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História Meu melhor erro - Um pouco de você


Escrita por: brru

Notas do Autor


ola :)

Capítulo 7 - Um pouco de você


Um pouco de você

 

Manuela fora trocar-se deixando-me em meu quarto. Eu estava ainda mais confusa, se ajudasse ela a terminar com Fernando, provavelmente Fernando, pensaria que eu estaria disposta a seguir com essa loucura que estava acontecendo entre nós. Bom, e por mais que aparecesse prematuro, um fio de felicidade me surgiu, isso era tão absurdo, eu e Fernando nunca nos demos bem, e de repente estávamos  desejando um ao outro. É realmente absurdo e encantador. Eu não parava de pensar naquele... suspirei.          

 

– Por que esta rindo igual uma idiota?- Manuela perguntou olhando-me da porta.

– Ei, me respeite garota...- sorri.– Eu troquei suas fraldas!

– Não me lembre disso...-virou os olhos.– Então, posso dormir com você?

– Claro!- ela correu, e jogou-se em minha cama, sorri e a abracei.

– O que acha que devo falar para, Fernando?- respirei fundo.– Ele sempre fora tão amável comigo, Lety...- ela virou-se, e me olhou sob a luz fraca.– Você precisa me dizer algo!

– Ora, eu não sei! Eu nunca terminei com ninguém...- ela sorriu.– Mas já levei muitos foras, nisso eu realmente tenho experiência.

– Eu estou em um misto de felicidade e tristeza.- bufou.– Por que essas coisas são tão difíceis?

– Ah Manuela, o amor ao mesmo tempo que nos faz flutuar, pode nos deixar cair em queda livre... É como se você não quisesse andar na montanha russa. Entretanto, você consegue vencer o seu medo, e depois que ela é ligada, você já esta em um caminho sem volta, você apenas tem que gritar, levantar os braços e sentir a adrenalina dominar seu corpo...      

– Como você consegue dizer essas coisas?- indagou surpresa, e sorri.– Bom, eu não sei a minha definição de amor... Mas quando vejo Eduardo, sinto um frio na barriga insuportável, sinto que preciso abraçá-lo e me perder em seu abraço... Já sentira isso, Lety? Já sentira, que precisa tomar uma decisão, que se esperasse mais, talvez tudo estivesse perdido?

 

Oh deus, eu estava sentindo isso naquele exato momento. Tinha que tomar uma decisão, e a cada segundo que passava parecia que ficara mais difícil decidir-me. Se todos aqueles sintomas que Manuela havia mencionado fora de paixão, eu só tinha uma certeza, Fernando era quem estava me fazendo sentir todos eles.         

 

– Talvez sim, Manu...- sussurrei, a olhando.– Eu já senti tantas coisas que as vezes não sei diferenciá-las... é um misto de tudo.

– Eu sinto falta de papai, ele parecia entender tanto dessas coisas!- assenti.– Eu não quero dizer nada a mamãe, acho que temos que poupá-la. - ela bocejou.– Hoje a ajudei a fazer mini bolos... Ela pareceu satisfeita!

– Ela sempre fica feliz quando estamos do lado dela...

– Sim..- sussurrou.– Bom, boa noite... A amo.- ela disse, e logo depois fechou os olhos.

– Eu também a amo...- olhei para janela, e a chuva já havia cessado. O pouco sono que eu estava sentindo, se fora.

 

Seria mais uma noite daquelas que ficara apenas eu e minha xícara de chá vagando por toda casa. Levantei lentamente de minha cama, busquei por meu livro preferido e rumei para a cozinha. Minutos depois estava eu sentada a mesa, esperando meu chá ficar frio, e lendo mais um pouco das aventuras de Maria e Antony.

– Maria, eu preciso de sua ajuda!- ele exclamou.

– Desculpe-me, Antony. Mas nós dois queremos esse cargo, estamos a cada segundo lutando um contra o outro...- ela suspirou.– Não posso ajudá-lo...- ele assentiu, e ela fora embora.

Antony precisava elaborar um perfeito balancete sobre os últimos investimentos da empresa que pensara trabalhar. Porém, ele usufruía de pouco conhecimento, e se lembrara que faltara todas suas aulas de contabilidade enquanto ainda estava na faculdade. Mas Maria, uma vez dissera que, se não sabes nada a respeito de algo, não custa nada pesquisar e tomar o minimo de conhecimento possível. Ele se enfurnou em uma pequena biblioteca que havia no escritório. Passara toda a noite, pesquisando, e lendo livros empoeirados. Ate que finalmente seu balancete estava pronto.     

Na manha seguinte, Maria o encontrou debruçado por cima de alguns livros e totalmente adormecido. Ela suspirou orgulhosa e satisfeita, parecia que o Antony imaturo estava aprendendo a tomar decisões.  

 – Isso seu bobão. Nós precisamos ter atitude, precisamos seguir em frente, ficar parado não o levara a lugar nenhum..- sussurrou ainda o observando.– Bom, eu vou buscar café para nós...- disse rindo.

 

Suspirei sorrindo. Os meus amores finalmente estavam amadurecendo. Olhei para o relógio na parede da cozinha e vi que ainda tinha tempo de ler algumas paginas. Mas minha atenção fora totalmente tomada por meu celular.

“Eu sinto sua falta na instituição...- Tomas”

“Eu também sinto a sua Tomas... Mas ando totalmente atarefada.-Lety”

“Dona Julieta, disse-me que você voltou a lecionar! Esta tudo bem?- Tomas” 

Não, não esta Tomas.

“Sim, esta correndo tudo bem!- Lety”

“O Mendiola esta apaixonado por você, você já percebeu?- Tomas.”

Levantei-me de uma vez, sufoquei um grito com minha mão .

“De onde você tirou isso? -Lety”

“Ai Lety, ate parece que eu não a conheço... Eu sei que você esta na mesma! Vi vocês se beijando.- Tomas.”   

“ AI MEU DEUS TOMAS!  Você disse a alguém? - Lety”

“Sim, aos meus amigos imaginários! Eu não quero ter nada a ver com isso, Lety. Sei que você já esta com problemas demais... Boa sorte.- Tomas”

“Eu sei que esta rindo de mim seu idiota!- Lety”

“Sim, eu estou... E também estou ansioso para saber onde isso vai terminar!-Tomas”

“Quando eu o vir pela rua, vou passar o carro por cima de você Tomas!- Lety”    

“Você não tem carro, Lety!- Tomas”

Sorri.

“Bom, eu tenho que ir... A amo.- Tomas”

“Eu também o amo...-Lety”

“Ei, como sabia que eu estava acordada há essa hora?- Lety.”

“Eu não sei, eu simplesmente senti sua falta... É isso que os amigos devem fazer, não é? De vez enquanto dizer um “oi”.- Tomas. 

 

Reli sua ultima mensagem e sorri com um aperto no coração. Eu deixei de dizê-lo “oi” tantas vezes. Eu estava deixando as coisas acontecerem de modo que me faltava o controle. Deus, por que eu tive que nascer tão insegura?

“Nós precisamos ter atitude, precisamos seguir em frente, ficar parado não o levara a lugar nenhum...”

Foi o que Maria disse a Antony. Olhei para meu celular e voltei para meu histórico de mensagens, passei por todas de Pablo ate encontrar a única que Fernando havia  me enviado.

“Você não me disse exatamente de que livros gosta de ler...pra falar a verdade você sequer me deixa falar. Então eu pedi a minha mãe esses, espero que sejam úteis  para você e a instituição. Também há um cheque... Eu sei que você fará a coisa certa.-Fernando.  

Então, olhei para meu celular por alguns segundos e digitei apenas uma palavra.   

“Oi...-Lety”

Passaram-se alguns minutos até que me celular finalmente vibrou.

“O que faz acordada há essa hora?- Fernando.”

Bufei.

“O que é agora? Vai me tratar como se fosse meu pai?- Lety”

“Respire, e tome um pouco do seu chá que eu sei que, deve está gelado assim como seu coração.- Fernando.”     

“Por que você insiste em me provocar?-Lety”

“Porque quero que sinta algo por mim, Letícia. Nem que seja um pouco de raiva!- Fernando.”

“Eu não tenho raiva de você, Fernando.-Lety”   

“Nem sequer um pouco? Pelos menos minta para que eu possa me sentir melhor, por favor!- Fernando.”

“Não pense assim...-Lety.”

“Podemos nos ver?- Fernando”

“Agora?- Lety”

“Sim, quero vê-la... para conversamos!- Fernando.”

Eu também queria vê-lo mais que qualquer coisa. 

“Tudo bem... Mas como faremos?- Lety”

“Não se preocupe, apenas vista algo para protegê-la do frio...- Fernando”

 

...

 

...It starts in my toes
         And I crinkle my nose
Wherever it goes
I always know…

 

– Letícia, eu disse para se proteger do frio!- ele disse tirando seu casaco. A chuva havia voltado e dessa vez parecia mais forte.

– Manuela esta dormindo em meu quarto, e ela tem sono leve e eu sou totalmente desastrada! – ele me olhou rindo, logo depois colocou seu casaco em meus ombros.

– Venha, entre no carro!    

– Você pode parar de me dar ordens?- disse colocando meu cinto de segurança.

– Tudo bem, me desculpe...- ele me olhou, e tocou parte do meu cabelo o colocando atrás de minha orelha.– Ainda esta com frio?- seus dedos roçaram por meus lábios, fazendo-me senti uma leve dormência.

– Não...- murmurei.– A onde vamos?

– Bom, não há nenhum lugar aberto há essa hora na cidade, ao não ser, as farmácias e os hospitais...- sorri.– Se importa de imos ao meu apartamento?    

– Não...- ele assentiu feliz e ligou o carro.

 

O AP de Fernando, não era exatamente como eu havia imaginado. Ele diferente de Márcia, não era extravagante, o que me agradou muito. Nós entramos, e ele fechou a porta, de repente senti algo molhado em minha pernas... Quando olhei para baixo o cachorro de Fernando olhava-me insistentemente.

– Ele gosta de você!- Fernando murmurou atrás de mim.

– Não parece, da ultima fez que nos vimos eu quase fraturai a coluna...

– Rock, seja bonzinho, certo!- ele disse divertido, e o cachorro latiu. Fernando segurou em minha mão e me guiou ate a sala. Havia uma mesa repleta de papeis, e uma espécie  de maquete.

– Você estava trabalhando?- perguntei olhando para mesa.

– Sim...- respondeu tirando-me seu casaco.

– Me desculpe, eu não quis atrapalhar...- ele colou o casaco em um lugar qualquer, e voltou sua atenção para mim.

– A cada calculo que eu fazia... Meu pensamento me levava a você...- franzi o cenho, e ele riu.–  Então, eu me dei conta que  não estava a procura do valor de X, e sim de L...-virei os olhos e ri.

– Foi assim que conquistou minha irmã?- ele bufou.

– Eu acho que quem conquistou sua irmã fora meu carro, e não eu!

– Fernando!- o soquei no ombro.

– Au!- ele gemeu, e Rock latiu.– Não se preocupe Rock, eu já estou acostumado!- ele olhou pra mim sorrindo.– Podemos sentar?- assenti.– Mas antes, posso beijá-la? Vim todo o caminho pesando nisso..-corei, eu esperava que ele não estivesse pensando também em algo alem de beijos.

– Desde quando você me pede permissão para me beijar?- indaguei com os braços cruzados. 

– É verdade, você tem razão!

Suas mãos invadiram meus cabelos úmidos com suavidade. Antes de qualquer coisa, ele olhou para meus lábios, e como se quisesse me torturar os roçou lentamente. Minhas pernas de imediato se mexeram involuntariamente, e o frio voltou a habitar meu corpo, mas esse em especial fora causado por Fernando.          

– Por favor...- sussurrei de olhos fechados.

Então, finalmente ele atendeu o desespero dos nossos corpos. Meu peito se acomodou no seu, transferindo seu calor para meu corpo e de mim fora arrancando todo meu ar. Fora como os outros beijos, mas parecia que cada vez eles estavam ficando melhores. Nossos lábios se encaixaram em perfeita sintonia, e eu entendi, o que era flutuar sem tem medo de cair. Ouvi ele ofegar, e logo encostar sua testa na minha. Ele tinha um sorriso bobo nos lábios, e não resisti em sorri também.  

– Eu acho que agora podemos sentar...- sussurrei. Nos sentamos, e ele colocou minhas pernas por cima das suas. Rock aparentemente enciumado se deitou ao lado do sofá, nos fazendo ri.

– Chegou á parte que não queríamos.- ele tocou meu rosto.– Você disse algo, a Manuela?

– Não...-suspirei.– Pensei que você diria!- se ele soubesse o que me Manuela esta tramando.

– Sim, sim... Não se preocupe. Mas eu sinto que, isso mudara a relação de vocês...- ele entortou a boca em frustração.– Eu não quero que Dona Julieta se decepcione com vocês, e muito menos comigo!

– Bom, com a mamãe você não deve se preocupar, ela daria a vida por você, Fernando!- virei os olhos.

– Ei, isso é ciúmes?

– É claro que não! Não seja convencido.  

– Desculpe, mas é da minha natureza.- murmurou.

– Isso tudo é uma loucura...

– Eu também acho, mas é uma loucura das boas!- ele sorriu, e me abraçou.– Preciso lhe pergunta algo...- assenti.– O que há entre você e Pablo?

– Você quer mesmo saber?- ele assentiu.

– Por mais que eu esteja me corroendo por dentro, sim!

– Ele me pediu uma nova chance...- Fernando me olhou com desdém.– E...

– E??- bufou.

– Não me olhe assim, Fernando!  

– Letícia, eu sei muito bem o que Pablo fez com você! O que você quer? Que eu sorria? Então, tudo bem!- ele abriu um largo sorriso, e cruzei os braços mordendo o lábio para não ri.

– Eu já disse que você devia ser comediante, não é?          

– Eu tenho talento para fazer varias coisas, se sinta feliz por isso!

– Fernando, é serio!- disse com o semblante triste.– Você precisa conversar com Manuela...

– E você com Pablo...- assenti.– E então vamos nos dar uma chance?

– Deus, nós vamos nos matar!- disse me espreguiçando. Ele tirou minhas pernas de cima das suas e as acomodou no sofá, logo depois, deitou-se por cima de mim.– Prometa que, não esta brincando comigo... E que irar usar seu cabelo sem gel por mais vezes!

Ele segurou uma de minhas mãos e a beijou.– Eu prometo que esse sentimento de nenhuma forma é falso, e que ele já estava guardado dentro de mim há muito tempo. E sobre o cabelo, eu faço com ele o que você quiser!

– Então, o pinte de louro!- sorri, e ele balançou a cabeça em reprovação.– Estou brincando...- toquei seu rosto com minhas mãos.– Você é perfeito assim, Fernando... Com seu bom humor a toda hora, com seus beijos repentinos, com suas provocações... Eu acho que é... perfeito pra mim... – ele me respondeu com outro beijo calmo e longo. Aproveitei para sentir seus cabelos em minhas mãos, também para tocar sua pele por baixo de sua camisa, seu corpo estava quente, febril... e eu sabia muito bem o que aquilo significava.

– Vai ficar?- ele sussurrou entre meus lábios.– Apenas para passarmos a noite juntos.  

Eu não devia, mas...

– Sim...- sussurrei de volta.

– Espere um pouco...- ele saiu de cima de mim, e fora para outro cômodo do AP, logo voltou com um travesseiro e um cobertor. Ele sentou-se atrás de mim, e me convidou com um gesto para deitar sobre seu torso, então o cobertor fora espalhado por cima de mim, deixando apenas meus pés descobertos. Fechei os olhos sentindo as batidas do seu coração, e sua respiração se acalmando aos poucos.

 

…The rain is falling on my window pane
But we are hiding in a safer place
Under covers staying dry and warm
You give me feelings that I adore
It start in my toes…

 

– Julia nos desenhou...- ele murmurou.

– Não!

– Sim, e o pior de tudo... Nos desenhou brigando. Márcia teve que ir em sua escola e se explicar!- sorri sem acreditar.

– Somos um mau exemplo ...- murmurei.

– O pior deles...

 

…That you make me smile
            Please, stay for a while now
Just take your time
Wherever you go…

...

 

Felizmente, eu cheguei em casa antes que mamãe e Manuela estivessem acordadas. Um banho frio me fez despertar, mas minha cara de boba fora algo que eu não conseguia disfarçar.

– Hoje falarei com Fernando...- Manuela disse se servindo café.

– Hmmm.- murmurei fingindo ler o jornal.

– Como foi a noite? Com quem você saiu?- ela riu de lado.– Não minta pra mim, eu a procurei por toda casa!

– Lety!- graças a deus mamãe apareceu.– Esse cartão acabara de chegar....

– Pra mim?- indaguei.

– Sim, meu amor...- mamãe disse. O peguei de suas mãos e o abri.

 

“Estou preparando algo especial para nós dois! Eu te amo... Pablo.”

 

–  Seria um jantar?- Manuela indagou.– Oh, ele ainda é daqueles homens que preparariam um jantar? Bom, ate que ele não é um mau partido... Não é Lety?

– Er... sim!- engoli a seco.– Não, não! Eu não posso aceitar! Eu não o amo mamãe.

– Então diga isso a ele...- mamãe disse com convicção. Olhei para Manuela, e nós duas estávamos com mesmo olhar de angustia.– Vocês duas me parecem que estão aprontando alguma coisa...

 

...

             

               

               

 

       


Notas Finais


muito obrigada pelos comentários anteriores... e desculpa pela demora.
Ahh os trechos que estão no cap são dessa musica -->https://www.youtube.com/watch?v=vVsizoQ6TUA
bjss

-bru.


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