1. Spirit Fanfics >
  2. Midnight - Markson >
  3. 40

História Midnight - Markson - 40


Escrita por: AP_Moura

Notas do Autor


Hey Babies, falta uma semana para as minhas ferias acabarem, e agora Deus?

Capítulo 41 - 40


  Assim como qualquer pessoa, Mark estava nervoso por causa da visita da sogra. Afinal nem sabia que oficialmente tinha uma sogra. Desde que Jackson havia o perguntado com tanta insegurança sobre aquilo que ele pensava se deveria ter feito um pedido a ele. Flores, talvez uma aliança, mas não sabia se Jackson gostava de flores, talvez colocasse o anel em cima de uma pizza, mas eles poderiam morde-lo sem querer, Mark queria um pedido de namoro, não uma visita ao dentista. Sentado no sofá da sua casa, sozinho, ele listava num caderno ideias de como poderia fazer um pedido descente, com direito ao sorriso mais lindo que Jackson poderia dar. Ao seu lado, um monte de revistas se empilhava. Assim que chegou em casa naquele dia, após a escola, ele buscou no banheiro da mãe todas as revistas que ela tinha, até que folheando-as procurando algo sobre pedidos de namoro, ele percebeu que ele procurava um namoro não um casamento, todas as capas vinham ilustradas com noivas em vestidos longos, eles não iam casar, estavam só marcando um compromisso um com o outro. Então as descartou no sofá e continuou a tentar forçar sua mente. Nunca havia pedido alguém em namoro, devia ser simples? Talvez só chegar nele e perguntar numa noite em que estivessem sozinhos, declarar suas expectativas e sentimentos. Não, aquilo não parecia ser suficiente, ele riscou a palavra "simples" do caderno. Mais três frases seguiam a lista, a primeira; pedi-lo após o trabalho, quando chegassem em casa, ele prepararia o apartamento inteiro, com flores de cerejeira por todo o apartamento, segundo; no parque, terceiro; chegaria do nada na sua casa, com uma caixa de pizza, e dentro uma caixa com as alianças, então quando ele abrisse Mark fingiria que não sabia de onde aquilo tinha vindo. Nenhuma parecia boa. Ele arrancou a folha e a amassou entre os dedos, nada parecia suficiente, Jackson era especial, seu namorado de verdade, o que não o fazia sofrer, oque beijava-o se estava triste e cuidava quando estava doente. Jackson era perfeito demais, era impossível. Mark contava sempre antes de dormir os problemas que enfrentava, a infidelidade de JaeBum a YoungJae, a insegurança de BamBam com Yugyeom, a doença e o controle obsessivo de Jinyoung. E sobre si mesmo, ele contava a fraqueza, falta de confiança em si mesmo, a fragilidade do coração, sim, isso era um problema, se apegar a todos muito fácil, chorar por se decepcionar sempre. Já Jackson havia lhe confidenciado no parque que esperava ser trocado sempre, mas isso não era realmente um problema, porque ele queria ver as pessoas felizes, então ele as fazia feliz e quando queriam ir ele simplesmente as deixava ir. Ele era livre, como todos os outros deveriam ser. Enquanto Mark bufava olhando para o papel, sem ideias, a porta da entrada se abriu, ele virou para ver e sua mãe passou pela entrada do Hall. Ela sorriu para ele, a bolsa pendurada no braço, usava saia preta e uma camisa social branca, saltos, o cabelo curto.  Mark retribuiu o sorriso e deu duas batidinhas no assento ao seu lado.
  -Preciso da sua ajuda. -disse Mark. Ela o olhou desconfiada, Mark nunca pedia ajuda em nada. Ela deixou a bolsa sobre a mesinha de centro e se sentou ao lado dele, logo notando as revistas e franziu a testa. 

  -O que faz com as minhas revistas? -perguntou verificando-as, como se procurasse o lugar em que Mark havia recortado ou rasgado alguma página, da mesma forma que fazia quando ele era criança. 

  -Estava procurando ajuda para uma coisa, mas não me ajudou em nada. -disse ainda encarando o caderninho sobre o braço do sofá, vazio como as ideias de Mark. -A senhora já pediu alguém em namoro? -perguntou casualmente. 

  -Ah, então o assunto é namoro. -ela se endireitou no sofá, estava mais interessada agora. -Quem você vai pedir em namoro? O loirinho? 

  Mark riu, "loirinho" era sinônimo de Jackson para sua mãe, a qual ele já havia visto de passagem, mas não conhecido. Ele assentiu para a pergunta dela, apesar de estarem namorando automaticamente, não deixaria algo como um pedido de fora. Dorine pegou o caderno das mãos dele, mas se mostrou decepcionada ao ver só páginas em branco. 

  -Então a ajuda é como pedir. -ela perguntou devolvendo-o o caderno, apoiando a mão sob o queixo enquanto pensava. -Pode ser no meio de um passeio, eu empresto o carro. 

  -Já pensei isso, mas... não acho suficiente. -ele deslizou pelo estofado do sofá. 

  -Já sei. -disse dando um saltinho sobre o sofá e o assustando. -Você...

 

***

 O calor naquela tarde só podia indicar uma coisa, e quando Jackson levantou o rosto para verificar o céu, confirmou que logo aquela grande nuvem cinza se desfaria em água sobre a cidade. Ele apertou o passo para voltar para casa antes que a chuva o pegasse, apesar da livraria ser perto de casa, não era como se fosse colada ao prédio, então ele tinha que andar alguns -talvez muitos - metros até o seu prédio. Correu quando ouviu o primeiro trovão ribombar, algumas pessoas se escondiam antes mesmo da chuva começar a cair, deviam morar longe demais, pensou Jackson, se também morasse longe dali perderia as esperanças de chegar seco em casa. 

  Com o pé já na soleira da porta para a recepção do prédio, a chuva começou a cair, havia tido muita sorte naquela tarde por sair mais cedo. Sunee tinha um compromisso e a livraria não estava tão movimentada, então concordaram em fecha-la mais cedo e irem para casa. Desde que Mark o visitara à dois dias atrás, que Sunee agia diferente com ele, usualmente ela chegava cedo, abria a livraria pela metade e deixava o resto com Jackson, quando já estava tudo no seu devido lugar, ele ia para o balcão, e ela sempre ia lá conversar, dizia as vezes como sentia saudade de casa, e que só estava ali porque tentaria entrar para uma das empresas de música, queria ser trainee. Conversavam horas se nenhum cliente aparecesse, oque era de uma até as duas e meia, depois disso muita gente aparecia, pessoas que não tinham tempo pela manhã, outras as vezes apenas apareciam para flertar com ele ou Sunee. Inclusive ela flertava com ele mas, Jackson via isso como uma brincadeira, já que seu coração estava completamente comprometido a Mark, como sempre acontecia, ele estava focado nele e era só ele, em algum momento ele iria ter que deixa-lo ir também, sabia que isso podia acontecer. Agora Sunee parecia mais oferecida do que nunca, havia o imprensado na parede do estoque de livros naquela tarde, uma salinha pequena e escondida por uma porta do mesmo tom da parede. Ela parecia ter ficado mais interessada ainda após descobrir que Jackson estava num relacionamento. Quando ele foi deixar uma caixa nova do livro A Garota No Trem na sala, ela havia entrado e fechado a porta no maior silêncio, então ele se virou para sair e deu de cara com ela logo atrás dele, com a metade dos botões da camisa abertos, sabia que em algum momento ela faria algo daquilo, aquela era a sala dela, ele já havia visto ela trazendo uma garota para aquela sala e também entendia oque havia acontecido ali dentro, quando a garota saiu sorridente e com o batom borrado no canto. Ele tentou se afastar e quase tropeçou numa caixa mas encostou as costas na parede e ela tentou se aproveitar naquele momento, se encostou nele, pressionando seus quadris nos dele, tentando o convencer de que aquilo não seria nada demais, ele a afastou com gentileza mesmo ela tentando o puxar de volta para si, e saiu o mais rápido que pode da sala, pulando caixas e quase correndo. 

  Jackson girou a chave e ouviu as patas deslizantes de Vincent virem andando até a porta para o receber, assim que entrou, o cachorro se deitou nos seus pé e girou mostrando a barriga para que fizesse carinho. Ele se abaixou e fez, claro, Vincent atualmente era sua companhia vinte quatro horas, devia isso a ele. Automaticamente ele olhou para a varanda procurando Mark, mesmo tendo recebido uma mensagem dele que não iria para o apartamento naquela tarde, tinha que ir fazer compras com a mãe. Jackson se levantou e Vincent, com seu andar torto, voltou para o quarto de onde quase nunca saía. Ele jogou a mochila no sofá, e foi até a porta de correr envidraçada que levava a varanda, a cadeira de Mark estava lá, e uma xícara na mesinha ao lado dela, ele devia ter deixado lá quando foi embora. A chuva deixava a cidade cinza, iria ser um temporal demorado, relâmpagos já iluminavam o céu vez ou outra e os trovões faziam Jackson imaginar anjos em motos angelicais e barulhentas. Ele tirou a camisa e também a deixou no sofá, indo para o banheiro. 

  Seu banho não durou tanto tempo, ele não pode apreciar a água quente tanto quanto queria, a campainha tocou e ele teve que se enxugar e vestir qualquer coisa, inclusive uma camisa dos Simpsons ao contrário. Ele correu para a porta e Vincent já estava lá, cheirando a abertura debaixo da porta, Jackson abriu a porta e encarou um grupo esquisito. BamBam, Yugyeom, Mark e... a mãe de Mark. 

  -Oi... -disse BamBam acenando, todos estavam um pouco molhados, com os casacos nas cabeças, menos Mark que havia dado o casaco para a mãe. 

  -Oi. -respondeu se afastando para que entrassem. Enquanto os outros entravam, Mark parou ao lado dele fechando a porta. 

  -Sua camisa está ao contrário. -avisou apontando para a gola. -Tivemos que vir para cá por conta da chuva, não conseguimos ver o caminho. 

  -Tudo bem. -sorriu, Vincent já cobrava o carinho de Mark, esse se abaixou para o cumprimentar e Jackson foi em direção a sala, que era casada à entrada. BamBam, Yugyeom e a mãe de Mark, estavam sentados no sofá. Ela se levantou com um sorriso e segurou seu rosto entre as mãos, o apertando. 

  -Você é mais bonito de perto. -ela sorriu e deu dois tapinhas leves na sua bochecha. -Licença. -ela entrou pelo corredor sem dizer mais nada. 

  Jackson ficou um tempo parado no mesmo canto, tentando processar a cena, olhou para os dois no sofá e BamBam segurava o riso. Mark se sentou sorridente no espaço vazio ao lado de BamBam, com as mãos apertadas uma na outra e um ar de satisfação. 

  -Ela vai tentar competir um pouquinho com a sua mãe, é natural dela, mas... você se acostuma. -ele riu. 

  -Se não fosse ela que tivesse feito isso, ele estaria dizendo que é bonito até de longe. -disse BamBam e Mark concordou rindo. 

  -Não estaria não. -retrucou Jackson cruzando os braços, Mark levantou e o levou pelo cotovelo até o quarto, com BamBam fingindo um suspiro irritado e murmurando "é sempre assim". -Markie, o que está fazendo? 

  -Te trazendo para você colocar essa camisa direito. -Jackson o conhecia bem, então ele fechou a porta e o beijou, entendia que ele não queria fazer aquilo na frente dos outros como BamBam e Yugyeom normalmente faziam, como no intervalo para almoço na escola, e também tinha que virar a camisa para o lado certo. Eles se afastaram e Mark sorriu, parecia que essa era a sua expressão do dia. -Vista direito isso, talvez eu passe a noite aqui. -ele piscou e saiu do quarto.


Notas Finais


Adoro os comentários de vocês <#


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...