História Meu Pequeno Veela - Batalha, Explicacão, Sofrimento

 34 Batalha, Explicação, Sofrimento

Quinta á noite

Todos olhavam boquiabertos a transformação de Draco, aqueles que não sabiam de sua condição estavam assustados, o garoto era um anjo? Pensavam a mesma coisa. Veelas quando irritados se transformavam em Harpias, era uma imagem horrível, assustadora, de nada se parecia com a do Sonserino. Como ele podia ter virado um ser tão lindo? Suas longas asas estavam abertas, brancas, grandes, majestosas; era como se a qualquer momento ele fosse alçar voo. Seus cabelos eram dourados como o mais caro dos ouros, uma aura angelical o rodeava, hipnotizando a todos. Curiosos, temerosos, esperançosos, cada um tinha um sentimento diferente, nesse momento, tudo que podiam fazer era olhar e esperar. A Salvação ou a Destruição do Mundo Bruxo. A profecia estava correta. Ele decidiria o futuro.

Os Patronos se uniram. Ficando maiores. Mais fortes. Cavalgaram ao redor do pátio, espantando os Dementadores. Salvando Blásio, Lúcios, Narcisa, Neville, Molly, esses tinham suas lembranças sugadas. Todas as suas lembranças felizes. Trinta segundos. Era o que restava para que o último suspiro deixassem suas bocas e perdessem suas almas. A esperança aumentou.

Todos, até mesmo os Comensais olhavam os dois de mãos dadas, curiosos com o que aconteceria a seguir. Seguiram atentamente a mão de Draco se levantar, com a varinha apontando para Gina, ouviram claramente sua voz retumbar, com uma ira palpável, uma intensa luz saiu deles, percorrendo todo o local, potente, soberana. Viram a garota, assustada, cair no chão, inerte. Ela não foi à única. Todos os comensais seguiram o mesmo caminho. Só eles. Por quê? Ninguém sabia.

Olharam-se, constatando o óbvio. A Batalha acabou. Eles venceram. Gritos de alegria foram ouvidos, abraços e sorrisos compartilhados. Os que estavam bem começaram a ajudar os Medibruxos com os feridos. Alguns correram para amparar os salvadores. Harry não aguentou e desmaiou alguns segundos depois. Eles eram os mais machucados, por serem os principais alvos. Todos foram levados para dentro da escola, as mesas e cadeiras do Salão Principal foram substituídas por camas para acolher a todos.

A batalha acabou, deixando várias cicatrizes, não só no corpo, mas também na alma, recordando-lhes sempre o sofrimento que passaram.

Os weasleys estavam inconsoláveis, sua preciosa filha, a caçula e única garota, estava inerte na cama, pálida, fria, morta. A dor era muita, mas nenhum deles culpavam Draco e Harry, talvez no começo sim, mas Minerva explicou algo que chocou a todos, até mesmo a Diretora, que se não tivesse visto com seus próprios olhos não teria acreditado, afinal esta era uma lenda escrita á séculos por um grande bruxo veela, ela leu a história em um antigo livros escrito pelo mesmo sobre tudo que um veela puro e seu companheiro conseguiam fazer após completarem a ligação, mas todos consideravam ser uma história de alguém arrogante querendo fama.

Quando todos estavam no Salão especulando sobre o ocorrido, criando hipóteses uma mais cômica que a outra e os culpando, a Diretora pediu que todos ficassem em silêncio, explicando-lhes de um modo que conseguissem entender.

_"Draco é um veela e Harry é seu companheiro, eles completaram a ligação, a magia dos dois era somente de luz, Draco ainda possuía resquícios das trevas, mas com sua transformação ela foi totalmente dissipada. A magia de um veela puro, quando unida a seu companheiro, além de aumentar exponencialmente, tem o poder de destruir tudo aquilo que é das trevas. Uma luz dourada sai do corpo de ambos, essa é sua própria magia tomando forma, como um feitiço mental, sem emitir palavras, percorrendo todo o ambiente em um raio de dois quilômetros, matando todos aqueles que possuíam o coração nas trevas, que desejavam sangue inocente.

Os pais do garoto não morreram, pois desde o começo sua ligação com as Trevas era por obrigação, não tiveram escolha, seus corações eram cobertos por arrependimentos e culpas pelo que tiveram que fazer para se manterem protegidos, também havia o fato de Narcisa ser uma meia veela, ainda não se sabe como Draco conseguiu ser um veela puro sendo da segunda geração e seu pai ser um bruxo de puro sangue, talvez o mesmo tenha tido sorte ou foi um erro genético, não se sabe. Gina Weasley morreu por desejar e derramar sangue inocente, a garota não fazia parte das Trevas, mas teve seu coração tomado por ela. Não permito que os culpem por algo que não podiam controlar, essa magia só ocorre quando os corações de seus possuidores estão repletos de dor e angustia pelo sofrimento alheio. Devemos-lhes ser gratos, se não fosse por eles essa batalha estaria perdida, muitas mortes de inocentes ocorreriam."

Após sua longa fala, todos ficaram em silencio, dissolvendo o que foi dito, houve apenas quatro mortes, a Píton, dois Aurores e um Medibruxo, tirando Gina e os Comensais, se não fosse por ele haveria mais mortes além dessas. Os Bruxos começaram a se sentirem culpados por julgar o garoto tão levianamente todo esse tempo e gratos pelo mesmo tê-los salvado apesar de tudo.

Pansy, Blásio, Ron, Mione, Narcisa, Lúcios, Luna e Neville depois de tratados se encaminharam ansiosos para o canto do Salão, olhavam preocupados para a cama de casal, onde jaziam os dois garotos inconscientes, encobertos por uma fina luz prateada, Madame Pomfrey disse que era a proteção veela, eles estavam bastante feridos, ficariam em um sono profundo até se recuperarem totalmente, não se sabia quanto tempo duraria já que os mesmos tiveram quase toda a magia liberada do corpo.

Dois dias se passaram, todos os feridos estavam tratados e liberados, somente os dois permaneciam inconscientes, no dia anterior um enterro havia sido feito para as três vítimas junto a uma grande homenagem. Dray estava sendo mantida em sua caixa com uma forte magia de preservação, todos concordaram em esperar os garotos acordarem para realizar o enterro.

Autora off

Harry on (Domingo 10 horas)

Harry abriu os olhos se sentindo desorientado, olhando ao redor percebeu estar na enfermaria da escola, aos poucos as lembranças da batalha lhe vinham à mente fazendo com que se sentasse apressado, chamando assim a atenção da Enfermeira.

_Graças a Merlin! Pensei que você não iria acordar nunca. –Exclamou Pomfrey. –Você ficou inconsciente por dias.

_Urg... Que dia é hoje? –Perguntou espantado, o garoto olhando pro lado, vendo Draco ainda inconsciente. Harry ficou preocupado.

_Hoje é domingo, você dormiu por dois dias. –Pomfrey vendo o olhar do garoto completou. -Ele ficará bem, Potter. Só precisa um pouco mais de descanso, a magia dele foi mais extraída que a sua. Irei avisar a Todos que você acordou.

Vi Pomfrey saindo da enfermaria e voltei meu olhar para Draco, ele estava tão sereno, deitei-me ao seu lado, abraçando-o, inalando seu delicioso perfume, alguns minutos depois, senti o mesmo se mexer, observei enquanto abria seus olhos, confusos. Deixei um pequeno sorriso escapar.

_Oi, estava preocupado com você. –Disse lhe apertando mais em meu corpo.

_Harry, o que aconteceu? Vencemos a Batalha? –Perguntou olhando ao redor com o cenho franzido. Tão desorientado quanto eu quando acordei.

_Você não se lembra? Nós vencemos, Doce. –Falei brevemente.

_Draco! –A voz chorosa de Narcisa foi ouvida, o soltei e virei-me, vendo-a chegar com seu marido e nossos quatro amigos. –Estava tão preocupada com vocês.

_Eu estou bem mamãe. –Disse enquanto abraçava seus pais. –Fico feliz que todos vocês estejam bem.

_Nós também Draco, estamos felizes por te ver recuperado. –Disse Pansy enquanto o garoto segurava as mãos de Harry.

_Onde está Dray? Ela já se recuperou? –Perguntou, procurando sua cobra pelo Salão. Todos ficaram tensos. O garoto ao ver que ninguém respondia se virou para seu namorado, perguntando com a voz trêmula. –Harry, cadê a Dray? Ela está bem, né? Cadê a Dray?

_Eu sinto muito, Doce. Ela morreu enquanto te protegia. –Respondi, me lembrando da fatídica cena, o puxando para mim, lhe abraçando, ele enterrou a cabeça em meu peito, seu corpo tremia, minha camisa estava ficando molhada, pequenos soluços eram ouvidos no ambiente. –Eu sinto muito.

_Não, não, não. –Dizia constantemente, meu peito se apertou, deixei as lágrimas caírem, compartilhando de sua dor. Todos saíram nos dando privacidade, eles entendiam o quanto ela significava para nós dois. Dray nos uniu.

Ficamos assim, abraçados, até que o cansaço nos abateu novamente, ainda estávamos nos recuperando. Dormimos o resto do dia e grande parte da manhã seguinte. Ao acordarmos, na segunda, fomos informados que haveria um enterro para Dray, no cemitério de Hogwarts, como forma de homenageá-la, após um pequeno desjejum, nos arrumamos em silencio, nos entendendo apenas pelo olhar, indo para o local em seguida.

A homenagem foi feita, palavras foram ditas, Draco derramou mais lágrimas, emocionado pela consideração que todos tiveram, o mesmo não se lembrava do que aconteceu após ver Gina lhe lançar a maldição, lhe contei em poucos detalhes o que ocorreu, deixando-o impressionado. Mione nos atualizou sobre os dias em que estivemos inconscientes. As aulas foram suspensas até segunda ordem, os alunos ficaram esperando nosso despertar, para fazer o enterro de Dray e agradecer-nos antes de irem para suas casas.

_Você vai para a Toca, Harry? –Perguntou os Weasley junto a Mione, quando vieram se desculpar e dar as condolências a Draco.

_Não sei. –Respondi, realmente não estava a fim de ficar sozinho nesse momento, eu sempre ficava com eles, mas agora eu tinha uma prioridade maior e esta me olhava com os olhos tristes. –Acho que vou ficar na Malfoy Manor com meu namorado.

_Sério? –Perguntou meu loiro com uma expressão esperançosa, agarrando fortemente minha mão.

_Se seus pais não se incomodarem, sim. –Falei fazendo um leve carinho em nossas mãos entrelaçadas.

_Não nos incomodaremos, Harry, pelo contrário, sua presença fará bem a Draco. –Disse Narcisa ao lado de seu marido, nos assustando, não o vimos chegar.

_Bom, então vamos indo. Venham jantar em nossa casa sábado. Todos vocês. –Disse Molly, indo embora com sua família. Mesmo ainda tristes pela morte da filha, eles se sentiam culpados pela perda de Draco e queriam se redimir de alguma forma.

_Vamos arrumar nossas coisas? –Perguntei.

_Não precisa, iremos fazer compras amanha. Suas roupas são horríveis, Harry. Você não pode continuar se vestindo assim. –Disse Draco, com um adorável bico em seus lábios.

_Tudo bem, Doce. -Falei, deixando um selinho em seus lábios. Sabia que ele estava dizendo isso para ter uma distração e não pensar em Dray. Se for para deixar meu veela melhor, mudo até a cor dos meus cabelos.

Harry off

Draco on

Quando Harry disse que iria passar a semana em minha casa, não sei descrever o que senti, mas foi como se tivesse apanhado o pomo de ouro. Eu precisava dele nesse momento, de seu carinho, sua atenção, seu amor. Não queria ficar sozinho, apenas tendo a presença de meus pais. Meu veela precisava dele tanto quanto eu. Quero-me sentir completo. Esquecer tudo que aconteceu. Ele pode proporcionar isso. Como aquela vez. Preciso me unir a ele novamente. Mais e mais. Ate ficar satisfeito.