1. Spirit Fanfics >
  2. Meu Namorado é um Gumiho (Imagine - Jeon JungKook) >
  3. O Trem do Tempo

História Meu Namorado é um Gumiho (Imagine - Jeon JungKook) - O Trem do Tempo


Escrita por: awake_s2

Capítulo 29 - O Trem do Tempo


Fanfic / Fanfiction Meu Namorado é um Gumiho (Imagine - Jeon JungKook) - O Trem do Tempo

S/n 

Ele poderia estar agonizando em dor agora sem sua alma…poderia ser mais uma lua de sangue e ele poderia estar aos prantos nesse exato momento em que eu andava apressada para a estação de trem que me levaria ao aeroporto mais próximo da cidade.

A raiva invadia meu ser de uma forma inexplicável, tudo que eu queria era matar JungKook e Hee Ju e colocar seus corações em um potinho bem apertado, depois andar com eles pra lá e pra cá, da mesma forma que eu andava com meus pertences naquela mala que fazia um barulho irritante com suas rodinhas enferrujadas.

Mas eu não me importei com esse detalhe, só queria ir embora dali o mais rápido possível, dei um dinheiro para um dos empregados do hotel para pegar essa mala velha dos achados e perdidos e enfiar minhas coisas pra finalmente desaparecer.

O filho da mãe ainda tinha providenciado tudo pra minha partida, como se já estivesse esperando que eu fosse embora...ele sabia desde o começo que eu ia ser um brinquedo passageiro...me deu dinheiro, passagens pra de volta pra casa e comida, tudo isso pelos funcionários do hotel, sem conseguir mostrar a cara do traidor que ele era.

O pior de tudo era que eu não podia rejeitar, não tinha nada, eu não era ninguém nem na França, muito menos na Coreia, apenas uma garota sozinha e sem família à procura de um motivo de sua existência.

Eu finalmente tive o que eu queria, liberdade...desde o início era o meu desejo, me ver livre das dívidas do meu pai e finalmente nunca mais ter que olhar pra cara de JungKook ou dos Hwarangs...e agora que ele disse que eu estava livre, que eu podia ir, agora que pela primeira vez ele não recusou de todas as formas a ideia d’eu ir embora pra sempre e sair da vida dele...eu não estava tão feliz do jeito que achei que estaria...eu estava fisicamente livre, mas minha alma estava condenada...presa a ele...e não era pelo que eu carregava comigo no centro de meu peito...meu coração estava condenado a ele...condenado e preso a Jeon JungKook.

Que merda! Eu deveria estar odiando ele apenas, querendo fulminá-lo e nunca mais ouvir falar de seu nome, mas por mais que toda pequena parte do meu corpo dissesse o mesmo, meu coração ainda queria encontrá-lo e correr pra ele com o pensamento de que ele poderia estar se machucando sem sua alma, ou perdendo mais uma vida…

Com sorte ele finalmente teria o que sempre desejou, voltaria para o palácio de Jade e eu poderia viver condenada em paz, sabendo que ele sempre estaria em um lugar inalcançável...me machucava pensar que essa era minha única importância na vida dele...me machucava saber que nada do que ele havia dito era real...de que eu era apenas mais uma peça no seu jogo de xadrez que foi sacrificada para que pudesse ser dado o cheque-mate.

Sentada naquele banco dentro da estação à espera do meu trem eu assistia tantas pessoas passarem apressadas, todas com um objetivo, todas sabendo pra onde iriam e o que deveriam fazer…

Eu já não tinha mais nada.

Nem casa, nem família, nem um objetivo...não sabia quem eu era nem no que queria me tornar...não sabia mais onde me encaixava...eu não encontrava lugar em que eu me adaptava melhor do que na presença daquele Gumiho perverso...ele com certeza havia posto um feitiço em mim...e agora que eu sabia que ele havia me traído, tudo dentro de mim havia virado um caos.

As horas se passavam e eu não conseguia sair do lugar, já deveria ter perdido vários trens e nada do meu corpo reagir, já era tarde da noite, meus pulmões estavam enfraquecidos de tanto suspirar pra chorar, meus olhos pareciam duas âncoras que só queriam olhar pra baixo e me fixar ali pra sempre.

Foi aí que eu vi a porta do trem se abrindo mais uma vez, a voz doce de uma mulher falando em francês alguma coisa, depois repetindo em inglês palavras que eu não entendia muito bem, mas se o básico que eu sabia estivesse certo, aquele trem era o último da noite.

Recompus minhas forças para andar até a porta e entrar no vagão vazio, era incrível como eu não tinha visto o tempo passar, inerte em minha dor.

Me sentei no banco livre, aliviada por ser a única por ali pra que eu pudesse continuar a sofrer em paz.

A viagem demoraria uma meia hora, o suficiente pra que eu pudesse me jogar no banco e fitar o vazio do meu coração.

De repente percebi uma oscilação nas luzes do trem bem leve, olho para cima e não vejo nada de errado, da próxima vez o apagar e ligar ficou mais intenso e frequente, sozinha ali pensei que fariam a pegadinha da estação zumbi comigo, do jeito que eu estava deixaria todos me morderem, eu já estava morta por dentro mesmo.

Foi depois disso que percebi a presença de mais alguém no trem, me assustei ao olhar para homem sentado confortavelmente com um sobretudo preto, olhando as janelas.

Decidi que eu estava definitivamente louca, minhas emoções me impediram de ver o homem de primeiro momento porque eu queria acreditar em estar sozinha.

Suspirei de forma longa, tentando colocar a cabeça no lugar, foi nesse momento que ouvi a voz do homem ecoar no vagão:

-É difícil enxergar um futuro pra alguém com um passado tão obscuro não é?- ouvi ele dizer, me assustei, olhando pra ele e apertando mais a alça da minha mala, se eu fosse roubada ali podia dar adeus a minha vida, minha sorte já estava nos lamaçais de merda há muito tempo atrás.

-Você está falando comigo?- perguntei, pronta pra jogar a mala na cara dele se assim fosse necessário.

-Vê mais alguém aqui?- ele perguntava, com a língua bem afiada pro meu gosto.

-Você ao menos me conhece?- perguntei, ele ainda ignorando olhar pra mim.

-Ah sim, já ouvi falar muito sobre você- eu ri.

-Ah tá...claro, como se eu fosse muito famosa por aí...já me compararam com idols antes sabia?- eu mentia, ironicamente, mesmo que tivesse que admitir que em uma época de minha vida já quis ser famosa de verdade.

-Você ficou muito famosa no mundo sobrenatural…- ele disse, e aquela última palavra arrepiou os pelos de meu braço, isso não era coisa boa…

-Escuta aqui!- eu dizia, já me levantando e colocando a mão na arma que havia trazido comigo atrás das costas. -Não quero nem saber pra quem você trabalha mas eu não quero mais me envolver com esse mundo- eu dizia, sabendo que se ele fosse mesmo um ser caído a arma de nada adiantaria.

Ele riu, eu estremeço. -Você acha que é simples assim? Fugir? Uma vez que você conhece o mundo sobrenatural, nunca poderá se esquecer dele…- dizia, finalmente se levantando e se direcionando até mim.

Ele era bonito, olhos cortantes, cheio de adornos nas mãos e pescoço, um colar de Cruz, as unhas pretas, brincos dos mais variados, um cabelo maravilhoso cinza e uma voz potente que mataria qualquer um.

-Quem você é? O que quer comigo?- perguntei, ele sorrindo ao se aproximar sem medo, eu já apontando a arma em seu rosto.

Ele sorriu. -Entendi porque aquela raposa gosta tanto de você...é corajosa S/n...consegue ver o lado bom dele- franzi o cenho, indo pra trás instintivamente, batendo sem querer na minha mala.

-O que você quer droga?!

-Eu só quero ajudar...quero ver seu futuro e ver o que o aguarda, vejo que seus destinos estão entrelaçados…- seu olho focou em meu peito. -Você carrega algo dele dentro de si…

-Não!- gritei, não conseguindo me desvencilhar das mãos ágeis do ser que me segurou, colocando uma de suas mãos nas minhas têmporas, senti meu corpo desligando por alguns momentos, algo sugando dentro de mim coisas, informações, memórias...parecia que ele estava vasculhando em minha cabeça.

-Para!- eu gritava, sentindo meu corpo todo ficar exausto, era como se minhas energias estivessem se esvaindo pouco a pouco.

Quando senti que estava prestes a desmaiar ele parou, começou a respirar ofegante, com os olhos totalmente arregalados, como se o que tivesse visto fosse um pecado, ou o próprio apocalipse.

-Não pode ser…- ele dizia, pondo a mão na cabeça e cambaleando pra trás, como se ele que tivesse sido sugado e não eu!

-O que você fez comigo seu maluco?!- eu perguntava, franzindo o cenho.

-Eu nunca vi nada assim antes...você realmente pode salvar a vida dele- ele dizia, realmente chocado.

Não entendi muito bem, eu era o mapa dele, apenas isso.

-Eu já o ajudei, ele está prestes a encontrar o escolhido e ele o levará para o palácio de Jade novamente- eu dizia, se ele não soubesse daquilo estava meio desatualizado, o mundo inteiro já sabia da profecia.

Ele riu, me deixando mais angustiada por pensar que ele poderia saber mais que eu.

-Você ainda sabe de poucas coisas criança…- dizia ele, tentando passar a mão em meu rosto mas o impedi.

-Agora entendi porque ele decidiu te deixar ir…- riu, percebi que suas mãos estavam diferentes agora, estranhas tatuagens douradas haviam aparecido nela, reluzindo em uma cor extremamente brilhante, devia ser porque ele havia usado seu poder comigo.

-Como assim decidiu me deixar ir?- perguntei, aflita, existia algo que ele não havia me contado? Alguma coisa naquela traição e nas palavras que ele havia me dito que eram mentira? Se sim, o que ele estava querendo esconder com isso? 

-Você deve escolher S/n…- ele dizia, eu sentindo o trem parando lentamente, as tatuagens dele voltando a reluzir, com certeza ele estava usando seu poder, era mais um dos seres caídos, e isso queria dizer que ele odiava JungKook, consequentemente, odiaria alguém que o ajudou de alguma forma…

-O que está fazendo?!- exclamei, com medo ao ver que ele estava apagando as luzes do trem uma por uma, do final dele até que chegasse a mim.

-Você terá que vir comigo…- dizia, eu já não vendo nada se não a pequena esfera de luz que se formava na lateral do trem, aumentando e aumentando até que se abrisse uma passagem, parecia levar a vários lugares diferentes, eu via vultos de uma casa, um parque, um castelo...afinal, o que era aquilo?!

-Eu não vou pra lugar nenhum com você!- exclamei, me empurrando pra trás enquanto ele me puxava sem nenhum esforço com suas mãos poderosas.

-Não é como se eu estivesse pedindo permissão querida…- dizia ele, eu agora face a face ao portal, sentindo um frio imenso na barriga por estar prestes a ser enviada para o desconhecido.

-O que é isso?!- exclamei, a um milímetro de ser empurrada.

-Vamos fazer uma viagem no tempo…- ele dizia, suas mãos fazendo alguns movimentos, exibindo as tatuagens reluzentes em frente ao meu rosto, ele parecia preparar tudo para vir junto comigo.

-Depois disso vou deixar você escolher entre quem vive e quem morre- dizia, dando uma pequena risada ao lado do meu ouvido.

-De quem está falando?!- exclamei, sentindo um vento gelado do portal que agora mostrava vultos indecifráveis, eu não fazia ideia de onde ele estava me levando.

-Entre Você e seu verdadeiro amor...vai caber a você escolher entre quem vive…- dizia, agora sussurrando sua sentença de ultimato: -E quem morre…

E assim ele me empurrou para as profundezas do desconhecido, ou melhor, para uma viagem que definiria meu futuro.


Notas Finais


Sim, eu sei q demorei MUITO pra postar capítulo, mas entendam amores, a faculdade e o trabalho me sugam muito 😂😂😂 a semana de provas está chegando mas eu tentei escrever pra vcs, espero que gostem 💜💜


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...