História Meu porto seguro - Capítulo VII

Haviam se passado dois dias desde meu jantar com Itachi, ele me ligou ontem, porém não nos falamos muito, ainda estava meio receosa por conta do beijo que eu praticamente roubei dele, mas naquela hora, fora como se minha adolescente interior houvesse tomado o controle de minhas ações e eu prontamente atendia as suplicas dela.

Não me arrependo de ter feito aqui, foi muito saber exatamente como ele beijava e se os lábios dele eram tão macios quanto aparentavam. E devo admitir, são ainda melhores! Estava indo almoçar com hinata naquela manhã, a poucos passos de sairmos do escritório, formos paradas por um rapaz, loiro e de sorriso carinhoso, que tinha uma curiosa franja lateral na testa, o reconheci de imediato, Deidara... o garoto da floricultura do fim da rua, “garoto” só na aparência, pois o mesmo tinha em media 25 anos e seu noivo... sim, noivo, Sasori era dois anos mais velhos. Era o casal mais bem falado do bairro, apesar de serem “diferentes” como muitos se põem a julgar por ai.

Ainda sim, mostravam a todos que o amor viria de varias formas e não apenas da maneira tradicional que sempre fomos acostumados a ver. O que mais me encantava na relação deles era a forma de demonstrarem sem medo a todos, o quanto se amavam.

- Ohayo Deidara-kun! – hinata o cumprimentou e eu assenti. – o que faz aqui com esses buquês? – perguntou a Uzumaki curiosa, e admirada com os copos-de-leite e as minhas amáveis tulipas.

- O senhor Uzumaki pediu pra eu entregar esse a você, senhorita... – ele entregou a hinata que mesmo acostumada com os constantes mimos de naruto ainda sim, ficava boba quando algo semelhante acontecia. – e esse foi um homem desconhecido que pediu para entregar para você, Sakura... – sorri... fora Itachi, eu tenho certeza!

- Sakura?! Apenas Sakura, deidara? – franzi o cenho. – porque ela é chamada de senhorita? Está insinuando o que? Baka! – todos riram e ele apenas levantou os braços em rendição.

- Não queria ofendê-la senhorita... Bom, preciso ir, ou o Danna ficará louco em administrar a floricultura sozinho... – ele sorriu e tocou meus cabelos e de hinata e seguiu seu rumo para a floricultura, Hinata me encarou com um sorriso sapeca nos lábios e eu não deixei de ruborizar.

Novamente entramos e colocamos as flores sobre a bancada e nos dirigimos para fora em sentido ao restaurante que almoçaríamos, tínhamos muito a conversar e quando eu chegasse a casa, ligaria para Itachi o agradecendo pelas magnificas flores, minhas preferidas!

[...]

- Então Hina, o que pretende fazer para o baka este ano? – perguntei, estávamos ali em uma reunião quase “ultrassecreta” para os preparativos da festa de aniversário de naruto.

- Hn... nee Sakura-chan, não queria nada grandioso, afinal... ano passado ele deu uma super festa! – oh se foi, com direito a todos bêbados e correndo nus pelo gramado da casa de hinata, fora uma verdadeira vergonha no outro dia. – apenas um churrasco no domingo para os mais íntimos... Kuhsina-chan irá me ajudar a preparar tudo. Mas eu precisava que você avisa-se todos, afinal você é mais intima deles do que eu. – hinata ainda tomava seu suco e pareceu pensativa. – seria uma festa surpresa pra ele.

Assenti, pois realmente a ajudaria com a festa do baka. Afinal aquele idiota era meu melhor amigo.

- hina terei que chamar aquele garoto... o emo... de cabelos estranho... – tentei lembrar o nome dele, mas apenas xingamentos vinham nos lábios.

- O Sasuke-kun? – hinata sugeriu... era esse mesmo! – ele é o único “emo” de cabelos estranhos que eu conheço. – a mesma soltou uma leve gargalha. – terá sim... ele é o melhor amigo do naruto-kun. E se ele não vier, naruto o busca pela gola da camisa. Como sabe ele é irmão de Itachi, que mundo pequeno. Dizem que no mundo todos somos separados por no mínimo 6 graus. E isso parece verdade, eu só espero que eu seja no mínimo 3 graus próximos do Kishimoto-sensei! – hinata assim como seu filho, era devota de tudo que Kishimoto fazia... chegava a ser hilário, a um tempo atrás o mesmo escreveu uma história muito boa de ninjas... mundo shinobi, com o  nome “Naruto” e claro o loiro cabeça oca se sente o ultimo fodão da terra até hoje.

- Esse ai mesmo... pode deixar, ele parece ser bem idiota, e eu tenho certeza que irei querer partir a cara dele. – dei um leve sorriso. – mas eu o convidarei.
                Hinata apenas soltou uma leve gargalhada do meu jeito “fofo”.

Minutos depois terminamos o almoço e os preparativos foram acertados e meticulosamente programados, por mais que consideramos naruto um verdadeiro imbecil em alguns sentidos, e outros, ele tem a cabeça muito bem treinada e habilidosa para descobrir tudo, e isso não podia acontecer, afinal, em um mês e meio era seu aniversario.

Levei hina de volta para o escritório, ela teria uma reunião importante em alguns minutos, e a Naruto estava lá, então eu pude dar uma escapada, e fui ao cemitério visitar meu pequeno.

[...]

Olhei a pequena lapide frente a mim, percebi que haviam flores ali também, mas não me lembro de nenhum dos meus amigos dizerem que vinham até aqui. Resolvi não retirá-las, pode ter sido alguém de bom coração que as colocou aqui.

Orei um pouco diante do mesmo, e coloquei as flores que trouxe dentro do pequeno vasinho que ficava ao pé junto como o nome de Sotaru Haruno. Meu bebê, o nome fora escolhido por Naruto, pois eu não tive a oportunidade de estar presente nem para isso.

Levantei-me na esperança de ir embora, enquanto caminhava entre as inúmeras lapides, reconheci certo homem, diante de um tumulo belo, até mais para se dizer vendo pelo lado de estarmos em um cemitério.

Sobre o local, um anjo repousava segurando uma mulher em seus braços. E Itachi... bom, Itachi encarava a escultura, e enquanto andava bati em uma grade da pequena capela a minha esquerda, ao virar, percebi que uma lagrima escorria pelo seu rosto, e ele pareceu surpreso em me ver ali.

Afinal não era o melhor lugar do mundo para um encontro. Rapidamente com o antebraço ele enxugou a lagrima e limpou a garganta com um pequeno pigarro. Aproximei-me dele e encarei o nome na lapide.

“Aqui jaz Mei Uchiha” - quem seria ela? Não perguntei... mas, admito de antemão que queria saber, entretanto preferi deixar isso quieto.

- Bom dia. – ele falou e sorriu leve pra mim.

- Na verdade boa tarde, já são quase 15:00 horas. – falei ao observar o relógio.

-Não esperava te encontrar aqui.

- Idem! – sorri. – gomene, preciso ir. – falei ao me lembrar de que as 15h30min eu teria uma reunião importante.

Ele assentiu, e enquanto me distanciava dele, lembrei-me das flores.

- Aproposito, muito obrigado pelo buquê de flores, Itachi-kun! – sorri alegre. – aquelas são as minhas preferidas.

O vi arquear uma sobrancelha e me encarar confuso. Só então me toquei que o buque estava sem cartão e eu não comentei com ele quais são as minhas preferidas.

- Desculpa, eu não enviei flores. – ele respondeu.

- Droga... – murmurei, e continuei andando. E acabei por me lembrar quem me enviava flores sem cartões e sempre me enviou os buquês amarrados com uma fita vermelha. – Hiroshi! - rosnei raivosa.