História Meu Tigrinho Raivoso - Híbrido Taekook - Vkook. - Seu filho!

Narração P.OV

Dois meses atrás

Após JungKook ser vendido para Choi Yoojin, um garoto de aparência jovem, mas com seus 35 anos, o mesmo foi levado às pressas para um hospital próximo. Seus ferimentos não eram graves, mas duvido que ele não tenha pelo menos quebrado algum osso.

Yoojin foi com eles, garantindo que seu tigrinho ficaria seguro. Ele já havia comprado vários híbridos daquele local, contando com Chanyeol, um híbrido de tigre. Se impressionou com as habilidades do mesmo de conseguir matar suas presas em poucos minutos, mesmo sem estar em sua forma de tigre completa.

[...]

Uma semana havia se passado, JungKook acordara em uma casa estranha, diferente, a casa de Yoojin. Ainda não estava raciocinando muito bem como humano, já que, como um híbrido não acostumado a se transformar, ele ainda não havia voltado 100% humano. Suas garras e dentes enormes ainda estavam ali, em seu corpo parcialmente humano, juntamente de suas orelhas felinas e seus olhos amarelos.

Ainda não conseguia formar palavras ou frases, tudo que saía de sua pequena boca eram algumas sílabas e murmúrios. Sua mente estava confusa e tudo que conseguia pensar era em como havia parado ali.

Andando pelo local até agora desconhecido por si, JungKook se depara com uma cena digna de um filme de terror.

Chanyeol e Yoojin estavam abusando de duas prováveis Ômegas.

JungKook, ao ver a cena, se escondeu atrás de um balcão e tapou suas orelhas com as mãos. Aqueles gemidos de dor e os choros lhe lembravam coisas ruins do passado, mas não sabia precisamente de onde.

Ao ser pego, Chanyeol não agiu de forma arisca ou algo do tipo como JungKook, sempre obedeceu seu senhor e acabou assim por ganhar a confiança do mesmo. Agora, fazem tudo juntos, como se fossem parceiros, amigos morando na mesma casa.

Quando os gemidos de Chanyeol e Yoonjin pararam, ainda podia se escutar o choro das Ômegas, que logo pararam ao ser ouvido um tiro para o alto, fazendo as duas gritarem pelo susto, junto a JungKook que rosnou assustado.

-Se eu ouvir algum barulho, de alguma de vocês duas, nem que seja um gemido contido, as duas irão morrer. — Deu para escutar a voz grossa de Yoonjin falando, ela conseguia ser quase ainda mais grossa quanto a de Taehyung.

As Ômegas se entreolharam, sorrindo uma para a outra. 

-Eu... Te amo. — Uma das Ômegas disse enquanto olhava para a outra sorrindo, elas tinham um relacionamento escondido.

-Eu também te am- — A voz fraca da outra foi cortada por um som de tiro, fazendo a outra gritar.

-Eu disse que ia matar as duas, mas se uma ama a outra, por que não fazer uma pequena diversão, uh? — Disse Yoojin olhando para Chanyeol. — Vamos te deixar viva, apenas para saber como é a dor de perder alguém importante.

-Não! Por favor, me matem também! Eu não quero ficar sozinha! — Chorava a pequena Ômega enquanto sentia Chanyeol sair de dentro de si, começando a arrastar pelos cabelos.

Um rosnado alto e forte pôde ser escutado, e vinha de JungKook.

-N-não m-matar! — Disse. Ele ainda estava fraco, mas não se preocupou com isso agora. A Ômega lembrava ela.

-Ora, vejamos quem está aqui também, o queridinho do Senhor Choi. — Disse Chanyeol rindo sarcástico. — O que foi? Não vamos a matar, pelo menos não por enquanto. Ela vai sofrer pela morte da amada. — Riu olhando para a Ômega.

-D-deixar ir... Em-em... — Ele tentava dizer as palavras, mas as mesmas não saíam de sua boca.

-Deixar ela ir? Nunca! Yeol, leve-a para o quarto, logo eu estarei lá. — Yoonjin sorriu maléfico para o mais novo.

Esse foi o primeiro abuso

JungKook que apenas queria ajudar, acabou por sofrer mais que aquela Ômega. Eles até se falaram um pouco, quando JungKook não estava em sua forma animal ou quando não estava 100% humano. Viraram pessoas próximas, porque sempre eram abusados ao mesmo tempo.

[...]

JungKook já havia percebido que sua barriga estava ficando maior, e não era porque ele havia comido demais nos últimos dias, com certeza não. Normalmente ele já não comia quase nada, agora então?

Ele estava tendo sim alguns enjôos e tonturas, já até pensava sobre aquilo, mas... Não seria possível, ou seria?

Yoojin já desconfiava também, tanto que comprou um teste de gravidez, mas não sabia como contar isso ao mais novo.

-Yeol. — Chamou Chanyeol. — Dê isso ao JungKook, ele saberá o que fazer. — Entregou-lhe uma caixinha embrulhada em um papel de presente. Claro, não queria dar aquilo como se fosse um presente à JungKook, só estava envergonhado em ter que mostrar para Chanyeol.

-O que é isso? Vai começar a dar presentes para ele agora? — Chanyeol perguntou rindo da cara de Yoo, mas viu que este não estava rindo e então se calou, saindo do escritório e indo até o quarto sujo em que JungKook e Jennie — a Ômega — ficavam. Adentrou o quarto e viu que JungKook estava com a cabeça no colo de Jennie, que cantarolava baixinho para o amigo. — Jennie, dê-lhe isso quando ele acordar. Diga que foi o Senhor Choi quem mandou. — Colocou o embrulho ao lado da Ômega, no chão e saiu.

Jennie olhou para aquilo curiosa, mas não abriu. Alguns minutos depois, o mais novo acordou e se levantou, sem falar nada, estava quase totalmente humano de novo, só faltavam seus dentes e seus olhos voltarem ao normal para que ele pudesse falar normalmente como antes.

-JungKook. — Sua amiga o chamou. — Choi mandou Chanyeol lhe dar isto, abra e veja o que é. — O incentivou, vendo o outro lhe olhar confuso.

-Pre-presente? — Perguntou, vendo a amiga dar de ombros, dando a entender que ela não sabia. JungKook abriu o embrulho e seus olhos se arregalaram ao ver aquilo, se enchendo de lágrimas logo depois. Ele sabia o que Yoojin tinha em mente.

Correu para o banheiro e colocou o teste em cima da pia, respirando fundo.

[...]

Já haviam se passado um mês que JungKook havia sumido, e cinco dias que ele não saía do banheiro de jeito nenhum. Muitas das vezes Jennie conseguia escutar de noite os rosnados e gritos do amigo, sempre vindo com um choro excessivo junto.

-Ele ainda não saiu? — Yoojin perguntou ao entrar no quarto, intimidando a pequena Ômega. Que negou rapidamente com a cabeça. — Maldito! — Foi até a porta e a chutou com força, fazendo a mesma se abrir.

-Saia daqui! — JungKook disse. Já estava em sua forma humana total e sentia que seu filhote estava sendo ameaçado por aquele maldito homem.

-Olha, eu te dei todo o tempo que podia, mas você não colabora! Agora me diz, o teste deu positivo ou negativo?! — Choi Pergunta o empurrando na parede gelada daquele banheiro totalmente destruído.

-Eu não te devo satisfações de nada! — Respondeu o ômega arisco, mais uma vez, fazendo assim Yoojin se estressar e lhe dar um soco na barriga. Se não fosse pelo filhote, JungKook não teria sentido tanta dor a ponto de o fazer cair no chão.

-Então é verdade... Seu híbrido fértil do caralho! Eu nunca achei que você fosse um Ômega, seu maldito! Você vai abortar essa criança hoje! — Disse decidido, começando a andar para fora do quarto.

-Não! É seu filho aqui dentro, você não tem um mínimo de compaixão por ninguém? — JungKook perguntou, o segurando pelo ombro e o virando, mas sendo jogado no chão logo depois.

-Nesse momento, esse seu bebê já deve estar morto. — Cuspiu as palavras, saindo do quarto.

[...]

Dois meses

Já haviam se passado dois meses e JungKook nunca voltou a ser mais o mesmo, anda se cortando com cacos de vidro e realmente não se importa mais com isso. Não sente mais dor, simplesmente não se importa.

Jennie percebe tudo isso, mas não diz nada. Sente como se fosse piorar tudo, como da última vez.

JungKook perdeu o filho, que no caso ainda estava sendo formado, por isso não sabem se ele iria ser menino ou menina.

Há poucos dias atrás, Yoojin havia recebido uma oferta de negociador, para usar os seus híbridos mais raros em um tipo de museu de "aberrações". JungKook seria o "prato principal", o centro das atenções, porque ele é diferente. Muito diferente.

O anos mais velho aceitou a proposta, aliás, seria uma forma fácil de ganhar dinheiro. Hoje seria o primeiro dia deles naquele lugar, seria o primeiro dia deles em Busan novamente. Daegu não era tão longe assim.