```Capítulo 02```
Começo a andar naquele lugar nojento as paredes inteiras estão sujas, essa clínica é a pior que eu já fique. — “Estou passando mal só por causa desse cheiro”
O homem que está me acompanhado ele é calado e isso esta me irritando, ele está nervoso no meu lado por isso que fico irritada, se fosse só o silêncio tudo bem, amo um silêncio bem confortável.
— Não vai me falar as regras daqui? — Ele virá para mim e fala.
— É… claro — Vejo que ele está com medo.
— Está com medo de mim? — Pergunto me aproximando dele.
— Não. — Ele gagueja.
— Opa você gaguejou, está com medo? — Pergunto de novo e ele não me responde — Relaxa eu não vou fazer mal a você, até porque você não é meu alvo — Dou uma pausa. — Agora. — Fico pensando no chefe desse lugar, será que ele machucou outras pessoas ou chegou até mata-las? Se ele machucou ou matou quantas pessoas ele fez isso? Será que ele só virou diretor porque ninguém ia desconfiar dele?
— Seu alvo é o chefe? — Fala o menino me fazendo acordar dos meus pensamentos sobre seu chefe, será que esse menino sabe o que ele faz? Ele está escondendo o chefe das autoridades?
— Talvez, por quê? — Pergunto curiosa e vejo um sorriso pequeno se formando em seu rosto e isso me deixa mais curiosa.
— Ele é uma porra! — Riu pelo seu comentário, olha lá ele sabe xingar.
— Não gosta dele? — Vejo uma lágrima quase se formando em seu rosto ele respira fundo tentando fazer aquelas lágrimas desaparecerem, mas mesmo assim ela escorre pelo rosto do rapaz.
— Eu o odeio, o pior de tudo é que ele é meu padrasto. — Fala com a voz abafada e cansada.
— Que merda em! — Fico mais curiosa, será que o filho da puta vez algo com esse menino? - por que o odeia tanto?
— Por que me abriria para uma paciente? — Parece que ele acorda de seus pensamentos.
— Sou melhor que psicóloga. — Falo e ele respira fundo. — Até porque se eu contar algo, quem vai acreditar não é? — Faz uma cara pensativa e vejo sua boca se mexendo e assim a frase sai da sua boca.
— Ele me estuprou. - Fala com a voz baixa.
— O que? - Pergunto de boca aberta.
— Ele me estuprou. — Aumenta sua voz
— Não acredito que cara nojento doente. - Falo com nojo e com raiva, bem que eu conhecia aquele olhar mesmo além de ser o que ele é, ele é a merda de um estuprador — Vou matar ele por mim e por você! — falo seria.
— Por que mataria por mim e por que mataria por você? - Pergunta curioso.
— Sei o que você passa, nesse histórico médico idiota meu não explica muita coisa sobre o passado, mais eu te entendo e outra se eu não mata-lo ele irá me matar primeiro, e tipo a lei da selva mata quem for mais rápido e mais inteligente, se você esperar muito o outro vem e te mata. — Ok talvez eu não sei como funciona a lei da selva, mas sei que aqui funciona assim.
— Sério? Você o mataria por mim só por ter passado por isso? — Pergunta surpreso, talvez ele não espere que uma pessoa que é considerada “monstro” pela sociedade possa se importar com seus sentimentos.
— Sim, imagino que você não pode denucia-lo, estou certa? — Pergunto porque comigo, foi a mesma coisa.
— Sim, ele conhece muitas pessoas que têm dinheiro e o juiz da cidade — Fala com a voz abafada. Isso me responde aquela pergunta, ninguém nunca denunciou ele para as autoridades.
— Imaginei, então quero te ajudar sair dessa — Me viro para ele. — Eu não tive ninguém para me ajudar. — Falo um pouco pensativa.
— Não está brincando comigo esta? — Novamente mais uma pergunta surpresa.
— Posso ser tudo de horrível um monstro pela sociedade, mais mentirosa não sou — Falo e paro no meio do caminho e ele para também — Você vai sair dessa vida de submista, eu não tive ninguém para me tirar dela então penso que está na hora de ajudar alguém. — Falo e dou uma risada por achar irônico isso.
— Se você matar ele eu não deixo você ser pressa. — Fala com a voz seria
— Achei um prêmio. — Na verdade, dois né, pois, terei o prazer de mata-lo.
— Vou procurar a melhor clínica é o máximo que posso fazer por você. — Fala e voltamos a andar até o quarto
— É o suficiente, só achei uma boa e bem cara. — Preciso de um lugar limpo né, posso ser o que for, mas um lugarzinho limpo não faz mal.
— Certeza? — Pergunta, penso que ele sabe quem paga isso para mim.
— Absoluta, não dá para ficar numa clínica igual essa de novo, não leva para ofensa tá! — Falo tentando ser menos nojentinha e grossa.
— Tranquilo sei que aqui é nojento. — Fala sorrindo — Posso fazer uma pergunta? — Chegamos no quarto e ele abre o mesmo.
— Já está fazendo, mais deixo você fazer mais uma — Falo sorrindo fraco
— Que horas vai ser?
— Se eu não for até ele, ele vira ate a mim, mas respondendo melhor sua pergunta, acredito que a noite. — Ele toca no bolso das calças dele e sorri.
— Sei que roubou minhas chaves. — Sorrio cinicamente para ele.
— Preciso ter segurança se ele não vir até a mim, irei até a ele. — Falo e penso não vou deixar um filho da puta fuder mais com a minha mente me deixando paranóia ou fuder com esse pobre menino esse menininho merece mais, ele merece paz.
— Acredito que sim — Fala ele na porta do quarto. — Bons sonhos.
— Com certeza irei ter. — Fecha a porta e olho para chave que se encontra nas minhas mãos agora. — Seja o que for não vou deixar ele me machucar
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