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História Meus amigos não me amam como você. - A Verdade


Escrita por: belindababy

Capítulo 40 - A Verdade


Fanfic / Fanfiction Meus amigos não me amam como você. - A Verdade

POV: Maegi.

 

Quem disse que eu consigo dormir?

A cada 5 segundos eu me reviro na cama e nada.

Aquelas cenas… Os toques dele… A boca dele na minha… Eu só queria poder esquecer.

 

Levantei e fui até o meu computador, pensei em ligá-lo, mas a claridade pode incomodar a Lety e eu não quero acordá-la. Sentei na cama e suspirei, olhei para o meu corpo e reparei que ainda uso as mesmas roupas de antes.

Fui até o banheiro, despi-me, entrei no box, liguei o chuveiro e fiquei encarando a água caindo. O som do encontro das gotas com o chão me trazem paz, me faz esquecer meus problemas. Finalmente tomei coragem e me coloquei sob a água gelada.

A cada gota que me toca meu corpo leva um choque. Um choque bom.

Sinceramente eu achei que não estaria viva agora. Toda aquela cena com o Dake me deu uma sensação horrível de morte, como se ele apenas fosse me usar e me jogar fora, morta, como muitos desgraçados infelizes fazem por aí mundo afora.

Sem perceber as lágrimas tomam conta do meu rosto novamente, juntando-se as gotas do chuveiro, o encontro das lágrimas quentes e das gotas frias do chuveiro é reconfortante, libertador, sempre que quero pensar ou apenas chorar, me coloco nessa situação e tudo melhora.

Mas e agora?

Eu não faço ideia do que pensarão de mim agora. Eu não sei exatamente até onde ele foi, até onde me tocou, como me tocou… Eu simplesmente desmaiei e não lembro de mais nada.

Chega.

Se eu continuar pensando mais nisso eu vou enlouquecer, tenho que esperar o resultados dos exames de amanhã, pra saber o que realmente aconteceu.

Peguei meu shampoo e lavei meu cabelo, em seguida usei o condicionador e sabonete. Sai do box e me enxuguei, voltei ao meu quarto e peguei uma camisola qualquer e vesti, deitando logo em seguida, olhei pra Lety, que continua dormindo. Tentarei dormir, mesmo que eu precise contar mil carneirinhos.

 

--

 

30 de Dezembro, 11h.

 

Sim, consegui dormir, devo ter contado uns 10 milhões de carneirinhos, mas consegui.

Acabei de sair da sala de exames, estou com meus pais e Armin, que insistiu pra vir. Coitadinho, está com uma olheiras tão profundas…

Ele aperta as minhas mãos como consolo e às vezes sussurra um “vai ficar tudo bem”, mas na maior parte do tempo ele fica calado apenas me encarando.

Eu também não sei muito o que falar, não sei nem o que pensar. Apenas quero que esse ano acabe, e que o resultado do exame saia logo.

Seguimos o caminho até em casa em silêncio, consigo apenas sentir os olhares da minha mãe pelo retrovisor do carro, me sinto tão culpada por dar essa preocupação pra ela, ao meu pai, ao Armin.

Nossos olhares se encontraram no retrovisor e ela sorriu pra mim, um sorriso que apagou tudo que acabei de pensar, um sorriso terno que me dá vontade de me atirar no colo dela e chorar até o mundo acabar.

Meu pai deixou Armin na casa dele e seguimos para o nosso apartamento. Assim que chegamos fui direto pro meu quarto, Lety não estava lá, deixou um bilhete dizendo que ia se encontrar com a Rosa, sabe lá o que elas estão planejando. Ouvi passos no corredor, virei-me e vi minha mãe na porta do meu quarto, me encarando.

- Podemos conversar, filha? - ela perguntou.

- Sim. - assenti e bati na cama, sinalizando para ela sentar ao meu lado. E assim ela o fez.

- Eu não sei exatamente como começar isso. - ela parece confusa e nervosa - Filha, como isso aconteceu? Ele não é o seu ex namorado do antigo colégio?

- É sim. - suspirei. - É complicado.

- Complicado é o que estamos vivendo agora. Por favor, eu preciso saber o que se passa com você, filha. Somos amigas, sempre fomos amigas. Você sabe que pode confiar em mim. - ela tem razão, eu não sei porque escondia tanto esse tipo de coisa.

- Desculpa, mãe! - ajoelhei-me no chão, com a cabeça em seu colo, chorando. - É tudo culpa minha!

- Eu não acredito nisso! Filha, você não tem culpa! Você é a vítima nessa história! - ela levantou meu rosto e enxugou minhas lágrimas. - Fique calma, nem eu nem seu pai vamos te julgar. - ela me sentou novamente ao lado dela.

- Tudo que eu vivi com Dake foi uma grande mentira. - falei soluçando. - Ele me usou para uma aposta. - ela arqueou as sobrancelhas. - Ele tinha apostado que tiraria tudo de mim. - enfatizei a palavra “tudo”.

- Canalha. - a ouvi dizer.

- E então eu descobri, e o humilhei na frente de todos. E alguns dias depois nos mudamos, e eu achei que tinha deixado tudo pra trás. Até que este ano o Armin chegou junto do Alexy. - fiz uma pausa e ela me olhou curiosa. - Dake pagou Armin pra me conquistar.

- Como? - ela praticamente bufou de raiva.

- Se acalme. - suspirei. - O Armin precisava da grana. Enfim. - tentei justificar - Então alguns meses antes das férias, o Dake apareceu na escola, dessa vez pra ficar, mas eu não me senti nem um pouco atraída por ele, estava bem com o Armin apesar de tudo. Então o Armin cancelou o acordo com ele. - respirei fundo - até as férias… Durante as férias ele aproveitou pra dar as investidas dele, com olhares e com palavras, até que peguei ele discutindo com o Armin, e foi quando eu descobri tudo. Por isso voltei daquele jeito da viagem.

- Agora muita coisa faz sentido. - ela olhou para o teto - e o que mais?

- E então teve a minha despedida, onde o Armin cantou uma música linda pra mim. E depois eu fui pra Inglaterra e continuamos nos falando por email, até então nenhum sinal do Dake. E agora, quando voltei, que assumi meu namoro com o Armin, ele começou a me xingar, praticamente me chamando de vadia, incitou uma rixa entre o Kentin e o Armin. Se bem que essa rixa já existia desde sempre.

- Mas essa foi a única vez que ele te atacou fisicamente? - ela enfatizou a palavra “fisicamente”.

- Não. - ela arregalou os olhos. - Quer dizer… Sim. Na manhã depois do baile… Eu não dormi na casa da Rosa… Eu dormi com o Armin…

- Oh Céus… - ela colocou a mão direita na testa. - Ok, continua.

- Então eu decidi ir até o shopping, fui sozinha, e senti que estava sendo seguida, então me deparei com o Dake completamente bêbado na minha frente, consegui fugir correndo mas me deparei com o Kentin no meio do caminho e o Dake conseguiu me alcançar… E falou um monte de besteiras sobre mim… Depois disso não o vi mais. Até ontem.

- Certo… Eu estou digerindo todas essas informações. Mas filha, saiba que eu não te julgo, nem sei pai, certo? - assenti e ela segurou meu rosto e beijou minha testa. - Nós te amamos haja o que houver.

 

Ficamos um tempo abraçadas e ela saiu me deixando sozinha. Deitei na cama e senti meu celular vibrar.

 

--

 

De: Armin s2

Para: Maegi

Sei que acabamos de nos ver, mas eu não quero ficar longe de você. Posso ir ai?

 

--

 

Confesso que fiquei surpresa com a atitude dele, mas a última coisa que eu quero é ficar só.

 

--

De: Maegi

Para: Armin s2

Claro que sim. Eu não quero ficar sozinha.

 


Notas Finais


O capítulo de hoje foi bem monótono e repetitivo, eu sei... Eu só queria enfatizar como a Maegi se sente sobre tudo isso. Agradeço de todo o coração pra quem leu ate aqui, amo vcs <3


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