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História Middle of the Night - Madara Uchiha x Oc - Capítulo 10


Escrita por: __Melanin__

Capítulo 11 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Middle of the Night - Madara Uchiha x Oc - Capítulo 10


Por ter quase virado a noite curando pessoas, só consegui me levantar um pouco antes do pôr-do-sol. Gastei muito chakra e energia, e assim que acordei a primeira coisa que eu fiz foi ir a cozinha procurar pelo bolo que fiz ontem.

Está quase na metade mas não dei tanta importância, parece que estou anos sem comer nada. Olho para o fogão e tem leite quente, coloco um pouco no copo e depois coloco na mesa junto com a bandeja do bolo, que por sinal está todo dividido, provavelmente meu otousan que o dividiu.

-Só tem rosto de princesa mesmo.- Nem tinha percebido meu niisan chegar.

-Ah... boa tarde. Quer algum pedaço? - Coloco a mão enfrenta na minha boca, já que estou com um pedaço de bolo foi difícil pronunciar.

-Se você quiser me dar... cruzes parece que ficou amarrada num toco de madeira.- E se sentou na minha frente.

-Vai querer ou não.- Disse depois que bebi um pouco do leite. Ele pegou um pedaço de bolo e começou a comer lentamente.- Nessa velocidade vai sobrar mais para mim.

-Educação?

-Estou morrendo de fome, e como não tem ninguém mais aqui além de mim e você, não acho que preciso ser educada agora.

-Coitado de quem se casar com você. Vai ter que ser rico pra bancar as despesas.

Dou de ombros e continuo a comer.

-A viagem é hoje né?

-Na verdade já era para mim estar na estrada a muito tempo. Mas eu precisava descansar.

-Vai partir que horas? 

-De madrugada. Vai me dar tempo para conferir minhas coisas e, sei lá, ajudar em algo.

-Vai sozinha?

-Vou sim.

-Quer que eu coloque alguém para te acompanhar? Não é duvidando da sua capacidade, mas vai que não é nada disso que estamos pensando. Ou eu poderia ir com você, tem um ninja de olho em mim o tempo inteiro, pode ser que ele seja útil de algo.

-Não, tudo bem. Me disseram que é confidencial. Mas qualquer coisa suspeita eu dou um jeito de sair de lá.

Conversamos mais um pouco sobre como as coisas tem ido. Eu quase nunca sei direito o que tem acontecido, o que é meio contraditório já que sou boa em econômia, política e em planejamentos. A situação financeira melhorou um pouco, alguns clãs tem recebido propostas de fora. O que por um lado é bom, mas pelo o outro é ruim, já que vários soldados vão sair. Os Senju ao que parece pediram uma trégua, não diretamente mas deu a entender que sim e, comentaram algo sobre construir uma cidade. Mas ninguém o levou a sério e rejeitaram a proposta de muito bom grado.

E as guerras entre os Uchiha e os Senju tem intesificado bastante esses últimos dias. Eles não tem entrado tanto em conflito com a gente, mas dá pra perceber que tem caçado os Senju. Alguns líderes tem discutido sobre nos unirmos a um deles, mas nenhum parece uma boa opção.

Assim que terminamos de comer fui conferir minhas coisas. Só faltavas as armas, mas vou pegar por último, okasan odeia armas dentro de casa, nunca deixa aqui dentro. Fiquei até tarde da noite terminando o livro, tem uma história muito boa, não tinha tanta expectativa sobre ele. Foi quando a ouvi a porta abrir e passos pesados. Só estava esperando chegarem para me despedir, mas agora posso ir.

Desço as escadas com a mala na mão e vejo meu pai abraçando minha mãe por trás e Ayoma sentado na porta tirando seus sapatos. Vou sentir falta deles.

-Já vai ir?- Ayoma me pergunta.

-Infelizmente sim.- Ele se levanta e me abraça.

-Boa viagem.- Depois que Ayoma disse isso me viro para meus pais. Okasan claramente está abalada.

-Sinto se os decepcionei de alguma forma. Nu voiam să rănesc pe nimeni, doar că încercam să o fac bine (Eu não queria machucar ninguém, só estava tentando fazer o certo).- Logo após minha okasan me abraçou, ela não chora, tenta demonstrar o mínimo de emoção possível, mas é visível que não está conseguindo entender.

-Se cuide, não quero te ver novamente em caixão.- A abraço ainda mais forte. Otousan apenas nos olha, parece que tem tanta coisa para falar, mas não vai falar quase nada. Me solto dela com pesar, querendo ou não uma hora eu vou ter que ir. Quanto mais eu ficar mais doloroso vai ser.

-Faço das palavras dela as minha.- Meu otousan disse, não consigo decifrar nenhuma emoção dele. Até que um momento ele vacilou e pude perceber sua tristeza.

-Pot să vă îmbrățișez tată? (Posso te abraçar pai?)- Pergunto e me surpreendi com sua resposta.

Ele não falou nada, apenas me puxou para um abraço. Os melhores abraços sempre são dele, e são os que menos recebo. Depois de um tempo ele que se afastou.

-Bom, uma hora eu tenho que ir né.- Droga, estou chorando, não era assim que planejei minha despedida. Tento dar um sorriso para disfarçar mas não funciona muito bem. Minha mãe já está debulhando em lágrimas.- Já estou com saudades de vocês.

-Eu vou te acompanhar até o portão Amberly.- Okasan disse. Odeio despedidas.

Antes de partir vou para os fundos. Pego algumas kunais, espadas e minha arma preferida, um machado. Depois seguimos nosso caminho. Ela me disse as mesmas coisas de sempre: matar qualquer um que tente algo comigo, tomar banho regularmente, não conversar com estranhos (embora já tenha quebrado essa regra), não ser mal educada com os superiores e etc.

-Bem, chegamos. Te falei tudo o que tinha a te falar.- A abraço de novo. O silêncio nos diz mais que as palavras. 

-Ja nee okasan.

-Ja nee.

Depois de alguns momentos nos encarando eu finalmente decido partir. Olhei para trás algumas vezes e ela ainda estava lá. Não é uma viagem longa, só algumas horas.

Talvez eu deva passar no rio, não sei. Depois de ontem eu não sei se insisto em fazer amizade ou desisto de uma vez. Tem mais contras do que prós nessa história toda, mas eu sinto que tenho uma conexão com ele. Não sei se isso é destino ou coisa da minha cabeça pelo fato de nunca ter me envolvido com alguém muito provavelmente inimigo e estar gostando da adrenalina. Odeio ficar em dúvidas, vou passar lá só pra confimar se é isso mesmo, talvez ele nem vá nunca mais, quem garante.

Alguns minutos depois chego no rio, e ele está aqui. Foi uma idéia idiota, nem sei o que falo para ele.

-Ohayo estranha.- Ele iniciou.

-Ohayo.- Não consigo levantar meu olhar.

-Eu vim agradecer por ontem.- Suas palavras saem duras, nenhuma novidade.

-Você disse sério, sobre querer se afastar de mim? 

-Eu não sei. Ninguém espera conhecer uma estranha no meio da noite.- Ele parece não se importar.- Mais alguma coisa?- Me pergunta e dessa vez o encaro e ele me encara de volta.

-Qual é seu hobby?- Não era isso que eu esperava dizer mas foi o que saiu. Escuto um barulho vindo de trás das árvores, me viro rapidamente para ver o que era, mas não tinha nada. Pode ser algum animal. Ele nem se incomodou em olhar, parecia acostumado.

-O quê?- Me pergunta e seu olhar está nas árvores, a procura do som também.

-Seu hobby, sua atividade favorita ou seu passatempo. Quando te contei sobre o livro dos pássaros você me parecia bastante interessado. Vamos lá, responde. Eu sei que um talvez não é um sim, mas vai que cola né... não sei nada de você além de sua idade.- Ele me olha curioso e entretido com a situação. Foi algo que não planejava ouvir.

-Falcoaria.

-Sabia que tinha algo haver.- Dou um sorriso para ele e uma leve comemoração. E ele sorri de volta, não tanto quanto eu, mas ainda sim dava para perceber. Quando ele percebeu que eu notei seu sorrisinho ele se endireitou e voltou a ficar neutro. Pode ter sido por alguns segundos, mas concerteza ele tem um sorriso lindo.- Bem, eu preciso ir. Tenho trabalho e não sei quando volto. Ja nee.- Ia começar a seguir meu caminho de onde parei.

-Algum dia eu vou te ver de novo?- Me perguntou.

-Quem sabe. O mundo é cruel e podre, não se sobrevive muito tempo nele.- Ele abaixou seu olhar, mesmo sem expressar reação nenhuma, e começou a mexer na terra com um graveto que tinha no chão.- Mas espero que sim. Quero muito te conhecer.- Dou um sorriso animado.- Ja nee 24.

-24?

-É a sua idade não é? E pela terceira e última vez: ja nee.- Dou um outro sorriso. Ele entendeu.

-Ja nee.- Deu aquele leve sorrisinho de novo.

Volto para a estaca zero e sigo meu caminho. Tento não correr para não chegar desarrumada mas também não ando devagar para não enrolar. Passei boa parte da viagem pensando no sorriso dele. Pode ser porque estou tentando ser positiva em relação a missão e tudo mais.

Durante o percurso sentia olhares sob mim, como estava fundindo chackra sei que eram Senju's, e sabia onde cada um estava, mas preferi ignorar. Não ia me apresentar o Daiymo com feridas de luta. Algumas horas depois eu chego ao palácio do Daiymo, tem samurais por todo o lado.

-Hey!- Disse um em voz alta enquanto outro está com uma katana na minha garganta. Não tenho o que temer, afinal basicamente fui convidada.- Aqui não é lugar para uma garotinha.-Ah fala sério. Essas escadas quase me mataram e agora isso?

-Eu meio que fui convidada. Tenho assuntos a tratar com o seu lorde.- Ele dá uma risada cínica.- Por favor, avisem a ele que Amberly Johanssen veio aqui a negócios.- Seus olhos arregalaram no momento que ouviu meu nome. Eu não gosto muito de intimidar, mas em alguns casos é preciso.- Eu posso esperar aqui fora, não tenho problema nenhum com isso.- Dou um sorrriso. Eles olham entre si e para os outros que estão atrás fazendo alguns sinais com a cabeça.- Ok, vou sentar ali.

Sua casa tem vista para um lago enorme. Suas águas são tão claras e limpas que refletem o céu estrelando. Mesmo com a blusa de frio me encolho ainda mais por conta do vento gelado.

-O inverno está chegando, Jon Snow.- Sussuro para mim mesma e dou leve uma risada, mesmo sabendo que isso não tem graça nenhuma. Começei a ler Crônicas de Gelo e Fogo e concerteza está entre meus favoritos, só perde para o Senhor dos Anéis.

-Hey, você!- Me viro para trás. Não é nenhum dos dois soldados que me barraram. O uniforme é diferente, deve ser de um patamar mais alto.- Permitiram sua entrada. Desculpe qualquer transtorno.- Suas desculpas soaram com nojo. A maioria dos samurais pensam que só porque trabalham mais perto dos lordes que são superiores a nós, mas somos todos farinha do mesmo saco, não é mesmo?

-Tudo bem.- Ele pega minha mala.

-Vou levar para você Amberly-san. Por favor me acompanhe.- Me levanto e o sigo.

Quando entramos por dentro dos muros foi quando realmente percebi o quão grande é o palácio. Decorada estilo minimalista, nem em meus sonhos eu imaginaria uma casa tão linda assim.

-Entre a próxima direta. Vou levar suas coisas para os seus aposentos.- Quando me viro para olhar ele se foi.

Fico aqui por mais um tempinho, admirando a beleza desse lugar.

-É realmente um lugar encantador.- Dou um leve pulinho, Daiymo Tatsuo está na minha frente, usando um kimono preto.

-Me desculpas meu Daiymo.- Ia fazer alguma reverência ou me ajoelhar. Meu pai nunca me levou para conhecer um Daiymo, não dentro da casa dele. Então não sei direito como me portar.

-Oh, não criança por favor. Sem formalidades.- Disse segurando meus braços gentilmente. Me levanto e olho para seu rosto. Apesar de ser idoso não aparenta tanto, cabelos curtos e bigodes brancos.- Vamos, irei mostrar minha casa.

Eu esperava uma pessoa arrogante de ego grande, a maiora é assim. Mas ele foi diferente, não me tratou como um monstro e não me diminuiu. Por alguns segundos eu me permiti imaginar morando aqui. Subimos as escadas e o andar de cima é um pouco mais tradicional. Andamos mais um pouco até que paramos em frente a uma porta.

-Chegamos em seus aposentos. Fique a vontade hoje. Amanhã vamos discutir nosso acordo. Susumo lhe explicou tudo?

-Sim. Ou pelo menos acho que sim.

-Não irei mais incomodar. Bons sonhos senhorita.

-Arigato, boa noite.- Assim que ele se retirou entro para o quarto, ou melhor, aposentos. É bastante tradicional, mas não deixa de ser bonito. A temperatura daqui não está fria, pelo ao contrário, está bem quente até.

Me deito na cama e levou um tempo até pegar no sono.




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