando estava naquela posição, senti como se fosse eu o dominador. 

Mas todo o prazer foi interrompido quando Bruna e Jane sentaram no sofá que ficava de frente para o nosso e começaram a conversar sobre a cena: 

- Nossa, que delícia. Queria ser viado. - Bruna disse. 

- Olha, eu não sei o que eles estão fazendo de roupa ainda. - Jane falou. 

O problema foi que, eu e Jamie só percebemos que elas estavam lá quando elas deram uma risada alta. Desfizemos-nos um do outro no mesmo momento e fingimos que nada aconteceu. Meu coração estava batendo a mil e minha respiração estava ofegante como nunca. Aquilo que havia acontecido entre nós, foi ao mesmo tempo estranho e gostoso. 

- E então, quando vocês dois vão parar de se pegar e vão se arrumar para a festa? - Jane falou, enquanto enrolava uma mexa do cabelo nos dedos. Comecei a prestar atenção no visual das duas e então me toquei de como elas estavam lindas:

- Nossa! Vocês capricharam, hein. - Falei enquanto ia até a cozinha tomar um copo d'água. 

- É. Vocês também. Tenho que confessar que fiquei excitada. - Bruna falou, fazendo Jamie rir alto. 

- Mas então, em que festa nós vamos? - Perguntei, sabendo quais seriam as respostas. 

- Ué, vocês não decidiram ainda? - Jane perguntou, apavorada. 

- Nós vamos em uma festa rave. - Jamie falou, fazendo as duas rirem. - Eu não estou brincando. - Elas ficaram sérias de repente. 

- Pera aí, vocês estão loucos? Vamos a uma festa normal. Uma festa rave pode ser muito arriscada. 

- Sem falar que nem prontos vocês estão e querem decidir para onde iremos? Ah, fala sério né. - Falou Bruna, fazendo gestos engraçados. Jamie riu. 

- OK. Então vocês decidem. - Jamie disse, com um ar irônico e desafiador. 

- Está certo então. - Falou Jane, aceitando o desafio. - Vocês vão ir na melhor festa das suas vidas. 

- Impossível. A melhor festa das nossas vidas já aconteceu. Lembra, Jamie? - Falei, sendo manhoso e amoroso.

- É claro que me lembro. Não faz nem um mês. - Nós dois rimos. 

- E foi ou não a melhor festa da sua vida? - Perguntei, sendo curioso e inseguro. 

- Com certeza. Mas talvez uma festa em que você não esteja bêbado e nós dois não estejamos loucos para transar um com o outro seja melhor. 

- Loucos para transar um com o outro nós estamos sempre. - Falei baixinho no ouvido dele. Ele riu e concordou. 

- Bem, - Jamie disse, levantando e me levando junto. - nós vamos nos arrumar enquanto vocês decidem uma festa maravilhosa para ir. 
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Duas semanas depois: 

- Então, Sr. Herbert Montanez e Sr. Jamie James, precisamos que nos contem detalhadamente o que estavam fazendo na noite em que Bruna, Jane e Richard foram sequestrados. - Falava o detetive, no interrogatório, a fim de descobrir pistas e se algum dos dois homens sentados a sua frente era culpado. 
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JORNAL DE LONDRES: DAILY MAIL

"Jamie James, o homem que fora visto em fotos em redes sociais juntamente com Jane Reynolds, Bruna Casmuty e Richard Rolden está sendo investigado por ser o único do grupo a não ser sequestrado. Herbert Montanez, pai de Richard e ex-marido de Elizabeth Rolden, está sendo investigado por possuir três chamadas de conversação de cinco minutos cada no celular de Richard. 

O último local de que se tem notícia das vítimas, é uma das festas mais imponentes de Londres. Acontece uma vez a cada ano e somente pessoas da elite de Londres comparecem. O Sr. James, um dos suspeitos, estava tendo um caso com uma das vítimas, que era Richard. Jamie James possui contas extensas em diversos países, o que nos leva a pensar que, para que comparecessem a festa, as vítimas dependiam do Sr. James. 

Herbert Montanez, não via o filho desde sua infância e não possuiu nenhum tipo de contato com o primogênito durante 14 anos e naquela noite, conversou com o filho. Com certeza, esse é um dos suspeitos mais sujeito a ter realizado o sequestro. 

As mães das Srtas. Reynolds e Casmuty e do Sr. Rolden já foram interrogadas. Estão desamparadas e não possuem qualquer relação com o crime. 

Há uma chamada de telefone em que Elizabeth Rolden e Richard Rolden conversam sobre o pai estar morando em Londres e essa ser uma ótima oportunidade para visitá-lo, pois ele parece estar no fim de sua vida. O Sr. Montanez já entregou exames e provas de que recentemente está sofrendo de leucemia. 

O Sr. James já alegou não possuir nenhum envolvimento com o crime, embora tenha sido o responsável por cuidar dos jovens na noite de 11/09/2015. O Sr. James têm custeado os melhores detetives que existem e oferece uma recompensa de US$ 10.000.000,00 para que os sequestradores libertem as vítimas ou para quem encontre-as. 

A polícia continua buscando provas e analisando todos os pequenos detalhes da noite do ocorrido e em breve, encontrará as vítimas, estejam elas vivas ou mortas. 

O Jornal Daily Mail deseja conforto para as mães e deseja que seus filhos sejam encontrados vivos e bem."
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Duas semanas antes: 

Após Jamie me conduzir pelas mãos até o quarto, me sentei na cama e comecei a desarrumar a mala, procurando alguma roupa esplendorosa para aquela noite, pois ela seria, com certeza, marcante. Minhas duas melhores amigas, eu e meu namorado, juntos, em Londres! Nada parecia ser mais divertido para mim.
 

 



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