História Mi Mundo Português - Capitulo 15

Entrei em mina sala de aula e não deixei de pensar em tudo o que me causava um simples beijo do Michael. Ele tinha um efeito inusual sobre mim. Durante toda a aula pensei nos prós e contras de começar um relacionamento com ele. Não encontrei nada contra, de verdade eu estava apaixonada. E o estranho é que jamais senti isto por alguém, mas eu tinha certeza de que era amor. Havia decidido, queria tentar. O professor se despediu e não tive consciência de quando começou e terminou a aula. Vi como uma menina havia feito algumas anotações, assim que me aproximei a ela para saber se o professor havia deixado alguma atividade, ela me disse que havia deixado um trabalho de investigação. Anotei o necessário e caminhei para meu armário para deixar um livro e pegar outro. Quando abri o armário, havia um papel celeste dobrado. Abri e estava escrito:

“Todo o céu esta caindo,
de tanto esperar,
meu amor não se engane,
não mintas ao seu coração,
todo o céu esta caindo,
você entende meu amor.”

Sentí como um sorriso inevitável invadia meu rosto. Não tinha assinatura, mas sabia muito bem de quem era. A música já conhecia bem, era de Mana. Fiquei um tempo observando o papel e depois voltei para mim, já que minha cabeça voava por lugares desconhecidos. Entrei na cafeteria e todos já estavam sentados, ao lado do Michael havia uma cadeira livre. Caminhei para servir meu almoço e ele levantou seu olhar para cruzar-se com o meu, mostrei a ele o papel celeste e então sorriu para mim. Me servi uma salada e caminhei para a mesa.
- Oi Valen, você demorou um montão! O que houve ? – Ruggero me perguntou.
- Tinha que fazer algumas anotações e demorei um pouco em meu armário. – disse olhando para Michael. Ele riu de maneira dissimulada.
- Sente-se. – disse puxando a cadeira. Tinha todo o time olhando para mim.
- Bom Ana, continue contando. – Chiara disse.
- Não nada, só que, já tenho com quem ir para a festa. – Ana disse olhando para mim.
- Depois de dou o nome Rugge. – Michael estava brincando com meu cabelo assim que o que Ana disse não chamou minha atenção.
- Fala quem. – Ruggero disse a ela.
- Vamos Anita, diga quem é a próxima vítima. – Agus disse de maneira engraçada. – Ana deu um olhar assassino para ele.
- Lionel Ferro, vocês conhecem ? – Karol e Caro ficaram mudas e giraram para me ver igual a Michael quem se inclinou para ver minha reação. Eu estava surpresa já que de manha Lio havia se oferecido para me levar.
- Lionel Ferro ? – Ruggero disse. – Ele é seu amigo não meu amor ? – ele disse a Karol.
- Sim.
- Ah, por mim perfeito. Ele é gente boa, assim que esta convidado. – Ana sorriu para ele.
- Espera, Lio é o lindinho da festa da Karol ? o surfista ?– Chiara perguntou a ela.
- Exato! Ele mesmo. Escolhi bem ou não ? – Ana dizia vitoriosa e voltando seu olhar para mim. Tas as meninas cochichavam entre elas. – Não tem problema né Valen? – ela me perguntou.
- Nenhum Ana. – disse a ela sem importância e dando um sorriso para Michael. Ele me devolveu o sorriso e se inclinou para me dizer algo no ouvido.
- Conhecia a musica ?
- Boa escolha.
- Obrigado. – disse rindo e voltando para sua comida. Os meninos conversaram sobre o campeonato e os jogos que estavam por vim na próxima semana. Todos participavam da conversa menos Caro e eu, que nos limitávamos a sorrir.
- Bom meninos, estão assustando minhas irmãs. Elas não estão acostumadas a conversar sobre futebol todo o almoço. – Karol disse ficando de pé.
- Ta na hora de ir para aula. Vamos ? – nos perguntou a Caro e a mim.
- Vamos Ka. – Caro respondeu ficando em pé.
- Tchau meu amor. – Karo disse inclinando para dar um beijo em su namorado.
- Tchau linda. Te vejo na saída não ?
- Sim. – Caro se despediu de Agus e eu me incline para me despedir de Michael.
- Te busco na saída. Me espera em sua sala ok? – me disse segurando minha mãe.
- Ok. – deu um beijo em sua bochecha e caminhei até a Caro e Karol que me esperavam fora da cafeteria.
- Ein, será que é verdade o negocio da Ana ? – Caro no perguntou.
- Não sei, pela manha falei com o Lio, até então ele iria só.
- Que estranho. Igual, eu conheço a Ana, e ela é do tipo que não desiste até ter o que quer.
- Sim Karol, mas é o Lio. Para mim é estranho e ainda mais que não tenha dito nada.
- Igual, hoje quando me deixou o senti um pouco incomodo.
- E isto ?
- É que me disse para irmos juntos para casa do Rugge mas eu já havia combinado com o Michael, assim que acho que ele não gostou da ideia de que eu lhe disse não.
- Ah! É por isto então. – Karol disse e Caro assentia com a cabeça.
- Não entendo.
- É óbvio que ele iria se sentir incomodo Valu, vocês vivem de lá para cá juntos. Se não fosse por que nos conhecemos de toda a vida acho que seria normal pensar que vocês estariam juntos. – Karol disse de maneira séria.
- Do que você ta falando. Nada haver, ele é como meu irmão.
- Sim Valu, Karol tem razão. Te conhecemos e sabemos que é como um irmão para você, mas qualquer um que não conheça, pensaria outra coisa.
- Sim, talvez tenham razão, mas o que isto tem a ver com que ele se incomode e convide a Ana ?
- Não tem nada haver, é estanho. Mas Lio esta acostumado a que sempre esteja com ele , e que venha outra pessoa e comece a tirar o lugar dele, obvio que ele nào irá gostar. – Karo dizia. 
- Mas ninguém tirar o lugar do lio. Ele é único/
- É que entenda Valu, é normal que você queira sair com alguém e que esta pessoa vá lhe buscas, mas Lio esta acostumado a que seja ele quem te leve a todos os lado. – Caro disse de maneira mais séria.
- E o que eu faço com isto ? Deixo o Michael para que o Lio não se sinta mal ? Eu gosto dele, e gosto de verdade!
- Não posso acreditar. Caro, você escutou o mesmo que eu ?
- Lamentavelmente sim irmã. Eu perdi ela. – achei engraçado as expressões de minhas irmãs ao confessar meus sentimentos por Michael.
- Então suponho que vai estar com ele ? – Karol em perguntou.
- Suponho que sim.
- Que bom Valu! Mike é um cara incrível, e é visível que ele gosta de você.
- E o que eu faço com o Lio ?
- Converse com ele Valen, quero dizer, vocês são como irmãos diga que você quer começar algo novo com o Michael. Ele vai te entender. – Caro me disse.
- Sim suponho. Mas mesmo assim, não entendo o de Ana.
- Eu também não, suponho que descobriremos amanha. – Karol disse.
- Bom, já chegamos. Vamos ir juntas né ? – Caro perguntou.
- Não meninas, eu vou ficar esperando o Rugge por que temos que ir buscar o DJ para amanha.
- Ok Ka, Valu ?
- Sim sim, nos vemos no estacionamento. – entrei em minha aula e me esforcei para não pensar na mensagem do Michael e na situação com o Lio. A aula terminou e o professor se retirou, guardei minha coisas e senti como alguém se sentava na carteira da frente. Levantei minha cabeça e me encontrei com seus lindos olhos mel.
- Michael. – disse surpresa.
- Olá! Vai ir com a Caro ?
- Sim.
- Vamos, te acompanho até o estacionamento.
- E você o que vai fazer ?
- Temos que treinar hoje.
- Ok, vamos.
- Você gostou da mensagem que te deixei ?
- Bem direto.
- Então funcionou. – disse rindo. Chegamos ao estacionamento e Caro já estava sentada no carro.
- Quando você vai aprender a dirigir ?
- Esta se oferecendo para me ensinar ? – disse flertando com ele
- Se implica em passar mais tempo com você, me ofereço. – me disse com um grande sorriso e me puxando para ficar frente a ele.
- Esta combinado então. Só irei lhe dizer uma coisa. - me aproximei a ele e me joguei um pouco colocando meus lábios em frente aos dele. – Pode chegar a ser muito desesperador. – disse sobre seus lábios. Senti como o muro que carregávamos derrubava em nossa frente.
- Sim, pode ser. – disse estampando sua boca contra a minha. Trabalhava com meus lábios de uma maneira que despertava uma ansiedade em mim em relação a ele. Escutamos a buzina e soltei a ele de maneira automática. Era a buzina da Caro.
- Tenho que ir.
- Sim me dei conta. Eu tenho que lhe ensinar a dirigir.
- Nos vemos amanha.
- Tchau Valen. – Beijou minha testa e voltou alguns passos para me deixar avançar. Caminhei até o carro da Caro.
- Você é uma idiota.
- Sim eu sou, mas por que você diz ?
- Não poderia ser menos inoportuna ? – Caro estava morrendo de rir.
- Queria arruinar um pouco sua diversão. Lembre-se de que ainda sou sua irmã mais velha e mereço respeito. – dei risada.
- E eu que pensei que só fazíamos para atormentar a Karol, agora vejo que também serei atormentada.
- Obvio que você também será atormentada, e com você serei ainda pior por que pensei que jamais teria a oportunidade.
- Você não vai superar não é ?
- Jamais superarei. Você era minha partner, eu te perdi. – disse Caro dissimulando dor.
- Continuarei sendo a mesmo.
- Não acredito. – Chegamos em casa e decidi nadar um pouco. Nadei toda a tarde para pensar e relaxar, nadei algumas horas e depois tomei um banho e comecei a fazer meus trabalhos enquanto assistia tv na sala. Senti um rugido de motor, me aproximei da janela e era o Aston Martin do Ruggero. Entraram os dois rindo pela porta.
- Hey Valu. Não tem ninguém ?
- Hey, não estou só. Mamãe já deve estar por chegar e Caro também.
- Oi Valen. – Ruggero disse se aproximando.
- Oi Rugge! Vai ficar para jantar ? – disse a ele dando um beijo em sua bochecha.
- Se você me convidar não posso negar. – disse rindo.
- Vou ir tomar banho já venho.
- Não quer que te acompanhe meu amor ? – Rugge disse. Não aguentei ver como Karol começava a ficar arrepiada e comecei a rir.
- Tranquilo Rugge, aproveite quando eu não estiver perto. – disse. Karol ao me ver rir, subiu as escadas. – Tenho que admitir, gosto de você. Tem a capacidade de fazer a Karol se arrepiar, adoro isto. – disse a ele.
- Obrigado! É toda uma honra para mim ter semelhante dom.
- Me conte os planos da viagem. Você estará levando minha irmãzinha de casa, sabia ?
- Sim, já sei. Meu pais nos convidaram. Meu aniversário é domingo e farão tipo um almoço familiar e também querem conhecer a Karol.
- Ah, e por que tanta formalidade.
- Meu pai é fazendeiro, é bem antiquado e minha mãe é da cidade, mas se acostumou com a vida dele.
- E tem irmãos ?
- Sim uma irmã menor.
- Então seu pais vivem com sua irmã lá ?
- Sim, e com meus tios e primos. Somos uma família bastante unida e numerosa.
- Devem ser um montão.
- É uma loucura. A fazenda é enorme e tem espaço de sobra, mas você vira para a direita e sempre tem alguém.
- Então deve ter custado muito para você viver só.
- Sim, é bem difícil. Quando cheguei foi mais difícil, minha mãe ficou um tempo comigo até que eu me adaptasse e depois voltou.
- Que difícil. Eu não me vejo vivendo longe, se quando eu viajo já fico com saudades delas.
- Mas você se acostuma, é bom você ter seu espaço.
- E nunca pensou em voltar ?
- Antes sim, mas agora já não. Estou comodo aqui, e além do mais, Karol e meus amigos estão aqui. – me alegrei muito ao ouvir Ruggero dizer isto. 
- Fico feliz que Karol seja uma de suas prioridades. Ela merece o melhor.
- Karol para mim é tudo, é minha amiga, meu amor, acontece que ela me lembra muito minha irmã. – os olhos do Rugge brilhavam ao falar dela. – Elas tem as mesmas expressões. É como uma menininha mas com a mentalidade de uma mulher. – Me encantei com a maneira que ele falava da Karol, ela de verdade merece o melhor. Ele gostava gostava dela de verdade, queria o bem dela e isto, se sentia no ar.
- Karol é um anjo. Para mim e para Caro é nossa debilidade. E da para ver que para você também. Eu confio em você Rugge, você é uma pessoa incrível.
- Obrigado Valen. Me sinto bem conversando com você. E eu adoraria ser seu amigo.
- Você já É Rugge. Ganhou minha confiança e esta levando por um fim de semana inteiro uma das pessoas mais importantes em minha vida, assim que cuide bem dela.
- Com a minha vida. – me disse com um grande sorriso. Terminamos a conversa emotiva e conversamos sobre tudo, era fácil conversar com Ruggero. Sabia muito sobre musica e surf.
- Então você virá para a competição no fim de semana ?
- Não perderia por nada. Alem do mais, quero ver se você surfa tão bem como diz. – me disse entre risos.
- Amor, não a desafie que ela nunca perde. – Karol disse descendo as escadas.
- Você esta linda meu amor.
- Estou com um pijama.
- Igual, para mim esta linda. – disse abraçando e sentando ela ao seu lado no sofá.
- Já conversamos Rugge, sou uma irmã ciumenta.
- Tranquila Valen. - Ruggero disse. Escutamos os motores na entrada e as vozes da Caro e da Mamãe.
- Eu ganhei de você mãe, aprenda a perder,
- Que ? você dirige mais devagar que uma tartaruga, como que vai ganhar de mim? – Karol me olhou e começou a rir e Rugge olhava para ela confuso.
- É que sempre que elas se encontram no caminho, fazem uma competição para saber quem chega primeiro. – Mamãe entrou e no mesmo instante Caro também.
- Um carro muito lindo Rugge. – Caro disse caminhando até nós.
- Olá Ruggero. – Mamãe o cumprimentou.
- Boa noite senhora. E obrigado Caro.
- Suponho que nos esperaram para comer ?
- Sim mamãe, estou morrendo de fome. – disse caminhando até a sala de jantar.
- Ok, vão se sentando. Vou avisar para servir. – mamãe caminhou até a cozinha. Nos sentamos e no mesmo instante nos serviram. Jantamos enquanto conversávamos sobre a viagem, a festa e a competição de surf. Terminamos, mamãe se despediu e foi dormir.
- Eu também já vou dormir. Amanhã o dia vai ser longo. – disse me despedindo.
- Eu também já vou indo. – Ruggero disse. Karol o acompanhou até seu carro e depois ele foi. Me deitei em minha cama e dormi no mesmo instante.