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História Meu Dramático Drama e Sua Comédia Contagiante - Terceiro e Último


Escrita por: OoArabellyoO

Notas do Autor


Obrigadinha por lerem até aqui!

Não sei mais o que escrever...

Capítulo 3 - Terceiro e Último


Fanfic / Fanfiction Meu Dramático Drama e Sua Comédia Contagiante - Terceiro e Último

      Ano 1977, 02/09

Duas e trinta da madrugada

 -Posso saber o que o mocinho estava fazendo essa hora da matina na rua? –Indagou-me assim que me sentei ao seu lado no sofá. –Mamãe sabe que você saiu? Você por acaso sempre sai essa hora garoto? Você vai ficar muito ferrado.

 -Vou é?! Vai você. Contarei a nossa mãe o que você estava fazendo. Contarei também sua fúria e covardia contra o animalzinho de estimação da cliente mais privilegiada. Seus amigos e você sim ficarão ferrados. –Revidei- cala a boca e me deixa dormir.

 -Jungkook... Irmão, me desculpa eu só queria que nós nos aproximássemos mais, estamos muitos distantes... –O olhei já em pé, pronto para ir ao meu quarto. –Que trouxa! –Desatou a rir- você acreditou?

 -Vai catar coquinho! Vou deitar, passar bem. –Bati a porta de meu quarto e deitei na cama. Me preocuparia em tomar banho amanhã pela manhã.

 Como prometido e almejado tomei banho assim que levantei. Relaxei bastante enquanto me banhava preocupado apenas se meu irmão tinha aberto o bico e papagaiado algo que não deveria.

 Mesmo sendo maior de idade isso não impediu minha mãe de me colocar de castigo há um ano. Ficar restrito das únicas coisas que gosto é definitivamente horrível.

 -Filho. Chegou uma carta para você! –Disse assim que adentrei a sala- o destinatário é... Tae... Menino! –Tirei a carta de sua mão.

 -Obrigado. -Sussurrei.

 “ Olá amorzinho!

   Preciso de você hoje, vamos nos encontrar?

  Não sei por que lhe perguntei, sendo que você é obrigado a vir.

  KKKKKKKK- isso foi uma risada, gostou?

Me encontrará na Boutique do Pãozinho, na loja do Antonildo Resende, as cinco da tarde.

     Beijinhos,                                                                        

Kim Taehyung.”

 O que ele quer comigo?

 Kim Taehyung, ainda te enforco em algum varal qualquer.

 

                                                                                    ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

                     Ano 1977, 02/09

   Quatro e cinquenta e nove da tarde

 Cheguei à boutique no horário certo para não demorar a voltar para casa. Tae me esperava sentado na mesa, folheando um jornal qualquer.

 -O que você quer? –Objetei.

 -Um café, e você? –Suspirei- garçom! Traga dois cafés e uma cumbuca cheia de pão de queijo. –Pediu ao moço. –Obrigadinho.

-Euem! –Repreendeu o garçom.

 -Taehyung...

 -Espere o pedido chegar para conversamos, afinal seria falta de educação. Viemos em uma boutique e não foi atoa, seremos educados e esperaremos o lanche chegar.

 Fiquei admirando o tempo enquanto o meu companheiro terminava de olhar para o jornal, em seus olhos, mais interessante que eu.

 -Obrigado. –Bebeu seu primeiro gole do café- vou ser direto. Tenho que visitar meus pais essa semana. Comprei dois telefones e vou levar um deles para instalar lá, aproveito para uma visitinha.

 -E o que tenho eu a ver com isso? Seus pais não meus, sua família e não minha.

-Calminha, você vai comigo por um favor, dessa vez estou lhe pedindo. Eu não quero viajar sozinho –choramingou- tenho medo de alguém me roubar ou pior... Matar. Jungkookie, aqueles trens são extremamente sujos. –Proferiu a ultima parte totalmente indignado, colocou uma de suas mãos no peito para enfatizar tal estado. Ri.

-Ainda não me convenceu. Por acaso você não tem algum outro conhecido ou amigo para ir contigo?

-Jungkook-ah! Tenho um trauma, deve respeitar.

-Respeito, não rirei de sua cara por tamanho medo, mas confessa que isso é frescura. Além do mais, como irei junto a ti sendo que seus familiares não me conhecem e outra, mais importante até, meus familiares não lhe conhece. Que milagre está pensando em fazer para que eu vá sem meus pais nos impedirem. Claro, se eu fosse.

-Eu falo com eles e amorzinho, não te preocupe, meus pais já são bem velhinhos, uma alma jovem os deixaria bem felizes. Por favor! Venha comigo, não é só por medo, não quero ficar sozinho por aquelas bandas. Como falei pode ter ratos... Ladrões, você já entendeu.

-Você não tem medo de nada não é? –Perguntei já ciente da resposta.

-Não. Mas eu não sei ler se der alguma complicação vai ser ruim para meu serzinho. A parte de ficar solitário me machuca de verdade, eu pago tudo para você, falo com os seus pais, se eles deixarem, você não tem nada a perder.

-Por quanto tempo ficaremos por lá?

-Três dias... Espera. Você vai também? –Assenti- quando eu digo que você é um amorzinho ainda fica bravo comigo, no final Kim Taehyung sempre está certo. Aceite e aprenda.

-Abaixe esse ego logo, antes que eu mude de ideia. –Disse finalmente encostando a boca no recipiente do meu café. –Nunca te fiz essa pergunta, mas... Quantos anos você tem?

-Que mal educado Jungkook! –Semicerrou os olhos como se tivesse presenciado um vexame- digamos que não sou velho para te dar uns beijinhos. –Piscou. Ignorei, daqui a pouco me acostumo.

-Mas você nem sabe quantos anos eu tenho.

-Ache o que quiser achar, mas saber já é outra história.

 Terminamos o café, e os pães de queijo, conversando sobre coisas banais, como o cabelo feio da filha da vizinha.

-Vou com você, aproveito e peço a permissão de seus pais, irmão e cachorro, se tiver mais algum na sua casa.

-Que engraçado você!

-Realmente, tenho um show de comedia e tudo.

 Não demoramos para chegar em minha residência. Bastou bater duas vezes na porta para receber um “já vou” afobado de Jaziel.

  Não tem sequer um motivo para meus pais permitirem que eu vá. Mesmo com dezenove anos, tenho que dar satisfação a minha família, apesar de tudo ainda é a minha casa e eu convivo com eles todos os dias. Capaz de minha mãe me prender no sofá, ou qualquer outro lugar da casa só para me impedir.

-Entra.

-Meu filho, por onde se meteu? –Perguntou minha mãe altamente preocupada- quem é esse? –Questionou assim que viu Taehyung.- Já vi esse senhor... –Como se uma luz surgisse em sua cabeça continuou:- V, não é?

-Sou sim, senhora.

-Você quer um cafezinho, água...?

-Na verdade vim tratar de outros assuntos, me siga para o seu quarto ou para qualquer outro lugar reservado da sua casa. –Falou simplista.

                                                                                  ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

              Ano 1977, 02/09

            Sete e dez da noite

 Já faz algum tempo que Tae está com a minha mãe em algum lugar que não faço a mínima ideia. Conhecendo um pouco de Taehyung da até um frio na barriga, posso até mesmo estar sendo mente poluída, mas...

 Depois de uma hora de espera saem os dois rindo que nem loucos, finjo que não vi e grudo meus olhos de novo na televisão.

-Jungkook, quer ajuda para arrumar sua mala? Vamos partir amanhã de manhã, sua mãe deixou você ficar na minha “casa” até chegar a hora.- Comunicou-me com um sorriso escandaloso nos lábios.

 Pensando bem não me importa o motivo dela ter deixado eu sair, até porque, faz tempo que não viajo. Já me acostumei com a ideia, aproveito e tento o convencer de que aquela besteira de eu me apresentar.

 Aposto que o Tae não contou que fica me assediando, por isso minha mãe deve ter deixado ficar na “casa” dele essa noite.

-Recomendo que leve camisetas, bermudas e essas coisas, onde meus pais moram faz um calor do inferno! –Exclamou sentando na cama. –Vou te ajudar...

-Não precisa, eu arrumo. Só pegue a mochila ali para mim, por favor.

-Uma que tá escrito: “Bon Voyage”?

-Essa... Taehyung, como você sabe ler e não escrever?

-Eu aprendi ler em casa, a senhora que cuidava de mim morreu antes de passar na etapa de escrever, eu aprendi a ler primeiro. Lembro que na época eu tive que me mudar devido a alguns problemas que surgiram.

-Hum, meu irmão e meu pai também não sabem... Mas mudando de assunto, tem algum cronograma programado para a viagem? –O olhei- porque se formos sair terei que levar algum traje a rigor.

-Leva sim, na hora a gente resolve. –Respondi um breve “ok”- Jungkook, você não acha que estamos conversando melhor?

-É porque não é sobre assuntos que me desfavorecem ou me deixam constrangidos como os anteriores. Pensei melhor e acho que vai ser bem legal essa viagem.

-Eu acho que é porque nós já estamos tomando uma intimidade, você é esse tipo de pessoa, tem que conversar, ter uma intimidade, para se soltar? –Ignorei, passou alguns minutos até que ele trocou de assunto. – Olha que legal! Poderemos nos socializar com pessoas novas. Vai ser muito legal fazer amigos de outro lugar e depois os deixar. Eles ficarão muito tristes e confusos. –Não sabia se ria ou se deixava externar meu medo.

 Depois que você conhece um pouco mais sobre o ser loiro que está a minha frente, você... Sente mais medo, serio. Eu não tenho uns pensamentos como esse!

 Coloco a última peça de roupa na mochila, já a fechando.

-Pronto, vamos embora.

 Quando saímos pela porta, do meu quarto, estava minha família toda reunida. Eu e Tae ficamos parados até alguém se mover ou piscar pelo menos. Minha mãe veio até mim e beijou minha testa, os outros dois repetiram o ato.

 Antes mesmo de Taehyung ousar falar alguma coisa foi surpreendido por beijinhos na testa, como os meus. Olhando de canto sorri pela sua cara de besta, um grande boboca.

-Tomem cuidado, não falem com ninguém que não conheçam e pelo amor! Não transem com algum ser desconhecido, pode passar doença para vocês.

-Mãe, somos maiores de idade.

-Sim senhora. –Disse Tae.

 Depois de comer, ouvir alguns sermões, minha mãe permitiu nossa saída.

-Jungkook, não estou nem acreditando que não vou viajar sozinho. Por que mudou de ideia assim?

-Você disse que iria pagar tudo para mim... Vai ser legal também.

                                                                                            ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

           Ano 1977, 03/09

 Nove e dezenove da manhã

-Jungkook, acorda. Acorda. Vou cantar uma musiquinha para te acordar? –A ultima parte eu escutei, mas preferi permanecer como estava.

 “O sol está tão lindo, brilhando lá no céu! E viva meu amigo que é doce como mel.

 Ta-rá-rara-rá” (X2)

-ACORDAAAAAAA!

-Estou acordado! Que música ruim é essa?

-É de um desenho animado que eu assisti. Lembro que fiquei viciado nessa musiquinha, ficava repetindo o toquinho quando acabava. Pedi meu pai que pedisse para o moço da rádio tocar ela, e um dia ele tocou... O povo da minha rua me xinga até hoje, porque meu pai falou o meu nome quando pediu ao locutor... Velhos tempos... Velhos tempos... –Proferiu olhando para a janela do trem. – Temos que ir agora. Acho que só tem eu e você aqui e não quero que o motorista parta com duas pessoas aqui, ainda mais que somos nós.- Pegou as mochilas.

 

 

 Saímos do trem e viemos direto para a cafeteria, para tomarmos o nosso café da manhã.

 Ontem, a noite foi tranquila. Cheguei à casa de Taehyung e não demorei a adormecer. Acordamos e não deu muito tempo para já estarmos no trem. A viagem durou em media seis horas, conferi no embarque e desembarque.

 Nunca tinha ouvido falar sobre essa cidade, fica em um lugar pouco habitado de Incheon (Narradora: cidade vizinha à Seul, importante porto da Coreia do Sul. Confiei no senhor Wikipédia dessa vez.). Um ambiente calmo, bonito e com poucas pessoas. Pena que serão somente três dias...

 -Jungkook, vai ficar pensando na morte do besourinho, ou, tomar o café antes que esfrie?

-Desculpa só estava... Vou tomar deixa de ser chato. –Peguei o café e quando vi que ele comeu os dois pães... Resolvi reclamar. –Taehyung, por que você não deixou nenhum pra mim? –Perguntei apontando para a cestinha.

-Estava pensando tanto que nem se lembra de quando me deixou comer os dois sozinhos... Você fez sinal com a sua mão.

-Não importa. Quero o meu!

-Moço! –Chamou o garçom que tinha nos atendido antes, mas, o mesmo virou e cutucou um outro para vir. – Ixii! Cadê o... Deixa pra lá. Quero...

-Um bolo, um suco, cappuccino, torradas e para completar um sorvete de baunilha com chocolate e raspinhas de limão siciliano. Por favor!

-Jungkook você não pode...

-Realmente –novamente interrompi Tae- traga o sorvete depois, vai derreter. Obrigado Taehyung! –O menino me olhou com tamanha incredulidade que não segurei meu riso. –Tae, lembra o que você falou? “Eu pago tudo para você”. Se eu tivesse que pagar alguma coisa pagaria por essas coisas que pedi, então automaticamente você é meio que obrigado a pagar no meu lugar, claro, se você for um homem de palavra. Você é um homem de palavra Taehyung?

-Sou. –Respondeu.

-Pois bem!                                                                ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

           Ano 1977, 03/09

            Dez  da manhã

 

  Já faz uns quinze minutos que estamos que nem loucos procurando a casa dos pais do Tae. Da cafeteria resolvemos procurar a pé, já que o filho dos donos da casa procurada informou-me que sabia chegar e não demoraria absolutamente nada.

-É essa a casa? –Indaguei já impaciente.

-Faz alguns anos que não venho aqui, não era essa frente não.

-O que faremos agora?

-Sentar no banco daquela praça e esperar alguém dar algum sinal de vida nessa rua. –Suspirei já cansado.

 

-Que chato! Não tem gente nem pra comprar uma bala! Bala! É isso! Jungkook, tem um senhor aqui perto, e ele é um amigão meu, trabalha na mercearia a duas ruas daqui. Espero que esteja aberto, se tiver, a gente pergunta.

 Assim que o Tae teve essa ideia, levantamos rapidamente e fomos em busca da tal mercearia do senhor Valgnor.

 Quando o loiro falou que tínhamos chegado quase dei um pulo de alegria.

-Ameixa salgada! Taehyung! –Andou rapidamente e puxou Tae para um abraço bem apertado- há quanto tempo! Como está você? Seus pais já lhe viram? Quem é esse menino?

-Estou ótimo! Esse menino é um amigo meu... Ele veio me fazer companhia. Sobre meus pais... Poderia nos levar até a casa deles? –Sorriu acanhado. O velhinho respondeu um animadamente que sim, a loja ficaria por conta de sua sobrinha.

  Fiquei calado enquanto os dois batiam papo. Eles pareciam ter a mesma idade, mental, cada assunto...

-É aqui! –Parou.

-A gente veio nessa casa antes, Taehyung disse que não era essa a “frente” da casa.

-Realmente não é –exclamou o senhor- os pais dele moram no fundo, essa casa está para vender. –Olhei para Tae, que fazia uma cara de besta.

-Não vou falar nada... –Sussurrei.

 Valgnor -eu acho- chamou a Dona Flora e o Senhor Floridor, que logo atenderam o portão, animados e surpresos. Abraçaram seu filho e me mandaram um olhar curioso.

-Mãe, pai, esse é Jungkook... Meu amigo e companheiro.

-Prazer! Como vocês se conheceram, Dundocô, porque não falou comigo?! –Chateou-se Flora. –Esquece isso! Entrem, entrem! Valgnor, você vem?

-Não, não. Obrigado senhora!

-Então vá logo seu ingrato! Sempre que chamo você nunca entra! –Fez bico- seu, seu...  Velho, gaga!

-Sua babona!

 Fiquei meio que estático, enquanto os outros dois, pai e filho, riam como se não houvesse amanhã.

 Mas logo que pisquei, os que brigavam se abraçaram e bateram no ombrinho do outro.

 Vai entender.

 

 Ao entrar fiquei meio perdido com a decoração. Animais empalhados e plantas para todo o canto. Decoração espalhafatosa, mas ainda assim... Aconchegante?

-Jungkook, menino, quantos anos você tem? –Perguntou o senhor.

                                                                               ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

                 Ano 1977, 04/09

         Meia noite e vinte e dois

 Depois de conversarmos, resolver alguns mal-entendidos, comermos e passearmos, resolvemos dormir, já que o horário permitia. Dormimos à tarde todinha e agora, ficamos sem sono algum.

 Dona Flora arrumou meu colchão perto da cama de seu filho, no seu antigo quarto.

-Jungkook. –Pego no seu braço como sinal de quem está escutando e de quem está acordado. –Você se importaria se voltasse sozinho depois de amanhã? Eu quero ficar mais um tempo com meus pais... Eu falei com sua mãe e ela deixou ficar somente três dias, então não poderá ficar... Além do mais, você deve estar querendo ir embora...

-Não! Você trouxe o telefone, é só ligar pra minha casa e informar minha mãe, ela deixará, tenho certeza. –Se firmou o silêncio- sabe... Quando saí lá de casa, para vim pra cá, descobri um lado carinhoso que senti falta, e sei como está se sentindo, é complicado... Ainda mais você, que tem uma família maravilhosa, divertida e amorosa.

-Concordo com você... Talvez seja melhor eu ficar aqui... Com eles. –Disse depois de um belo tempo calado.

-Eu não quero que você fique... –Sussurrei.

-O que você disse?

-Você já tem sua vida lá... Eu estou sendo egoísta! Vou admitir. Quero que você fique pois eu ficarei só.

-Você não vai ficar sozinho. Tem seus parentes, e ainda livrará daquele acordo.

  Me levantei e fiquei perto de seu rosto.

-Já me apeguei a você Tae... Não quero que fique aqui... Por favor! –Começou a rir –o que foi? –Perguntei me sentando no chão.

-Você sendo carinhoso. É estranho!

-Estranho é você! –Repreendi.

                                                                                    ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

         Ano 2017, 14/05

  Onze e quarenta da noite

-Sério... Não da mais não! Depois a gente continua.

-Não vai nada! Jungkook, se você se atrever a sair por aquela porta... Seu Ipad vai sumir por uma semana e se você sonhar em me perguntar onde está, o Iphone vai ser o segundo a desaparecer... Por... Por... Por dois dias já que depois vamos ter um show nos Estados Unidos e sou uma boa pessoa.

-Aha! Pensei que não queria nem ouvir a estória, Jin hyung... –Intrometeu Taehyung hyung.

-Mas os outros quatro querem! Por educação continuem!

-Eu não falei nada! –Gritou o Jimin logo formando um biquinho admirável nos lábios cheinhos.

-Anda logo!

 Levantei e puxei o hyung para contracenar comigo novamente.

-O dia amanheceu...

                                                                                  ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

                 Ano 1977, 05/09

                 Oito da manhã

O dia amanheceu bonito e calorento. Acabando de arrumar minhas coisas fui me despedir.

-Obrigado por me receberem e cuidarem de mim.

-Não há de quê, meu querido!  

-Sempre que precisar, pode aparecer que lhe receberemos de braços abertos. –Abriu os braços para me dar um abraço.

 

 

-Tae, você não vai mesmo comigo?

-Não agora... Daqui a dez dias prometo que apareço. –Assenti.

-O acordo está caído no chão, certo? –Perguntei receoso e vendo sua expressão confusa expliquei: -ele não está mais de pé, entendeu?

-Ele poderia está cansado e ficar sentado... –Respondeu colocando as mãos nos bolsos.

-Verdade! Eu ainda acho que tenho muito pra aprender, com você. Talvez o acordo resolveu morrer para nascer a vontade própria de substituir o Zezé ou qualquer outro nome que esse cara tenha.

-Verdade?!

-Sim! –Vejo as horas no meu relógio de bolso- tenho que ir. –Nossos sorrisos morrem. – Até...

-Jungkook, chega mais perto. –Aproximei- não! Mais perto –aproximo mais- não!

-Taehyung, já estou quase encostando minha boca na sua! Aproximar mais seria impossível!

-Não é nada! –Me da um selinho bem demorado. –Agora pode ir! –Aproximo de novo e lhe dou um beijo, de verdade, um beijo com...

                                                                                      ⇨⇨⇨⇨↘↙⇦⇦⇦⇦

       Ano 2017, 14/05

         Meia noite

-Eu tô’ apertado! Não consigo segurar mais não. –Choraminguei afastando minha maçã da laranja do hyung, que antes estavam se “beijando”-No final o Jungkook vai voltar pra cidade natal dele, o Taehyung fica um mês a mais na casa dos pais, o Jungkook fica nervoso. Quando o Tae voltar eles vão brigar e depois namorar. Acabou!

-Pode ir ao banheiro, já estava no final mesmo!

-Namjoon, primeiro vamos todos falar o que achamos. Yoongi, começa...

-Bom... Correu bem, o Taehyung conseguiu imitar direitinho, a cara de besta de seu personagem da estória... Outras coisas que não vou citar, pois vocês já devem ter notado então... Não vou dar o trabalho. Em geral foi bem tocante!

-Eu achei empolgante, criativo... Talvez quem sabe foi bem assim que criaram os trocadilhos e as gírias de hoje em dia... Nunca saberemos!

-Tenho que concordar contigo Hobi! –Concordou Namjoon.

-Às vezes o melhor saber é descobrir o que não sabemos e espalhar o que você acabou de saber para as pessoas que não sabiam! –Exclamou Taehyung.

-Os outros já falaram tudo... Só deixa o menino ir ao banheiro, ele tá quase morrendo!

-Valeu Jimin... Jimin hyung! Estou indo, espero que tenham gostado... Vou tomar banho e ir pra cama depois! –Quando ia sair lembrei de uma coisa importante. – Jin hyung, deixe meu celular carregando, por favor! E meu Ipad em paz! Passar bem!

 



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