História Meu querido ômega - Narusasu (REESCREVENDO) - Naruto, sou um amigo do seu pai.

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Não sei por quanto tempo estou preso nesse inferno. As paredes que nos cercam são tão grossas que impedem qualquer som de sair ou de entrar. Não consigo ouvir barulhos de animais ou pedestres, tenho certeza de que se fossem paredes normais a população já teria denunciado por conta dos nossos gritos de dor e agonia, por esse motivo acredito que, ou estamos no meio do nada, ou em um porão. Fico imaginando quando meu pai vem me buscar, eu não estou aguentando mais, sinto que a qualquer momento posso desmaiar ou então morrer. Estou com saudades de casa, da minha cama, das discussões com o Sasuke, tudo.

Ainda não consigo acreditar nas palavras que aquele patife me disse mais cedo, como assim eu não sou filho dele? Se isso realmente for verdade, quem é o meu pai? Ou á minha mae? Sera que eu sou adotado? Mesmo com minha semelhança com o Sasuke ainda tinha o lance dos meus olhos azuis...Eu não consigo mais pensar em nada, minha cabeça latejava como se estivesse uns vinte elefantes sambando em cima dela. Minha visão estava turva, provavelmente por contas das noites sem dormir. -- Tá pensando no que? -- o rosado me tirou de meus pensamentos, fazendo com que eu encarace seu rosto e visse o sangue seco sobre sua pele, além das feridas expostas. Tudo aquilo, incluindo as poças de água que se formaram devido ao diabo daquela infiltração, me trouxe uma ansia de vômito inestimavel. Eu simplesmente suspirei  e acenei com a cabeça negando.

 

-- Nada demais.

 

-- É sobre o lance do Kiba não ser seu pai? -- suspiro confirmando com um aceno de cabeça, ele estala à lingua antes de voltar a falar. -- Não fica assim, com certeza o Sasuke vai te explicar direitinho. -- falou me fazendo soltar uma risada nasal enquanto balançava a cabeça em negação.

 

-- E você acha que vamos conseguir sair daqui vivos para que ele possa dizer algo? 

 

-- Claro que sim! -- falou alto enquanto franzia o cenho, o barulho de suas correntes me fez perceber que ele estava tentando se aproximar, mas parou no caminho, quando viu que não conseguiria. -- Não faço ideia do que está passando na sua cabeça agora, mas você  não pode perder as esperanças! Não agora.

 

-- Calem a boca seu fodidos! -- Kawaki gritou do outro lado do portão. -- Vocês são irritantes pra caralho!

 

 

-- Eu vou arrancar as bolas desse miserável! -- Memory falou enquanro encarava a porta de ferro, gargalho ao ver sua expressão de... raiva? Não sei dizer, mas ele estava engraçado pacas. Talvez eu estivesse ficando louco, porém continuei a rir, o que fez o garoto virar seu rosto para mim.  -- Tá rindo de quê?

 

 

-- Não... Nada! -- seu olhar me escaneia e ele logo dá de ombros. Me pego encarando o rosto do garoto, nos conhecemos desde que nascemos né? Eu acho que sim.. Mas, é a primeira vez nesses anos todos que paro para olhá-lo de verdade, aqueles olhos, sempre foram bonitos e brilhantes assim ou estão agora? Ele realmente puxou a beleza das mães, ambas são lindíssimas, e ele também está seguindo pelo mesmo caminho. Sortudo ou sortuda será à pessoa que se casar com ele, seus futuros filhos serão as coisas mais lindas desse mundo.

 

 

{Sasuke on}

 

 

Já havia se passado das 17hrs, Kiba tinha ligado mais cedo para marcar o lugar onde ele iria pegar o dinheiro e por dedução minha e dos outros, seria bem perto de onde ele vem mantendo os garotos em cativeiro. Ele é um burro, o que me faz pensar que ele não está sozinho nessa. Kiba nunca foi bom para raciocinar, suas coisas são resolvidas na força bruta, Naori resolve tudo com seu corpo, se vende mesmo como uma vagabunda das mais baixas, outra que eu tenho certeza que não teve essa ideia. Pode até parecer um plano muito fraco e que estava meio óbvio, mas, tem muitos fuross nessa hirtoria, algumas das peças não encaixam.... Bom, não tenho muito tempo para pensar  nisso, seja lá quem for, irei descobrir logo logo, assim que eu tê-lo em minhas mãos.

Terminamos de arrumar os últimos detalhes do plano; De começo, eu iria sozinho ao local do encontro, Sakura e Hinata estariam na minha cola, caso algo desse errado. Ele é até lento para resolver algumas coisas, mas, provavelmente Kiba saberia se eu estivesse acompanhado, então, para não botar tudo a perder, decidi que as garotas iriam me acompanhar de longe, bem sorrateiras. Naruto, Tio Obito e Hidan,  iriam dar conta dos fundos da tal fabrica abandonada, enquanto, Athena e Konam distrairiam os homens da porta da frente. Deidara ficaria encarregado de explodir o local assim que saíssemos de lá com os garotos. Já Suigetsu, Karin e Jūgo, ficariam encarregados dos nossos veiculos de fulga. Os homens que Naruto havia chamado  estarão esperando caso reforços de Kiba chegassem, ou uma das unidades fossem pega de surpresa.  -- Entenderam? -- pergunto mais uma vez enquanto encaro os rostos ao redor da mesa, pessoas distintas e que eu nunca tinha visto antes se juntando para me ajudar. É algo até irônico, logo eu, que odeio que terceiros fiquem sabendo de meus problemas. Um coral de vozes me respondeu positivamente e eu acenei. -- Se cada um colaborar, tudo dará certo. -- Comentei. -- Agora só resta esperar o desgraçado do Kiba ligar, para que nosso plano entre em ação. Dispensados. -- Falei e todos se dissiparam, um sorriso brotou em meus lábios,  sempre quis dizer isso! 

 

 

-- Sasuke, venha aqui um segundo. -- Meu tio falou enquanto segurava meu braço delicadamente  e me puxava para longe da multidão, franzi o cenho sem entender o que estava acontecendo.

 

 

-- Tio? O que foi? 

 

 

-- Você sabe que estará cavando a própria cova indo "entregar" o dinheiro ao Kiba, não sabe? -- Seus olhos é uma verdadeira mistura de apreensão e orgulho, respiro fundo e então confirmo com um aceno de cabeça. -- Você não acha melhor...?

 

 

-- Não tio, eu não acho. -- o corto enquanto passo as mãos no cabelo. Ele faz menção de voltar a falar mas o corto novamente quando pego em uma de suas mãos. -- Você está duvidando das minhas capacidades? -- pergunto -- Quem foi que me ensinou tudo que eu sei?

 

 

-- Fui eu. -- falou me fazendo sorrir. -- Mesmo assim! Acho muito arriscado enfrentar o inimigo assim.

 

-- Não se preocupe Obito Uchiha.  As meninas estarão lá comigo. -- eu pisco  para ele, fazendo meu tio suspirar antes de estalar a lingua e me agarrar.

 

-- Teimoso, igualzinho a sua mãe! -- falou me tirando um sorriso e me fazendo apertá-lo, ele cheira como a mamãe, a dor voltou ao meu peito e o apertei ainda mais.  -- Tome cuidado,  você é meu único familiar vivo. -- Ele murmurou enquanto acariciava meu cabelo. Antes que eu pudesse dizer algo o meu celular vibra em meu bolso, fazendo com que eu me solte rapitademnte de meu tio e o pegue na mão,já atendendo.

 

 

 

~- Não se atrase, a vida do seu filhinho está em jogo! 

 

 

-- Eu sei muito bem o que está em jogo aqui Kiba. -- desligando a ligação me viro para o pessoal. -- Está na hora. 

 

 

A correria e até á comemoração de alguns esquentou um pouco do meu coraçao que estava apertado e angustiado. Os vejo saindo, um por um, entrando nos carros que separei por grupo, um frio na barriga se estala em mim e eu estremeço. Estou muito nervoso e não é para menos, meu filho está nas mãos de um assassino e de uma vagabunda, como posso estar calmo?  Sinto braços se  enrolarem em minha cintura seguido por um beijo em meu pescoço que faz com que um gemido de satisfação saia de meus lábios e então sua respiração quente está em meu ouvido. -- Vai dar tudo certo! -- Naruto susurra e eu aperto seu braço, me apegando em suas palavras.

 

 

-- Eu aacredito em você. -- murmuro de volta beijando seu antebraço antes que, em um movimento rápido, ele me vire fazendo com que eu encare seus olhos azuis. O brilho de determinaçao naquelas íris me trouxe mais esperança, a ponto de que meu coração acelerasse. 

 

-- Não vou deixar que nada de mal aconteça com seu filho, já que ele será meu enteado. -- Falou beijando a ponta de meu nariz antes de voltar a me encarar com um sorriso genuíno nos lábios. Fecho os olhos passando a língua pelos meus labios antes de soltar uma risadinha nasal.

 

 

-- Sabe Naruto... -- falei alisando ambos os bracos do loiro, enquanto ele me encarava atento, franzindo o cenho. -- Á verdade é que...

 

 

-- BORA SASUKE! -- a voz da rosada me interrompe. Suspiro coçando a garganta enquanto me afasto do homem a minha frente. Naruto me olha com um semblante curioso; Ela tinha que estragar o momento, não é? Bom, terei todo o tempo do mundo para contalo sobre sua paternidade. 

 

 

☆.......... ☆

 

 

 A noite já havia caido, pelo retrovisor do taxi vejo o carro das meninas á uma boa distancia e com os faróis desligados. A unica luz que  nos acompanhava era a dos postes da compania de energia. Pessoas passavam pelas ruas, uma brisa fresca batia em meu rosto fazendo com que meus fios flutuassem, apesar de tudo estava uma belíssima noite, as estrelas no céu estavam tão brilhantes, assim como os olhos do loiro quando ele me olha.  Um turbilhão de coisas estavam em minha mente agora, o medo estava prevalecendo, estou com tanto medo que as minhas mãos estão geladas... Respiro fundo algumas vezes para tentar me acalmar e manter o foco, não posso amarelar. -- Senhor, chegamos. --  diz o motorista me tirando do devaneio

 

 

-- Ô,  sim.  --  abro a porta logo a fechando, pego o dinheiro e o pago; -- Obrigado. -- agradeço com um sorriso que é retribuído pelo motorista, que já era um senhor na sua facha de 50, 60 anos. Assim que o carro faz a curva na esquina, suspiro. Olho para o local onde me encontraria com Kiba, era uma espécie de casa de show abandonada. Suspiro e sem pensar duas vezes entro. Apesar dos pesares o local tinha iluminação e não estava tão destruído como havia pensado.  Ouço passos atrás de mim e logo deduzo de quem é . -- Tão silencioso como um hipopótamo.  -- digo sem me virar.

 

 

-- É assim que você fala com seu marido? -- pergunta agora ficando em minha frente. -- Onde está o meu dinheiro?

 

 

-- Primeiro os meninos.

 

 

-- Deixamos os pirralhos no carro, ao fim da rua. -- diz uma voz feminina muito conhecida por mim. O cheiro do perfume barato que essa mulher usa me dá nauseas.

 

-- Como vai querida prima? -- pergunto forçando um sorriso quando ela fica do lado do home. -- Engraçado como você sempre fica com os meus restos.. Primeiro o Naruto e agora esse dai. -- aceno com o queixo em direçao a Kiba, ela fecha os olhos com força antes de responder.

 

-- Muito bem e você, querido primo? -- Não respondeu a minha provocação? Hmm, piranhas podem evoluir.

 

-- Bem melhor agora que estou em sua presença. -- sorrimos um para o outro deixando o local em um silencio mortal, a qualquer hora um dos dois iria voar no pecoço de alguem. Kiba suspirou antes de coçar o rosto, me fazendo olhalo de soslaio.

 

 

-- O dinheiro Sasuke... O dinheiro! -- eu bufo revirando os olhos.

 

 

-- Que pressa é essa? -- pergunto -- Vamos tomar um café antes. --  eles me olham claramente irritados, suspiro, pensei que iria me divertir um pouco mais. -- Vocês são uns chatos hein? Tome. --  digo jogando a mala em direção à eles. -- Bye-bye. -- aceno me virando de costas.

 

 

-- Simples assim? -- pergunta kiba e  eu dou de ombros sem me virar para encaralo.

 

 

-- Da onde veio esse, tem muito mais. -- viro-me só para dar-lhe  uma piscadela e então saio andando. Caminho para o mais longe possivel enquanto ligo o disósitivo que Hinada havia me dado, era um tipo de escuta minúscula que ela tinha colocado em meu ouvido antes que eu entrasse no Táxi.

 

 

-- Como foi? -- pergunta sakura, através do ponto. 

 

 

-- Eu  entreguei o dinheiro a eles, verifiquem o carro no fim da rua. -- ordenei enquanto caminhava naquela direção. Meu corpo estava arrepiado, provavelmente por conta do vento frio daquela regiao. 

 

 

-- Certo -- ouço a morena falar.

 

{Naruto on}

 

 

Ao chegarmos no local demarcado no mapa que nos foi entregue, ficamos confusos ao perceber que só continha doi homens fazendo a segurança das portas do fundo. Os nocauteamos e os amarramos em cordas, um nos outros, em uma pilastra. Athena e Konan também passaram pelos seguranças da frente,  agora ambos estavamos  dentro do local que mais me parecia um labirinto.-- Todos estão aqui? -- pergunta Obito olhando ao redor, tonos nós acenamos em confirmaçao. --Otimo,  nos dividiremos em pares... Um de nós terá que patrulhar sozinho

 

 

-- Eu vou. -- Hidan falou erguendo a mão e eu o olhei com o cenho franzido. Eu não engoli esse cara arrastando asinhas para o meu ômega, mas devo admitir, ele tem coragem e é profissional.

 

 

-- Você tem certeza? 

 

-- Tenho.

 

 

-- Ok. Agora vamos.  -- Athena e Konan foram para a esquerda,  eu e o Obito fomos para a direita e Hidan ficou com o meio. Rondamos e rondamos e nada, nem um ser vivo se quer, estava tudo muito calmo, eu não estava gostando daquilo.

 

 

☆........☆

{Menma on}

 

Aparentemente havia se passado muito tempo desde que  Kiba havia saído, estava tudo muito calmo e tranquilo. O sono veio e eu me deitei ali mesmo naquele chão encharcado de seja la o que era quilo com um cheiro desagradavel. Minha consciência estava se afastando quando derrepente uma gritaria e barulhos de tiro começaram a ecoar pelos corredores, o que me desperta em segundos. Meu coração acelerou e um sorriso brotou em meus labios. MEU PAI ESTÁ AQUI! Era isso que ecoava em minha mente. Retiro o bisturi de debaixo da minha coxa e comecei a tentar destrancar o cadeado que estava preso sobre minhas pernas. -- Fique de olho na porta Memory ! -- digo e o rosado confirma com um aceno de cabeça. Depois de alguns instantes tentando, finalmente consegui  me desvencilhar dos cadeados. Vou em direção à Memory mas ouço a porta ranger e logo me escondo nas sombras.

 

 

-- Onde... Me diz onde o Menma se meteu! --  ouço Kawaki enquanto ele gira em torno de si mesmo, me procurando.

 

 

-- Eu não sei...

 

 

-- Como não sabe? -- perguntou  puxando o cabelo do rosado para baixo, o que fez a minha raiva subir. Estava tão furioso que não sentia mais dor. Com um grito saio das sombras fazendo o garoto largar Memory e se virar para mim, logo franzindo o rosto e  vindo  em minha direção com as mãos fechadas em punhos, mas eu me esquivo. Vou me esquivando até que um de seus socos atinja meu rosto fazendo eu cambalear para trás. Eu não tinha forças para o enfrentar mano a mano, mas eu tinha a inteligência que aquele bastardo não tinha. Cego de raiva ele vem para cima de mim com um soco. Me abaixo na intenção de correr mas ele me segura pelo pescoço me prendendo contra o chão. -- Te peguei. --  falou rindo e me desferindo socos e mais socos pelo rosto. Ouço Memory, ainda acorrentado, gritando para que ele pare. De canto de olho vejo o bisturi a alguns sentimetros de mim. Estico meu braço o máximo que posso mas meus dedos só roçam sobre o objeto. Memory percebe minha ação e se estica, empurrando com o pé o instrumento.  Quando Kawaki percebe já é tarde demais, enfio o objeto em sua garganta algumas vezes seguidas, fazendo um corte profundo.

 

 

-- Vai se foder seu merda!  --  grito quando ele cai em cima de mim. O empurro para longe e vou em direção ao Memory, ainda arfando. -- Obrigado! - agradeço enquanto forço o bisturi no cadeado.  Assim que o destranco, sou surpreendido pelo rosado que me beija ferozmente me jogando no chão, fico tenso de  inicio  mas logo me entrego ao ato. Seus lábios estavam devorando os meus enquanto aquela água das pocças molhavam minhas costas. Seus musculos ao redor do meu corpo me trouxeram a sensação de estar a salvo, nenhum mal conseguiria me atingir naquele momento, era o nosso momento. Ele estava vivo e a salvo!  Nos separamos por falta de ar, Memory encara cada pedaço do meu corpo arfando antes de  voltar  á me beijar, mas nessa hora o empurro olhando em seus olhos sedentos enquanto arfo. -- Vamos sair daqui primeiro. -- digo lutando contra todos os meus desejos carnais e então me levanto, apoiando-me em seu ombro e logo após o ajudo a se levantar também. Ele sorri de orelha a orelha para mim, me fazendo sorrir tambem enquanto tento conter as lagrimas de alívio. Com sua ajuda, começamos a caminhar em direçao  a porta de ferro. Estava trancada por fora? Como isso é possivel se aquele imbecil entrou há menos de minutos? Tentamos de toda maneira abri-la, mas nada deu certo, o que fez ,minha raiva subir. -- INFERNO, INFERNO, INFERNO! -- gritava a medida que chutava aquele amontoado de ferro enferrujado. Os braços do rosado se entrelacaram em minha cintura e me  puxaram para longe da porta, me fazendo ficar de frente para ele , Memory agarra meus ombros olhando em meus olhos.

 

 

-- Fica calmo, se acalma! -- falou firme sem tirar os olhos dos meus, o que me fez acenar em confirmação enquanto normalizava os meus batimentos cardíacos. -- Vou procurar no bolso daquele infeliz.  -- avisou levando uma de suas mãos até meu rosto, antes de se afastar. Ele estava mancando e sua roupa estava esculhambada, não posso dizer nada, já que estamos no mesmo barco. Ele se agaixa e comeca a revirar os bolsos do cadaver, é o segundo que mato, será que já posso virar um assassino de aluguel? Esse pensamento me faz rir, mas logo esse riso é trocado por um semblante sério quando ouço paços e vozes se aproximando. Me viro para Memory e então começamos a balbuciar, ele não quer que eu os sinalize que estamos aqui, já que não sabemos de quem se trata, mas meu coração me diz que eu deveria sim sinalizar onde estamos, pode ser nossa ultima saida. Sem dar mais ouvidos ao meu quase namorado, me viro para a porta tomando todo o ar que consigo, e como em um coral bem ensaiado e sicronizado, começo a gritar enquanto bato com todas as minhas forças na porta de ferro:

 

 

-- AQUI! -- grito enquanto bato na porta de ferro.  -- ESTAMOS AQUI!  -- novamente grito e então os paços comecam a ficar mais ligeiros e cada vez mais perto, meu coração pula, posso estar nos metendo em uma enrrascada maior... Mas preciso nos tirar daqui, o Memory esta muito ferido, ele precisa de cuidados médicos urgentemente, consigo ver que seu pé está ficando roxo... Derrepente,  uma voz masculina me interrompe : 

 

-- ONDE VOCES ESTÃO?? CONSEGUEM ME OUVIR? 

 

-- AQUI! -- eu grito novamente, já quase sem voz. Quando abro minha boca para gritar mais uma vez, uma mão repousa em meu ombro me fazendo olhar na quela direção, Memory estava ao meu lado pronto para fazer barulho comigo. Com um aceno de cabeça do rosado nós voltamos a gritar, juntos. 

 

-- SOCORRO! ESTAMOS AQUI! NESSE PORTÃO! -- ele gritava.

 

-- Acho que é nesse.. -- as vozes estavam mais perto do que antes. -- Meninos, vocês estão aqui? -- a pessoa estava do outro lado do portão, Memory agarrou minha mão a apertando enquanto acenava com a cabeça. Finalmente iríamos sair daquele buraco infernal e deixar todo esse ocorrido no pasado.

 

-- SIM! ESTAMOS AQUI!

 

 

-- Achamos eles! -- o homem falou. --  Saíam  de perto da porta!  -- nós fazemos o que o homem pede e quando confirmamos que nos afastamos, logo os barulhos altissimos de tiros ecoam por toda aquela sala e logicamente o corredor, em seguida um enorme baque é escutado quando a porta vem ao chão trazendo uma densa nuvem de poeira. Quando a poeira abaixa eu me afasto de Memory o suficiente para ver um homem  alto e loiro entrando pela sala com uma arma em punhos o que me fez dar alguns passos para trás. Ainda com a arma apontada para nós, ele pergunta: -- Você é o Menma? 

 

 

-- Quem quer saber? -- o cara loiro simplesmente abaixa a arma a enpindurando sobre seu pescoço, joga o cabelo para trás e suspira voltando a nos encara. Eu franzo a testa dando uns paços a frente, ficando a centimetros do homem que é quase um metro e meio mais alto que eu. 

 

 

-- Naruto, sou um amigo do seu pai. -- essa informação fez meu coração acelerar e um sorriso brotar em meus labios. Eu sabia que meu pai não me deixaria para trás, mesmo que eu seja adotado, eu sinto que há amor verdadeiro entre eu e o Sasuke, a final de contas, ele me criou desde que eu nasci. -- Suponho que esse seja o Memory. -- sua voz ecoou o que me fez perceber que eu estava o encarando, balancei a cabeça em confirmação enquanto coçava a garganta. O loiro bufou antes de sorrir e colocar sua mão em minha cabeça, afagando meu cabelo. -- Vamos indo, seu pai esta esperando por você. -- Seu sorriso me tocou de uma maneira inexplicável, na verdade, tem algo de muito inexplicável nesse cara, tenho certeza de que já vi esses olhos azuis em outro lugar e essas listras na bochcha... Eu nego com a cabeça, devo estar ficando louco, nunca vi esse homem na vida. 

 

 

-- Vamos Memory, -- eu fui até seu encontro, colocando um de seus braços ao redor de meu pescoço e o loiro fez o memso. -- vamos finalmente sair daqui. -- falei enquanto via os olhos dele encher de água, sem conseguir conter ele abaixou a cabeça enquanto caminhavamos para fora daquela biombo.