História Meu primo Jay...(Imagine Jay Park) - Aeroporto

Jay P.O.V

 

Não. Eu me nego a acreditar nas palavras que ela me disse. Não pode ser verdade que ela queira me deixar tão fácil assim, a conheço bem e sei como nos amamos.

 

Ela pode dizer que acabou mas seus olhos me dizem exatamente o contrário. Mas darei a ela um tempo, tudo o que está acontecendo na vida dela pode ter afetado sua pequena cabeça. No final ela vai perceber que está errada.

 

P.O.V S/n

6:00h AM

 

Ontem a noite, após Kook me trazer até em casa, meu tio me entregou a minha passagem para o Brasil.

 

Olhei atentamente o papel em minha mão. “Horário de voo: 17:00h pm.”

 

– Vou sentir falta daqui. – após um longo suspiro coloquei de volta o passaporte junto a passagem no criado mudo ao lado da cama. Eu havia acabado de acordar, fui dormir tarde ontem, não só pelo mal estar como também por ter mil e uma coisas para arrumar. E por falar em arrumar, eu nem sequer terminei as malas.

 

Iria me levantar da cama quando ouço a porta se abrir. Olho na direção dela e vejo Jay entrar com uma bandeja de café da manhã nas mãos. Puxei a coberta um pouco mais, na altura de meus seios cobertos apenas pelo fino tecido do meu pijama e, pisquei os olhos tentando entender o que ele queria com isso logo tão cedo.

 

– Eu ainda não me vestir...– falei completamente sem graça.

 

– Não é como se eu já não tivesse te visto nua antes. – Eu cruzei as pernas me sentando e ele fez o mesmo a minha frente. – Não precisa ficar tão acanhada pelo que aconteceu ontem. Não vim te impedir de nada.

 

– Oh… não? – Me peguei surpreendida.

 

– Não. Vim lhe desejar feliz aniversário. Não é porque não estamos mais juntos, que eu não deva te parabenizar.– Aniversário? Que dia é hoje? Olhei de relance pro passaporte ao lado com a data de hoje. Minha nossa… Como o tempo voa.

 

– Obrigada. Nem eu me lembrava.

 

– É eu sei. Por isso Jay Park está aqui. – Me encarou apertando minhas bochechas, corei violentamente frente a ele. – Agora abra a boca e diga “A”! – Não acredito que eu vou fazer isso…

 

– Preciso mesmo?

 

– Sim. Programei isso o mês inteiro, tirei o dia de folga e agora você não vai seguir com o plano? Nada disso mocinha, vai ser meu bebê sim! Agora abre a boquinha vai.

 

– Você não existe Jay. – Fiz o que ele pediu e abri a boca. Seu rosto bem perto ao meu, seus lábios em um perfeito sorriso, seu cabelo completamente desalinhado por ainda ser cedo demais pra arruma-lo. Queria ter o poder de congelar esse momento. – Jay para. – Tirei a mão dele de meu rosto, que nem sei quando, mas já estava me acariciando ali. – Será que não vê que assim só torna tudo mais difícil?

 

– Essa é a minha intenção. Fazer ficar tão difícil ao ponto de você desistir de ir embora. – colocou a bandeja de lado.

 

– Isso não vai rolar, já está decidido. – Tirei a coberta de mim e me levantei da cama.

 

– Independente disso ou não, eu tirei meu dia hoje pra você. Suporte a minha presença, por mais difícil que isso seja pra você. – Me encarou ficando frente a frente comigo.

 

P.O.V Jungkook

 

Conversei com S/n hoje pela manhã e, ela me contou sobre seu horário de voô. Por sorte consegui comprar a última passagem pro mesmo embarque. Havia um homem a minha frente que comprou a passagem de lugar ao lado da dela, mas em troca de um certo preço ele me cedeu o lugar.

 

Sim, pretendo ir com ela para o Brasil. Não faço ideia do que ela está passando, mas não vou deixar ela sofrer sozinha. Ela também não sabe que estou indo, talvez até desconfie, já que especulei sobre tudo o vôo dela. Mas ainda sim acho que será uma surpresa.

 

S/n P.O.V

 

– Tem certeza que quer ir querida? – Titia me abraçava com lágrimas nos olhos. Mal sabe ela que se casou com um hipócrita.

 

– Sim titia. Vou sentir saudades, não se esqueça de mim em?!

 

– Eu quem devo dizer isso. E quanto ao Jay, tudo bem pra você em deixá-lo? – De repente essa é a pergunta da vez. Primeiro o próprio Jay, depois o Kook, a Lisa na ligação que fiz mais cedo e agora Titia. Eu juro que se ouvir isso mais uma vez eu me jogo do prédio.

 

– Nós já conversamos sobre isso. Deixamos de ser sogra e nora, mas ainda somos família. – Beijei a bochecha da mesma. – Vou terminar de arrumar  algumas coisas e logo eu desço com as malas.

 

– Quando tiver pronto chame o Jay. Não pegue peso à toa.

 

– Sim senhora titia. – Ela deixou um beijo no ar e saiu do quarto.

 

Passei em frente a penteadeira me olhando no espelho. Minha cara estava péssima. Jamais estive tão feia quanto hoje. Ligo no meu aniversário. Mereço.

 

Passei a mão no pescoço tocando no colar ao qual titia havia me dado. Sei que a intenção dela é das melhores, mas não vou ficar com ele. Da onde saiu o dinheiro gasto com ele, eu já estou devendo até o pescoço. Ainda pagarei cada centavo que devo ao meu tio. E não quero ter mais nada com qual ele possa depois jogar na minha cara depois.

 

Tirei o colar do pescoço e deixei sobre a penteadeira. Passei uma maquiagem pra esconder a cara de choro e por fim terminei de arrumar minha malas. Agora é só descer com elas e pegar o táxi até o aeroporto.

 

– Terminou de arrumar as malas?

 

– Sim, pode me ajudar com elas? – Apontei pra duas malas grandes no chão. Isso porque eu já estava com uma mochila nas costas.

 

– Claro. – Descemos com as malas e no final da escada o excelentíssimo senhor meu tio estava nos esperando, com sua imensa cara lavada. Desta casa ele é o único de quem não sentirei falta.

 

Desci com mais pressa as escadas me desviando do mais velho sem nem o olhá-lo. Em compensação peguei o Jay Jay nos braços o apertando até o pobre coitado ficar com os olhinhos arregalados. Eu quase pude ouvir ele gritar por misericórdia.

– Queria tanto poder te levar comigo Jay Jay. – Beijei o peludo e caminhei até o Jay com o gato nos braços. – Promete cuidar dele pra mim? – Disse entregando o felino pra ele.

 

– Você disse que eu era o pai não foi? Então. Não vou deixar meu bebê. – recebeu o gatinho.

 

– Bom… Já vou indo, irei sentir saudades de vocês.

 

– Também iremos sentir sua falta S/n. – Eu bateria nele se minha mão não estivesse tremendo de raiva. Filho da p…

 

Sai de casa junto a eles e por sorte meu táxi já me esperava. O moço desceu me ajudando gentilmente com as malas e por fim abracei cada um, titia, Jay, gato, só ficou titio me esperando com os braços abertos.

 

– Não vai se despedir de mim? – Jay olhou pra mim como se estranhasse meu comportamento.

 

– Desculpe tio, estou com pressa.– Entrei no carro sem dizer mais nada e segui até o aeroporto.

 

P.O.V Jay

 

Olhei ela sair sem me dar o direito de nem ao menos um beijo de despedida.

 

– Vai deixar ela ir assim mesmo? Você à ama não é. Então vai atrás dela, não deixa seu amor ir embora desse jeito assim. – Olhei pra minha mãe que segurava meus braços os apertando forte.

 

– Tem razão. Obrigada pelo toque mãe.– sai correndo até a garagem e peguei o carro seguindo até o aeroporto. – Não vou te deixar …

 

P.O.V Jungkook

 

Já havia mais de quinze minutos que eu estava no aeroporto, fiquei logo na entrada para poder ver assim que ela chegasse.

 

Comprei um café quente já que está extremamente frio hoje, diferente de ontem que estava quente. Enquanto bebia o café vi um táxi estacionar logo à frente e vi ela sair de dentro. Esperei que ela me visse, mas como não aconteceu fui até ela a ajudando com as malas.

 

– Kook? O que está fazendo aqui?

 

– Surpresa! Achou que eu ia te deixar ir sozinha? Vem, deixa eu pegar essas malas. – Carreguei as malas até ao lado da minha.

 

– Você é maluco mesmo. – Sorrio. – Só uma mala Kook?

 

– A maioria das minhas coisas ficou no Brasil. Não tinha muito o que trazer.

 

– Ah…

 

– S/n? – Estalei os dedos na frente dela, ela estava encarando um ponto fixo atrás de mim sem dizer nada. Eu ia olhar pra ver o que era mas ela segurou meu rosto antes que eu fizesse.

 

– Kook, posso abusar um pouco mais da sua bondade?

 

– O que? Não entendo do que está falando, mas já te disse que te ajudar nunca é um problema pra mim.

 

– De qualquer forma me perdoe pelo que vou fazer agora.

 

– O-ooo… – Com as mãos ainda no meu rosto ela me beijou ferozmente. Meus olhos estavam arregalados em descrença a esse momento, mas aos poucos eu os fechei aproveitando melhor o beijo,e sem perceber deixei cair o copo que eu segurava.

 

Eu ansiei tanto por isso,mas eu não acho que seja certo no momento de agora, não era assim que eu via o nosso beijo.

Separei nossos lábios e a encarei.

 

– M-me d-desculpa Kook… – Ela chorava e sem pensar duas vezes a abracei, deitando a cabeça dela em meu peito.

 

– Tudo bem pequena. Tudo bem...