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História Meu híbrido. - ME LARGA KIRISHIMA! KIRSA!


Escrita por: Luna_Caldante

Notas do Autor


Gente, eu dei uma sumida. mAS teve motivo. Eu tive alguns problemas e não consegui escrever por causa disso.
Agora. (se tudo der certo, PELO AMOR DE DEUS TEM QUE DAR) eu vou continuar normalmente. Vamos voltar ao normal! Irriiii. Publicarei regularmente e n termino até essa história acabar kkkkkkkkkkkkkk
Espero muito que ainda queiram acompanhar essa história doida.
Sem mais delongas. Bora para a história!

Capítulo 54 - ME LARGA KIRISHIMA! KIRSA!


Eu acordei ouvindo gritos.

Abri os olhos sentando rápido na cama. O arrependimento de ter feito isso. Kiri... por algum motivo não estava no quarto. Por que o Kirishima não estava ali? Ele disse tinha que... o que ele tinha que fazer? Já teria voltado.

Quem diabos estava gritando?

Eu reconhecia queles gritos... Não... Minha cabeça começou a rodar. De repente respirar, que já era difícil e tornou ainda pior. Me apoiei nas mãos para ficar com o tronco reto o suficiente para conseguir olhar pela porta de vidro naquele quarto. O som vinha dali.

Eu arregalei os olhos. Kirsa... Era Kirsa que estava gritando? Eu tentei levantar. Meu menino estava brigando com uma mulher loira, desconhecida, que agarrava seu pulso tentando o fazer andar.

Nossos olhos se encontraram por um momento. Meus próprios olhos vermelhos queimavam em raiva enquanto os dele queimavam em... um sentimento que eu conhecia bem demais. Medo, raiva, angustia. Uma mistura tão grande disso que tinha que ser chamado de outro nome.

Ele conseguiu se soltar e entrou esculhambando a porta de vidro atrás de si.

— SUKI!! Não deixa ela me levar... por favor! Por favor! — Não sei de onde eu tirei forças para me levantar e ajoelhar para o abraçar, mas assim o fiz. Eu senti tanto a sua falta...

— KIRSA! — A velha apareceu correndo na porta também. — Mil desculpas e — eu a cortei.

— Quem é você?! — Gritei para ela. Levantei colocando Kirza atrás de mim. Ainda tinha forças pra brigar se precisasse. Pra isso sempre teria forças se fosse pelo Kirsa. A cor saiu dos seus olhos. — Sai desse quarto, o Kirsa NÃO vai com você!

Ela levantou as sobrancelhas como se eu tivesse falado a coisa mais estranha do mundo

            Narradora On.

A assistente social levantou as sobrancelhas. Ela conseguia ver a Clara semelhança do menino com o loiro irritado na sua frente. A notável semelhança na verdade. A forma com que o menino veio correndo e que ele o recebeu.

Ela entendeu que tinha alguma coisa ali e achou muito estranho isso.

— Quem é você? — Disse com cuidado.

— Quem quer saber? — Karsuki revidou a olhando de cima a baixo. Ela deu alguns passos pra frente e olhou para o Kirsa. Katsuki o colocou ainda mais atrás de si, a mulher parou de andar. — Nem mais um passo. Posso estar mal, mas ainda não estou inválido. — Bakugou estava com as orelhas coladas para trás, assim como o menino que olhava aquela cena toda.

— Ela não me deixou ver você Suki...

— Kirsa eu... — Katsuki a interrompeu de novo.

— Está bem Kirsa, você fez bem. — Disse fazendo carinho no seu cabelo. — Você ainda não me respondeu, quem e você e o que quer com o meu filhote? — Brigou.

Mais três pessoas chegaram no quarto nesse meio tempo. Kirishima saiu correndo entre os dois infermeiros que tinham aparecido do nada ali na porta. Quando viu o que estava acontecendo suspirou e se preparou para o que viria a seguir. O que não seria muito bom. O falso ruivo acenou para que se retirassem do quarto e eles saíram tão rápido quando tinham entrado.

  O loiro levantou as sobrancelhas levando Kirsa um pouco mais pra trás com ele. Sua cauda enrolada na cintura do menor enquanto a do pequeno estava enrolada no seu calcanhar. Da mesma forma que antes quando os dois precisavam se proteger.

   — Suki... — Disse Kirishima mandando, discretamente, a mulher dar alguns passos pra trás. Ela não entendeu e andou mais pra frente com Kirishima. Quando deu um passo pra frente Bakugou rosnou e Kirsa ganiu baixinho se escondendo ainda mais atrás dele. — Com sua licença, dá pra ir pra trás? — Kiri disse indignado para ela.

   — Ah, sim desculpe.

   — Eijirou, quem é ela? — Bakugou chiou.

   — Calma, tudo bem. Eu conheço ela. — Suas orelhas se abaxáram ainda mais com a afirmação. — Pode explicar o que aconteceu?

   — Ele entrou aqui gritando. — Karsuki disse. — Essa daí, estava o arrastando pra sei lá onde! Como assim conhece ela Kirishima!?

  O falso ruivo suspirou deu mais alguns passos pra frente olhando para ele. Por alguns segundos olhou de canto de olho para a mulher a censurando pela burrada que ela fez. Agora as coisas ficariam mais difíceis ainda.

   — Kirsa. — Kirishima chamou se ajoelhando na sua frente. — Vem aqui, vem? — Bakugou apertou os olhos encarando kirishima. O menino soltou sua perna foi até ele. — Lembra do que combinamos? Você ia ficar aqui até o Suki ficar bem, voltaria para se despedir e depois ia com a moça. — O menino assentiu. — Por que entrou correndo e assustando todo mundo?

   — Ela não queria deixar eu me despedir... — Disse baixinho. A mulher abaixou a cabeça. Katsuki franziu a testa sem entender nada. Como assim de despedir? Pensou. Por que o Kirsa tinha que se despedir de mim? Quem é essa mulher?

    — Como assim se despedir? Kirishima? — O ruivo não olhou para o loiro. Não conseguia olhar. Ele sabia que se contasse agora ia dar ainda mais confusão e assustaria a criança ainda mais.

   — Ah... ela deve ter se esquecido. Então se despede do Suki e vai com ela tá bom? Eu disse pra ela te pagar um sorvete. — Katsuki nunca esteve mais confuso na vida.

   — Kirishima do que está falando?

   Kirsa balançou a cabeça e correu para o colo do Bakugou. Kirishima quase deu um berro quando o menor saltou nos braços do loiro, mas ele conseguiu o pegar.

   — Tchaw Suki. — Ele abraçou seu pescoço. — O Kiri disse que a gente vai se ver logo. — Ele sorriu. — E que eu vou tomar sorvete! — Katsuki forçou um sorriso segurando o menino. Todo seu corpo doía pelo esforço de segurar o peso dos dois. — Você tinha razão. Ele é a melhor pessoa do mundo! — Uma lagriminha rolou do rosto do Kirishima. — Ele até me apresentou o capudino! Igual você disse. eu... eu fiz um desenho pra quando você acordasse. — Disse mais baixinho. — Tá lá em casa! O kiri me ajudou a por no navio. Você vai adorar.

   Katsuki não conseguia pensar em nada para falar.

Por que isso parece tanto uma despedida?

   — Kirsa? — A mulher disse. Bakugou segurou o menino contra si. — Temos que ir querido.

   Ele fez que ia sair do colo e o loiro agachou ainda o abraçando.

   — Tchaw Kirsa. — Conseguiu dizer. — A gente vai se ver de novo, tá? Eu prometo. — Kirsa sorriu.

   — De dedinho? — O loiro sorriu levantando o mindinho igual a ele.

   — De dedinho. Tenho certeza que o desenho está lindo, eu vou pendurar ele na parede. — O menino de cabelo preto sorriu ainda mais.

   Os dois se abraçaram mais uma vez, ainda mais forte. Katsuki virou os olhos para Kirishima meneando a cabeça. O ruivo acenou afirmando em silencio.

  Kirsa saiu acompanhado da mulher falando alegremente com ela sobre sorvetes e desenhos.

  Karsuki ainda não estava entendendo nada, mas estava com uma vontade louca cair aos prantos.

   — Kirishima quem é ela? Pra onde vai levar ele? — O falso ruivo ficou em silencio olhando a porta e limpou a lágrima. — ME RESPONDE MERDA! Pra onde ela está levando o Kirsa! Por que ele tem que ir com ela!?

   — Ele... — Krishima suspirou. — Suki... ela é uma assistente social.

   Katsuki On.

   Meu mundo rachou.

   — Ela... vai levar ele para um orfanato.

   Meu mundo se estilhaçou em milhares e milhares de pedacinhos.

   — Você... — eu comecei a rir. Eu comecei a rir desesperadamente. Ele me olhou como se eu estivesse maluco. Talvez eu estivesse maluco. Completamente louco por ter escutado ele falar uma besteira dessas. É... isso, eu estava maluco. Ele não tinha falado aqui. — Não kkkkkkkk que piada. Você não está falando sério. Você não faria uma coisa dessas. — Ele abaixou o roto. Passei a mão no cabelo. Não estava rindo. Ele NÃO estava rindo. — Isso não é brincadeira que se faça Kirishima.

   — Não é uma brincadeira... — Sussurrou.

   O mundo ruiu.

   Kirisa.... Kirsa tinha estava indo para um orfanato. Eu... eu me despedi dele. Eu deixei que levassem ele para um orfanato. Eu DEIXEI. ME DESPEDI DELE.

   — Suki...

   — Não... não... não.... KIRSA! — Berrei. Corri para a porta. Senti um par de braços ao meu redor me mantendo no lugar. — SOLTA! — Quase subi em cima do cabelo de merda. Se eu corresse ainda conseguiria alcançar eles. — ME SOLTA KIRISIMA! — Me debati, esperniei, chutei, arranhei soquei seu peito, mas ele não me soltava. Só... continuava parado recebendo todos os golpes.

   — Para... — Disse. Balancei a cabeça me forçando pra frente. Me atirar contra uma montanha parecia ser mais facil do que fazê-lo se mover.

   — Kirsa. Ele não pode... — Arfei, lutando para conseguir um pouco de ar. O mundo, que já estava embraçado ficou ainda pior. Meu corpo ficou pesado, muito pesado. Mal conseguia respirar. Estava cansado. Alguma coisa quente estava molhando minhas costas.

   — Suki calma... por favor. Você vai acabar abrindo os pontos. — O ouvi falar. Estava tão longe. Meus olhos viraram cachoeiras. Um cheiro metálico encheu meu nariz. Não me importei. Eu tinha que...

   — Ele não pode ir. — Chiei. Limpei as lagrimas do rosto. Parei, simplesmente parei mole de cansaço com a cabeça em seu ombro.  — Não pode deixar ele ir.

   — Me desculpe... — Disse contra minha pele.

   Balancei a cabeça e empurrei Kirishima para o mais longe que eu consegui. Me equilibrei em pé, exausto. Tudo tava rodando, dando piruetas e mais piruetas ao meu redor. Meu estomago revirou.

   — Você deixou que levassem ele... — Disse. Kirishima estava imóvel como uma estátua. Eu queria muito que fosse uma estátua, pelo menos isso não seria real e eu poderia quebrar a cara dele. — Você CONVENCEU, ele a IR.

   Narradora On.

   Kirishima já esperava essa reação..., mas ainda doía... Dia ver seu loiro desesperado, a ponto de desabar em lágrimas e pronto para correr atrás do filhote de olhos vermelhos. Ele também não queria deixar Krisa ir. Queria que ele ficasse com eles, mas... não podia. Literalmente não podia pela lei.

   — Suki...

   Ele deu um passo para trás. Fogo e gelo brilhavam em seus olhos. O ódio estava queimando tudo ali.

   — Era pra ele ficar com A GENTE. Era pra ele ficar com você! — Disse. Katsuki segurava a própria blusa/camisola de hospital onde Kirsa tinha agarrado. — Não era pra você mandar ele embora na primeira oportunidade!

   — Eu não mandei ele embora na primeira oportunidade Katsuki. — Kirishima brigou.

   — Segunda, terceira. O que caralhos queira contar, mas você mandou ele EMBORA. Ele não queria ir... Ele entrou por aquela maldita porta me gritando! Como pode deixar ele simplesmente ir!

   — Eu não podia...! ele tinha que ir... — Kirishima fungou.

  Bakugou soluçou. — Não podia? Não podia ficar com ele? Porra Kirishima! eu deixei um bilhete. Era pra ele ficar com você! Era pra ele ter uma VIDA com você. — Lagrimas rolavam pelos olhos do dois.

   Silencio. Katsuki fechou os olhos apertando as palmas contra as orbitas quase até doer. Não conseguia acreditar que isso estava acontecendo.

   — Quando salvamos você. O Kirsa ajudou, mas eu não tinha nenhum documento. Não tinha nada que o ligasse a mim... a gente.... para... — Ele foi interrompido.

   — Não tinha? Não tinha nada que o ligasse a você? — O mundo parecia escorrer ralo a baixo para o Kirishima. — A PORRA DO ULTIMO PEDIDO DE ALGUÉM NÃO CONTA PARA MERDA NENHUMA?

   Os dois não tinham percebido, mas já tinha uma multidão de enfermeiras curiosas na sua porta, seguidas por uma médica que só queria fazer o seu trabalho, mas que estava quase a beira de lágrimas com aquela discussão acalorada

   — Você não morreu Bakugou. Aquilo NÃO foi um último pedido. — Kirishima disse apertando os próprios punhos.

   — Se eu tivesse você teria cuidado dele... — Sussurrou. Kirishima arregalou os olhos levantando o rosto para encarar, incrédulo, seu loiro. — Ele ia ter uma vida... ia se divertir... ele ia ter alguém pra cuidar dele, pra ensinar... — Katsuki cambaleou e se apoiou em um móvel.

   — Preferia ter morrido lá? — ele ficou em silencio. — Suki... nunca mais diga isso. A gente vai ver o Kirsa de novo só... — Ele foi interrompido de novo.

   — Você não tem ideia do que eu aceitei pra manter o Kirsa seguro. — Kirishima se calou. —  Não tem ideia do que eu teria feito para manter ele seguro. Não tem IDEIA do que aconteceu quando eu fiz com que ele fugisse. Não tem ideia do que eu estaria disposto para fazer com que ele tivesse uma vida. — Uma inexpressão fria permeou o rosto do loiro. — Eu aceitei morrer pra ele poder viver. Pra ele não ficar com a cabeça fudida igual a minha, pra não passar o que eu passei.

   Kirishima se encolheu com as palavras.

   — Pra ele ter uma infância... — Kirishima não conseguiu respirar. Os dois estavam em lagrimas. — Agora eu acordo na porra de um quarto de hospital sem nem conseguir me mexer direito. o menino que eu lutei tanto para proteger entra chorando no meu quarto implorando pra não ir embora ainda e depois sai como se nem se importassem com a vontade dele... E agora me fala que... deixou ele ir para um maldito orfanato. Então sim, eu preferia, por que pelo menos o sacrificio que eu fiz o faria feliz.

   — Suki... — Kirishima estava completamente sem palavras.

   — Não me chama assim. — Sussurrou. Sua garganta doía de tanto gritar, de tanto se esforçar pra não desabar. Todo seu corpo tremia, mas continuou firme dando passo depois de passo para ir para a cama do hospital. Suas costas ardiam, mas o sangue nem o incomodava mais. — Sai do meu quarto.

   — Bakugou por favor. — Ele se sentou ao seu lado e tentou segurar a mão do loiro. Num movimento ele saiu do alcance se afastando sem nem ao menos olhar para o ruivo.

   — Saia desse quarto Eijiro Kirishima. — Disse frio. Nenhum traço de emoção. — Só... sai daqui.

   A médica escolheu esse exato momento para entrar em cena. Ela também estava quase chorando com as palavras.

   — Com licença. — As orelhas do loiro seguiram o som e ele levantou o queixo ajeitando o corpo dolorido.

   — É a medica, não é? — Disse com um olhar distante sem se virar. Ela deu alguns passos a frente e disse que sim. — Tire ele daqui. Não quero ninguém nesse quarto.

   — Suki. — Kirishima estava a beira das lágrimas. Ele o ignorou.

   — Eu preciso... — Bakugou a interrompeu.

   — O que quer que tenha que fazer será sem ele aqui. Tira ele do meu quarto. Você pode ficar se quiser. — Ele levantou indo na direção da pequena sacada. — Não tô nem ai... não importa mais.

   — Me desculpe...

O loiro não deu nem menção de ter escutado.

   Os dois se entreolharam. — Desculpe Kirishima... é melhor ir embora.

   — Por favor... — Kirishima estava com as lágrimas escorrendo pelo rosto.

   — Vai embora. — Falou. — Só... vai embora logo de uma vez.

   Katsuki.

Eu não me arrependo de uma única palavra. O vento da janela me acalmou um pouco.

Parecia que eu estava fora do corpo. Só ouvia alguns sons muito longe de mim. Consegui falar que não sairia dali. A mulher levantou aquela blusa estranha que eu estava usando e começou a mexer nos cortes. Eu não sentia nada. Não ouvia nada.

Depois de um tempo algo começou a arder e minhas lagrimas desceram. Aceitei a dor por ter sido tão idiota de ter acreditado, mesmo que por um segundo, que as coisas iriam melhorar. Não fiz menção de me mexer. Só fiquei ali vendo o céu enquanto todo o meu corpo parecia estar em chamas. Literalmente em chamas.

Só deixaria queimar. Só para afastar o rostinho do menino que eu devia proteger.


Notas Finais


Foi isso! Próximo capítulo na segunda! (essa segunda!)


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