Meu primeiro amor
Acordo de manhã, e S/n estava dormindo em meu peito. Ela estava com a boca pouco aberta, o que a deixava fofa.
Jeongin - Só você mesmo. - Dou uma risada.
Levanto tentando não acordar S/n o que não adiantou. Ela se mexe um pouco na cama e então abre os olhos. Seus cabelos estavam bagunçados.
S/n - Bom dia! - Ela se espreguiça.
Jeongin - Bom dia. Dormiu bem?
S/n - Eu tô um pouco dolorida, mas dormi como uma pedra. - Ela ri e faz uma cara maliciosa logo em seguida.
Jeongin - Isso é por ter me provocado na festa ontem.
S/n - Eu não lembro de nada disso. - Faz uma cara convencida.
Pulo na cama, subindo em cima de S/n, prendo seus pulsos e olho-a fixamente.
Jeongin - Você precisa se achar menos moça.
S/n - Você precisa falar menos e fazer mais. - Ela me puxa para um beijo.
Mãe - Filho... - Minha mãe entra e se assusta. Logo ela fecha a porta. - Ops, foi sem querer. Continuem, eu vou lá buscar umas verduras no mercado...
Ela sai nos deixando parados olhando para a porta que acabara de ser fechada novamente. Rimos diante da situação e então nos recompomos.
S/n onn
Logo depois de toda aquela surpresa com a mãe de Jeongin, eu me troquei e voltei para casa. Fiquei assistindo filme o dia todo e comendo besteira. Jeongin havia dito que iria sair para fazer algo. Ele e sua mãe foram juntos.
Quebra de tempo
No dia seguinte, acordo com uma certa tristeza. Era meu aniversário, o dia em que nasci. O dia em que meu pai foi morto. Todos estavam me mandando mensagens, ligando e aquilo não me deixava feliz, pelo contrario, me fazia lembrar de meu pai, que eu nunca conhecera. Era 9h da manhã, minha mãe e meu pai, Jyp, estavam dormindo ainda. Troco de roupa, tomo um café rápido e então vou até a gaveta e pego um papel e uma caneta. Eu havia deixado uma cartinha dizendo: "volto mais tarde". Eu não queria estar ali agora, não queria ninguém, nem Jeongin. Queria estar afastada desses pensamentos, das pessoas que me faziam lembrar de meu pai. Queria pensar e me esvaziar de todos os sentimentos. Eu queria me isolar, só por hoje.
Deixo o bilhete na mesa, coloco meus calçados e então abro a porta vendo a rua vazia. O dia estava meio nublado, como minha mente e certamente, meu coração. Vou em direção a praça em que eu e ajwongin gostávamos de ficar. Sento em um banco que havia ali, o mesmo banco em que sentamos das outras vezes. Coloco minha toca e ponho minhas mãos no bolso. Estava um dia frio então, eu havia colocado calça e casaco.
Passo o meu tempo ali, sozinha. Sozinha não, eu tinha a presença do vento que me agradava. Ele não me julgava, não me contrariava e nem falava nada. Ele só sabia ouvir e estar ali. Era tudo o que eu precisava, alguém que estivesse ali. Jeongin? Ah, ele era alguém que certamente faria o mesmo. Mas, ao contrário do vento, Jeongin se entristeceria junto de mim. Eu não queria ele triste como eu. Então deixei ele sem esse sentimento devastador.
S/n - Me pergunto... O que seria se eu tivesse te conhecido pai? Talvez, estaríamos comemorando essa data e comendo bolo juntos? - Penso alto. - Você não está aqui, nunca esteve e nem vai estar. - Começo a soltar lágrimas de meus olhos.
Jeongin onn
Eu acordo e dou um salto da cama, lembrando do aniversário de S/n. Me visto com uma roupa legal logo após o banho, tomo meu delicioso café e então pego o presente que eu havia comprado para S/n ontem. Minha mãe havia me ajudado a escolher então eu estava confiante. Desço as escadas novamente então vou até a casa de S/n. Bato na porta e seu pai atende.
Jyp - Jeongin! O que foi?
Jeongin - A S/n está?
Jyp - Não, achamos que estivesse com você.
Jeongin - Ela não está. - Começo a me preocupar. - Vou ver se ela está com Lin.
Jyp - Qualquer coisa, avise.
Jeongin - Obrigado. - Dou um sorriso.
Onde S/n havia se metido? Ela não estava com Lin, pois ela estava com Taeyang. Eu estava preocupado, e começando a ficar desesperado. Procuro S/n por alguns lugares em que íamos, ligava e mandava mensagem para ela, mas ela não respondia e nem atendia. Nesse momento, eu estava sentado numa mesa de uma cafeteria e pensando sobre onde S/n estaria.
Jeongin - Onde você se meteu S/n? - Eu estava segurando o buquê junto dos chocolates e o presente de S/n. Aonde que eu não a procurei? - Penso, penso, penso. - Só resta um lugar.
Corro até a pracinha aonde íamos sempre que queríamos estar só. Correndo, eu vejo S/n sentada no banco. Que alívio! Paro de correr e fico parado por um momento, soltando uma grande quantidade de ar, tanto pelo alívio, quanto pelo cansaço. Vou até S/n e sento ao seu lado. Ela continua imóvel olhando pro mesmo lugar, o chão. Seus olhos estavam inchados, provavelmente de chorar.
S/n - Sabe que dia é hoje? - Ela pergunta, ainda imóvel.
Jeongin - Além de seu aniversário?
S/n - O dia em que eu não tive um pai. - Olho para ela com tristeza.
Desvio o olhar e me ajeito no banco ficando mais confortável.
Jeongin - É assim em todo o seu aniversário?
S/n - Desde que eu me lembro sim.
Jeongin - E vai ser sempre assim? Você tentando fugir disso?
S/n - Eu não estou fugindo.
Jeongin - Você esta fugindo de pessoas que querem te ajudar. - S/n permanece em silêncio. - Não é pra fugir, é pra superar. Se você continuar fazendo isso sempre, vai ter sempre esse sentimento. Essa dor.
S/n - E o que eu faço então? - Ela finalmente me olha.
Jeongin - Celebre.
S/n - Celebre? Celebrar o que?
Jeongin - Vem, vem comigo.
S/n onn
Jeongin havia me arrastado para um parque de diversões. No começo, eu estava me sentindo magoada e estava de cara fechada, mas depois tudo aconteceu de forma diferente. Jeongin me fez rir, me trouxe alívio e esperança. Fomos na montanha russa, e em vários outros brinquedos. Ele comprou comida pra mim e me conseguiu vários ursinhos de pelúcia. O dia havia ficado melhor, o sol apareceu e o clima esquentou. Foi como eu me sentia, foi parecido com o que aconteceu comigo. Meu sorriso apareceu e minha esperança se tornou luz novamente. A tristeza que eu sentia antes, virou uma lembrança. Só uma lembrança.
Estávamos sentados tomando sorvete, Jeongin me entrega um buquê e chocolates, e logo depois me entrega uma caixa. Eu a abro e dentro havia uma bota maravilhosa.
S/n - É linda! Obrigada!
Jeongin - Está melhor?
Eu me levanto, sento em seu colo, coloco minhas mãos em sua nuca e digo:
S/n - Este é o melhor aniversário de toda a minha vida. Você é incrível. Me desculpe ter sumido.
Jeongin - Você é a menina mais incrível que já conheci, tenho orgulho de você. - Ele sorri. - Maaaaaassss, quero que saiba que eu vou te deixar sem beijo o resto da semana por ter sumido sem meu consentimento. - Faz cara de convencido.
S/n - Vai mesmo é? - Dou um beijo em sua boca. - Tem certeza? - Dou outro beijo. - Não quer beijo mesmo? - Outro beijo.
Jeongin - Tá... Talvez eu queira. - Damos risada.
E assim, eu e Jeongin passamos meu aniversário juntos e certamente, felizes.
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