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História Meu mundo nerd - Como lidar com os problemas?


Escrita por: alyflor

Notas do Autor


Olá caros leitores de meu mundo nerd, me desculpem pela demora em postar esse capítulo.
Obrigada a todos pelos comentários, é sempre bom saber o que vocês estão achando! Então fique a vontade se quiserem comentar eu vou está respondendo todos.
Beijos espero que gostem do capítulo

Capítulo 9 - Como lidar com os problemas?


Fanfic / Fanfiction Meu mundo nerd - Como lidar com os problemas?

POV: Percy

O corredor continuava vazio, com exceção do garoto aos prantos do meu lado, e eu. Sei que não apareceria ninguém alí, não até o intervalo acabar, esse corredor dava para o depósito do colégio, onde era guardado os produtos de limpeza e coisas do tipo. Léo chorava baixo, ainda abraçando os joelhos com o rosto escondido, eu me sentia mal por não fazer nada, eu não sabia como lidar com uma situação como está.

Então de repente ele ergue a cabeça enxugando as lágrimas, tive receio de olhá-lo, mas fiz mesmo assim. Seu rosto estava vermelho e ele não me olhava, se manteve calado com seus olhos voltados para a parede a nossa frente, respirou fundo algumas vezes e aparentemente pareceu se acalmar. Quis perguntar se estava bem, mas me pareceu uma pergunta tola demais para o momento, era nítido que ele não estava! Então me veio uma ideia, bobagem, mas fiz!

- Você quer? - pergunto, após retirar do bolso de minha mochila um pacotinho de balas de iogurte. E então tenho a atenção de Léo em mim, ele pareceu estranhar no início e me analisa.

- eu - ele me olha nos olhos, e dá um pequeno sorriso - Eu aceito sim! 

- pega esse, eu tenho mais um aqui. - lhe entrego o pacotinho e retiro o outro da mochila. Comemos os doces em silêncio, até que ouvimos o sinal, anunciando que o intervalo havia acabado, a gente se olha e logo nos levantamos, arrumo a mochila no ombro e penso no que falar para ele.

- Percy? - Léo me chama e o fitei esperando que ele prosseguisse - não fala nada pra ninguém tá? Ninguém mesmo, nem para Anne. - fiquei confuso, isso quer dizer que ele não vai falar o que aconteceu nem para Annabeth, que é tão próxima a ele. - olha… Eu não vou inventar uma desculpinha pra você, até porque seria perda de tempo! Você não acreditaria mesmo! 

- Léo… - tento falar, mas ele me interrompe

- Eu sou gay tá! - ele diz com os olhos marejados - sou gay, e por mais que as pessoas desconfiem… eu ainda não me assumi! eu não quero que todos saibam assim! Não quero perturbar ninguém com esse assunto, muito menos a Anne… A Anne que se livrou do desprezível do Luke. - Ele já chorava quando falou as últimas palavras - Por favor, não fala nada…

- Tá… - Me aproximo dele e ponho a mão em seu ombro - Não… não se preocupa com isso! Eu não vou falar pra ninguém… 

- Tá bom, obrigada. - Ele limpou novamente o rosto - E obrigada, você me livrou de ser mais humilhado do que eu já fui por eles hoje.

- você não tem que… me agradecer e… só toma cuidado, o que ele… o que ele fez hoje, foi muito, sério! E… se é algo que… você… não quer compartilhar, ele vai usar… usar isso contra você! 

- Eu sei! Ele é baixo, mas não se preocupa com isso, eu não vou permitir que isso aconteça novamente. - Léo afirma - Obrigada de verdade, mas agora é melhor a gente correr temos aula e os professores não gostam de atrasos. - Eu não falo mais nada apenas confirmo com a cabeça e seguimos pelos corredores até nos separarmos e irmos para nossa aula.

O segundo horário não foi muito diferente do primeiro, não consegui absorver nada da aula, era como se cada palavra que o professor falasse entrasse pelo meu ouvido e saia pelo outro. No entanto, aquela aula foi lenta, era como se o tempo tivesse preguiça de passar, mas felizmente ela terminou. Sou o último a sair da sala, não quero me encontrar com Annabeth, pensar nela tava me doendo muito, e com tudo que presenciei do Léo, minha cabeça estava uma confusão.

Caminho a passos lentos para a saída e no percurso recebo uma mensagem do meu motorista, avisando que já estava me aguardando perto do portão da escola. Já no jardim da frente do colégio vejo ao longe a turma popular de Annabeth, parecia que estavam todos lá, Léo estava lá, ele sorria, mas eu sabia que aquele sorriso escondia uma grande angústia e tristeza por trás.

O trajeto para casa foi rápido, quando entro na mansão não vejo ninguém, nem na sala ou no segundo andar, então simplesmente entro em meu quarto e vou direto para o banheiro tomar um banho, logo após visto uma roupa qualquer e me jogo na cama, só quero dormir, mas meu cérebro não para de me lembrar deles, aquele cara beijando ela.

- Percy, filho? - Minha mãe me chama abrindo a porta - Você está aí, porque não avisou que havia chegado?

- Desculpa mãe, eu não vi ninguém então subi pro quarto. - Enquanto eu falava notei seu olhar me analisando

- Está tudo bem com você?

- Sim! Tô bem. - Ela pareceu duvidar - É só cansaço.

- Ok! Vem vamos almoçar - me levanto e ao se aproximar dela, recebo um abraço e um beijo dela, isso me alivia, me faz bem. -  como hoje é o último almoço com seu pai antes da viagem eu fiz algo especial.

O almoço com eles foi tranquilo, me ajudou a espairecer, me concentrei naquele momento em família e esqueci por uns instantes tudo o que estava tirando a minha paz. Não podia deixar o amor platônico que sinto por uma garota interferir na minha vida, me impedir de aproveitar um momento como este com as pessoas que mais amo.

Hoje apesar de está triste e querer ficar sozinho em meu quarto, não fiz, passei o resto do dia na presença de meus pais, conversamos, joguei xadrez com meu pai e até ajudei eles a arrumar a mala dele. Foi um pouco engraçado vê mamãe querer colocar mil e uma coisas afinando que ele iria precisar.

Já a noite foi mais tranquila, ficamos juntos na sala toquei várias músicas com minha mãe enquanto meu pai ouvia de sua poltrona. Não pude deixar de lembrar de tudo o que aconteceu, havia músicas que facilmente me faziam recordar de cada momento, desde o que vi entre Annabeth e aquele Thomás até o que precisei do que Luke fez com Léo. Eu sabia que muito provavelmente o que aconteceu com ele vai acontecer novamente, aquele infeliz não é de parar, não até enjoar. 

Na cama eu bolava de um lado para o outro sem conseguir dormir, já tinha ouvido música, contei até carneirinhos na esperança de funcionar, porém Annabeth não me permitia dormir. Eu me sentia muito idiota, burro e tolo, era óbvio que ela conseguiria seguir em frente, e eu estúpido achei que, conseguiria vivenciar esse amor que sinto por ela. Mas chega! Não quero me machucar mais, não quero sofrer por conservar um amor platônico, um amor que só vem de mim, e não quero odiar ela por não corresponder a esse sentimento sem nem ao menos saber da existência dele, isso era seria injusto, porém pensar assim não me impedia de sentir ciúmes e raiva! Então eu vou sufocar esse sentimento, até ele sumir! E só restar um sentimento de pura amizade.

Não lembro ao certo quando dormir, mas sei que custou muito até conseguir, acordei atordoado com o alarme tocando alto, não queria sair da cama, só queria voltar a dormir, mas não podia. Depois de pronto desço para tomar café, e vejo as malas de meu pai ao pé da escada, ele e mamãe já estavam tomando café.

- Bom dia querido - Diz minha mãe ao me vê

- Bom dia - digo me sentando no meu lugar de sempre.

- Dia - Meu pai se limita a dizer, ele estava concentrado em seu tablet, 

- Dormiu mal filho? Está com um na aparência cansada… 

- Não consegui dormir direito mãe. - nesse momento a atenção de meu pai se volta pra mim.

- Algum problema? - Ele pergunta

- Não, nenhum. - respondo e minha mãe me olha preocupada - Os trabalhos da escola estão aumentando e…

- Está difícil conciliar com o time é isso? - Questiona meu pai

- Se for isso Percy nós podemos conversar com o treinador e os seus professores, e buscar um meio para…

- Não! - eu falo rápido demais, então os dois me analisam - Não é isso, é que eu... Eu… deixei algumas atividades acumular e acabou que… que me deixando preocupado, achei… achei que não conseguiria terminar, inclusive ainda tem uma pra finalizar.

- Bom… isso não é de seu feitio, foi descuido organize melhor o seu tempo ok! - Poseidon me fala com seu tom sério, isso era uma advertência, por outro lado dona Sally me olhava desconfiada, mas não me disse nada.

- Sim pai, eu vou programar melhor meus horários de estudo!

O restante do café da manhã nós nos concentramos em falar da viagem de meu pai, dos países em que ele vai está, inclusive ele vai passar por Londres, ele disse que vai passar na casa de meus avós maternos. Após finalizar nossa refeição, chegou a hora da despedida, já estávamos no lado de fora da casa prontos para sair.

- Dom, cuide-se está bem? Ligue todos os dias no mínimo duas vezes nos dando notícias, e não esqueça de dormir bem, e por favor não trabalhe tanto ok! - Mamãe falava enquanto arrumava a gravata de papai.

- Sim meu bem, não se preocupe, eu vou ficar bem e todos os dias vou ligar pra saber como andam as coisas certo. - ele a abraça - Quero que fiquem despreocupados, e que se cuidem! - eles se beijam em despedida e então ele se volta pra mim. - cuida da sua mãe, e quando eu voltar prometo que vou assistir seu próximo jogo! 

- Certo, vou cuidar bem dela! - Falei escondendo a preocupação dele me prometer ir assistir um jogo meu, e então ele me abraça.

- Até logo! 

Mamãe e eu vemos ele entrar no automóvel, Miguel o levaria até ao aeroporto demos um tchauzinho a ele e o vemos partir. Sally suspira e então vamos para nossa rotina diária.

Era por volta das 7:20 da manhã, e eu estava apreensivo pela demora, já faziam quase vinte minutos que eu e minha mãe esperávamos, a essa hora ele já devia ter desembarcado e nós já deveríamos estar a caminho da escola. Hoje era quarta-feira, já faz uma semana que meu pai viajou, uma semana inteira que eu aguento vê Annabeth e Thomás juntos, e eu estava tentando implantar na minha cabeça que ela era só minha amiga e que nunca vai rolar nada entre nós, porém isso me parece cada vez mais impossível de rolar.

Depois de Annabeth me apresentar toda a sua turma, eu meio que ando com eles agora, não é como se eu fosse parte da galera, claro que não! Anne Léo, Silena, Piper e até Thalia me aceitam, mas os outros não é bem assim. Eu sei que minha presença incomoda Nico e Jason, já com charles ele nem liga se eu estou ali ou não e os gêmeos? Sempre que podem tiram sarro de mim. No intervalo eu passo sozinho como sempre, Annabeth sempre me chama para sentar com eles, mas eu prefiro não aceitar, até porque os garotos da turma não vão com a minha cara e eu não fico bem, vendo ela com o namorado, ele está mais presente na turma dela agora e é aceito por todos.

Pensando nisso, olho para as grandes paredes de vidro do aeroporto internacional John F. Kennedy e vejo uma aeronave pegando velocidade ao longe na pista de vôo para decolar. Estava sentado ao lado de minha mãe nos bancos em lugar onde havia poucas pessoas por perto, nós estávamos parcialmente disfarçados, ela estava com seus cabelos presos e usava óculos escuros que cobriam grande parte de sua face, já eu usava meu uniforme escolar coberto por um moletom, um boné e também óculos escuros, tudo isso para que ninguém reconhecesse Sally Jackson e seu filho. Ela digitava freneticamente em seu celular, estava mandando a centésima mensagem, questionando onde estava seu irmão, então ao longe vejo uma figura bastante conhecida.

- Mãe? Olha ele ali - falei apontando para onde tio Apolo estava  

- até que enfim - ela fala após um suspiro aliviado, e então nos levamos e vamos na direção onde o tio estava, quando ele nos vê solta o carrinho com sua bagagem e corre em nossa direção.

- Familiaaaa - ele quase grita, e abraça forte minha mãe a levantando - Ah que saudade irmãzinha 

- Aí Apolo, não exagera nós se vimos nas férias de verão! - Ela se solta do abraço apertado dele e lhe dá um beijo no rosto.

- Assim você me magoa Sally, eu sou um cara sensível e estava com saudades - ao falar isso ele vem me abraçar - Sobrinho que saudades, sabe eu sinto falta de você criança lembro como se fosse ontem, quando você me via vinha correndo me abraça…

- Seja bem vindo tio - falei me recuperando do abraço esmagador dele 

- vocês acham que enganam quem desse jeito, isso é pra ser um disfarce? - ele retira meu boné e bagunça meu cabelo

- Apolo deixa disso! Já chamamos muita atenção, vamos logo antes que alguém nos reconheça - mamãe fala, já nos puxando para irmos embora.

O percurso até meu colégio foi bem animado, com tio Apolo contando os últimos acontecimentos na casa de meus avós, ele nos disse que vovó e vovô havia o apoiado vir trabalhar aqui, e até apoiado na questão da garota, e sim, existia uma garota! Eu tive uma conversa com ele pelo celular na semana passada e ele revelou que estava apaixonado por uma garota daqui, isso me deixou perplexo. Nunca na minha vida inteira que eu o ouvi dizer que estava apaixonado por alguém, no máximo ele falava que estava gostando, interessado, ou a garota é gata, mas apaixonado nunca! 

Depois de mais de quarenta minutos de viagem chegamos ao meu colégio, mamãe havia avisado a direção da escola que hoje eu chegaria mais tarde, eu queria muito ir com ela buscar o tio e ela permitiu, muito provavelmente meu pai não vai saber disso, assim como também não vai saber sobre nós não estamos com um segurança.

- Olha só, chegamos antes do Intervalo, boa aula filho - ela fala ao estacionar o automóvel em frente a grande porta da escola.

- Aí, escola bacana sobrinho - Apolo olhava o grande prédio - Eu venho te buscar hoje!

- você não me pediu isso Apolo.

- Qual é irmãzinha, precisa pedir? - eu sabia que isso ia longe então resolvi entrar logo na escola.

- bom eu vou indo - falei e deu um beijo na minha mãe e baguncei o topete arrumado de meu tio e saio o mais rápido possível do carro - até mais tio.

- você me paga moleque. 

Entro na escola e vou direto para a sala, os professores são avisados quando um aluno vai chegar tarde, então não foi surpresa pro meu ao me ver no meio da aula bater na porta. Ele me permitiu entrar e ao me dirigir para minha cadeira  e sinto meu rosto queimar, ao notar a atenção de todos sobre mim, como havia mapeamento nas salas vou direto pro meu lugar de sempre e retiro meu livro de inglês.

Quando o sinal do intervalo toca, a turma sai quase que imediatamente da sala, e eu com calma retiro meu trabalho de física da mochila, quase dez páginas de cálculo feito a mão! Passei o final de semana fazendo esse trabalho, era referente a minha disciplina de ciências avançada, uma das matérias que escolhi cursar como optativa, só os alunos realmente bons estão na disciplina no caso eu e mais dois. Essa disciplina não é muito popular entre os alunos, e os dois que cursam comigo são como  eu, gostam realmente de ciências.

Bom, ciências avançada inclui; Física, Química, Biologia e Matemática, só que claro de forma aplicada, porém eu continuo vendo Física, Química, Biologia e Matemática no decorrer da semana nas cadeiras obrigatórias, então eu meio que estudo o dobro dessas matérias. A data de entrega do trabalho era até hoje, e eu estava dando uma revisada para ver se estava tudo em ordem.

Depois de conferir, me sinto satisfeito tenho 99,9% de certeza de que não há nenhuma questão errada, então decidi  ir atrás de algo para comer. Guardo meu trabalho e me dirijo a saída da sala, mas sou impedido. Merda! 

- Olha só, até que enfim encontramos a enciclopédia - Ethan falou me empurrando e entrando na sala, vindo logo atrás dele está Luke com seu sorriso irônico de sempre, Chris que estava com seu braço direito sobre os ombros de Clarisse La rue, uma valentona de cabelos castanhos escuros e olhos pretos cruéis, a mesma tinha músculos bem definidos. Com eles também estava Drew Tanaka uma garota asiática, que apesar de não ter nada haver com Clarisse elas eram como carne e unha.

- Se escondendo franguinho? - Luke fala se aproximando de mim

- Querido, vai logo ao ponto, eu não quero gastar o resto do meu precioso intervalo com esse ai - Drew fala com seu tom arrogante e narcisista.

- Calada! - se ela foi arrogante Luke foi pior, ele me olhava, seus olhos transmitiam frieza - vou ser breve, nerdzinho de merda. Nós temos um trabalho para segunda feira e você vai fazer! 

- o..oo...que. - não consigo falar

- Você ouviu idiota - Clarisse cospe as palavras - Vai fazer nossos trabalhos e bem feitos! 

- Eu… nã.. não! Não vou fazer. - consigo pronunciar, mas me arrependo quase que imediatamente, Clarisse parte pra cima de mim me jogando contra uma das cadeiras.

- Ah vai sim! Caso contrário eu vou torcer esses seus bracinhos finos.- seus amiguinhos riram da minha reação, então ela pega minha mochila que havia caído e abre, eu tento impedir mas Chris me empurra. - Olha só… isso tem cara de ser importante! 

- Não, isso não - ela pegou meu trabalho e passou para Drew - Tá eu faço! Faço o trabalho de vocês.

- Ótimo! - Luke diz tomando meu trabalho das mãos de Drew, mas quando achei que ele me entregaria, ele faz o pior, rasga meu trabalho ao meio - Ops, acho que coloquei muita força na minha mão. - isso gera risadas de todos, então ele fica sério e se aproxima de mim - Isso é pra você aprender a não me negar nada! Eu não esqueci daquele dia em que as suas novas guardas costas fizeram e no outro dia você dando uma de herói para salvar a sua namoradinha lea - os amigos dele continuavam rindo enquanto o mesmo me olhava sério, então ele joga meu trabalho no chão e pisa em cima e depois retira do bolso uma folha amassada - segunda feira queremos 4 trabalhos prontos, digno de uma dez! 

Luke me joga a folha amassada e rindo a minhas custas sai com seus amiguinhos me deixando sozinho. Eu me tremia, a raiva me consumia e eu tinha vontade de chorar, aproximo meu punho fechado da boca e morno o mais forte que posso, fecho meus olhos com força e coloco todos os meus sentimentos na dor que sentia ao me morder.

Depois de algum tempo, eu finalmente paro o que estou fazendo, e olho para o local dolorido, estava vermelho e havia as marcas profundas de meus dentes. Eu sabia que isso não me ajudaria em nada, mas sempre me permiti se conter, pego minha mochila o resto de meu trabalho e o papel amassado de Luke e vou resolver o que dá.

Ao caminhar pelo corredor não olho para ninguém, era como vultos passando por mim, eu algum momento escuto alguém chamar meu nome, mas não dei atenção, só realmente paro quando chego a frente da porta onde estava escrito "PROFESSORES", então bato na porta, peço licença e chamo pelo meu professor.

- Olá Percy, sei que é apaixonado pela ciência, mas até na hora do intervalo você procura estudar? - ele fala risonho ao fechar a porta atrás de si. Esse é Paul Blofis, professor de física.         

- Desculpe te importunar na hora do intervalo professor - falei sem olhá-lo diretamente.

- Não está me importunando Percy, eu estava mesmo querendo um pretexto para sair da conversa com Dionísio, está tudo bem? Você me parece…. 

- Eu estou sim! - falei rápido - É que eu preferir conversar com o senhor antes da aula…

- Bom… ok! Pode dizer - ele me analisava, muito provavelmente minha expressão me denunciava

- Professor, eu… eu… não consegui terminar… o trabalho. - falei receoso - Eu sei que o prazo era até hoje e o senhor deu bastante tempo para eu fazer, e eu sei que fui irresponsável, mas se me dé mas uma oportunidade…

- Ei ei Percy, se acalme-se ok! - tento controlar minha respiração, eu havia falado tudo muito rápido sem parar para respirar direito. 

- eu sinto muito, eu entendo se…

- Ei, você é excelente aluno, nunca deixou de entregar seus trabalhos no prazo, não seja tão duro com você mesmo. - ele fala pondo sua mão em meu ombro. - Eu posso adiar a sua entrega por mais alguns dias se precisar, eu sei que você estuda muito!

- Obrigada professor, mas eu só preciso de hoje, amanhã eu entrego tudo pronto! - falei convicto, mas me sentindo horrível eu não devia estar passando por isso, aquele infeliz… tento me livrar desses pensamentos não quero ter um ataque de raiva logo aqui.

- Tem certeza? 

- Sim! 

- Tudo bem então, mas caso precise de mais dias é só me informar ok? - ele me olha amistoso, paul era um dos melhores professores desse colégio, pena que por dá aula de uma das disciplinas mais rejeitadas, os alunos não notavam o tanto como ele era legal. - Bom nos vemos daqui a pouco, vai curtir o resto do intervalo.

E assim ele volta para a sala e eu torno a vagar pelos corredores, curtir era a última coisa que eu conseguiria fazer nesse momento, eu estava com uma sensação horrível dentro de mim, Luke sempre consegue me fazer sentir assim. Perdido em pensamentos não noto as pessoas a minha volta, até que esbarro em uma.

- Aí… 

- Desculp.. - tento falar

- ah Percy, é você. - Léo parecia nervoso e olhava para os lados

- Oi… Tá.. tá tudo bem?

- Está… está sim… - ele responde, mas eu não acredito, nem ele acredita no que fala, então suspira - Eu não preciso mentir pra você não é…

- Não.. - o encaro na mesma intensidade

- Eu estou evitando encontrar o… - Nesse momento Luke passa com sua turma ao nosso lado, a mesma que me deram uma prensa na sala de aula, os garotos faziam coraçõezinhos e gestos com as mãos como se fossem pessoas se beijando e as meninas riam disso. 

- Tentando evitar… de se encontrar com ele - completo após a turma passar e ele confirma com a cabeça. - Ele tá te perseguindo é isso?

- … Ele… Ele tem se esforçando para encher meu saco! - ele sorri falso

- Léo…

- Eu sei, eu sei Percy e sei também que você quer ajudar, mas isso é algo que só eu posso resolver! - seus olhos transmitiam angústia

- Eu… espero que você consiga. - falei pondo as mãos no bolso da calça. - e… eu não sei como, mas se… você precisar - Então ele sorrir, dessa vez de verdade. 

Léo e eu havíamos nos aproximado essa semana, o episódio da semana passada ajudou nisso, ele era um cara legal, divertido e me aceita do jeito que sou. E isso me deixa feliz, porque a maioria da galera da minha idade não pensa assim.

- Eu sei! Obrigada por manter meu segredo - Disse ele 

- ahhh aí está você - Silena chega gritando apontando para Léo - Onde você estava cunhado?

- Aí Léo, que mania agora em… - Annabeth estava tão bela quanto todos os dias - Hey Percy, nem te vi hoje…

- Oi… - falei sentindo meu rosto queimar

- Aiii gatinho, você é muito fofo todo vermelhinho assim - Silena tem o dom de me deixar ainda mais envergonhado do que eu já estou, Thalia que estava com elas apenas revira os olhos, sem nem me dá as horas.

- Sil, para com isso, deixa ele envergonhado.. - apesar de Annabeth tentar repreender a amiga, a loira sorria, ela é linda

- Vamos logo ao ponto - fala uma Thalia estressada,  - é o seguinte criatura chata, final de semana tem festa e geral foi convidada ok! 

- Seu humor é uma beleza como todos os dias, né coisa sem estilo - Léo retribui a alfinetada, quando Thalia ia falar, Anne a interrompe

- Chega vocês dois! É o que a Lia disse, fim de semana tem festa…

- Música alta, bebida, dança e muitos amassos sem hora para acabar, em outras palavras diversão - disse Silena, e vejo Léo se animar

- Já estou lá! Quem vai dar a festa? - ele pergunta

- Os Gêmeos Stoll - falam Annabeth e Silena juntas

- wouuu então essa vai ser a festa - O cacheado sorrir abertamente, então Piper chega com Jason e se joga abraçando o pescoço 

- Oi Leozito, já sabe da festa né - Piper falava bem animada, Léo confirmar e então ela  me olha - Oi Percy..

- Ooi..

- Então todos vamos né? Essa festa promete - Annabeth fala e escuta todos menos eu afirmar que vão - E você vai também né - Ela me pergunta, me dando um leve empurrãozinho, porém antes que eu possa responder o sinal toca.

- Ahhh porque o intervalo tem que passar tão rápido?! - pergunta uma Thalia irritada

- amiga, o que é bom dura pouco! Vamos gente, mais tarde a gente conversa melhor sobre a festa. - Anne fala vendo uma Thália revirar os os olhos.

- até mais gatinho - Silena pisca pra mim, enquanto os outros menos Jason me dão um tchau

- Tchau… - respondi e me encaminhei para minha sala.

A pensar de ter passado por uma situação muito ruim, na aula de Paul eu prestei bem atenção em cada palavra dele, não queria que ele pensasse que eu não estou me dedicando o suficiente a sua disciplina. Ao fim da aula, dei um tchau após afirmar que entregaria o trabalho no dia seguinte. Quando estava no corredor recebi uma ligação de meu tio, ele estava me esperando do lado de fora da escola, agradeci internamente por ele não está fora do carro, Apolo costuma chamar muita atenção.

O percurso até em casa foi bem divertido, vendo meu tio cantar suas músicas bem alto, qualquer um que o vice agora o acharia um louco, mas eu rir bastante, ele me animou apesar de tudo. O resto do dia me dediquei arduamente no meu trabalho, embora em cada número que eu escrevi me viesse uma raiva enorme junto com uma vontade de chorar, mas eu me contive, finalizei o trabalho no fim da tarde, mas claro que com meu tio falando que eu estudava demais e minha mãe me falando pra fazer uma pausa,  ignorei os dois, eu sei que fui um tanto rude, mas eu só queria finalizar o bendito trabalho.

Por volta das 7:30 da noite, eu estava na sala com minha mãe esperando o jantar ficar pronto, quando meu tio desce todo arrumado e sorridente.

- hum, todo bonitão - mamãe fala ao vê-lo

- tô lindo não tô - tio Apolo estava radiante, parecia um menininho que acabara de ganhar um presente.

- ué, pra que toda essa produção? - perguntei

- Ele vai sair com uma menina - minha mãe diz com um olhar zombeiro

- é isso aí sobrinho, hoje eu vou sair com minha princesa.

- É… ele deve ser uma princesa mesmo pra te fazer sair com ela no mesmo dia em que você chegou de viagem e te deixar assim todo bobão - solto uma risada, após falar e mamãe me rir junto

- ahh, mas eu não aguento mais ficar longe..

- É parece que pela primeira vez depois de muito tempo, esse meu irmãozinho tá apaixonado - minha mão se levanta e vai até ele - eu torço muito por você meu irmão, e algo me diz que essa garota veio pra ficar - vejo o sorriso de meu tio crescer e então ele abraça minha mãe.

- espero que sua intuição esteja certa, porque o que eu tô sentindo por essa menina é… ah eu nem sei explicar - ele sorria tanto que seu olhos até brilhavam, eu estava feliz por meu tio

- Do jeito que você tá é bem capaz de quando você voltar, já está namorando ela - falei e me levanto - vai dar tudo certo! 

- Valeu moleque - então damos um toque de mãos e logo após ele bagunça meu cabelo, e dá um beijo no rosto da irmã, então se dirige a porta. - me desejem boa sorte.

- Boa sorte - falamos eu e mamãe juntos e o vemos sair pela porta, então ela fala.

- É parece que nosso Apolo, foi picado pelo bichinho do amor...



Notas Finais


E aí o que acharam?
Espero que tenham gostado, um beijo a todos e até o próximo capítulo 😘🌸


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