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História Meu Jardim é Todo Seu - Um dia bem lixo... ou quase isso


Escrita por: Assia

Notas do Autor


Olarrr galeros
Vocês estão bem? Ué... Não?
Que legal! Nem eu :DD ~me mata
...!1
Enfim, boa leitura <3

Capítulo 6 - Um dia bem lixo... ou quase isso


A palavra perfeita para descrever o seu dia, até aquele momento, era "merda", ou então "lixo".

Nada de interessante havia acontecido. Nada mesmo, e era exatamente por conta daquilo que estava merda.

Baekhyun detestava dias monótonos, eles eram um saco! Qual a graça de fazer exatamente as mesmas coisas chatas todos os dias? Isso mesmo, nenhuma. Era extremamente entediante e algo que ele não suportava de forma alguma. Preferiria dormir o dia todo do que acordar e notar o quanto ele seria merda.

Dormir é uma ótima tática para evitar o tédio, e Byun teria aderido 100% a ela caso não tivesse sido praticamente forçado a levantar pela mãe... Que saco! Por que não podia dormir aqueles famosos 5 minutinhos (que de "minutinhos" não tinham nada)?!

Claro que não poderia guardar todos aqueles sentimentos de indignação só para si. Precisava compartilhar eles de qualquer jeito, ou então morreria. Sendo assim, tirou fotos de si mesmo fazendo uma carinha triste e deveras lindinha e fofinha, apenas para postá-las com a legenda "Dia bem merda :(". E isso tudo serviria como forma de protesto para demonstrar sua frustração com o dia que estava tendo. Ele queria ser ouvido, oras! E esse era o único jeito...

Até que tentou melhorar a situação de seu humor dando uns amassos básicos – sem coisas muito íntimas e ousadas, até porque ainda estava de manhã – no único cozinheiro homem que tinha. Fazia aquilo na dispensa, um lugar reservado e que ficava mais aos fundos do que qualquer outro cômodo de lá. 

Porém parece que aquele dia estava realmente fadado a ser uma completa merda para ele. Enquanto o rapaz alguns anos mais velhos que si o prensava contra a porta e o beijava afoito, na cabeça de Baekhyun, por algum motivo, lhe veio o que seu pai falou no dia anterior. Não sobre o jardineiro e sua contratação – apesar de isso também o incomodar um pouco –, mas sim sobre o seu carro. Precisava dar um jeito naquilo, e rápido.

Ter um carro próprio nem era tão necessário assim para ele, afinal tinha um motorista particular pago para levá-lo aonde quisesse, então por que diabos precisaria de um carro próprio? Para ostentar, talvez?... É, deve ser isso mesmo. Baek gostava de mostrar aos outros que tinha poder aquisitivo o suficiente para ter um carro caro e um motorista que dirige uma limusine, e tudo ao mesmo tempo. Resumindo, gostava de ser rica e poderosa! Ah, era uma delicia.

Mas o carro tinha um real motivo, além daquele. Como os Byun gostavam muito de sair (não era uma característica única e exclusiva de Baekhyun) e geralmente faziam isso ao mesmo tempo – por algum motivo desconhecido, claro –,  um motorista só não era capaz de dar conta do serviço.

Era humanamente impossível levar todos em seus compromissos a tempo, então, para não passarem por esse sufoco todas as vezes que decidissem sair (e evitar brigas desnecessárias sobre quem ocuparia o tempo do pobre motorista), compraram um carro para cada um, simples! Problemas resolvidos!

Mesmo cada um tendo seu carro próprio, não dispensaram o motorista, o que para ele foi um alívio enorme já que não perderia seu precioso emprego.

Com a cabeça totalmente tomada por aquilo, acabou perdendo a vontade e o fogo para prosseguir com o que começou. Detestava parar a pegação, principalmente quando ela estava ficando boa, mas não conseguiria aproveitar dela naquele momento, não com a consciência pesada daquele jeito.

Então, decidiu ser objetivo e rápido ao ordenar que o homem se afastasse de si e voltasse ao trabalho, por mais que fosse a hora de almoço para ele. Byun sempre achou engraçado e contraditório o fato de seus cozinheiros levarem comidas prontas para lá, porque segundo ele, era bem mais prático cozinhar tudo na hora, afinal, eram cozinheiros e sabiam muito bem fazer aquilo. Mas nunca comentou nada disso com eles, achava melhor manter algumas de suas ideias sem sentido apenas para si se quisesse ser respeitado por seus funcionários e não virar piadinha na boca deles.

O outro obedeceu de prontidão o que lhe foi imposto e se retirou da dispensa, voltando para a cozinha praticamente correndo. Bem que gostaria de continuar a beijar e apalpar o chefe, mas sua vontade não era relevante se não fosse a mesma que a dele.

Baekhyun saiu da dispensa também, já bolando uma ideia mirabolante em sua cabeça de como conseguiria seu carro de volta. Bom, não exatamente o mesmo carro, mas um idêntico ao seu antigo. Precisava apenas fazer uma ligaçãozinha...

 

(▰˘◡˘▰)

 

Ok.  Agora ele precisava ser paciente.

Muito paciente.

Sabia bem para quem havia ligado, e aquele ali era de fato um caso perdido.

Se tratava de Yixing, seu professor de yoga, também conhecido como Lay, e o motivo de ser um "caso perdido" era totalmente verídico. Quer dizer... Lay era meio avoado e esquecido pra caralho a maior parte do tempo, quase nunca estava muito atento ao que acontecia em seu redor e quando alguém falava consigo, apenas ficava encarando a pessoa com destreza, como se estivesse prestando atenção em cada palavra dita, mas na verdade nem naquele mundo ele estava. Era uma pessoa calma, educada e agradável a maior parte do tempo, mas por influências de Baekhyun, acabava sendo um tanto quanto irritado e do mal às vezes.

Byun não costumava ligar para o contato "Laysado" – modo como ele estava salvo em sua lista – com muita frequência, e as raras vezes que fazia, era para cancelar a aula particular de yoga do dia, e geralmente por pura preguiça...

Mas de qualquer jeito, Yixing receberia o seu pagamento pela aula não dada, ah se receberia... Tinha moral de amizade o suficiente com Baek para exigir aquilo dele!

Até aceitava perder serviço por culpa da falta de disposição de seu aluno-barra-amigo, o problema era dele afinal, então estava andando e cagando para tudo aquilo, apenas queria o dinheirinho que lhe fora prometido por aula. Nada mais e nada menos.

Podia até ser lesado em relação à vida e o universo ao seu redor, mas se tratando de negócios e de dinheiro, as coisas mudavam completamente de figura. E isso se dava por conta de seu noivo, Kim Junmyeon, que era um empresário e sabia muito bem lidar com tais coisas. A convivência frequente com ele acabou fazendo Lay pegar certo conhecimento disso, o que realmente foi algo bem útil em sua vida.

E esse era justamente o motivo pelo qual Byun ligou para ele: seu noivo. Tudo fazia parte de seu plano astuto e mal podia esperar para que ele fosse posto em pratica.

Mal podia esperar mesmo, porque o tanto que já estava esperando era quase que uma tortura!

Havia telefonado para Lay há uns bons minutos, e até agora nada dele  aparecer... Mas que saco viu! Qual o problema desses chineses de hoje em dia que sempre atrasam quando ele os chama?? Chegar rápido nem era tão impossível assim, se até ele conseguia.

E enquanto esperava por Yixing, largado como um morto no sofá da sala e jogando um game qualquer no celular (iPhone!!), usava também de sua mente diabólica para pensar numa forma de torturar Lay quando ele chegasse. Esperar era um saco e ele merecia pagar por aquilo.

Outros bons minutos se passaram e nem o joguinho estava mais dando conta de suprir seu enorme tédio. Que desgraça.

Se revirou encima do sofá e ficou de bruços, ligando a enorme televisão com o controle. Nada de interessante estaria passando mesmo, mas era melhor do que ficar naquele silêncio irritante e insuportável. Poderia morrer de tédio, e acreditava fielmente que aquilo era bem possível após ficar exposto a tamanha chatice.

Sobressaltou-se do sofá quando ouviu batidas repetidas na porta da frente, feitas de modo ritmado como em uma musica. Só uma pessoa no mundo que lhe visitava tocava a porta desse jeito estranho – mesmo tendo uma campainha bem ao lado –, e essa pessoa é Yixing. Finalmente ele havia chegado! Amem irmãos.

– Siwon, a porta! – gritou.

Poderia muito bem ter ido lá e recebido o amigo, mas não estava afim. Tinham pessoas na casa sendo pagas para fazerem aquilo por si, estava determinado claramente como o trabalho delas, não o dele. Sendo assim, não era justo ele "roubar" a função deles, né?

O homem chamado não demorou muito a aparecer, descendo as escadas com pressa e indo realizar o que Baekhyun pediu. Achava um absurdo o quanto aquele menino era preguiçoso, aproveitador e cara de pau às vezes. Quer dizer, ele estava a poucos metros de distância da porcaria da porta, era esforço demais levantar aquela bundinha linda e maravilhosa do sofá para atendê-la? Meu Deus...

Mas, de qualquer jeito, não podia reclamar ou protestar contra aquilo, pelo menos não em voz alta. Não queria perder o emprego bem pago que tinha, e nem os benefícios que Byun lhe dava de vez em quando, então, tudo o que lhe restava era aceitar e seguir em frente.

Abriu a porta e recebeu educadamente o chinês, dando espaço para ele entrar.

– Onde está o Baek? – Lay questionou ao mordomo assim que se pôs dentro da casa.

– Bem ali senhor. – apontou com a cabeça em direção ao loiro, que olhava para os dois (mais especialmente para o chinês) com um evidente descontentamento estampado no rosto.

– Ah, sim. Obrigado Siwon. – sorriu brevemente para ele. Gostava de ser educado e simpático com todo mundo a maior parte do tempo, sem fazer exceções com ninguém, mas tem vezes que isso (sorrir lindamente e demonstrar bons modos) era quase que impossível...

Foi se aproximando amigavelmente dele, não percebendo o quão em perigo estava, por mais que estivesse bem claro. O olhar de ódio vindo de Byun deixava aquilo mais do que na cara, afinal era praticamente palpável.

– Oi, cheguei. – declarou, acenando para o amigo.

Baekhyun continuou o olhando firme, negando levemente com a cabeça e estalando a língua no céu da boca, produzindo um suave "tsc".

– É, chegou. Demorou uma eternidade, mas chegou... – resmungou desagradável, revirando os olhos.

– Tive meus motivos, fique você sabendo! – defendeu-se, perdendo totalmente o ânimo de ser bonzinho e doce como o de costume. O mau humor de Baekhyun era capaz de amargurar até o mais alegre dos seres vivos.

– E quais foram esse tais motivos? – indagou, arqueando a sobrancelha. Pra falar a verdade, ele não estava nem um pouco interessado em saber o que havia acontecido de fato, mas só de ver a irritação chegar de forma tão rápida em Yixing, a ponto de fazê-lo responder com um timbre um pouco mais alto que o normal, mudou totalmente sua ideia.

O chinês não era do tipo barraqueiro ou escandaloso, que saía por ai gritando com Deus e o mundo quando estava com raiva, ou que partisse pra porradaria com a pessoa mais próxima quando o stress ficasse insuportável. Costumava resolver tudo de forma civilizada e pacifica, tão calmo e prudente que era de se espantar. Quase que a personificação da paciência.

– Enquanto eu estava em um restaurante, pronto pra comer minha comidinha antes de vir pra cá, um idiota orelhudo e mal encarado esbarrou em mim e derrubou tudo no chão! – bufou, rolando os olhos ao lembrar-se do ocorrido. Não pode evitar fazer uma cara de coitado, até porque na hora, não conseguiu expressar tal sentimento.

– Que bastardo... – murmurou abismado com a fatalidade que acabara de ouvir. Achava uma tremenda injustiça do destino quando coisas assim envolvendo comida aconteciam, tanto com os outro quanto consigo mesmo. Uma injustiça e uma covardia também! A comida não fez nada para merecer aquilo! – E você quebrou a cara dele? – animou-se, sorrindo um pouquinho ao imaginar que Yixing tinha feito a tal da justiça com as próprias mãos e resolvido tudo. Sabia que era impossível aquilo ter acontecido, mas não custava perguntar né...

– Não Baek! – arregalou os olhos – Nunca que eu seria capaz de fazer isso na vida! – respondeu incrédulo, fazendo cara de nojo perante aquele adorador de brigas, como se o que ele tivesse dito fosse a maior calúnia do mundo. – Os nossos problemas não devem ser resolvidos na base do soco ou da raiva, já comentei sobre isso com você... – aproveitou para dar a famosa lição de moral, adquirindo uma pose de sábio ancião, só faltando alisar sua barba imaginária para entrar ainda mais no personagem. – É preciso ter astúcia e parcimônia ao lidar com eles, pequeno Byun Baekhyun. – complementou, fechando os olhos e parecendo refletir profundamente sobre o que disse.

– Hum, saquei. – deu uma risadinha contida por conta da atuação do amigo, que era cômica demais. – E então, o que você fez afinal de contas, Pai Mei? – debochou brincalhão, sorrindo de lado e olhando-o desafiador.

Lay decidiu não dar trela para a provocação de mau gosto vinda do coreano, nem valia a pena bater boca com ele mesmo, não daria em nada no final das contas, porque Baek não costumava dar o braço a torcer.

Entrar no joguinho maligno dele não era recomendado naquele momento. Quando o loiro se empenhava a ser irritante, ia até o fim com a ideia. Respirou fundo no objetivo de procurar paz para si mesmo, tendo que desfazer a cara sincera de descontentamento para se mostrar calmo e inabalável. Depois dessa rápida meditação, abriu os olhos devagar, sorrindo graciosamente e trazendo a tona sua covinha deliciosa. Uma coisa totalmente linda de se ver.

– Eu usei a educação, é claro! – gesticulou com as mãos, só para deixar claro de o quanto aquilo era óbvio. Pff, não precisava nem ter perguntado...

Byun broxou na hora, adotando uma cara de cu em suas feições. Já devia ter imaginado... O chinês não era de se meter em brigas por motivos banais como aquele – na verdade, não se metia em brigas de maneira alguma. Que entediante! Se fosse ele, teria feito um senhor de um barraco lá, ah se teria!

– Broxante! – foi sincero no que disse, se esticando no sofá. – Totalmente broxante. Bem que você poderia ter dado uns tabefes nele...

– Nada disso, violência não leva a lugar nenhum! – ele acreditava fielmente nessa frase. Violência não resolvia nada, de fato. Era muito mais prático, decente e civilizado resolver as indiferenças com uma boa conversa do que com socos estúpidos na cara dos outros, convenhamos né! – O cara era bem maior do que eu. Seria muita burrice fazer isso... – principalmente quando não se tem a vantagem física sobre o 'oponente'. Aí sim, a violência nem chegava perto de ser considerada como uma alternativa válida, nessa circunstância. – Mas se bem que ele me irritou um pouco num momento... – repousou a mão no queixo, parecendo lembrar-se de algum detalhe importante.

– Que momento? – interessou-se novamente, ainda não perdendo a esperança de ouvir da boca do próprio Lay a narração de uma treta qual ele mesmo estivesse envolvido, a ideia lhe parecia formidável! Ergueu o tronco do estofado do sofá e ficou numa pose meio sentada.

– Quando ficou oferecendo ajuda de forma suspeita pra mim. – fez uma careta de desgosto. – Como se eu não tivesse notado que ele estava dando encima de mim. – bufou frustrado. O chinês era bem lesado, isso é um fato inegável, mas conseguia perceber rapidamente quando algum moço ou até mesmo moça arrastava as asinhas para cima de si, com evidentes segundas intenções. E era por conta desse incrível poder de percepção (tratando apenas desse assunto, lógico) que já tinha seu próprio macho garantido, aliás. Um bem educado, prestativo, gostoso e bonito. Basicamente perfeito! Nenhum flerte passava despercebido por Zhang Yixing. – Aquele abusado! Será que ele não viu minha aliança, não?! Sou rapaz de família! – exaltou com uma leve pontada de indignação, bem levinha mesmo.

O loiro riu soprado com aquilo e olhou em direção a mão direita do outro, franzindo o cenho em dúvida ao não ver a aliança em seu dedo anelar.

– Mas Lay... Sua aliança nem tá ai. – apontou com o dedo para a mão dele. – Como que o cara poderia vê-la assim?

O rapaz levou a mão em frente ao rosto e a analisou bem, só então se tocando que de fato não havia aliança alguma ali. E sim, ele precisou olhar com muita atenção pra chegar a aquela conclusão.

– Oh... É verdade! – surpreendeu-se, sorrindo bobo por seu engano. – Esqueci que tinha guardado ela na carteira antes de entrar lá. – apontou para o volume em seu bolso da frente, mostrando onde a carteira estava guardada. – Então ele realmente não sabia que eu era comprometido... – coçou a nuca sem graça, se sentindo um pouco mal por ter tratado aquele moço com tamanho descaso, ele estava apenas tentando ajudar... E flertar... E quem sabe outras coisas a mais... Ah, é melhor deixar pra lá...

Baek riu e balançou a cabeça. Já era adepto a esse jeito meio (muito) esquecido do chinês, achava isso uma graça inclusive, mas ainda assim gostava de tirar umas com ele por conta disso de vez em quando, afinal era humano né...

– Você não tem jeito mesmo, é um caso perdido. – comentou baixinho, ainda rindo. – Mas enfim... – tornou o tom de voz um pouco mais alto e fechou a expressão risonha de repente, aderindo à tentativa de um semblante sério, mas apenas ficou engraçadinho e adorável. Como sempre. – Não te chamei aqui pra ouvir suas Laysisses, – mais um breve sorriso provocativo no meio da fala. – tenho um assunto sério pra falar!

– Vai cancelar todas as aulas do mês? – questionou entediado. Decidiu ser como ele e aderir ao sarcasmo e ao deboche também, porque se continuasse sendo bonzinho daquele jeito, levaria a pior.

– Não, mas quem sabe da próxima vez. – piscou maroto para o amigo, se sentindo 'o cara'. Com aquela, provou para Lay que, em matéria de provocação, o professor da vez era ele.

Yixing bufou derrotado e levantou as duas mãos ao lado do corpo, se rendendo para Baekhyun e dando fim a aquela discussão desnecessária que certamente viria. Já tentou de inúmeras vezes argumentar contra ele nesses momentos, só que nunca foi realmente efetivo. Insistir em ir contra ele não era uma ideia muito esperta.

– Então fala logo! – exigiu impaciente, usando (talvez pela primeira vez na vida) um tom rude e autoritário com o amigo fora das aulas.

– Sabe, eu sempre te considerei pacas como amigo e como pessoa, sério, você é demais! – elogiar era outra tática apelativa que Byun aderia quando precisava pedir favores a outras pessoas, quase sempre funcionava. Mas no caso de Yixing, ele não queria saber daquilo, não mesmo, e o breve revirar de olhos seguidos de um suspiro denunciaram o fato. Baek entendeu o recado e mudou a abordagem. – Certo, já entendi, não precisa ser assim... – fez biquinho, se referindo aos atos impacientes de Lay.

– Fala de uma vez!

– Tá! – bufou, também começando a se irritar com aquela pressão toda. – Eu preciso de um carro!

O chinês o fitou confuso e de cenho franzido por alguns instantes.

– E o que eu tenho a ver com isso? – indagou. Realmente não entedia onde o rapaz queria chegar com aquilo, o que caralhos a necessidade dele de um carro e sua presença lá tinham a ver uma com a outra? – Você precisa de um carro emprestado, é isso? – foi a única explicação racional que conseguiu bolar.

– Não exatamente. – mordeu o lábio inferior, um pouco nervoso. O plano em sua mente parecia tão executável e simples quando o bolou, porém agora, diante da pessoa que iria lhe proporcionar a sucessão dele, tudo havia mudado. Não tinha mais a absoluta certeza de antes, mas precisava tentar. – É que... – e a tentativa parou por ai, por que sua voz morreu durante o processo. Não sabia muito bem o que dizer, então se calou abruptamente sem mais nem menos.

– É que o quê?! – apressou-o, farto de tanto mistério.

– Você... Poderia... Ahn... – estava sendo mais complicado do que ele esperava. – Er... Poderia me comprar um?

Permaneceram num duradouro silêncio depois disso. Yixing ainda absorvia e processava em sua mente o que acabara de ouvir. Baekhyun estava lhe pedindo para comprar um carro? Havia entendido bem?

– Espera... – disse de repente, parecendo se tocar de um detalhe que ainda não havia levado em conta. – Mas você já não tem um carro?

– É, na verdade eu tinha. – deu ênfase a ultima palavra. – E se eu 'tinha', obviamente era no passado, porém agora estamos no presente, e no presente, eu não tenho mais. – explicou.

A cabeça de Lay ficou ainda mais confusa do que já era por natureza. Era informação demais para processar, e a explicação estranha sobre ter no passado e deixar de ter no presente (??) de Baekhyun só serviu para bugar totalmente suas ideias. Sua cabeça estava trabalhando arduamente para não pifar por completo depois daquela.

– Hã?! – fez uma careta engraçada de confusão.

– É uma longa historia, e Jongin está metido nela, então eu me recuso a contar! – determinou.  

O outro sabia bem do lamentável ocorrido entre Kai e Baek, e assim como todos, se surpreendeu. Sabia que o loiro havia ficado bem mal com tudo aquilo. Os relatos exagerados e sofridos que ouviu de Luhan comprovavam tudo.

– Certo... – suspirou derrotado mais uma vez. Estava sendo bonzinho novamente e sabia muito bem disso, mas não podia evitar por muito tempo já que esse era seu jeito natural de ser. Principalmente naquele momento, pois não queria que Byun se sentisse mal por sua culpa, caso começasse a insistir em saber a historia. – Pelo menos pode me dizer o que aconteceu com o carro, caso Jongin não esteja diretamente envolvido nisso também?

– Digamos que eu "perdi" ele... – fez discretas aspas com os dedos, mas ainda assim Lay percebeu. – E preciso recuperá-lo antes que meu pai desconfie demais. Ele me mataria se descobrisse! – exagerou um pouco nessa ultima parte, mas caso não fizesse, talvez não convencesse o chinês. Pelo menos era isso que ele pensava.

– Fez besteira né? – arqueou uma sobrancelha, só esperando a confirmação de Baek, e ela veio junto de um aceno positivo de cabeça. Yixing suspirou. – Olha Baekkie, não sei porquê você foi inventar de pedir justamente a minha ajuda para isso, mas...

– Pedi por causa do Suho, seu noivo. – o interrompeu, esclarecendo seus motivos. – Ele é rico, obviamente, né? – dessa vez foi Yixing quem acenou positivamente com a cabeça, querendo saber onde ele estava tentando chegar com aquilo. – Então, achei que poderia contar com ele para me ajudar doando um pouquinho de dinheiro para essa boa causa. – se referia a compra de um carro novo para si, dando um sorrisinho sem graça e amarelo. – Aí chamei você aqui, pra compartilhar essa ideia e por ela em pratica.

– Antes de tudo, por que falou comigo e não com o Junmyeon diretamente? – essa foi a primeira coisa que veio a mente de Lay quando ouviu a justificativa do loiro.

– Porque eu sou mais amigo de você do que dele, e não saberia o que dizer para ele, como começar a falar sobre isso... – foi sincero novamente, dando de ombros.

E mais uma vez, um suspiro escapou pelos lábios bem desenhados de Yixing enquanto negava com a cabeça, fitando Baek com descrença e um leve toque de deboche. Era quase que inacreditável aquilo tudo que ouviu, e chegava quase a ser engraçado, só não era tão hilário assim porque ele se encontrava naquela situação. Certamente se fosse qualquer outro em seu lugar, riria abertamente e, para não soar tão desagradável e um completo cuzão, ofereceria ajuda para o pobre infeliz. Mas naquele caso, o pobre infeliz da vez era ele.

– Em relação a sua "ideia grandiosa", só tenho uma coisa a falar: não vai rolar... – foi curto, grosso e desagradável ao dar aquela resposta, fazendo um bico involuntário e imediato se formar nos lábios de Byun depois de ele abrir a boca num perfeito "o". – Não sei como você acabou "perdendo" esse carro, mas não vai dar pra te ajudar nisso. É uma coisa tão improvável e bizarra de acontecer numa boa que eu não sei por que pensou que iria funcionar ou que eu e Junmyeon iríamos aceitar isso. – falou a verdade.

– Não vai dar mesmo? – o loiro insistiu uma ultima vez antes de ceder. Sim, ele ia desistir fácil dessa vez, afinal, ficou inseguro de sua própria ideia de ultima hora e quase não conseguiu falá-la, e tudo isso já era estranho demais.

Lay maneou a cabeça em negativa, dando sua resposta mais uma vez.

– Lamento, mas não. – e novamente, um bico fofo de indignação se formou no rosto de Baek. Parecia uma criança mimada, e tal pensamento fez o chinês querer rir, mas se conteve. – Você precisa aprender a lidar e resolver seus problemas sozinho. – uma última e rápida lição de moral, só pra não perder o costume.

– Aish... – resmungou cruzando os braços. – Tem certeza de que não vai dar, tipo, é só fazer um esforcinho e... – se interrompeu ao ser encarado severamente por Lay. Não era todo dia que o chinês o fitava com tanto rancor, então era melhor não arriscar. – Tá bom, parei... – desistiu de vez.

– Ótimo. – o outro falou satisfeito. – Bem, se não tiver nada importante de verdade pra tratar comigo, eu já vou, ok?

– Já vai pra onde? – ele, curioso e interesseiro do jeito que era, perguntou, vendo ali uma oportunidade de tornar aquele dia um pouco menos merda.

– Sei lá, tava pensando em sair. – pousou novamente a mão no queixo. E com isso, os olhos de Baekhyun brilharam esperançosos juntos de um sorrisinho discreto em sua boca. – O dia hoje ta meio entediante...

– Concordo plenamente! – levantou-se num pulo, esticando-se todo para espantar a moleza que o fazia querer deitar num móvel confortável e nunca mais levantar. – Mas e ai, já tem algum lugar em mente onde nós podemos ir?

– 'Nós'? Ué... E eu te convidei? – Yixing o olhou interrogativo, de fato não se lembrando se havia ou não chamado Baek para sair junto de si.

O sorriso travesso do baixinho quase não cabia em seu rosto após a pergunta do chinês, inclusive ele teve que abaixar levemente a cabeça, para não dar muito na cara que estava mentindo e, acima de tudo, achando graça de tudo aquilo. Que Deus abençoe Lay e sua falta de atenção!

Respirou fundo, comprimindo os lábios para não gargalhar alto e estragar tudo. Conseguiu se recompor um pouco e disfarçou novamente fazendo uma pose indiferente.

– Claro que convidou Xing, não se lembra? – falou com um falso tom surpreso, atuando tão bem que seria capaz de convencer qualquer um. Então, sendo assim, convencer Lay seria facílimo.

– Hum... Pra ser sincero, não. 

– Nossa, então ainda bem que eu te lembrei, né. – deu uma piscadela amigável em direção a ele. – Imagina se você sai sem mim, sendo que havíamos combinado de fazer isso juntos... Eu nunca te perdoaria! – pôs a mão no peito, como se apenas cogitar aquela possibilidade o magoasse profundamente. Tudo atuação, óbvio.

– Poxa, verdade, ainda bem mesmo Baekkie. – admitiu, se sentindo aliviado por ter sido lembrado daquele fato importante. Obviamente, ele caiu feito um patinho naquela conversa. – Valeu. – sorriu para o amigo, fazendo sua covinha dizer um olá para o mundo.

– Tudo bem – segurou fortemente a risada, satisfeito por conseguir mais esse feito. – Só não faça mais isso. – fez uma carinha de bebê prestes a chorar, quase fazendo Lay se derreter inteiro com tamanha fofura.

– Não vou fazer. – assegurou com o peito estufado. – Então, vamos?

– Calma, vou só trocar de roupa. – recebeu um aceno de cabeça por parte do amigo e levantou do sofá, subindo as escadas rumo a seu quarto.

As roupas que usava estavam boas para serem usadas em publico, independente do ambiente, mas como Byun era um pouco neurótico em relação a própria imagem, decidiu não arriscar tanto.

Quando chegou lá, finalmente pode rir consideravelmente alto, pois já não estava mais se aguentando. Ah, como Lay era enganável...

Ao menos, graças a ele, não passaria uma tarde inteira de tédio, afinal, já bastava a manhã...

 

(─‿‿─)

 

Ter enganado o amigo chinês para sair do tédio foi a melhor coisa que já fez naquele dia – depois de dar uns pegas no cozinheiro, claro... Inclusive, precisava terminar o que tinha começado depois, mas enfim. O resto do dia realmente foi proveitoso e digno, mil vezes melhor do que ficar em casa com vários nadas a se fazer. Saiu junto de Lay, sem rumo e sem grandes expectativas de uma tarde boa, mas ainda assim conseguiu aproveitar um pouco. Não fizeram mais do que dar uma volta por algumas lojas – sem praticar ao ato de consumismo excessivo, infelizmente –, tomar sorvete e comer algumas outras comidas deliciosas. Um passeio simples, porém divertido.

Byun nem se lembrava da última vez que havia gostado tanto de fazer uma coisinha casual e simbólica como essa, era tão revigorante e ao mesmo tempo prazeroso... Precisava fazer isso mais vezes!

Talvez essa tal "última vez" que ele tanto tentava buscar em suas memórias nem existisse de fato e estivesse tentando relembrá-la a toa. Ou se existisse, estava tão bem guardada no fundo de sua mente que sequer cogitava a possibilidade de ela ter sido real. Apenas se recordou vagamente do dia em que Jongin saiu junto de si para lhe comprar um presente de aniversário, ainda um pouco no começo de seu namoro com o rapaz. Foi um dia bem alegre e especial, isso que conseguiu concluir ao pensar um pouco naquilo.

Não lembrava de muitos detalhes, mas lembrava que foi um dos dias em que mais sorriu em toda vida. Esse era o efeito da companhia de Kai para o baixinho, desde o inicio de tudo: sorrisos bobos o tempo todo... Aish, mas que droga! Por que aquele merda teve que fazer o que fez?!

Enfim... Baekhyun achou que não seria muito esperto continuar trazendo a tona em sua mente momentos felizes ao lado do ex, até porque não mudaria o fato de ainda achá-lo um cretino lazarento (coisa que nem as mais felizes das lembranças junto dele seria capaz de mudar) por ter feito uma atrocidade daquelas, que só de pensar sobre, fazia suas entranhas comprimirem e a cara contorcer-se em algo como vontade de chorar e nojo ao extremo.

De fato, não seria nem um pouco elegante e conveniente começar a chorar do nada na companhia de Yixing. Luhan até que vai, porque aquele chinês sim sabia lhe acalmar um pouco quando fazia escândalo, mas tinha quase que a absoluta certeza de que Lay não realizaria tal proeza.

Depois da carona que recebeu do amigo, finalmente chegou em casa. O caminho de volta todo foi feito ao som de Mr. Taxi e os dois ainda arriscaram em algumas músicas internacionais. Claro que pagaram micão juntos, cantando as letras de forma exageradamente alta e atraindo atenção de todos no transito, mas mesmo assim não pararam de berrar um minuto sequer. Dois idiotas mesmo...

Já estava praticamente de noite, mesmo ainda não sendo tão escuro assim. Byun insistiu horrores para que Yixing ficasse um pouco mais em sua casa, com intenções além do que ter apenas a companhia dele, é claro. O loiro era bem orgulhoso em relação a tudo, e isso não seria diferente se tratando de seu pai.

Por mais que o homem tenha deixado claro que estaria disposto a ajudá-lo apenas com meros conselhos – que na visão de senhor Byun, já era muito –, o baixinho não queria saber. Alguma coisa dentro de si repetia e ecoava incansavelmente que seu ego ficaria abalado caso fosse com a cara lisa conversar com o pai a respeito disso, o pedindo os conselhos. Isso era uma coisa inadmissível! Baekhyun queria mostrar que não precisava da ajuda do mais velho naquilo, mesmo que para isso tivesse que apelar para Yixing.

Baek sabia que o amigo era manjador "desses tais assuntos" e que poderia lhe ajudar, caso pedisse direitinho com carinho. Por sorte, convencer os outros a fazer suas vontades era com ele mesmo.

 

(ಠ - ಠ)

 

– Espera ai... – Lay falou de repente, depois de ficar uns bons minutos absorvendo a explicação que ouviu de Baekhyun. – Deixa eu ver se eu entendi... Você ficou encarregado de contratar o jardineiro novo pra sua mãe, certo? – o loiro confirmou a pergunta com um aceno. – Daí foi pedir ajuda para o seu pai e ele basicamente mandou você se virar sozinho depois de anunciar a vaga, certo?

– Sim.

– E agora você tá pedindo a minha ajuda pra selecionar um empregado digno o mais rápido possível e não ser morto pela sua mãe caso alguma flor dela morra por falta de cuidados, é isso? – o olhou interrogativo.

– É isso mesmo.

– Ah, meu Deus... – Yixing suspirou, relaxando as costas no encosto da cadeira e passando a mão no rosto com certa força.

Ambos se encontravam dentro do escritório do pai de Baekhyun, e este depois de muito insistir, implorar, espernear e dizer para ele que se tratava da "surpresa" para sua mãe, conseguiu autorização e bênção para entrar naquele lugar sagrado e proibido da casa.

O homem não aprovava a ideia de ter qualquer um dos dois filhos entrando e saindo livremente do seu ambiente de trabalho, não era uma coisa muito confortável e animadora para ele. Se já não gostava da própria esposa fazendo isso, imagina aquelas duas pestes.

Achava aquilo tudo muito arriscado, principalmente por guardar papéis importantes e arquivar casos nos armários do cômodo. Imagina que catástrofe seria se por acaso eles decidissem, por algum motivo desconhecido, revirar todas as coisas em sua sala?! Eu hein... Ele se arrepiava só de pensar nisso... Ainda bem que nunca aconteceu.

Byun tinha acabado de explicar algumas coisas de sua situação  para Lay, calmamente e detalhadamente para que ele entendesse tudo, ou pelo menos que entendesse o principal, coisa que aparentemente deu certo. Ocultou um fato ou outro, como por exemplo seu pai ter lhe oferecido "ajuda", mas era irrelevante... Ou quase isso.

Como o esperado, o chinês se encontrava em estado de negação e provavelmente recusaria o ajudar em tudo aquilo, mas quem sabe insistir um pouquinho não renda em alguma coisa.

Baekhyun não era nenhum idiota ao extremo e sabia que, depois da divulgação de uma vaga de emprego, muitos candidatos que querem ocupá-la iriam aparecer e todo esse blá, blá, blá que ele não dava a mínima. Porém, saber o que acontece depois não significa saber como resolver tudo isso.

– Por favorzinho Xing, quebra esse galho pra mim! Nunca te pedi nada. – implorou.

– Pediu sim, muitas coisas. – contrariou o outro, o olhando com os olhos semicerrados.

– Isso não vem ao caso. – desconversou pigarreando, até porque não queria focar naquele assunto. Não seria muito vantajoso fazer isso, até porque há apenas algumas horas atrás havia pedido um carro para ele... A porra de um carro! Se isso é "pedir nada" pra ele, imagina se realmente pedisse alguma coisa... – Mas e ai? Pode me ajudar?

– Aaahh... Não é uma tarefa impossível de se fazer sozinho, Baek. – o chinês praticamente choramingou com um semblante sofrido. Não queria se meter muito naquilo, na verdade nem sabia o porquê de ter ido a casa de Byun quando ele falou que tinha algo importante para lhe dizer pessoalmente. Devia ter desconfiado desde o princípio... Ele não era de ligar para tratar de assuntos que não fossem cancelar algumas aulas, mas ai do nada recebe um telefonema dele que não era a respeito disso. Algo de errado não estava certo. – É só... – tentou buscar as palavras certas. – Sei lá... Só selecionar ao menos algumas pessoas que você acha que possam dar conta do recado, aí...

– E você acha que eu acho alguma coisa?! – cortou sua fala, fazendo cara de incrédulo. A pergunta saiu meio confusa, mas Lay nem fazia questão de tentar entendê-la, já havia se acostumado com esse jeito incompreensível de Baekhyun. – Porque se eu achasse, não estaria aqui pedindo sua ajuda, já teria me virado sozinho!

Dobrar aquele garoto era uma tarefa impossível! Meu Deus!

Estava claramente evidente que ele se manteria irredutível em relação a sua opinião, deixando Yixing sem escolha.

– Tá bom, tá bom... – falou, fazendo-o se acalmar um pouco.

– Então isso quer dizer que você aceita? – perguntou esperançoso.

– Olha... – pausou o próprio discurso por um momento. Estava repensando mentalmente se deveria ceder de uma vez, o que pode ser considerado apenas como uma pausa dramática para deixar Byun mais tenso, porque não tinha jeito mesmo. – É... Tudo bem, aceito.

Com essa confirmação, o loiro pode respirar aliviado. Novamente, ele sabia que conseguiria, afinal, é humanamente impossível resistir a suas insistências.

– Maravilhoso! – Byun se animou após se sentir mais leve. – E ai, por onde eu começo?

– Eu já falei o básico do básico pra você, pode tomar isso como um começo.

– Falou? – coçou a cabeça, franzindo o cenho em confusão. – Nossa, pois então repete, porque eu não lembro de nada... Na verdade, eu mal ouvi o que você disse. – confessou. – Então, por favor, fala de novo.

E novamente, Yixing respirou fundo no mais puro cansaço. Pelo visto teria um desafio e tanto pela frente.


Notas Finais


Então, acho que eu vou falar (no caso, escrever) muito aqui. Só vamo né...

Pois é, como já disse, eu não to nem um pouco bem e muito menos feliz. To muito puta da vida, porque uma merda aconteceu..,.,. Meu PC quebrou ;()
....what is life? ;;;-
E tipo, o que me deixou mais indignada (e curiosa) com tudo isso foi que uma criança quebrou ele, mano. Sim, uma piveta de 1 ano e num sei quantos meses fudeu meu PC sozinha, e como isso aconteceu eu não sei. Só sei que antes dessa fatalidade horrível acontecer eu saí de casa e minha mãe ficou tomando conta dessa cria, e segundo ela, só deixou a peste por 1 minuto sozinha no meu quarto pra fazer sabe-se lá deus o quê na cozinha. UM MINUTO MAN!! UM FUCKING MINUTO FOI O SUFICIENTE PRA ESSA AFRONTA ACONTECER!!1
(Primeiramente: não sei por que caralhos ela foi deixar a criaturinha justamente no meu quarto e não no dela, mas ok, se eu me esforçar bastante consigo relevar isso... Só preciso me esforçar tipo muito, muito mesmo...)
Então, continuando... Ela disse que durante esse curto período de tempo que ficou na cozinha, só ouviu um barulho da porra lá do meu quarto e voltou correndo, e quando viu era a CPU no chão, com a diabinha toda tranquila do lado, como se não tivesse feito nada de errado...
Quando eu ouvi ela me contando isso, uma lágrima de tristeza quase escorreu aqui... Ain ;-;
Enfim, saporra já foi mandada pro concerto (a CPU, não a menina.. hsaushaushsua q merd lhsauskjfjg) e já já tá de volta...EEeeEeE

Dica do dia: não confie em crianças de 1 ano e tantos meses de idade, você pode se dar muito mal e perder um PC de sobra, e tudo por causa disso... Open your eyes........

E é isso ai... Que porra né?
Pois bem, concordo.
Até mais
Bjss <3


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