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História Meu Passado Não Me Condena - Simplesmente nada e ninguém


Escrita por: apreciei

Notas do Autor


Ooooi

Capítulo 3 - Simplesmente nada e ninguém


Fanfic / Fanfiction Meu Passado Não Me Condena - Simplesmente nada e ninguém

 

Eu não sabia pra onde estavam me levando, e pelo tempo que estou aqui provavelmente irei demorar a voltar. Ao meu lado estão desconhecidos e o pior é o que eles farão comigo!

Após um tempo na estrada, logo o carro parou. Eu esperava que me tirassem tranquilamente, mas não, me arremessaram como um pedaço de merda pra fora do carro. Isso fez com que eu desse de cara no chão, mas á tempo coloquei as mãos na frente impedindo que eu não quebrasse a cara no cimento.

Nem fizeram o favor de tirar o saco da minha cabeça. Minhas mãos estavam presas, mas ainda sim conseguia movimentá-las de alguma forma, então tirei o saco da cabeça por conta própria, revelando um casarão em mau estado, e alguns outros homens envolta de nós, vulgo eu e algumas outras garotas ali comigo.

— O quê você fez pra estar aqui? — uma das garotas ao meu lado, perguntou-me em um sussurro.

Ela parecia ter menos de dezessete anos, provavelmente achava isso tudo aqui graça, percebesse isso pela feição em seu rosto.

Franzi a testa.

— Qual o seu nome? — ela pareceu pensar e logo respondeu.

— Jessica, agora, o que você fez? — essa guria não desiste em.

Suspirei me rendendo.

— Em defesa própria, derrubei aquele cara ali. — rolei os olhos para aquele mesmo homem que me agarrou, o mesmo que eu derrubei, o mesmo que me olhava mortalmente com sua testa escorrendo sangue.

A garota olhou para o cara e então voltou seu olhar sobre mim, surpresa.

— Mas ele é... — a cortei.

— Um cara como qual quer um que esteja a nossa volta? — fui sarcástica.

— Ele é um dos caras do Bieber. — ela diz como se eu devesse, obrigatoriamente, saber daquilo.

Esse nome me trás péssimas recordações, acredite.

— Que Bie... — antes que eu terminasse minhas falas alguém me interrompe.

— As vadias calem a boca. — um homem alto de óculos escuros disse autoritário e logo depois virou de novo, nos dando as costas para conversar com seu grupinho. Que ironia.

Eu não iria fazer o que ele estava “pedindo”, mas a garota ao meu lado calou-se e eu não sou tão sonsa ao ponto de ficar falando a toa igual a uma matraca.

— Vadia é a porra da sua mãe! — outra garota, sem noção, alterou-se.

— Como é? — ele, novamente virou-se, mas dessa vez com uma expressão de quem não acreditava que estava ouvindo, duvidando da garota.

— É o que você bem ouviu. — e então levantou as sobrancelhas.

Eu não entendo o quê essas garotas têm na cabeça. Certamente, eles devem ser importantes de algum jeito, aqui, eles estão armados e nós somos só um fardo de nada para eles. O quê e quem os impediria de nos matar? Simplesmente nada e ninguém.

— Eu não bato em mulher, mas hoje bem que posso abrir uma exceção para você, o quê acha? — foi se aproximando dela ao estralar seus dedos. Mas, outra garota, vulgo quem não está como nós, presas, parou o homem ficando a sua frente sem tirar os olhos da garota.

— Você não. Mas eu bato. — assim que terminou de falar, já foi pra cima da “linguinha solta” começando a espancá-la de tal forma que o rosto de quem apanhava, cortasse a cada soco. Mas isso era uma puta injustiça, já que ela estava com as mãos presas e não podia revidar absolutamente nada.

Bom, quem se importa? Ela falou o que quis, recebeu em troca o que não quis. Simples. E eu não tenho nada haver com a vida dessas pessoas, não consigo tomar conta nem de mim, quem dera falar alguma coisa para impedir que a outra fique toda fodida. Meio egoísta, mas estou poupando outra vida além da dela, a minha.

É triste ver como pessoas são tratadas aqui... Muito triste, mesmo... Quando acabou o “serviço”, ela se levantou e com expressão séria voltou ao seu lugar.

Respirei fundo revirando os olhos, pronta pra perguntar.

— Alguém pode me dizer o que exatamente a gente tá fazendo aqui?

— Ainda pergunta porra! — Ryan, mais afirmou do que perguntou.

Apenas dei de ombros não me importando com aquilo, de verdade, não me valeu de nada sua opinião.

— Você desafia a morte, não é? — falou entre dentes.

— Todo mundo morrerá um dia, eu só estou antecipando. — e é verdade.

Então, ouvi barulhos de pneu derrapando no chão, provavelmente de um carro em alta velocidade que logo se aproximou de todos aqui presente. Saíram de lá, apenas mais três caras bombadões. Eu, particularmente, não gostei muito da cara com a qual eles me olharam, mas resolvi não questionar, abrir a boca ou fazer careta, pois, pelo jeito, aqueles homens não estavam aqui para brincadeira.

Foquei meu olhar apenas em um. Ele não fazia parte do trio chave de cadeia, e sim outro, um tanto quanto menor do que aqueles lá. Ele era... Normal.

Esse tal, que tomou minha atenção, foi em direção até as primeiras garotas daquela fila, fila na qual eu também me encontrava. Por sorte, eu era a última do outro lado.

Todos se calaram.

— Hoje vocês realmente se superaram. — ele dizia enquanto apertava as bochechas de uma das garotas assustadas, virando a cabeça de um lado e outro, reparando bem em seu... Estado. – Adan vai adorar saber que terá mais novatas para seu projeto.

Sorriu debochado e então fez algum tipo de sinal para que fossem levando as garotas “examinadas” para dentro do galpão. Eu queria saber mais sobre á que ele estava realmente se referindo. Não fazendo ideia de quem seja Adan, aquilo devia se tratar de algo importante, claro. O que eles estariam fazendo com essas garotas afinal? Elas não tinham apenas sido pegas por terem feito algo de errado? Como eu? Mas acima de tudo, eu deveria pensar em como sair daqui.

O número de seguranças ali havia diminuído, algo ao meu favor, porém aquele cara se aproximava cada vez mais de mim para assim fazer o que já estava fazendo com as demais. Examinar e colocar pra dentro do galpão.

Até que Jessica abriu a boca, quando chegou à sua vez.

— Por que compartilhou aquela informação sobre Adan Cooper com a gente? — a mesma tentava manter-se séria, enquanto o outro, ali parado em sua frente, a encarava.

— Porque nenhuma sobreviverá para contar isso há alguém. E... — começou a fazer o mesmo esquema com ela — Como sabe sobre Adan Cooper? Que eu me lembre, falei apenas seu primeiro nome.

Ele tinha a expressão entediada, séria, fria, demorada... Mas que poderia dar medo até no bombadão lá atrás, podia.

Ela engoliu a seco.

— Sei que, como dizem por aí, ele deveria ser seu inimigo e não alguém com quem deveria tratar negócios. Não foram uns e outros da turma dele que espalharam boatos de que você era gay? — a garota parecia que realmente estava curiosa, e queria uma resposta concreta, não apenas uma reviravolta de olhos vinda dele, o que foi bem o que aconteceu.

Prendi o riso na garganta, mas foi em vão já que acabei soltando uma risadinha, trazendo ambos os olhares sobre mim.

— Você não acha que sabe demais? — sua paciência parecia estar na linha do limite. E olha que eu nem o conheço.

— Eu acho que... Essa é minha hora de ir embora! — sorriu o deixando confuso. De repente um dos carros explodiu, justo o carro com que ele nos encontrou aqui.

Com essa explosão, fomos nós três arremessados pra longe. Que diabos foi isso? Por sorte, ou azar, eu caí por cima dele, o que amorteceu minha queda.

Havia também uns dois homens ali que esperavam ordens, mas eles também foram “arremessados”, caindo em um barranco por ladeira a baixo. Perderam a vida provavelmente. Eu por outro lado, ainda não estava raciocinando bem, foi quando Jessica me levantou rapidamente pelo braço, ainda sim, cambaleando por conta do incidente. Foi me puxando em direção de um carro ali, um dos últimos carros, fazendo com que deixássemos para trás o carinha que deve ter batido com a cabeça.

Assim que conseguimos entrar, alguns seguranças que estavam dentro do galpão, saíram, nisso, Jessica apenas perguntou antes de me dar a direção “Você dirige?”. Conseguimos sair dali com balas acertando em cheio o vidro de trás do carro, que no caso, não sofreu arranhão nenhum.

Pelo sim ou pelo não, abaixamos a cabeça para que nenhum tiro acertasse em nós duas; quando já estávamos um pouco longe daquele maldito casarão caindo aos pedaços, ela começou a rir, só não exagerada.

O que aquela louca desgovernada tinha acabado de ter feito?

— Foi você que fez aquilo? — a encarei vendo a mesma assentir — Você tem merda na cabeça? Poderia ter nos matado, me matado!

— Qual é, salvei sua vida. — ela relaxou no banco.

— Não, você só a ferrou mais ainda. Aqueles caras não estavam de brincadeira, provavelmente vão rastrear e nos achar. Somos algum tipo de ameaça para eles agora. — bufei.

Eu estava realmente nervosa.

— Você nunca viu nos filmes? Quando alguma vitima consegue escapar, ela às vezes se da bem... — qual a mentalidade dessa criança?

— Acontece que aqui é vida real, porra! — revirei os olhos suspirando fundo tentando me concentrar na estrada — Eu não sei em qual filme você viu isso, mas os que eu já vi, ela morre.

Isso é alguma brincadeira pra esse ser humano déficit mental?

— Você parece que entende bem esse tipo de coisa... Já foi da máfia por acaso? — a mesma fez piadinha fazendo com que eu a fuzilasse.

— Você sabia quem era aquele tal de Adan, e sabia também que poderia deixar aquele cara irritadinho, não é? — deixei que minha curiosidade falasse mais alto.

— Tá brincando? Eu sei muita coisa sobre The Criminals, eles são fantásticos. Adan James Cooper, como a minha pergunta para Justin Bieber, deveria ser o maior inimigo dele, aí sim tem coisa... Não é só pelo fato de ter feito uma brincadeirinha tosca e sim por que... Por que justo você quer saber isto? — ela arqueou uma das sobrancelhas depois de dizer tudo àquilo em um fôlego só.

— Não quero saber sobre a vida particular dos seus ídolos. — mentira. — Quero saber como que você sabe de tudo isso.

— Tenho meus modos... — ela se gabou.

Revirei os olhos: E como é que diabos você conseguiu explodir aquele carro?

— Ué, nunca entre no jogo de Justin Bieber sem ter uma carta na manga.

Depois disso, tudo ficou silencioso e minha ansiedade só aumentou mais. Agora sim essa historinha mal contada conseguiu mexer mais com meu psicológico. Esse encontro foi bem familiar pro meu gosto, o que deve ser ruim; bem, dizem que “Quem procura acha”. Eu procurei ajuda e acabei recebendo mais ação do que esperava pra esta noite.

 

 

 



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