Meu nome é Gato.
Eu sou um gato desde que nasci. Quando era apenas um gato pequeno, fui encontrado abandonado pelos humanos.
Os humanos me alimentaram, deram carinho na cabeça, e um humano pequeno tentava me maltratar, mas eu afiava minhas garras nele e ficava tudo bem.
Quando eu era um gato pequeno, tinha uma irmã. Mas ela não gostava dos humanos, e foi embora da casa.
Eu continuei aqui.
Desde que era um gato pequeno, quem mais fazia carinho na minha cabeça e me dava comida era uma humana grande.
Ela me abraçava e me chamava de diversas coisas.
Eu gostava de sentir seu cheiro, e sempre corria atrás de sua voz, ou do barulho da ração vindo para mim.
Todos os dias por muito tempo, eu ia até o lugar que tinha o cheiro da humana, e dormia nele. Eu me sentia seguro e descansava por horas.
As vezes, a humana tinha água saindo dos olhos e eu sentia tristeza vindo dela, então eu deitava no colo dela e pedia carinho.
A tristeza parecia ir embora.
Um dia, um cachorro grande me atacou, e eu não conseguia mais mexer minha pata. A humana grande teve muita água saindo dos olhos, e me dava mais atenção ainda. Mas minha pata doía muito, e eu queria ficar só. Até que em um momento, eu fui levado até um humano que nunca tinha visto antes, e ele me fez dormir. Quando eu acordei, a dor era menor e tinha uma faixa na minha pata.
Muito tempo se passou depois disso, e eu já podia pular e correr novamente, por que nada doía mais.
Um dia, a humana demorou muito para chegar em casa, então eu fui para o lugar com o cheiro dela e esperei. Mas ela continuava não vindo, então fui até o lugar onde coisas grandes em que os humanos entravam e esperei.
Esperei na rua, no cheiro dela e no lugar macio onde ela sentava para ver a coisa com luzes.
A humana ainda não havia chegado, mas eu continuei esperando por ela.
Muito tempo se passou, e o céu ficou frio e depois quente, choveu e teve muitas nuvens. Os outros humanos da casa continuavam tristes, e evitavam os lugares com o cheiro dela, mas ele estava por todo o lugar.
A cada momento que passava, eu continuava sentindo saudade dela.
Eu continuei dormindo onde o cheiro é mais forte, e continuei olhando para o céu, como ela fazia as vezes.
Meus pêlos iam ficando falhos, e mudando de cor. Meus dentes foram caindo, e minhas garras também. A humana ainda não tinha voltado.
Eu continuei esperando por ela.
A casa não tinha mais graça, e nem os perigos e aventuras que me faziam pular e correr.
A tristeza que sempre vinha da humana, agora vinha de mim.
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