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História Meu vizinho - Capítulo 2 (Atualizado)


Escrita por: Luhander

Notas do Autor


Capítulo atualizado dia 04/10/2018

Capítulo 2 - Capítulo 2 (Atualizado)


Fanfic / Fanfiction Meu vizinho - Capítulo 2 (Atualizado)

P.O.V.Mark

Hoje era domingo, dia que não tinha horário para acordar, o almoço normalmente é só no fim da tarde, o dia perfeito pra fazer exatamente nada. No entanto, hoje seria diferente, tinha combinado com Karen de a ajudar com a mudança, o que é até bom para ocupar a mente e até pra fazer algum exercício, mudar a rotina e conhecer pessoas novas.

Decidindo não me estender demais na cama, me levanto de imediato, passo no banheiro, lavo meu rosto e já desço as escadas indo até a cozinha. Mas ao passar pela porta sinto meu coração quase explodir ao ver minha mãe tão perto de mim, quase nos chocamos se ela não tivesse se afastado. Ambos com cara de assustados até que ela se pronunciou de vez:

-Ai, Mark, quase me mata! Acordou cedo hoje? – Desviou o olhar do meu por alguns segundos, alcançando o relógio atrás de mim. – O que houve? Temos algo marcado? – Franziu o cenho enquanto me encarava de volta.

-Ah, não. Não você, no caso, ou não que eu saiba, mas prometi ajudar os vizinhos com a mudança. – Disse logo após dar um beijo em sua testa, indo pegar uma xícara de café. – Passei a tarde ontem por lá, são gente boa até.

-Que bom samaritano. – Falou com sarcasmo na voz. - A vizinha deve ser uma belezura pra fazer você acordar tão cedo em um domingo. - Disse minha mãe voltando a se sentar e levar a xícara até os lábios. – Eu ia te acordar agorinha, avisar que vou dar uma saída até o centro. Preciso comprar mais adubo e quem sabe mais algumas flores pro jardim. Ele está tão sem graça que estou até com vergonha.

-Não tem vizinha nenhuma, e mesmo que tivesse eu nem tentaria nada. Esse ano não vou ter tempo pra nada a não ser os estudos. - Eu estava praticamente falando sozinho, porque ela não tirava os olhos do jornal. - Tem a Karen e o Jason, ele é meio caladão, parece que morreu pois não expressa muitas expressões faciais, mas sei lá, vamos nos dar bem eu sinto isso. – Ri sozinho. – Parece até aquelas conexões dos filmes e tudo mais.

Olhei pra minha frente e vi minha mãe fazer uma careta de espanto com algo que lia no jornal então apenas suspirei e tomei o assunto como encerrado. Não que ela fosse rude, mas provavelmente estava me dando gelo por ter colocado outro piercing e ter fugido de casa. Não a culpo por isso.

Terminando meu café, logo subindo as escadas indo para meu quarto. Peguei algumas roupas que acho confortáveis e coloquei em cima da cama. Tirei a blusa, mas antes de por a outra, abri a janela vendo a Karen receber os homens do caminhão de mudanças, então gritei:

-Bom dia Karen! – Sorri grande ao ver que a mesmo havia olhado para mim.

-Bom dia Mark! -Disse acenando.

-Já estou descendo! - Olhei para a varando onde Jason apareceu. - Bom dia Jason!!

Me fitou, acenou levemente com a cabeça e foi em direção a sua mãe ajuda-la.

"Vamos nos dar tão bem" Pensei positivamente, mas com aquele fundo de que não acreditava naquilo de fato.

Vesti a camisa, troquei a calça por um short, botei meu tênis e saí correndo em direção as escadas, saltando de dois em dois.

-Tchau, mãe! – Gritei da porta.

-Tchau!

 O-O

O dia passou rápido, cheio de brincadeiras por minha parte e de Karen, e muito trabalho também. Fiquei com ela cuidando das coisas da cozinha, enquanto Jason ajudava os outros homens com os móveis mais pesados.

A consequência disso foi: Jason ostentando seus músculos sem a camisa para qualquer um que quisesse contemplar. Sempre achava graça das meninas que passavam pela calçada e ficavam sem graça ou sem jeito pelo físico do maior. Pude ver seu sorriso ladino quando isso acontecia, não sabia se era um sorriso sacana ou constrangido, mas estava para os dois. De fato, ele faria muito sucesso, e isso, definitivamente, me assustava.

Eu não tinha lá muitos amigos, tinha meus amigos virtuais e meus parentes, e agora que eu tinha acabado de conseguir alguns diálogos com Jason, ficava com medo de perder essa convivência, mesmo que pequena e insistente.

Diálogo 1

Cheguei perto de Jason, que estava na varanda, se refrescando com a limonada que eu tinha feito a pouco.

-Gostou da limonada? - Perguntei chegando de mansinho perto dele tentando puxar algum assunto.

Percebendo minha presença, Jason terminou de beber tudo em um só gole me entregando o copo e pondo a camisa em um de seus ombros.

-Estava- Diz ele brevemente e saí.

Olhei pra ele, olhei pro copo e com um muxoxo soltei:

-Folgado.

 

Dialogo 2

Vi que ele estava furando a parede para colocar as prateleiras da sala de estar, logo me aproximei e perguntei se queria ajuda em algo, mas a resposta que recebi foi tão seca que achei engraçado.

-Não.

-Eu não ia ajudar mesmo, não sei nem porque vim falar com você, se provavelmente eu já sabia a resposta. Isso que dá ser uma pessoa legal as vezes. – Murmurei sem parar até que saí da cozinha a passos firmes e pesados.

Dialogo 3

Eu estava guardando os copos na prateleira da cozinha, mas não alcançava, provavelmente Karen teria o mesmo problema e cogitei avisar para retirarem e abaixar um pouquinho. Jason apareceu atrás de mim pegando o copo de minha mão e guardando no lugar.

-O-Obrigado Jason.. -Disse completamente envergonhado pela minha estatura baixa.

-De nada. – Falou simples e saiu dali.

-Esse homem está começando a me tirar do sério. Cocei a cabeça não sabendo se aquela afirmação era realmente verdade.

 

Apenas algumas palavras. Realmente ele não queria falar comigo e eu fiquei o importunando. Me sentia extremamente cansado, mas agora, e ainda mais quando escureceu. Eu estava terminando de arrumar os quadros na parede da sala então Karen apareceu e sugeriu:

-Mark, quer jantar conosco? – Colocou uma mecha do cabelo escuro atrás da orelha e se apoiou na parede.

- Ah, me desculpe, acho que não seria uma boa ideia. - Disse sem jeito me virando para ela.

-Mas porquê? – saiu do encosto da parede.

Quando Karen perguntou, Jason entrou na sala, olhei para ele e em seguida para baixo. Karen pareceu perceber isso, então logo se pronunciou:

-Jason, estou convidando o Mark para jantar conosco, sabe, pra poder agradecer a ajuda dele de ontem e hoje, mas ele não quer aceitar. - Suspirou. - Me ajuda a convence-lo? – Eu sabia o que ela estava fazendo, viu que eu não estava conseguindo conquistar a amizade do filho e o instruiu a me convidar e me mostrar que não tem nada demais.

Primeiro ele olhou sério pra ela provavelmente esperando que ela falasse que era algum tipo de brincadeira, quando percebeu que não, suspirou discretamente e, a passos lentos e pesados, se aproximou de mim. Tinha acabado de colocar a blusa mas que ainda sim mostrava uma linha de suor perto do peito.

Prendi a respiração quando percebi que ele estava muito perto, olhando fixamente para meus olhos e propôs:

-Jante conosco. – Parecia mais uma ordem do que um simples pedido. Eu não conseguia respirar direito ele era muito intimidador. Senti minhas mãos tremerem e suarem ao mesmo tempo em que meus joelhos aos poucos sediam. Suspirei derrotado, sabia que não iria adiantar muito o que eu falasse. Percebi aos poucos que quando Karen colocava algo na cabeça, dificilmente alguém conseguiria tirar.

-T-Tudo bem, se não for um incomodo... – Eu estava pronto para argumentar ali na hora. Oras! Como que ele “ordena” algo?! Deveria ser um pedido ou uma pergunta, não um mandato. Ah, se Karen não fosse tão gentil e tão legal, Jason com certeza ouviria poucas e boas.

-Ah! Que bom! Agora vá para casa tomar um banho, se trocar e volte para cá imediatamente. – Bateu as mãos uma nas outras apenas uma vez e me acompanhou até a porta.

Acenei que sim com a cabeça. Saí da sala com o rosto congelado e um pouco irritado. Não conseguindo tirar a cena de Jason a centímetros do meu rosto. Sua respiração, vê-lo tão perto em minha frente, realmente ele era patético. Pateticamente irritante, frio e egocêntrico.

Balancei a cabeça tentando tirar esses pensamentos de mim.

Corri para casa, indo direto para meu quarto, fui para o banheiro tomar um banho o mais rápido que pude, não passei tanto tempo quanto eu gostaria pois tinha horário odiava fazer as pessoas esperarem.

Terminei pondo a toalha em volta de minha cintura indo até o quarto escolhendo alguma roupa. Resolvi vestir uma calça jeans preta, não a que eu dormia, outra, uma blusa também preta de mangas cumpridas. Gostava do contraste que o preto tinha com minha pele branca, cabelos loiros e olhos azuis.

Coloquei meu tênis, logo em seguida saindo do meu quarto. Avisei a minha mãe que sairia pra jantar com os novos vizinhos. Ela não se importou, já tinha jantado usando a desculpa que eu demorei de mais lá.

Fui andando calmamente até a varanda da casa e apertei a campainha. Karen quem atendeu a porta. Ela estava linda, mesmo usando roupas simples e confortáveis. Queria ter esse dom, e por um instante achei que estava exagerado demais pra um jantar. Mesmo só estando arrumado e perfumado.

-Mark! Está bonito. – Disse sorridente.

-Obrigado, igualmente. - disse pegando sua mão e selando meus lábios nela em um beijo singelo, fazendo com que suas bochechas tomassem uma leve coloração avermelhada. Tudo aconteceu no tempo certo de Jason aparecer tossindo de leve em um aviso mudo que estava ali.

-Então, vamos? – Perguntou a mulher se recompondo e olhando para o filho.

-Vamos pra onde? – Perguntei sem entender.

-Jantar ué. – Disse a mulher enquanto puxava o filho para o lado de fora e trancava a porta de casa.

 O-O

O jantar foi ótimo, conversamos, eu e Karen, a comida era boa e as companhias também.

Nesse pequeno tempo que passamos pude ver Jason se soltar um pouco mais. Alguns comentários que sua mãe fazia sobre alguma situação passada o tirava alguns sorrisos ou até mesmo rolar de olhos. Comentários ou complementos também eram ditos e foi assim que começamos a nos dialogar aos poucos. Até que ter aceitado não foi de todo ruim ou constrangedor. Muito pelo contrário.

Em alguns momentos eu tinha vontade de socar a cara de Jason por ser tão prepotente e irritante? Provavelmente, mas Karen conseguia equilibrar tudo ao seu lugar.

Assim que terminamos nosso jantar, eu disse que pagaria por minha refeição, mas Karen fez questão e disse que era uma forma de agradecimento pelo trabalho duro que fiz pelos dois dias da mudança.

-Não teríamos conseguido terminar hoje se você não estivesse lá. Deixe-me te agradecer. – Foi o que ela disse e eu não iria discutir, afinal se tinha uma coisa que eu havia aprendido nesses dois dias é que se Karen decidisse algo, ela não mudaria de opinião, a não ser se tiver um bom, muito bom, argumento contra.

Quando já estávamos no carro pude respirar fundo, sentindo meus membros todos arderem pelo exercício intenso de hoje. Jason com o fone de ouvido olhando janela a fora, apenas eu e Karen podíamos manter um diálogo enquanto não chegávamos em casa ainda, então ela perguntou sem tirar os olhos da rua:

-Então, vai estudar com Jason?

-Provavelmente na mesma sala. - Disse empolgado com a hipótese de tal coisa realmente acontecer. E que talvez eu não fique tão sozinho quando eu já sou. Mas então lembrei que estávamos falando de Jason, então voltei a ficar cabisbaixo. - As aulas começaram semana passada, mas ainda tem muita gente se matriculando.

Até agora era só pequenos diálogos e alguma farpas regadas a vontade de estapeá-lo.

-Que maravilha! Podem até voltar para casa juntos, que emocionante. – Suspirou. – Vai dar tudo certo, vocês vão ver.

Karen segurou a mão de Jason que continuava com seus olhos presos ao lado de fora da janela. 

Sussurrei um " É...". Encarando a nuca de Jason, comecei a observa-lo, subi meu olhar pela nuca onde levemente começava a crescer os fios de cabelos, a orelha com o alargador e mais alguns brincos, a lateral do rosto iluminado pelas pequenas luzes das comerciais e dos faróis dos carros. Seus olhos distraídos brilhavam levemente então percebi que o mesmo usava lentes castanhas.

Olhei uma segunda vez, porém mais atento a esse detalhe. Lente castanha? Não tinha percebido isso de primeira, mas isso não tornava as coisas menos interessantes.

As aulas começariam daqui a uns dois dias, provavelmente não o veria até que esse dia chegasse, então não poderia perguntar. Me conformei e tentei voltar minha atenção ao lado de fora também, mas voltei a fita-lo até chegarmos em casa.

De alguma forma ele me irritava profundamente com seu jeito prepotente, mas de certa forma era até bom, ele tinha uma personalidade forte.


Notas Finais


xente espero que tenham gostado!!


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