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História Meu (não) Chefe - Chega!


Escrita por: Kimsiniz

Notas do Autor


Oi, gente.

Desculpa à demora e desculpa o capítulo não está muito bom... -Juro q n tô fazendo drama, só n gostei muito.

Capítulo 27 - Chega!


Alec descia para a cozinha de sua casa. Era cedo, mas ele estava sem sono.

Já era sábado e ao longo da semana passara muito tempo junto ao Magnus. Eles passavam o dia trabalhando juntos e parte da noite juntos. Na noite anterior haviam passado um bom tempo juntos depois do trabalho e, Alec considerou que as coisas que fizeram em cima de sua moto contrariavam as leis da física.

 

Alec entrou na cozinha, onde sua mãe e irmã já estavam.

A relação com Maryse estava insuportável. Eles nunca se falavam para evitar brigas.

Após dar um beijo no rosto da Izzy, Alec se sentou para tomar seu café.

- Alec. - Izzy o chamou sem tirar os olhos do celular. - Pode me ajudar a fazer umas mudanças na decoração do meu quarto quando chegar? Preciso de um homem forte para me ajudar.

- Então por que está me pedindo ajuda?

A Izzy o encarou rindo.

- Para de frescura. Me ajuda. - Pediu fazendo manha. - Por favor, maninho.

Alec riu.

- Desculpa, Iz. Pode ser amanhã? Vou dormir fora hoje.

- Ah, mas... - Izzy se interrompeu quando Maryse murmurou algo incompreensível.

- Algum problema? - Alec perguntou a Maryse com as sobrancelhas unidas.

- Você não acha que passa noites de mais na casa desse seu... - Ela pigarreou. - Amigo, Magnus.

- Se o Magnus fosse só meu amigo eu não passaria tantas noites com ele e nem faríamos as coisas que fazemos nessas noites, Maryse.

Sua mãe se irritou.

- Alexander...

- Mas. - Interrompeu perdendo a paciência. - Vou dormir na casa do Jace hoje.

- Não sei como o Stephen ainda aceita te deixar perto do filho dele.

- Por que não deixaria? - Perguntou incrédulo.

- Por que você está tomando atitudes deploráveis, Alexander. Não me importo que você faça o que quer, mas as pessoas não precisavam saber. Você não podia ser um homem normal e se casar de uma vez com uma mulher? Não faria diferença se você quisesse ter um amante. As pessoas não precisavam saber. Você podia considerar o que é necessário e se satisfazer...

- Maryse! Eu sou completamente normal. - Levantou da cadeira batendo com força às mãos na mesa. - Eu sou seu filho. Por que a minha felicidade não é tão importante quanto o que os outros pensam?

- Por que é egoísmo da sua parte agir assim. - Ela se levantou. - Sentimentos não são tudo. Existem coisas mais importantes na vida.

- Para mim não. Já chega. - Ele saiu de lá o mais rápido que pôde.

Entrou no quanto e começou a enfiar todas as roupas numa mala qualquer que achara em cima do guarda-roupa. Havia escutado muitas provocações e recebido olhares tortos calado ao longo da semana e já não aguentava mais.

Foi o fim Maryse considerar o sentimento mais puro e real que Alec já sentiu como egoísmo ou uma maneira de se satisfazer. Não era hora para usar a desculpa que sempre usava para as atitudes da mãe. Aquele típico "ela não disse por mal, foi sem pensar".

- Alexander. - Maryse entrou no quarto. - Não me deixa falando sozinha. Sou sua mãe.

- Você se esquece frequentemente que é minha mãe. - Se surpreendeu por a voz não ter fraquejado. - Eu estou cansado de aturar esses comentários maldosos e estúpidos sobre minha relação com Magnus. Eu te pedi para me ignorar, mas você continua se metendo na minha vida. Cansei. - Parou o que estava fazendo. Sentia o coração bater forte dentro do peito, a respiração descontrolada e os olhos ardendo pelas lágrimas que ele não permitia que caíssem. - Não quero mais morar aqui.

- Fica a vontade para se mudar. Tem umas pontes ótimas para se morar embaixo aqui pela cidade. - Disse irônica.

- Me parece uma ótima ideia. - Com mais calma Alec encheu uma mochila com o restante das suas coisas. - Em comparação com esse lugar, qualquer buraco pode ser chamado de lar.

Sem dizer ou esperar que a mãe dissess mais alguma coisa ele se dirigiu para a saída. Izzy o seguiu até lá fora.

- Alec. - Ela estava com os olhos cheios d'água. - Alec. Para onde você vai ir?

- Vou dormir na casa do Jace e depois procurar um apartamento barato por aí... Tenho dinheiro guardado. Não gasto meu salário com muita coisa.

Ela o abraçou e ele soltou a mala e a mochila. Já não conseguiu mais conter as lágrimas que escaparam de seus olhos.

- Alec... - Ela o soltou do abraço, mas se manteve com as mãos em seus ombros.

- Tá tudo bem, Iz. - Ele deu o melhor sorriso que a situação permitiu. - Vou ficar bem.

- Mas vou sentir sua falta.

- Podemos nos ver sempre, maninha. Não vou para longe.

- Eu odeio a Maryse. Ela não podia falar assim com você.

Era nesses raros momentos que a pose de durona da Izzy desaparecia. Era de partir o coração ver sua irmãzinha daquele jeito.

Ele enxugou as lágrimas da irmã e deu um beijo na bochecha dela.

- Agora entra, Iz. Você precisa ir para a escola.

Ela enxugou as lágrimas e o abraçou mais uma vez.

- Eu te amo muito.

- Eu também te amo.

Ela saiu de lá correndo e entrou em casa.

 

[...]

 

- E o que você vai fazer? - Jace, com cara de sono e sentado na cama questionou após Alec lhe contar da briga com a mãe sem muitos detalhes.

- Me mudar, ué. - Sabia que não era tão simples, mas precisava ao menos parecer forte e confiante.

- Ah, claro. É fácil assim. Você tem um o quê? Um salário mínimo? Fácil se sustentar assim.

- Jace...

- Alec. Mas que bosta. Como ela... Como ela te trata assim?

Alec deu de ombros. Era bastante difícil mentir e fingir para Jace, mas ele não queria que ninguém soubesse o quanto doía.

- Fica aqui, cara. Sabe que meu pai te acolheria de boa. Ele não tem nada contra seu namoro. Ele te considera um filho, mesmo que vocês não estejam tão próximos agora.

- Eu sei. Por isso mesmo que não faz sentido ficar aqui. Obrigado, de verdade, mas somos todos uma família. Não faz sentido dizer que vou me virar e ir para a casa do meu quase pai.

- Então nem adianta dizer que o meu pai pode falar com a sua mãe e você voltar para sua casa?

- Óbvio que não. Jace, sou adulto. Posso me virar.

- Magnus sabe?

- Não. Ele trabalha sábado sim e sábado não. Hoje ele não trabalha e vai sair com os amigos. Catarina e Ragnor. Então ele nem sabe que não fui para a empresa e não sabe que estou... - Suspirou. - Assim.

- Bom. - Jace coçou os olhos ainda sonolento. - Na ausência de um asiático moreno e, admito, bonitão, você tem um irmão loiro muito gostoso, mas isso é irrelevante, disposto a te consolar. - Abriu os braços.

Alec riu fraco e aceitou o abraço.
 

Passou a manhã inteira com Jace. Mas a tarde Jace foi resolver umas coisas sobre a escola o deixando sozinho. Alec não reclamou, Jace definitivamente já teria problemas na escola por faltar tanto e Alec era o culpado quase sempre.

Passou a tarde pesquisando apartamentos no computador do amigo e era impossível dar um jeito naquilo. Ele estava muito ferrado.
 

Acabou dormindo boa parte da tarde na cama desconfortável do Jace. O quarto excessivamente arrumado do amigo era desconfortável, porém familiar o suficiente para ser confortante ao mesmo tempo.

Mais tarde foi para a cozinha com fome e encontrou Stephen, pai do Jace.

- Oi, garoto.

- Oi.

- Está com fome?

- Um pouquinho. Sou um desastre na cozinha, então...

- Eu sei. - Stephen riu se levantando. - Eu nunca deixaria você ferver água na minha cozinha. Vou pedir comida. Pode ser?

- Sim. Não quero por fogo em nada... De novo. - Riu.

Stephen pediu algo para comerem. Parecia pensativo e Alec, não hesitou em perguntar curioso:

- O que o senhor tem?

- Eu estava pensando. - Hesitou. - Não sei se minha opinião importa para você, mas... Eu fico muito feliz em saber que você está feliz. Parabéns pelo namoro. Meus dois meninos estão amados e... Deus, sou péssimo com palavras.

Alec riu. Facilmente se emocionou.

- Importa. Sua opinião importa muito. Obrigado.

 

[...]

 

Na manhã do domingo Alec, ainda tentando se manter/parecer calmo, estava com as bagagens e esperando um Uber que Jace disse que chamou.

Jace estava com ele, ambos sentados da calçada.

- Alec. Você tem certeza de que prefere ficar numa porra de hotel até conseguir um apartamento?

- Sim. Não se preocupa. Não quero levar meus problemas para ninguém. Não vou aborrecer ninguém com isso.

Jace levantou o olhar, olhando para trás do Alec.

- Desculpa então.

- Por?

- Olá, Alexander.

Alec não precisou olhar para trás para saber quem Jace havia chamado.

Se levantou e encarou Magnus.

- Magnus. O Jace....

- Já me contou tudo.

Alec lançou um olhar irritado para o amigo e foi ignorado.

- Alexander. Você não pode esconder coisas sérias de mim assim. - Magnus disse ganhando sua atenção.

- Eu não queria te perturbar. Você já tem seus próprios proble...

Alec não completou a frase. Teve seu corpo agarrado e envolvido por braços fortes.

Alec só conseguiu se aconchegar ali. Era confortável de mais para ele perder seu tempo com palavras.

A sensação de alívio após um dia tão desconfortável era ótima. Os dedos fazendo carinhosamente desenhos em suas costa e com a outra mão um carinho gostoso entre os fios negros do cabelo.

Perdeu a noção do tempo que ficou ali. Envolto pelo carinho e consolo que buscava.

Como Maryse podia achar aquilo errado? Questionou mentalmente apertando os olhos fechados com força. Aquilo era simplesmente coisas de mais para descrever em outra palavra se não... Amor.

Eu amo o Magnus. Pensou e sorriu com o rosto enterrado em seu ombro.

Talvez não fosse o momento para dizer, mas era a mais pura verdade.

Ainda com os braços rodeando seu corpo Magnus fitou seus olhos cheios.

- Meu amor, - Magnus sussurrou de uma forma muito doce. - eu não entendo nada sobre família, mas eu imagino que... Pior do que nunca realmente ter tido uma é chegar muito perto de ter e simplesmente perder. Eu entendo que você passou dezoito anos suportando os momentos ruins na esperança de que a Maryse pudesse ser melhor e, bom, ela só piorou. Você sempre tem esperança e ela te faz mal às vezes, mas não faz isso. Não age como se estivesse sozinho, por que você não está. Nunca vou te deixar sozinho.

Magnus enxugou a lágrima que Alec nem percebera que escorreu por sua bochecha. Fazendo carinho na pele.

- Fica comigo. Fica no meu apartamento até achar um lugar para você. Deixa eu cuidar de você.

Alec assentiu e Magnus sorriu antes de se aproximar iniciando outro beijo. Movimentou os lábios lentamente nos dele.

Ambos adoravam aqueles momentos cheios de mãos, pegada e luxúria, mas era incrível como, nos momentos certos, aquele carinho suave fazia bem.

As coisas a volta deles deixaram facilmente de existir.

Demoraram um pouco para incluir as línguas naquele beijo, só o fizeram conforme as coisas ficavam intensas.

Alec puxava Magnus contra si com todas as forças, como se dentro daquele abraço problemas não existissem. Aqueles lábios eram sempre tão incrivelmente vitais que chegava a assustar.

Separaram os lábios devagar.

- Vamos? - Magnus perguntou.

- Va... - Ele se interrompeu com o susto do som alto de uma buzina.

- Ah, pelo amor de Deus. Eu vou vomitar. - Jace, encostado no carro do Magnus, disse impaciente.

A porta do carro estava aberta e era possível ver as coisas do Alec lá dentro. Alec olhou para o chão se perguntando em que momento as bolsas haviam sido retiradas de lá, e simultaneamente Magnus mexeu nos bolsos, notando que a chave de seu carro não estava lá.

- Vão pro quarto! - Jace jogou a chave do carro para o Magnus.

Magnus, puxando Alec pela mão, foi andando em direção ao carro. Mostrou o dedo do meio para o Jace, que gargalhou alto enquanto eles entravam e o deixavam para trás.

- De nada, casal.

- Vai se ferrar, Jace. - Alec disse e Jace fechou a porta. - Mas obrigado.

- Só fica bem. Tá?

Alec assentiu antes de Magnus partir com o carro.









 


Notas Finais


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