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História Meu mundo nerd - Desistir ou talvez persistir


Escrita por: alyflor

Notas do Autor


Olá caros leitores de Meu mundo nerd, enfim mais um capítulo sendo postado, espero que gostem..😘💕
Muito obrigado a todos que comentaram, favoritaram e que lêem a fic.
Um abraço do nosso nerd favorito bjs😉

Capítulo 7 - Desistir ou talvez persistir


Fanfic / Fanfiction Meu mundo nerd - Desistir ou talvez persistir

POV: Percy

Uma semana atrás…

  

Quando chegamos na editora e minha mãe me viu com as minhas roupas toda molhada, e ela ficou preocupada. Me perguntava como eu fui cair na piscina e eu dava a desculpa que estava correndo com uns amigos e nem vi por onde estava a correr.

- Querido, mas que falta de atenção.- ah não mãe, até você! Já levei muita bronca do papai hoje, eu tenho a impressão que ela não acreditou em mim.

- Ta bem.. - Falo indo pro banheiro da sala dela levando as roupas que meu pai trouxe, e em falar nele o mesmo ficou conversando com alguns conhecidos que trabalhavam com minha mãe.

Entrei no cômodo e já vou tirando a roupa pego a toalha me seco e visto uma calça jeans azul, camisa verde escuro e os tênis da mesma cor. Me olho no espelho e vejo um garoto magrelo que para sua idade é bem baixo, com seu cabelos rebeldes e seus olhos verdes que embora nesse momento estavam tristes eram as únicas coisa que davam vida a um rosto pálido e infeliz.

Eu estava tão confuso que me deu uma baita dor de cabeça, respirei fundo umas três ou quatro vezes e tomo coragem para sair dali, peguei a mochila que meu pai trouxe com as roupas secas e coloco as molhadas enroladas na toalha, então saí do cômodo e vejo minha mãe guardando suas coisas na bolsa.

- Pronto? - Ela me pergunta.

- Sim…

- Ótimo então vamos. - Ela me pega pela mão e nós saímos da sala e vemos papai conversando com Jack o analista de marketing da editora eles são velhos conhecidos, vamos até onde eles estão e pelo caminho vou cumprimentando as pessoas que trabalham aqui, mesmo que já tenha as cumprimentado quando cheguei.

- Sem querer atrapalhar a conversa, mas já estamos prontos. - Fala mamãe ao se aproximar deles.

- Então vamos, foi ótimo falar com você Jack, quando quiser apareça lá por casa, até a próxima.- Fala meu pai apertando a mão de Jack que sorria.

- Aparecerei sim Poseidon, até.

- Até amanhã Jack - Mamãe fala e eles trocam um beijo no rosto de despedida.

- Até chefia.- ele fala arrancando risada dela, então ele olha pra mim - Cuidado em garotão, com as garotas… e com as piscinas… - ele solta uma risada e eu forço um sorriso, ele sempre foi assim desde quando eu era criança sempre falando de garotas. Depois dessa, logo me despeço dele e sigo meus pais.

Já no carro à caminho pra casa de meus avós que fica em Long Island  a mais ou menos 1 hora de manhattan, o distrito onde moro, bom isso sem contar com o trânsito né…

Meus avós moram em uma casa grande perto da praia, e um pouco distante do centro, por isso meu pai surfa, porque praticamente nasceu no mar. Ele aprendeu com meu avô e os dois me ensinaram, meio que virou coisa de família.

Ainda no caminho Poseidon ficou me dando bronca, e eu só podia escutar, nunca fui de responder aos meus pais quando eles estão brigando comigo. Ele falava como eu havia sido um desatento, que eu não devia está perdendo aula e tals, então quem me defendia era a mamãe, ela falava pra ele não ser tão duro comigo, pois foi um acidente, e que eu poderia muito bem pegar todo o conteúdo que perdi hoje em outro dia. 

Dona Selena é uma mãe inigualável, ela e minha avó eram as únicas que podiam com Poseidon. Depois de certo tempo, o assunto mudou eles começaram a falar da empresa e coisas do tipo e eu estava perdido na bagunça que estava minha mente.

Quando finalmente chegamos, foi um tremendo alívio sair do veículo e sentir aquela brisa do mar. Observo a enorme casa a minha frente, tal casa que esconde a minha infância de aventuras.

- Nossa como chegaram cedo… - Eu estava tão anestesiado que nem percebi minha vó, dona Réia Miller, que nos recebe com um enorme sorriso e instantaneamente me faz sorrir.

- Vó… - Corro para abraçá-la, eu sei pareço uma criança, mas eu estava morrendo de saudades sem contar que eu amo essa mulher. 

Desde o início de julho que não a vejo, deixe-me explicar melhor, nas férias de verão toda a família se reúne, às vezes meus avós maternos vem pra cá, ou meus avós paternos vão para Londres para a família se reunir, e esse ano fomos para lá, só que meus avós aqui voltaram mais cedo.

- Oh meu querido, me alegro muito em ver você novamente. - dou um abraço um pouco apertado nela, que retribui com a mesma vontade, isso me faz esquecer de tudo por um momento.

- Ele estava com muita saudades mesmo. - Fala mamãe, já fora do carro e vindo em nossa direção, foi quando me separo de vovó e deixo mamãe abraça-la. Logo meu pai também a abraça e vamos para dentro.

- Cadê o vovô? - Pergunto já na sala espaçosa onde tinha três sofás grandes, uma TV tela plana, uma mesa no centro, vasos de plantas e sério muitas fotos de família só que minhas eram mais.

- Como não sabíamos que vocês chegariam mais cedo ele deu uma saída, mas daqui a pouco ele aparece - fala, vovó é uma mulher muito bonita e não é porque ela é minha vó não tá. Ela tem seus 63 anos, e não parece, seus cabelos são castanhos com poucos fios grisalhos e por incrível que pareça ela nunca os pintou. Tem olhos numa mistura de verdes, castanhos e azuis, nunca que eu consegui distinguir uma cor certa, porém são lindos te passam uma tranquilidade e seu sorriso nem se fala, tão convidativo.

- Bom… Então vou tomar um banho, com licença. -Fala meu pai e sobe as escadas, e vejo minha mãe suspirar e vovó percebeu que alguma coisa não estava bem.

- O que aconteceu? -Ela pergunta.

- Percy caiu na piscina do Colégio, numa brincadeira com os amigos e como molhou suas roupas não pode assistir mais as aulas. E a senhora sabe como é o seu filho em relação aos estudos de Percy. - fala mamãe sentada ao lado de vovó no sofa.

- Você não se machucou? - me pergunta preocupada.

- Não vó, eu não me machuquei, não precisa se preocupar.

- Ainda bem meu querido… E quanto a seu pai, ele puxou a seu avô, em relação a estudo! Mais tenho certeza que daqui a pouco ele esquece. Agora vamos falar de coisa boa, fiz aqueles biscoitos que você adora está lá na cozinha, peça a Hilary.

- Opa…- quando penso em ir mamãe intervém.

- Ei rapazinho não vá comer demais, pois daqui a pouco o almoço sai. - minha mãe fala 

- Tá bom mãe  - E antes que ela possa falar mais alguma coisa, eu corro pra cozinha.

Já no ambiente, que era tão espaçoso quanto a sala, vejo uma mulher bem conhecida, mexendo na panela, ela que já deveria ter seus cinquenta anos e uma garota que aparentava ter mais ou menos minha idade.

 - Hilary… - Chamo-a e a mesma me olha surpresa.

- Percy? Minha nossa achei que chegaria mais tarde. - Ela fala se aproximando e logo lhe dou um abraço apertado. Bom eu a conheço desde que me conheço por gente, pois ela sempre trabalhou aqui.

- É que aconteceu um imprevisto, mas nada de mais. - Falo nos separando. - Vovó me falou que fez biscoitos.

- Fez sim, estão na mesa.. - foi quando ela parece lembrar da garota. - Ah deixe-me apresentar minha afilhada Calypso, e Calypso este é o neto dos meus patrões Percy.

- O…Oi - Eu não tenho jeito, quando se trata de falar com pessoas que eu não conheço.

- Oi, tudo bem? - Calypso me parece ser bem extrovertida, pois abre um sorriso e estende a mão a qual eu logo aperto. Ela é loira e tem olhos castanhos, uma garota muito bonita.

- Tudoo… E com voocê ?- Acho que ela pensa que sou gago… 

- Tudo bem sim. - responde com um sorriso maroto.

- Aqui meu menino. - Hilary fala tirando a tampa de um depósito onde está cheio de deliciosos biscoitos feitos por dona Réia, meio envergonhado ofereço a garota e a mulher ao meu lado.

- Oh meu querido não muito obrigada. - fala Hilary.

- Eu aceito… - Calypso fala e eu passo o depósito para que ela pegue quantos biscoitos ela quiser. - Obrigada.

- Por… nada… bom, com… com licença. - pego alguns biscoitos para mim e volto para a sala os comendo.

Mamãe e vovó conversavam, e eu não queria atrapalhar então subo para meu quarto… É gente eu tenho um quarto aqui, e um na casa de meus avós em Londres. Bom quando entro no quarto tenho um dejavu, pois este quarto não mudou muito desde minha infância sabe.

 Esse meu quarto tem as paredes pintadas de branco e umas ondas desenhadas de azul claro, minha cama no centro, um grande baú que eu guardava meus brinquedos e uma prancha na parede em cima da cama, essa foi minha primeira prancha. Tem uma estante que cobre a parede que fica em frente a minha cama inteira, no cômodo também tem um banheiro e um closet, mas a melhor parte do meu quarto é a sacada. A parede que leva para a sacada é toda de vidro e de lá você pode ver o mar a alguns metros dali e claro o que eu posso chamar de quintal da casa.

 Eu me jogo na cama, e continuo comendo os poucos biscoitos que me restaram, era impossível não pensar no que Luke me falou, eu não sabia o que fazer, eu sei que não passo de um grande nada na vida dela, mas me vem a lembrança do abraço que ela me deu, como esquecer isso? Não quero esquecer, mas sei que devo.

O tempo foi passando sem que eu perceba até que ouço alguém bater na porta do quarto e entra, e quando eu vejo quem é, logo levanto e vou abraçá-lo era meu avô Cronos Miller que me abraça forte dando uma risada dizendo como é bom me ter aqui, pois sentiu muito minha falta. Meu avô tem seus 67 anos, ele tem seus cabelos brancos que como minha vó diz dá um charme na aparência dele, seus olhos são verdes assim como os de meu pai e os meus que puxaram aos dele.

- Eu também senti saudade vô - falei, me separando do abraço, está com minha família me faz muito bem, eu  queria muito que ainda fosse junho quando estávamos todos juntos.

- Bom temos a tarde inteira para ficarmos tagarelando e nos divertindo, porém agora está na hora do almoço. - ele fala, me fazendo segui-lo para o andar de baixo. - Mas diga meu garoto, como foi que você caiu na piscina? - ele solta uma gargalhada, e eu o acompanhei na risada, só os meus avós, para me fazerem tão bem nesses momentos. O Almoço foi bem tranquilo, meu pai não estava mais tão chateado comigo e não tocamos no assunto “caí na piscina”, o que foi uma bênção, eu não queria estragar o momento que estávamos tendo em família, ou melhor família quase completa né, já que estavam faltando meus outros avós e meu tio de Londres.

Depois do almoço tivemos uma sobremesa deliciosa, e bem… eu pude comer mais biscoitos. Nós ficamos na sala, meu pai jogando xadrez com meu avô, isso é um vício, mamãe e vovó e eu ficamos conversando.

- Então meu netinho já tem uma namoradinha an? - Sinto meu rosto esquentar rapidamente.

- Vó….

- Ah meu bebê ainda é muito novo para namorar. - fala mamãe passando a mão pelo meu rosto e vovó solta uma risada.

- Mãe eu já tenho 15 anos… Daqui a pouco faço 16.

- Você pode ter 30, mas não vai deixar de ser meu filhote. - Quando minha mãe e minha vó se juntam é nisso que dá, não é a primeira vez que elas fazem isso.

Essa conversa se prolongou por uns minutos, até eu conseguir mudar de assunto, a minha sorte é que meu avô e meu pai não escutaram, pois eles estavam jogando na mesa um pouco distante de onde nós estávamos no sofá.

Então conversa vai conversa vem e quando olho a hora em meu celular já ia dá 2:00 horas então falo que vou para o mar surfar já que era a vontade que eu tinha desde a hora em que cheguei.

- Filho não esquece de passar protetor e muito cuidado se o mar estiver muito…

- Ta mãe, prometo tomar muito cuidado.

- Sally podemos ir lá para o quintal, de lá nós ficamos de olho nele… - vovó e sua ideias, sorrio e dou um beijo no rosto de cada uma delas.

 Subo as escadas e volto para meu quarto, troquei de roupa vestindo uma bermuda fina azul uma camisa branca e chinelos, pego o protetor no banheiro e desço.

- Percy… - meu pai me chama quando passo pela sala.

- Sim?

- Não suf muito longe ok. - ele fala sem tirar os olhos do jogo, assim como meu avô. Embora eu tenha certeza que ele ainda está chateado, ele não deixa a mania de paizão.

- Seu pai está certo, não se afaste tanto, aliás quando ele levar uma surra no jogo, quem sabe eu não vá se juntar a você…

- Não cante Vitória ainda meu velho… - Meu pai solta uma pequena risada.

Só estando com pessoas amadas mesmo para nos sentirmos melhor, com essa vou até onde se encontrava minha mãe e vovó, que estavam na parte detrás da casa que fica de frente para o mar. Elas estavam embaixo de um guarda sol perto da piscina vou até elas e mamãe me ajuda a passar o protetor quando termina, sigo a até a uma espécie de depósito que na verdade tá mais para garagem, pois é onde meu avô guarda as pranchas, quadriciclos e um bugue.

Pego minha prancha e corro descendo a escadaria até chegar a areia, e vou caminhando para mais próximo ao mar que está a alguns metros da casa. Quando finalmente sinto a água nos meus pés, me vem a tranquilidade que o mar me traz.

 Antes de cair na água, olho para a linha do horizonte a imensidão que o mar é. Depois de uns minutos entro no mar, surfar é definitivamente algo que amo fazer, certo que eu levei alguns caldos pelo fato de já está com muito tempo que eu não surfava.

Depois de um bom tempo surfando, fico apenas sentado na prancha, lembro de quando eu vinha todos os fins de semana pra cá, quando eu não tinha tanta responsabilidade como eu tenho hoje. Meu avô e eu passávamos praticamente o dia inteiro no mar, surfamos, velejamos, nadavamos… Essa foi a melhor fase da minha vida.

Olho para a praia e vejo uma pessoa na areia perto do mar, a reconheço era a garota, Calypso e onde se encontrava apenas minha mãe e a vovó, percebo que há mais pessoas com elas provavelmente meu pai e avô.

Então resolvo finalmente sair da água, e quando já estava na parte mais rasa pego a prancha e corro a até a areia.

- Você surfa muito bem. - Calypso fala quando chego mais perto, ela usava a parte de cima do biquíni e um short fino, e estava molhada, provavelmente havia mergulhado.

- Bom… eu.. eu não acho… que surf bem… mas obrigado. - ela sorri o que me faz ficar mais envergonhado.

- Toma. - ela me entrega minha camisa que eu havia deixado na areia antes de entrar no mar.

 - Obri… Obrigado. 

- Por nada.... Você é um fofo sabia. - Quando a mesma fala isso já sinto meu rosto esquentar, que droga eu estava vermelho e ela percebeu, pois abriu um sorriso. - E um garoto muito bonito também sabia?… - Caramba…. Acho que nenhuma garota na minha vida inteira chegou a falar assim de mim… 

- Aaaaan… - a minha linha de raciocínio tinha se desestabilizado e pra variar eu não sabia o que falar.

- Vamos sentar. - ela senta e antes de fazer o mesmo que ela, enfio a prancha na areia deixando-a na posição vertical.- Seus avós falam muito de você.

- Ah é…? 

- Sim, eles falam o quanto você é um bom rapaz e tals, e que seria um bom namorado para mim…- Eu não to acreditando, se a pouco eu já estava vermelho imagina agora, quero um boraco pra me esconder, a vontade que eu tinha era sair correndo daqui…

- Voc… Vo… Você vem… muiito aq… aqui. - Tanto rapidamente mudar de assunto. Eu nunca vou conseguir esconder quando estou nervoso, se já é ruim estar nervoso por causa de outras pessoas imagina você ainda gaguejando.

- Bom… Eu venho duas ou três vezes na semana ver minha madrinha e também os seus avós. Já você faz um bom tempo que não vem aqui né? - Pergunta me olhando, coisa que eu não consigo fazer por causa da timidez.

- É… faz um… tempo… sim… - embora eu não esteja a olhando diretamente, consigo ver ela sorri.

- Você é tímido assim sempre ou é por minha causa? - Merda! Onde essa garota tá querendo chegar?

- Eu… Eu…

- Relaxa… - Fala soltando uma gargalhada. - Me diz uma coisa Percy… Você namora? - Eu posso até ser lerdo, mas to com a impressão que essa garota ta querendo algo comigo. Eu apenas balanço a cabeça de forma negativa em resposta. - Não sei como… Só esses seus olhos… Bom agora vou deixar você em paz, eu tenho que ir pra casa. - Quando ela fala a última frase eu de repente a olho, eu tinha que falar algo, tipo ela só estava falando coisas pra mim e eu nada.

- An… Foi um… prazer. - rapidamente estendo a mão para ela que me lança um sorriso e aperta minha mão.

- O prazer foi meu.

- Aliás… - Falo bem na hora que ela se prepara para levantar, então desiste e me olha esperando que eu continue. - Vo…. Você… É… É… É… uma garota muito bonita. - a última parte eu falo tão rápido que provavelmente ela não tenha entendido, porém vejo o sorriso em seu rosto aumentar.

- Obrigada… - então ela me dá um beijo no rosto e se levanta batendo seu short para tirar a areia, e eu? Eu fico igual um mané sem reação. - Aliás, bem que você tem jeito para ser um bom namorado.

E com essa última frase se vai, me deixando lá digerindo tudo. Então se passa uma coisa na minha cabeça, todos! meus pais e meus avós viram o que aconteceu… Que droga, agora tô me sentindo extremamente envergonhado.

Tentando tomar coragem para ir pra casa, mas fico ali sentado por alguns minutos até que meu avô chega e se senta ao meu lado, e mesmo que eu não tenha olhando e muito menos perguntado algo, eu já sabia o que ele ia dizer.

- Então a moça se encantou com você mesmo an? - olho para ele e vejo seu sorriso irônico.

- Vô… 

- O que? Não gostou dela?

- An… Não é isso… o senhor e a vovó andaram falando de mim para ela…. 

- Hora… Você é meu neto, eu tinha que fazer sua propaganda. - ele fala fazendo pouco caso. - E na minha opinião já tá na hora de você arrumar uma namoradinha an? E a Calypso além de ser uma moça muito bela, é uma moça direita e de boa família. 

- Eu quase morri de vergonha aqui com ela. - Ele me olha e balança a cabeça em negação.

- Você tem que dá um jeito nessa timidez Percy, como vou morrer em paz se meu único neto não vai me dá alguns bisnetos, eu gostaria de ver essa casa cheia de crianças. - eu detestava quando ele falava nessa frase “morrer”, eu sei que um dia todos nós vamos morrer, porém eu espero que não seja tão cedo.

- Vô eu só tenho 15 anos… e o senhor não vai morrer agora, tem muito o que viver ainda. - Observo o mar atentamente e ouço ele suspirar.

- O que aconteceu Percy? - giro rapidamente a cabeça para olhá-lo, sem entender sua pergunta, então ele continua. - Eu te conheço desde quando você estava na barriga de sua mãe, sei muito bem quando você está mal…

- Ah vô você sabe meu pai…

- Não, não é só isso! Sei que têm algo a mais.- nesse momento tenho um rápido conflito interno, será que eu conto para ele?  - Pode me contar filho… Quero lhe ajudar, porém sei que não posso se você não me contar, e eu sei bem que você confia nesse velhote aqui. - Dou um longo suspiro e resolvo lhe contar.

- Tem uma garota…

- Ah sempre tem... - ele fala 

- Então… eu gosto dela a um certo tempo, mas… nós somos de mundos totalmente diferentes…

- Bom se o problema for apenas este, não à nada de complicado nisso. - meu avô fala olhando para o horizonte e eu faço o mesmo. - As pessoas não são iguais e é como dizem os opostos se atraem não é mesmo…

- Bem… A questão vovô, é que ela é popular na escola e namorava um garoto popular também, e mesmo que eles estejam separados eu sei que ela ainda gosta dele.

- Hum… Eu sei que a gente não manda no coração filho, mas veja bem…- Agora ele me olhava me fazendo o encará-lo, então continua - O que você acha? vale a pena tentar? Ou desistir? Pois o concelho que lhe dou é…Tome uma atitude! A vida é curta demais para você ficar aí parado sem fazer nada, se vale a pena lutar pela moça, vá em frente o não você já tem, vá buscar o sim! E se porventura sua resposta for desistir, hora meu neto, neste mundo há tantas garotas lindas! Tiro por uma que estava aqui agora a pouco aqui, encantada com você que eu bem sei - Definitivamente meu avô sempre tem os melhores conselhos, porém eu não sabia o que fazer! Que atitude tomar, eu gosto demais daquela garota para pensar em desistir mas… meus pensamentos são interrompidos por meu avô que continua a falar -  Mas antes pense bem em qual atitude tomar, não haja apenas por um pulso.

Ele me dá uns tapinhas no meu ombro e se levanta, bate em sua bermuda para tirar a areia em excesso e olha para o horizonte mais uma vez, enquanto eu fico o observando, depois de mais alguns segundos ele me olha e fala para eu não demorar, pois vovó fez um lanche delicioso para mim e sai caminhando de volta para casa.

Fico ali por vários minutos olhando para o mar, eu sabia que voltaríamos para casa daqui a pouco e eu também sabia que todos os problemas que eu teria que enfrentar voltariam com força total e eu tinha que está preparado…  

O resto da tarde foi bem tranquila, depois do lanche ficamos conversando em família até dar a hora de voltarmos.

- Não demore a vir nos visitar em… - fala vovó dando um último abraço em mim. - Que tal vir no fim de semana para cá? O que me diz querido?

- Claro vovó. - Dou um Largo sorriso e logo vou abraçar meu avô 

 - Não esqueça do que conversamos ta? - ele sussurra para que só eu ouça.

- Pode deixar vovô…

Quando já estava dentro do automóvel com meus pais, vejo Hilary aparecer na porta e dou um aceno para ela e a mesma retribui o ato. 

A viagem de volta foi bem melhor, meu pai já não expressava se estava chateado comigo, e estava numa conversa animada com mamãe, quando chegamos em casa já era noite, e depois do jantar eu caí na cama e fiquei pensando no que meu avô havia me falado até cair no sono.

                                        ....

 Dia atual…

Nesse momento eu estava em pé na lanchonete do clube, hipnotizado pelos olhos cinzas da garota que passei a semana passada inteira fugindo… É meu povo eu tentei desistir dela, mais a quem eu queria enganar? Só a mim mesmo porque mesmo fugindo dela, a mesma nunca saiu dos meus pensamentos. No último fim de semana fui para casa dos meus avós e nem toquei no assunto com meu avô, eu só queria esquecer, o que por algum tempo deu certo, mas a noite sempre antes de dormir ela aparecia nos meus pensamentos.

- Será que a gente pode conversar? - Ela me pergunta cortando o silêncio, e me fazendo acordar da hipnose, então desvio meus olhos, e tento raciocinar para lhe responder, porque acho que esqueci como se faz isso…

- An… ah ta… sim, conversar… claro, tá… -  cara que resposta foi essa.

- Então, você pode vir comigo? Eu prefiro conversar com você lá fora, tem menos barulho… 

- Tá… La fora… Ok, é… - Ao falar isso me viro para Jeremy, mas ele logo fala.

- Pode ir garoto, vou esperá-lo aqui. 

- An… Ta bom. - falo e lanço um olhar assustado para ele e volto a ficar de frente para Annabeth.

- Vamos. - Ela me guia até a porta do lugar e eu sei que não devia, mas é quase impossível não olhá-la, tipo olhá-la mesmo, naquele lugar… ah chega de enrolar eu olhei pro bumbum dela mesmo! E que bumbum… no entanto eu sou um cara respeitoso não posso fazer isso então logo desvio o olhar. Saímos do ambiente, e vamos até um espaço mais isolado e nos sentamos em um dos bancos que havia ali. - Então Percy… eu não sei nem como te falar, mas… eu não entendo.- ela suspirou me olhando e eu tento ao máximo não olhar naqueles olhos cinzas.

- Você não… entende? - pergunto olhando pras minhas mãos.

- Primeiro, você não vai me encontrar no intervalo e segundo parece que você passou a semana inteira fugindo de mim e do Leo também… Eu sei que a gente se conheceu a pouco tempo, nós conversamos apenas naquele dia, e eu já fui dizendo que era sua amiga e tals… e esqueci de perguntar se você quer ser meu amigo… - Neste momento não pude deixar de olhar no fundo daqueles lindos olhos cinzas que tanto me atrai, ela estava pensando que eu não queria ser amigo dela? Caramba eu quero até mais que ser amigo, eu quero ser seu namorado, casar viver pra sempre com você… Eu estava tão nervoso que eu sentia meu coração bater forte em meu peito, acho que ele queria pular pra fora e se entregar de vez para Annabeth… minhas mãos tremiam também e eu tentava ao máximo esconder isso dela - Então… você quer ser meu amigo? - Eu não respondi, acho que esqueci outra vez como se fala. - Eu não sei o que te faz ter receio assim, mas se for por causa do Luke…

- Não… - Falo rápido e ela me olha desconfiada, então continuo. - Não, tem nada… de… dele. - Me levanto e dou alguns passos de costas para ela, procurando as palavras certas, pois eu não queria que ela soubesse do que Luke fez, não quero que ela saiba que eu sou um covarde maior do que ela já sabe. Respiro fundo e me viro, e vejo ela me analisando, então tento falar com a maior calma que consegui reunir. - É… Que eu sou um… Nerd! E você… e o Léo claro, são… são popu… populares na escola, e… se você… vocês forem… vistos com um nerd anti social, iria pegar mal pra vocês. - a última parte eu falo um pouco mais baixo, porém eu sei que ela escuta, eu realmente me senti mal falando isso, até porque não era uma mentira.

- O que? É só isso? Percy, eu não ligo pra popularidade, na verdade ninguém da minha turma liga… E nós só somos tão conhecidos pelas pessoas, porque tem os meninos que jogam no time da escola… É um fato em que eu e meus amigos temos em comum, é gostar de conhecer gente nova, conversar com as pessoas e tals. Não é porque os outros vão ver você andando com a gente que vai pegar mal, mais mal seria se eu não tentasse fazer amizade com você, eu levo muito a sério as minhas amizades sendo elas velhas ou novas… Então você quer ser meu amigo? - Eu estava sem palavras, tudo exatamente tudo o que Luke me falou havia se quebrado agora. As palavras que ele me dirigiu, que passaram a semana vindo a minha cabeça havia simplesmente perdido o sentido que tinham ganhado… Annabeth me olhava esperando resposta, então ergue sua mão direita e eu tomo coragem para responder.

- Sim… Eu quero ser, seu amigo. - falo e aperto sua mão sentindo aquela corrente elétrica percorrer meu pulso, então ela abre um lindo sorriso e me abraça e eu mesmo surpreso retribuo o abraço sentindo seu cheiro… Será que isso seria uma espécie de aviso? Para eu não desistir dela… Bom estou vendo que se for pra desistir vai ser quase impossível.


Notas Finais


E aí gostaram? Espero que sim.
Bjs e até o próximo capítulo 😘❤️


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