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História Meu Mecânico Indecente - Sprousehart - Chapter 15


Escrita por: honey-angel

Notas do Autor


Boa leitura, meus xuxus ‹3

Capítulo 15 - Chapter 15



                               COLE SPROUSE


— Se você pudesse ser um super-herói por um dia, quem você escolheria: Batman ou Thor? — a loirinha de microshorts me pergunta.


Ela está dentro da minha oficina, estendendo uma casquinha de sorvete pra mim, depois de ter perdido qualquer noção de espaço e tempo me encarando e ter passado a noite inteira se esfregando em mim na minha cama. Minha vontade é rir da pergunta e jogá-la em cima do capô de qualquer carro aqui parado. Não sei se ela lembra exatamente das coisas que aconteceram na noite passada, mas não quero deixá-la constrangida. Tudo que eu posso dizer é que não preguei o olho a noite inteira. Também, pudera. Quem conseguiria dormir com uma mulher se esfregando daquele jeito sem tirar uma lasquinha?

— Qual dos dois você gostaria que eu fosse? — devolvo a pergunta e ela segue me encarando.

— Eu perguntei primeiro e não é uma questão de preferências e, sim, de identificação — ela fala séria, como se a vida dependesse da minha resposta.

— Vamos lá, loirinha. Primeiro que Thor não é super-herói e, sim, o Deus nórdico pagão dos trovões e das batalhas. Não sou tão convencido assim pra me achar um Deus. Então, me sobraria o Batman… Porém, não curto o cara. Se parar pra pensar, ele só vira o Batman pra buscar vingança… — A loirinha faz uma cara de incrédula e continuo: — Sabe quem eu queria ser?

— Quem? — ela parece realmente interessada na resposta.

— O seu mecânico indecente! — Pisco o olho para ela, pego a casquinha de sua mão e dou um beijo em sua bochecha, bem no canto da boca, só para provocar. — E você, dormiu bem?

Sissi me encara como se estivesse vendo um fantasma. Ou um E.T. Não sei distinguir direito que tipo de olhar é esse. Mas que parece que ela está vendo algo inacreditável, parece.

— Dormi sim. — Ela abaixa a cabeça, envergonhada. — Desculpe por ontem à noite e pelo trabalho que te dei.

— Não tem problema, não, loirinha! Eu até que gostei de ser usado de travesseiro. Teria gostado mais se tivesse aproveitado antes, mas, no estado que você estava, não tinha condições. — Sorrio e pisco novamente. Ela continua me encarando, como se estivesse vendo seres com cinco braços e três pernas. — Então, o que achou da cidade em suas caminhadas noturnas e diurnas?


 — Achei uma graça, sabe?! Sempre quis morar em um lugar assim. Pequeno, onde todos se conhecem Fico imaginando criar meus filhos assim, em um lugar onde as pessoas respeitam os pedestres, não precisam ficar todo tempo presas em casas com grades ou edifícios com câmeras de segurança. — Sissi tem um sorriso sincero quando fala da cidade.

— Sério? — questiono, surpreso com a empolgação dela sobre Vale da Esperança.

— Claro! Tô falando super sério. Por quê? Só porque você me acha uma patricinha metida eu não posso gostar da vida no interior? — A loirinha parece ofendida com meu questionamento.

— Não é, Sissi… é que eu nunca pensei nesse lugar desse jeito. Para mim, aqui sempre foi um fardo ou um carma, não sei bem. Sempre quis ir embora e nunca mais voltar. — Agora é ela que parece surpresa.


— E por que não foi? Ou melhor, por que não ficou na cidade grande quando fez faculdade? — A loirinha dá uma lambida em sua casquinha e, involuntariamente, meu pau pensa que ele é o sorvete e se manifesta. Sim, meu pau tem pensamentos próprios.


— É complicado, meu avô me criou depois que meus pais faleceram em um acidente de carro. Ele já era viúvo na época. Eu tinha onze anos. Então, quando terminei a faculdade e… — Respiro fundo. Não quero contar sobre Fernanda e toda a merda que se passou. — Bem, depois que terminei a faculdade, ele estava começando a ficar doente e já não podia mais se cuidar sozinho. Por isso, voltei pra ficar perto dele e auxiliá-lo. A mecânica foi fundada pelo meu bisavô e ele sempre cuidou do negócio. O único herdeiro era eu. Quando ele adoeceu, passei a tomar conta de tudo e, mesmo depois que ele faleceu, fiquei aqui. — Ela parece ter feito uma grande descoberta.


— Ah! Então a casa que você mora era dos seus avós? — Balanço a cabeça em afirmação. — Agora está explicado.

— Explicado o que, loirinha?

— A decoração… o aconchego… todo aquele lugar não parece ter a ver com você…

Dou uma risada com a constatação dela. Termino meu sorvete enquanto ainda conversamos sobre minha casa, a decoração e os pratinhos de porcelana pendurados na parede que parecem tê-la encantado.

— Você nunca pensou em colocar alguém para administrar aqui e seguir seu sonho? — Sissi me faz a mesma pergunta que já me fiz inúmeras vezes. Só que de modo diferente. A pergunta mesmo é: por que eu nunca fui realmente atrás do que eu queria? E a resposta eu sei: por causa da Fernanda e de todo o trauma que tudo isso me trouxe.

— Pensei… mas nunca tive realmente uma motivação para ir adiante com essa ideia. — A loirinha ainda parece enxergar um ser de outro planeta na sua frente. — Mas me diga. Quais os planos para hoje?


— Não sei… acho que já caminhei a cidade toda. Posso ficar aqui e ajudar você. — Por um minuto, parece que ela se arrepende da oferta. — Se não for te atrapalhar, é claro.

— Claro que não atrapalha. Você pode me ajudar alcançando as ferramentas. Entende alguma coisa de ferramentas, loirinha?

Sissi ri para mim e pergunta por onde começamos. Ficamos o resto da manhã conversando sobre carreira, planos e sonhos. Ela parece não gostar muito de falar da sua família e, sempre que pergunto, ela foge do assunto. Mas o resto da manhã se torna mais agradável em sua companhia, ainda mais cada vez que saio de baixo do carro e dou de cara com suas pernas.


— Que você acha de a gente fazer uma pausa e ir almoçar? — pergunto, saindo completamente debaixo do carro e encarando-a. A cara que ela faz cada vez que me vê nesse estado é como um leão vendo um veado correndo pela savana.

— Claro! — a loirinha demora um pouco a responder. Será que ela fica nos imaginando fodendo e fica molhada com isso?

— Vou só tomar um banho rápido e vamos.

A oficina tem um pequeno apartamento aos fundos. Além do escritório, tem uma cozinha e uma suíte. O meu avô contava que, quando meu bisavô construiu aqui, ele ainda era solteiro e muito pobre, por isso fez sua casa junto com a oficina.

Tomo meu banho, coloco uma roupa limpa, desodorante e um pouco de perfume. Logo que saio em direção à oficina, ouço as risadas de Sissi. Já imagino o que esteja acontecendo.

— Mas, afinal, foram vocês que avisaram ele onde eu estava? — ela pergunta. Apresso o passo antes que seja respondida.

— Pontualidade de sempre, hein, Kj?!

— Se eu não levo esse cara pra almoçar todos os dias, ele fica aqui no meio da graxa e esquece que tem que comer — Kj fala para Sissi. — Esse bonitão aí precisa que sempre tenha alguém cuidando dele.

Sissi ri do comentário de Kj e, antes que a conversa se estenda, resolvo sair caminhando. 


Eles vêm atrás. Mas não será fácil me livrar de todas as histórias que sei que Kj irá contar para ela sobre a nossa infância e adolescência. Caminhamos duas quadras até o restaurante, enquanto o assunto principal é a noite anterior e o pedido de orgasmos da loirinha. Diferente da envergonhada Sissi que pediu desculpas pelo trabalho que me deu mais cedo, essa que agora conversa com Kj animadamente dá risadas da cena que protagonizou. Olhando-a sorrir e tão à vontade com Kj, passa em minha cabeça a imagem da loirinha e eu mais velhos, sentados na varanda de casa, contando aos nossos netos adolescentes do fiasco que a vovó fez quando conheceu o vovô. 


Eu só posso estar ficando louco.


Notas Finais


Será que ele está louco de amor por ela e não percebe??


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