COLE SPROUSE
Amanhã, Sissi vai embora. Por mais que eu queira pensar em qualquer outra coisa, a única coisa que consigo é nisso. Penso “preciso comprar o vinho” e em seguida “amanhã a Sissi vai embora”. Lembro que preciso fazer o pagamento de um fornecedor e depois “amanhã Sissi vai embora”.
Sei que conversamos sobre isso e combinamos que daríamos um jeito de dar certo. Mas saber que ela vai embora amanhã dá um vazio muito grande. Vazio porra nenhuma, dá medo mesmo! E se ela achar alguém mais interessante? E se perceber que sou apenas um idiota do interior que não tem nada? É medo mesmo que eu sinto que ela nunca mais volte. Não sei o que eu faria se isso acontecesse.
É estranho como as coisas aconteceram entre nós. Foi tudo tão rápido, mas tenho a sensação que faz muito tempo que estamos juntos. E agora ela vai embora. Não é para sempre, mas, mesmo assim, parece ser. Quero fazer algo especial para essa noite de despedida, por isso peço a ajuda da Sol e do Kj. Enquanto ele distrai Sissi na escola, Sol me ajuda a preparar o jantar. Resolvi fazer uma receita de ravioli da minha avó. Até a massa faço em casa.
Decoro a mesa com velas e flores e jogo pétalas de rosas na nossa cama. Quero que esse jantar seja especial e que ela saia daqui com vontade de voltar.
—É… — Sol me faz voltar à realidade. — Quem diria que o senhor Cole Sprouse, o mecânico mais safado e sexy desta cidadezinha, ia virar um romântico incurável por uma patricinha mimada. — Ela dá risada, mas vejo que realmente está feliz por eu ter encontrado a Sissi.
— Ué?! Não era você que sempre dizia que precisava me apaixonar e me envolver com alguém? Então, agora me aguente.
Sol fica me provocando mais um pouco até que terminamos o jantar. Nós nos despedimos e subo para tomar um banho. Tenho pouco tempo até que Kj deixe a loirinha aqui.
★★★★
— Cole?! — Sissi grita quando chega em casa. — Que cheiro delicioso é esse?
A casa inteira cheira ao molho de tomate dos ravioli. No som, toca uma seleção de blues, pois sei que ela adora. As luzes, deixei semiacesas para dar o clima e as velas chamarem a atenção. Quero que nossa noite seja perfeita.
Saio da cozinha segurando duas taças de vinho e fico feliz quando percebo que Sissi está olhando cada detalhe que preparei.
— Gostou? — pergunto, encostado no batente da porta.
— Isso tudo é pra mim?
— É pra você querer voltar depois.
Sissi se aproxima de mim. Tira as taças da minha mão, coloca na mesa, volta, parando bem na minha frente, e segura minhas mãos.
— Cole, eu nem quero ir embora. Não precisa fazer tudo isso pra eu voltar. Eu já disse, eu quero estar com você e daremos um jeito. Mas assim como você tem a sua oficina, eu tenho a banda. A gente vai conciliar, eu prometo. — Ela beija o meu rosto e me abraça. — Eu vou sentir muita falta de você — ela confessa e encaixa o rosto em meu ombro.
— Eu também. Não queria que você precisasse ir. — Aperto a loirinha contra meu corpo. — Se eu pudesse, nunca mais desgrudaria de você.
Nossas bocas se encontram e me perco no gosto da loirinha. Meu pensamento continua o mesmo "amanhã ela vai embora”, então quero aproveitar cada segundo que ainda me resta com Sissi. Ela enlaça os braços em meu pescoço e a puxo para meu colo. Lili agarra minha cintura com suas pernas e vou caminhando com ela assim até o sofá, sem deixar que nossas bocas percam o contato.
Deito-a e me debruço sobre ela. Sissi mal sente meu peso e já começa a gemer. Quando beijo seu pescoço, sua pele inteira se arrepia e ela sussurra meu nome. A loirinha puxa minha camiseta para que eu tire e prontamente atendo seu pedido. Suas mãos passeiam pelas minhas costas, ora fazendo carícias, ora cravando suas unhas em minha pele enquanto ela rebola embaixo de mim e se esfrega, buscando alívio.
Retiro sua camiseta e encontro os peitos durinhos que tanto me deixam excitado. Abro seu sutiã. Quero-os em minha boca, mas a campainha toca.
— Merda! — Penso em matar quem quer que esteja do outro lado. — Deixa tocar… — mas as batidas na porta ficam insistentes.
Eu me levanto do sofá sob os protestos de Sissi, que ri de como fiquei irritado com a interrupção. Quando espio pela janela lateral, levo um susto.
— Por que o Senador Reinhart está na minha casa?
A pergunta é retórica e vou caminhando para abrir a porta quando Sissi grita:
— Não! Não abre, Cole! Por favor! — Ela está colocando a roupa novamente, vindo em minha direção. — Eu preciso te falar uma coisa… — Sissi termina de colocar a camiseta e respira fundo. — Ele é meu pai.
— O quê? — Acho que Sissi acabou de me dizer que é filha de um dos políticos mais corruptos do nosso estado. — Você é filha dele? — Eu me afasto da porta. As batidas são insistentes. — Só um momento! — grito e viro pra encarar Sissi e falo baixinho. — O que faremos agora?
— Eu vou resolver isso. Já deveria há muito tempo. Depois te explico tudo, ok?!
Apenas assinto com a cabeça. Estou completamente tonto com a notícia e mais ainda com o pai dela estar parado na minha porta. Visto minha camiseta e fico sentado no sofá enquanto vejo Sissi se ajeitar e abrir a porta. Parece que estou em um filme, assistindo o que acontece como se eu não pertencesse a esse lugar.
— O que você está fazendo aqui? — Sissi pergunta assim que abre uma pequena fresta, impedindo a entrada do seu pai na casa.
— Nós precisamos conversar, Lili — ele diz e vejo que força a porta. — Você não me deu outra escolha a não ser colocar detetives atrás de você. Só nunca imaginei que você teria um caso com um mecânico de uma cidadezinha como essa pra me provocar. — Ele força a porta e a loirinha continua segurando-a firme.
— Eu não estou tendo um caso, pai. Eu amo o Cole e estamos namorando. Nada disso tem a ver com você. Aliás, você não tem nada a ver com a minha vida e nem quero que tenha.
— Você tem acompanhado os jornais, Lili? Eu estou sendo vítima de uma conspiração para me derrubar! Preciso de toda a família ao meu lado quando for preso. Principalmente você. Senão, as especulações vão piorar e podem levantar alguma suspeita ou falsa acusação de que você fugiu porque eu realmente sou culpado.
— Mas foi por isso que eu fugi. Porque tenho vergonha do senhor e de todas as suas falcatruas. — A loirinha começa a chorar. Vejo quando perde as forças em segurar a porta e corro para abraçá-la.
— Conversem aqui dentro — digo enquanto abraço Sissi e abro a porta para seu pai. Estendo uma das mãos, enquanto envolvo Lili com o outro braço. — Prazer, Cole.
— Tire de volta da minha filha esses braços sujos e fedorentos de gente pobre agora, seu mecânico de merda! Acha mesmo que eu criei filha pra morar no interior como uma coitada e passar trabalho? Afaste-se dela agora! — o homem grita e só penso que vou socar a sua cara.
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