História Meu melhor professor. - A verdade

Dia 23 de fevereiro, era um dia ensolarado e feliz na escola A.U.A, bom... não tão feliz para mim... meu nome é Aiko, tenho 16 anos, eu estava na frente da escola, dei oi para meus amigos Bakugou, kirishima, Todoroki e o Deku, eu sou amiga de todos na sala mas eles são especiais, normalmente meus amigos são a maioria meninos, Bakugou colocou seu braço em volta dos meus ombros e reclamou sobre a minha demora soltando alguns palavrões, obviamente eu havia ido à pé para a escola mesmo eu morando longe, eu não quero de jeito nenhum subir em um ônibus de novo e isso estava me atrapalhando, Todoroki me olha nos olhos com um olhar preocupado e pergunta se eu estou bem, nisso todos olham para mim também enquanto estavamos indo para a sala, eles haviam notado... eu normalmente sou uma pessoa feliz e animada que todos gostam de ter por perto mas  ultimamente eu não estou mais sendo a mesma, mudei minhas roupas para ficarem mais longas, não sorrio mais e nem ando mais de ônibus, as vezes eu choro durante a aula e todos percebem, quando isso acontece geralmente é o Deku que me leva para a enfermaria para conversar, mas eu não contei para eles pois não queria os deixar preocupados, volto a mim e respondo à pergunta do Todoroki dizendo que estou bem, então a gente segue indo para a sala, eu sorri quando Kirishima contou uma piada mas meu sorriso se desfez na hora que olhei em direção a porta da sala de aula... lá estava "ele"... aquele monstro sem noção que eu nem sabia qual era o nome... meu coração ficou acelerado e eu fiquei com medo, muito medo, Deku notou meu rosto apavorado e começou a me chamar, eu olhei para ele quase chorando

- Aiko-chan, você está bem ??

- E-eu...

Olhei para a porta de novo e então... ele não estava mais lá, era óbvio que ele não estava lá, era apenas a minha imaginação ( de novo ), quem estava na porta eram apenas o Lida e o Kaminari conversando... eu sorri torto pro Deku e disse que não era nada, ele estava meio tenso, obviamente querendo saber o que ouve comigo assim como todo mundo, mas eu não tinha confiança o suficiente para dizer... ao menos não para eles... dizem que quando algo grave acontece você deve conversar com algum professor, certo ? Então era isso que eu ia fazer, eu gostava muito e confiava bastante no professor Aizawa, ele é importante para mim, eu entrei na sala, sentei na minha cadeira do lado do Lida e dei oi para ele, tudo estava bem... por enquanto... 5 minutos depois ele entrou na sala, o meu professor favorito, o professor Aizawa, com a mesma lentidão de sempre, eu presto atenção nele, parecia que o mesmo estava sempre com sono e isso eu achava fofo e intrigante.

- Certo, certo, todos em silêncio, a aula vai começar !

Fico quieta e assisto a aula de português que ele dava, eu era uma ótima aluna mas ultimamente depois do que aconteceu eu nem sequer escrevo mais no caderno, tudo parece estar tão ruim, mas pelo menos eu posso ficar na companhia do meu professor favorito, ele me deixa mais tranquila e mais segura, depois da aula irei falar com ele.

A aula já havia acabado, Kirishima me convidou para ir para a casa dele para jogarmos vídeo game mas eu disse não poderia ir hoje, então esperei todos irem embora, quando estava apenas eu e o professor Aizawa, eu me levantei da minha cadeira e fui até ele para falar.

- Professor...

- Ah, sim ? A aula já acabou, o que você quer ? Preciso corrigir essas provas, garota

- Eu... queria conversar...

- Conversar, comigo ? Okay, vamos conversar, vamos começar por suas notas baixas ou suas crises de choro no meio da aula ?

- É que...

- Vamos senhorita Aiko, conte, não tenho o tempo todo

Eu estava nervosa, era a primeira vez que estava conversando com ele e eu mal sabia como explicar o que aconteceu pra eu ter mudado tanto, eu estava apertando a o tecido da minha saia olhando para baixo, então eu digo olhando para ele bem baixinho :

- É que.. eu não consigo mais entrar em um ônibus.

- E... o que isso tem haver com o seu estranho comportamento, fora os seus atrasos ?

- Aconteceu uma coisa quando eu estava no ônibus vindo para a escola...

- Continue.

- Eu... entrei no ônibus e tinha um homem perto de mim, ele parecia ser gentil, mas...depois de um tempo eu senti ele... me agarrar por baixo da saia e... e...

Não conseguia mais falar, eu já estava chorando e me sentindo suja, eu olho para o rosto do Aizawa e ele estava com uma expressão nada boa, parecia preocupado, triste e com raiva ao mesmo tempo, ele se levanta 

- Então foi isso... seus pais já sabem ?

- Não consegui contar... p-por favor... me ajuda professor Aizawa... eu só consegui confiar em você pra dizer isso

- isso é muito grave, garota... venha... você vai na delegacia comigo, precisamos encontrar esse imundo e faze-lo pagar

Eu sorri pra ele dizendo um "obrigada", peguei minha bolsa e ele me levou em silêncio para o carro dele deixando todos os papéis na mesa, o caminho até a delegacia foi um completo silêncio, eu via como o Aizawa estava tenso agarrando o volante com força, as vezes eu agarrava minha saia e cobria meus joelhos chorando baixinho, ele via isso e ficava com uma cara pior ainda, parecia irritado, quando chegamos até a delegacia o professor Aizawa foi falar com um policial enquanto eu ligava para os meus pais, eles ficaram em choque quando souberam onde estavam então foi a hora de eu os contar tudo, não aguentava mais guardar isso, eles disseram que iam vir correndo para cá e eu os esperei.

Depois de todos aqueles procedimentos demorados na delegacia, meus pais agradeceram ao professor Aizawa por tudo, eles me levaram até o carro mas antes que eu pudesse entrar, senti uma mão no meu ombro, eu fiquei apavorada mas me acalmei no instante que vi quem era, Aizawa me olhou nos olhos, ele já não estava mais tão tenso como antes

- Você...vai ficar bem, garota ?

- Vou sim, obrigada por tudo professor Aizawa, desculpe se eu o incomodei

- Não seja tonta, você fez o que devia fazer, na próxima vez que algo ruim te acontecer, pode falar comigo, entendeu ?

- Sim professor Aizawa.

- E... não fique mais com medo entendeu ? 

Eu sorri, vi ele corar de leve e depois de 1 mês nesse pesadelo eu me senti feliz de novo, eu assenti e entrei no carro, eu dei tchau pra ele pela janela e vi ele levantar a mão preguiçosamente pra acenar de volta, por baixo daquele estranho cachecol que ele usava eu podia o ver sorrindo, o que me fez sorrir também, finalmente eu vou poder dormir tranquila de novo, dessa vez, pensando no meu herói me protegendo.