( Leia as notas, se não os seus olhos vão cair )
Acordei no meio da noite, eu ainda estou no sofá, e só de ver o meu reflexo na tela da Tv eu vi que o meu cabelo está parecendo um ninho de esquilo! Acho melhor eu ir para a cama, já até estou com dor nas costas por causa desse sofá.
Pois bem, eu me levantei com cautela e preguiça do sofá. Fui em passos curtos até a cozinha e coloquei um copo no filtro para encher de água e eu beber, fiquei observando a água caindo no copo com cuidado, e logo após retirei o copo do filtro e o levei até os meus lábios, saboreei a água em minha boca e comecei a andar em direção á copa, lá eu me sentei na cadeira da mesa que fica de costas para o espelho da parede, que não é tão grande, mas não pequeno.
De uma hora pra outra o frio se instalou em toda a copa e eu senti fumaça branca sair de leve pela minha boca quando eu respirei. Eu começo a pensar no pior, mesmo não querendo.
Logo uma voz macabra surge no pé do meu ouvido, e eu apenas a escutei com o medo passando por minhas veias.
"Marrie tinha um carneirinho,
um carneirinho, carneirinho
Seu pelo é tão branquinho
E macio
Oh Marrie, que lindo carneirinho
Carneirinho branco, carneirinho branco
Marrie tinha um carneirinho branco...
Você canta essa música como se tudo fosse passar!
Você tem que parar Beatrice.
Essa musiquinha é pra bebezinhos,
Seja mais corajosa!
Ah, me esqueci, você nunca será corajosa,
Porque nunca ninguém te ensinou, não é mesmo?
Beatrice, você é igual a Merrie, uma garotinha indefesa
Ingênua, que não sabe de nada! BEATRICE SUA TOLA.
E assim como Merrie, você não tem amigos, nunca terá.
Sempre irão te abandonar, igual aos teus pais!
Você nunca será o bastante para eles, nunca será o bastante para a sua família.
Eu me estrecei e me levantei da cadeira em um estalo, a voz parou, e eu fiquei em pé na mesma localização de antes. Após alguns minutos a voz voltou.
Beatrice, querida, vou te contar a história de Merrie..
A voz se pronunciou e parou, por uns estantes, e logo voltou ainda mais medonha.
Marrie tinha um carneirinho
Seu pelo era branco como a neve
E em todo lugar que Marrie ia
O carneirinho ia também.
Um dia ela levou o carneirinho á escola
As crianças riram dela, vaiaram Marrie.
As crianças pegaram o seu carneirinho
E Marrie se enfureceu e chorou.
Marrie tinha um carneirinho
E agora, seu pelo é vermelho de sangue
Marrie levou o carneirinho para casa
Marrie fez um caixãozinho de vidros e espelhos para o seu carneirinho
E ela jurou matar bem todas as crianças!
Marrie via seu carneirinho morto por todas as partes
Ele lhe ensinou a matar
A odiar
A se vingar.
Marrie tinha um carneirinho
Que se tornou assustador
A vingança de Marrie se realizou
Crianças esquartejadas e ensanguentadas
E Marrie não chorou.
Agora,
Eu te desafio a olhar no espelho
E sussurrar...
"Marrie tinha um carneirinho''
A voz se calou, e o medo se fez presente. Eu não vou olhar naquele espelho, não vou, não, não.. Eu vou...
Eu me virei de frente ao espelho lentamente com receio de ver o que não quero, e apenas vi o meu reflexo. Observei-o e sussurrei com medo:
_Marrie..tinha um..carneirinho
Logo o meu reflexo começou a ficar borrado, e minhas roupas do reflexo pareciam se rasgar, minha pele começou a ficar toda ensanguentada, meu cabelo apareceu todo bagunçado e com nós, sangue preto começou a sair da minha boca, e o meu reflexo ria e ria, e seu olhar é horrivel! O sangue está jorrando, e o meu reflexo no espelho está todo cortado e machucado! Oh Deus, que isso?... Eu apenas observo tudo com sofrimento e horror no olhar. Depois eu pude ver que em uma das mãos ensanguentadas do meu reflexo havia uma estaca preta e enferrujada, nela tinha um simbolo prateado pequeno, é uma faca atravessando uma rosa.
Meus olhos começaram a marejar, e logo o meu reflexo sorriu com sangue entre os dentes, e enfiou a estaca em seu peito sem dó, e começou a rir com sarcasmo! Eu gritei e em seguida o corpo do reflexo se explodiu, e só restou sangue e sangue! o espelho se trincou e cacos caíram em mim. Uma figura preta, igual aquela do dia em que perdi Maurice, apareceu no espelho, eu coloquei as mãos no meu rosto e gritei, dei um passo atrás e sem querer caí.
Me recusei a olhar aquele espelho por alguns estantes, mas logo o olhei, e a criatura, ou meu reflexo medonho e nem o sangue estavam mais lá! Tudo sumiu, isso é bom? deveria ser...
Eu me acalmei e me levantei logo após.. Olhei pros lados e fui pro andar de cima em passos rápidos, passei pelo corredor e dei uma olhada no armário, ele parece normal.. então fui pro meu banheiro e comecei a limpar os três cortes em meus braços, causados pelos cacos de vidro.
Assim que terminei, eu enxuguei meus braços e passei uma pomada da caixinha de primeiros socorros.
Eu tentei esquecer tudo, se isso for possível é claro... Mas acabei dormindo de qualquer jeito em minha cama.
No outro dia, de manhã...
Acordei com os meus cortes ardendo um pouco, fiz uma cara de dor e me levantei para ir á faculdade. Passei por toda a minha rotina e fui á faculdade.
Quando chego encontro o Nash sentando em uma das muretas baixas que ali havia.
_Bom dia Nash
_Boom dia -ele falou animado -está tudo bem? você parece desanimada?
_Ah, não, eu estou bem.. É que ontem eu tive um pequeno acidente com o espelho lá da minha copa
_Entendi..Você o quebrou?
_È, mais ou menos
_HÁ, 7 anos de azar!! -ele falou alto e rindo
_Seu besta, já sou azarenta
_Não é azar ter eu por perto -o mesmo falou irônico com cara de convencido e eu ri
_É, realmente é muita sorte, né?
_Aham -falou e riu
_Vamos para dentro?
_Claro
E assim fizemos, nos digerimos para a parte de dentro, fomos até os nossos armários. Peguei umas coisas no meu e ele fez algo parecido no seu. Logo em seguida ele se aproximou, eu pude sentir seu perfume suave e sorri de lado.
_Seu sorriso é contagiante -o maior disse
_É mesmo é?
_Claro, queria ver ele toda hora, só para aprecia-lo e sorrir bobo
Eu corei no mesmo instante, e o mesmo começou a passar a mão em meus cabelos, e assim sorrimos juntos.
Logo eu ouço um cacarejo de tosse, eu paro de olhar Nash e olho pro lado. É o Harry. Eu o olhei sem reação e o mesmo parece até bravo.
_Quem é seu amiguinho? -o de olhos verdes pronunciou e Nash fez uma cara de nojinho
_Ah, ele é o.. -comecei a falar e o Nash me interrompeu
_Sou Nash, e você?
_Nash? -Harry peculiou e riu -Sou Harry
_Ah, bom, já que se conheceram, eu vou indo hehe -eu falei
_Não, não. Quero conversar contigo -falou o maior
_Cara, não enche, ela estava falando comigo antes -Nash falou olhando Harry
_Você disse certo, ESTAVA -Harry disse e pegou minha mão me levando pra outro canto
_Qual é daquele mané??
_Harry! ele não é um mané!
_É sim.
_Ele é meu amigo, e você gostando ou não, vai respeita-lo
_Que droga
Fiz uma cara brava para ele, e o mesmo também fez. Mas depois de uns minutos, ele me olhou com vergonha, e logo sua voz rouca se pronunciou
_Desculpa, Bea -falou e eu sorri, e assim abracei o mesmo.
Após uns minutos conversando com o Harry eu fui pra aula...
Zayn On*
Hoje eu acordei de mal humor. Eu deveria ter acordado bem, afinal eu dei um belo de um susto na Beatrice ontem a noite. Quem diria que ela iria mesmo olhar para aquele espelho não é?
Eu saio de casa antes de Harry e Louis para ir a faculdade. Hoje o dia vai ser uma merda mesmo!
Peguei o caminho mais longe para chegar lá. Até que me esbarro em alguém.
_Que droga, olha pra onde anda, idiota! -eu disse
_Desculpe, eu não te vi
Então eu olhei para frente, e adivinha, é o Niall.
_Ora ora, o anjinho fracote
_Cala-se, Zayn!
Eu ri e comecei a andar em volta dele, e o mesmo apenas me seguia com seus olhos azuis.
_Afinal, que diabos um anjo faz? deve ser tão chato ser como você
_E deve ser tão nojento ser como você! -o loiro falou e tentou pegar o seu caminho á faculdade
_Ei ei, espera aí lorinha -disse pegando com força em seu braço
_Não é muita petulancia seu tentar me enfrentar de dia? Demônios são tão inúteis á luz do sol
_De dia ou de noite, você morre de medo de mim
_Vá pro inferno, Zayn!
_Querido, se eu quiser eu vou quando eu quiser -o mesmo me olhou com bravesa
_Me solta
_Me obrigue!
E assim o menor se debateu tentando se soltar. Eu comecei a rir com ironia. Então eu o joguei contra uma árvore próxima. E quando eu o olho novamente, o mesmo está com os olhos iluminados, me olhando atentamente. Ele vem até mim em rapidez, atinge três socos em meu estômago, eu tento defender-me, mas ele foi mais rápido, em seguida eu me ajoelho no chão e ele coloca a palma de sua mão aberta em minha frente, e logo uma luz forte começa a surgir dali, eu me espanto. E assim a luz sai como um raio e acerta meu peito. Se eu sentisse dor, com certeza teria doído...
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