História Meu último melhor desejo - Jikook - Último desejo

' Alguém no qual nunca irei esquecer, cuide dele para mim...por favor! '

Mais um dia corrido da minha vida, cansativa onde trabalho em uma loja de conveniência 24 horas, minha vida sendo Park Jimin não é fácil preciso pagar as contas do meu pai que está hospitalizado, minha mãe mal consegue trabalhar meu irmão mais novo que ajudar, mais não quero que ele seja como eu, que abandonei meus estudos no ensino médio. Hoje sobrevivo para ver meu pai sair do hospital bem… E com saúde, mesmo que demore minha vida inteira. 

—Jimin, seu turno irá terminar mais cedo hoje, pode ir descansar um pouco. -diz o meu chefe, o senhor Bang PD é super compreensivo, ele sempre me ajudou a cuidar do meu pai. 

—Obrigada, amanhã pela manhã vou fazer meu turno completo. -digo ao mesmo, que apenas me olha sério, e nega com a cabeça. 

Quando me senti frustrado vou a ponte do rio de Busan  e me sento em um banco, enquanto ouço o barulho da água. Sempre me mantenho em paz, aquilo tudo faz eu me esquecer. Assim que ia colocar um biscoito de gengibre em minha boca, um cachorro pula e come meu biscoito, apesar de eu me exaltar por dentro, ver o pequeno comendo fez meu coração se acalmar, sorrio ao ver o pequeno me olhar ao acabar de degustar meu biscoito. 

—Você devia estar com muita fome, né? - pergunto ao cachorro golden que a minha frente, enquanto olho sua coleira. —Seu nome é Milly? É fêmea… -digo.

—Milly! -ouço alguém gritar pela cachorrinha, assim que a pequena olha em direção ao chamado corre, eu logo olho e vejo um belo menino com uma roupa casual, a miúda cachorrinha pula nele e começa a lamber seu rosto. —Obrigado por cuidar da minha Milly, o chamador virtual parou de funcionar, vi por onde ela corria mas não conseguia chamar ela por ele.

—Entendo. Sua cachorrinha é muito linda. -sorrio para Milly que apenas se manteve sentada. Assim que iria dizer ao dono da Milly que ela comeu meu biscoito de gengibre, sinto uma dor no coração e caio no chão sem força… O moço a minha frente arregala os olhos e rapidamente vem me ajudar, meus olhos estavam se fechando aos poucos, o que pude ouvir antes de apagar foi o nome do moço Jungkook, esse era seu nome. 

Quando abri meus olhos estava em uma maca de hospital, assim que olhei para o lado vejo o médico e meu melhor amigo, Taehyung ambos me olhavam preocupados. 

—Senhor Jimin, sua leucemia está se espalhando muito rápido, tentamos achar um meio para a cura… -ele faz uma pausa e respira fundo. —Suas chances de sobreviver são 12%, você tem 2 meses de vida… sinto muito. 

—Doutor como assim? Até ontem eu estava bem… tem como isso melhorar não tem? Não brinca com isso, ele tá brincando não é Taehyung? Eu preciso ver meu pai de recuperar. -digo enquanto lágrimas caem. 

—O máximo que posso dizer é que você deve aproveitar esse tempo com as pessoas que você ama… eu sinto muito. -essas foram as últimas palavras do doutor, até ele sair da sala e me deixar sozinho com o Taehyung. 

—Como vim parar aqui? -pergunto ao Tae. 

—Um menino chamado Jungkook, te trouxe...ele me ligou. Parece que ele precisou fazer algo importante então precisou ir embora. Por sua doença ser algo confidencial o médico não disse nada para ele até que eu chegasse. 

—Tae… eu vou morrer. Antes dos meus pais, não vou poder ver meu pai sair do hospital bem. -digo em meio as lágrimas, que escorriam em meu rosto. 

[…1 mês depois]

Já se foram 1 mês e 15 dias, sim tenho pouco tempo O médico disse que a doença se espalhou mais e agora tenho somente 1 dias. Nesse tempo eu fiz uma boa amizade com o Jungkook, eu tô gostando dele… Taehyung disse que ele também gosta de mim. Ele ainda não sabe da doença, me dói não poder falar para ele. Hoje vou ir a um encontro com ele…

—Jimin! -ouço ele me chamar, assim que me viro vejo o mais novo com um sorriso de coelho, ele usava um macacão jeans e uma blusa branca por listras. 

—Jungkook. -observo ele se aproximar de mim, era como um príncipe, Jungkook tem uma vida boa, além de estar na universidade, ele é 2 anos mais novo que eu… sua família é muito rica, ele que estudar artes. —Não se aproxima por favor… nesse 1 mês é 15 dias eu me apaixonei por você… Taehyung disse que você também sente o mesmo…- antes que eu pudesse terminar mordo meu lábio inferior. —Eu sei que isso nunca daria certo nossas famílias tem vidas diferentes. Não dê um único passo, vamos nos encontrar outro dia. 

—Jimin, por que isso do nada? Eu te amo. ‐ essas foram as últimas palavras que Jungkook disse antes de que eu morresse. 

Enquanto caminhava pelas ruas de Busan, vejo de longe minha mãe sair de uma loja de verduras e frutas. 

—Mãe!! -grito o nome da mais velha, ela logo se vira e me olha surpresa, mas logo sorri. Meus olhos é completo por lágrimas, que é a única coisa que me resta fazer. 

—O que você que? Não deveria estar no trabalho? -ela grita de volta, assim que ela iria dar um passo para minha direção. 

—Fica aí! Eu me demiti, eu só queria poder ouvir sua voz… mãe eu te amo! -grito, ela apenas fica séria. 

—Por que se demitiu, e por que parece que está se despedindo? Vá para casa amanhã na noite de natal, irei fazer um jantar. - minha mãe diz, sem nenhuma expressão em seu rosto.

—Isso é uma despedida, mãe! Eu tenho leucemia, hoje é meu último dia de vida. -grito, mas me surpreendo ao ver no rosto de minha mãe um sorriso se formar. 

—Acha que sou idiota? Que tipo de brincadeira é essa? Na véspera da noite de natal? Já vou. -ela diz sorrindo, eu no mesmo momento sinto uma dor no coração, fazendo eu cair sem forças no chão, enquanto faço o máximo de força que posso olho para minha mãe que agora está surpresa e joga todas as sacolas no chão. Mas antes que ela chegue Jungkook e Taehyung chegam ao mesmo tempo e me ajudam.

Por sorte dessa vez não desmaiei, mas as dores ficavam cada vez mais forte, assim que chegamos no hospital, o médico já nos esperava na porta do local. Fui colocado em uma maca e levado para a sala de exames. 

—Doutor, por que não leva meu filho para uma cirurgia? Por que trouxe ele aqui? Por que não está ajudando ele? -Minha mãe apenas faz várias perguntas ao médico, o médico a retira da sala deixando somente eu e o Taehyung. 

—Taehyung… Cuide do Jungkook, faça isso por mim, não o deixe sozinho, seja para ele o que não poderei ser. Esse é meu último melhor desejo -essas foram as minhas últimas palavras, até eu olhar para o painel de vidro a minha frente, e ver minha mãe, meu pai, meu irmão, o senhor Bang PD, e o Jungkook. Sorrio para fora e aceno um tchau, e todos choram, sinto meus olhos pesar, e apago. 

Os aparelhos começam a fazer somente um barulho contínuo e as linhas de batimento cardíaco segue reta. Todos ali presentes choram desesperados, os médicos chegam e desligam tudo. Meus órgãos foram doados, assim que descobri a doença assinei um papel de doação de órgãos.

—Jungkook… -Assim que o Jimin morreu, eu sai da sala em meio às lágrimas e vejo Jungkook sentando encostado na parede chorando sem parar. Me sento e abraço o mais novo. 

[...na noite de Natal]

Os pais do Jimin me convidou a um jantar de natal, o Natal é a época que Jimin mais gosta, foi o que os pais dele me disse… ele gosta desse feriado por que pode sorrir com a família e por que neva. 

Assim que sai da casa de Jimin e os pais dele junto de seu irmão, me observavam, vejo um floco de neve cair sobre mim… olho para cima e vários pontos brancos preenchiam o céu azul escuro, fogos foram soltados, meus olhos se preenchem por lágrimas, junto dos olhos de seus familiares. Tento sorrir e digo…

—Você está vendo tudo isso aí em cima certo? -falo enquanto olho o céu. 

Depois de tudo isso, concluí minha faculdade, e hoje trabalho como pintor. Tenho como minha principal obra uma pintura do Jimin no nosso primeiro encontro quando a Milly comeu seu biscoito, eu me mantive observando o belo enquanto ele brincava com Milly. Todo natal vou ao mar onde jogaram as cinzas dele e me sento enquanto vejo a neve cair.