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História M.i.a - I'll be your friend, be the best thing you've got now


Escrita por: nyymeria

Capítulo 1 - I'll be your friend, be the best thing you've got now


Nós dois.

Com onze anos, em meios a tecidos e novas descobertas. Ele tinha um mundo novo, o novo pra mim era ele. Meu pai queria que eu fizesse amizade por interesse, mal me fazendo sonhar em tudo que aquela apresentação arrogante iria levar.

Ele não me detestou de primeira, eu sei disso, eu fui fazendo isso gradualmente.

Tive ciúmes, porque aquele garoto é aquela garota que nem mesmo levavam um sobrenome de respeito tinham mais sorte em conquista-lo do que eu? E porque ele teve que cair justamente em uma casa tão oposta que a minha? Eu não entendia muito bem, mas sentia raiva e não pensei muito bem nos meus atos.

Nós dois declarando guerras cada vez que nos encontrávamos - E eu fazia questão de encontrar-lo. Eu fazia questão de rir dos seu cabelos, dos seus óculos e do seu jeito desengonçado. Mas me sentia pesado quando alguém gritava com ele e todo seu corpo miúdo se encolhia.

Mas eu não podia parar, eu não conseguia. Queria fazer parte do que ele tinha e precisar ser melhor. Melhor na vassoura, melhor nas aulas, ele precisava enxergar o quanto eu era incrível. Que eu era a única pessoa boa naquele mundo, o único que o merecia.

A certo ponto considerei que ele fosse mais míope do que seus óculos ajudavam. Ou apenas burro mesmo.

Ele continuava irritado comigo. Continuava me odiando, mesmo estando na cara que só queria estar perto.

Diminui minhas munições no quarto ano. Quando comecei a entender meu pai, as coisas em casa, toda a maldade que me rodeava. Ele estava em perigo constante, não podia demonstrar que estava tão preocupado então praticava meu bullying pra disfarçar. Eu nem mesmo gostava de Cedrico, mas o usei naquele bottom para atacar Harry.

Cada tarefa daquele maldito torneio era como ir e voltar de uma guerra. Tentei de várias formas descobrir o que tinha por detrás de tudo aquilo, mas quanto mais interessado eu ficava, mais meu pai me escondia as coisas. Precisei ter sua confiança primeiro.

Logo após isso, as coisas aconteceram rápido demais e eu me senti afogado em toda a informação. Precisei me segurar forte e tentar salvá-lo. Mas dessa vez eu não tinha um Elfo Doméstico pra servir de disfarce, como fiz no nosso segundo ano. Aquele perigo era ainda mais cruel, teria que ser feito por mim mesmo.

Nós dois baixando a guarda. Aos poucos. Fingi que não entendia de alguns feitiços só para ter a sua mão sobre a minha. Eu me envolvi com todos os amigos que reneguei e tive pavor de conhecer. Estávamos bem, finalmente eu tinha sua atenção, seus sorrisos, não precisava mais declarar guerras. Éramos eu e ele.

Nós dois nos beijamos na época de Natal, na sala vazia enquanto ele me explicava todas as fotos que estavam no espelho. Tinha um visco, uma história maluca sobre narguilés e seus lábios macios sobre os meus. Naquele momento não tinha mais volta.

Eu duelei contra meu próprio pai no final daquele ano, vi a única pessoa que Harry tinha como família desaparecer, vi o garoto que eu amo sem seus olhos doces sendo possuído pelo monstro que não se cansava de arrancar tudo da gente. Era necessário começar q tomar atitudes maiores.

Meu pai tentou me deter, me pressionou, destruiu minha cabeça em milhares de pedacinhos com todo o terror psicológico, eu cheguei a implorar que ele acabasse logo com tudo aquilo que acabasse comigo, eu nunca conseguiria escapar.

Foi daí que em uma noite de verão, enquanto estava queimando alguns pergaminhos de um trabalho sobre lobisomens que tive a ideia de me fingir de morto. Não seria difícil considerando as pessoas que andavam pela minha casa ultimamente, alguns deles farejavam embaixo da porta do meu quarto. Eu estava tudo menos em segurança.

Consegui sangue de dragão, destrui meu quarto, misturei com meu sangue em um dolorido corte no braço. Destrui todas as minhas roupas. Inclusive as que usava. Gritei com todos os meus pulmões como se estivesse sendo atacado, mas não deixei ninguém entrar. Fugi o mais rápido possível na minha vassoura, vestindo algumas peças de Harry que eu costumava roubar nos vestiários.

Meu endereço por um ano se localizou na Sala Precisa, corredor do sétimo andar em frente a Tapeçaria dos Trasgos Bailarinos. Foi engraçado andar pelo castelo com a capa de invisibilidade. Fizeram até mesmo um memorial que eu achei um tanto mórbido. Mas eu estava satisfeito, enquanto as coisas aconteciam eu estudava sobre tudo que Harry me contava, traçava planos caso precisássemos fugir.

Nós dois nos apaixonamos em meio a essa confusão. Se antes eu não conseguia ficar longe dele, naquela altura eu nem mesmo poderia respirar se ele também não estivesse.

Nós dois, sofremos com o desfecho daquele ano. O medo e perigo cada vez mais próximos.

Estraguei meu disfarce de garoto morto quando o vi deitado sobre Dumbledore, a confusão foi maior que o planejado, eu mesmo o coloquei em perigo.

Nós dois escapamos.

Nós dois fugimos.

Nós dois, Ron e Hermione fizemos o nosso melhor para descobrir como destruir Tom e poder ficarmos juntos novamente. Eu estava sendo caçado como um criminoso por traição e ter forjado minha própria morte.

Nós dois fomos para a guerra, e essa não tinha nada a ver com a que traçávamos todos os dias um com o outro. Perdemos pessoas, tivemos as mãos sujas de sangue, maioria das vezes o nosso. Eu trai minha família novamente quando não escolhi fugir com eles.

Eu estava em casa.

Reerguemos o castelo e nós mesmo dos escombros pós-guerra. Harry não era mais o mesmo, os pesadelos o acordavam toda noite, as luzes precisavam estar acesas. Ele ainda se culpava.

Mas seguimos.

De namorados para um casamento sólido.

Nós dois. E Teddy.

A ideia foi minha, não precisávamos de mais uma criança crescendo sozinha e triste. Harry estava melhor, ele era chefe dos Aurores como queria. Eu não achava necessário, algo me dizia que era doentio alguém ficar atras de perigo quando sempre teve uma vida prestes q acabar em qualquer pisada em falso.

Eu disse a ele não viajar naquela semana, queria levar Teddy para ver minha mãe e queríamos ele junto.

Naquela noite choveu e as coisas ficaram ainda mais confusas quando o sol apareceu de manhã. Eles disseram que meu marido havia desaparecido.

Desaparecido em missão. Nenhum corpo. Eles tentaram me fazer acreditar que ele não voltaria, mas eu sabia que não era isso. Harry era esperto demais para deixar algo desses acontecer. Eu não iria aceitar.

Nós dois. Eu lutei por nós dois.

E Harry me deixou sozinho.

▫️◾️▫️

 


Notas Finais


HELLO! Eu espero que tenham gostado dessa primeira apresentação. Ficou meio monótona eu sei, mas vai ficando melhor com o tempo.

Amo vocês, a gente se vê por aí!


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