História Midnight Memories - Primos?

Acabei dormindo no táxi. Acordei com uma freada brusca que quase fez eu enterrar minha cabeça no poste. O taxista, apesar de não ter pedido desculpas, olhou pra mim para conferir se estava tudo bem, imagino eu. Sorri pra ele e ele virou pra frente. Percebi que estávamos próximos à casa do Brian quando vi uma placa dizendo que faltavam apenas dois quilômetros até a cidade. Olhei no relógio e apenas uma hora de viagem.

- Alyssa! Que bom que chegou! – Disse a Rebecca, esposa do Brian. Apenas sorri. – Bom, Brian e Ashton saíram. Eles costumam jogar beisebol nas férias. Bom, pode entrar.

- Obrigada. – Virei e vi que o taxista me olhava esperando o dinheiro da corrida e que havia tirado minhas malas do táxi. – An, Rebecca, o Brian disse que eu não iria precisar pagar a corrida, então não trouxe um dinheiro...

- Tudo bem. Eu pago.

A casa deles era linda. Nunca tinha vindo aqui antes. Tudo completamente arrumado. No primeiro andar, encontravam-se a mesa de jantar à esquerda e uma sala de estar sem tv na sala. Quem vive sem televisão? E mais ao fundo havia a cozinha. Rebecca disse que eu podia subir, então subi. No andar de cima haviam quatro quartos. Rebecca disse que meu quarto era o ao lado do dela. Segunda porta a esquerda. Entrei e percebi que tinha até frigobar! Coloquei minha bolsa em cima da cama e sai. Em frente era o quarto do Ashton. Pensei em entrar quando escutei alguém me chamar no andar debaixo.

- Sim? – Falei.

- Aly, - ela fez um sinal com a cabeça perguntando se podia me chamar assim e sorri de volta – estas são Lindsay e Claire, elas trabalham na casa. E temos a Mariah que é nossa cozinheira.

- Ah, sim. Oi meninas. – Sorri. Elas pareciam ser bem novas. Uns dezoito anos cada.

- Bom dia, família! – Entrou Brian na casa. – Aly! Já chegou. Conheceu a casa? As meninas? Tudo?

- Sim, Brian. Valeu por me hospedar.

- Que isso. Somos irmãos! Ashton está lá fora.

Fui pro quintal da casa. Era tudo muito lindo. Encontrei Ashton guardando algumas coisas numa caixa perto da garagem. Fiquei olhando ele de longe. Ele não parecia ser um riquinho mimado. Era um riquinho educado e muito bonito. Tomei um susto com o toque do meu celular, e Ashton percebeu que eu estava ali. Atendi ao telefonema.

- Oi mãe. – Silêncio. – Já cheguei já. Está tudo bem, a casa é linda e superconfortável. – Silêncio. – Estou deitada agora, mãe. Quero dormir um pouco. Beijos, te amo. – Desliguei o telefone.

- Na cama? Dormindo? – Ashton falou. Percebi que ele havia se aproximado.

- É só pra ela não ligar toda hora.

- Está a quanto tempo ai, me vendo?

- Te vendo? Não, eu estava observando o jardim.

- Conta outra.

Sorri e olhei nos olhos dele. Prendi a respiração quando percebi que ele ia me beijar. Nossas bocas estavam a dois centímetros de distância quando tomamos um susto ao ouvir Brian nos chamando. Eu me afastei e fui em direção a casa. Ashton continuou me olhando e depois pude ouvir os passos dele atrás de mim.

O resto do dia foi normal. Guardei minhas roupas no armário do quarto. Fui tomar um banho e me deitar um pouco afinal estava realmente cansada. Fiquei surpresa de não ter banheira no banheiro já que a casa toda era chique. Achei que banheiras fossem chiques. Tirei minha roupa e entrei no chuveiro. Deixei que a água quente caísse no meu cabelo e relaxei.

Coloquei meus fones e me deitei na cama. Recentemente, havia baixado algumas das músicas da One Direction. Achei algumas realmente muito lindas e outras mais lindas ainda. A voz do Harry é realmente encantadora, claro que dos outros também não, mas não pude deixar de notar a voz dele... Estava prestes a dormir quando recebi uma mensagem.

“Tô na frente da sua casa. Vamos sair? Niall”

“Não posso. Não estou em casa. Estou na casa do Ashton.”

“O que você está fazendo ai? Ficou com saudades do beijo dele? Hahahaha”

“Cómedia você colega. Mas como você sabe disso?”

“Adivinha? Megan conta pro Harry, Harry conta pro Niall...”

“Eu não acredito!”

“Bom, então vou voltar pra minha solidão...Fui. xx”

Ainda não acreditava que Megan tinha feito isso. Será que vai ser sempre assim? Sempre que eu contar algo pra ela, ela vai passar a frente? Eu estava realmente constrangida por Niall saber disso. Não queria que ninguém soubesse. Somente ela! Decidi que resolveria isso depois com ela. Tentei voltar ao meu sono, mas novamente algo me atrapalhou.

- Tá dormindo? – Ashton e suas perguntas.

- Não mais. Entra e fecha a porta.

- Não é preciso. A janta vai sair agora. Só vim te chamar.

- Ok. – Falei me levantando. – Ah, precisamos conversar.

- Claro. – Ele sorriu e foi embora.

Coloquei um short jeans claro e uma blusa com o desenho do Mickey na frente. Não costumo usar chinelos em casa, mas não sei como eles são aqui, então coloquei do mesmo jeito. Deixei uma mensagem pra minha mãe avisando que eu tinha acordado e que estava indo jantar e desci. Notei uma coisa, havia duas garotinhas gêmeas sentadas a mesa também. Elas eram muito fofas. Não usavam a mesma roupa, mas o corte do cabelo era igualzinho. Eram morenas com um corte em Chanel e franja. Quando elas olharam pra mim, percebi que os olhos eram tão inocentes que desejei filhas tão fofas quanto. Lavei minhas mãos e me sentei também. Rebecca não estava na mesa.

- Quem são elas? – Perguntei.

- Sue e Zoey. São nossas vizinhas, elas queriam conhecer você. –Elas sorriram. Percebi que tinham covinhas também. Uma mais acentuada que a outra.  

- Ah ta. E cadê a Rebecca?

- Ela não janta comida americana. Rebecca não é daqui. Ela é indiana.

- Sério!? Nossa. Achei ela diferente, mas nunca ia suspeitar que ela fosse de tão longe. – Falei abismada.

- E não precisa usar chinelos. Já percebi que em casa você não usa. E fica a vontade. Não precisa agir com tanta classe assim. – Brian falou.

- Brian, - pausa dramática – EU TE AMO! – Quase pulei em cima dele agradecendo. Eu realmente não sabia agir com classe. – Mas me conta como você conheceu a Rebecca.

Brian falou sobre uma viagem que ele fez a Índia para conhecer a cultura hindu. Disse que foi numa loja de estátuas mitológicas hindus que conheceu Rebecca e que como a Índia está mudando, poderia se casar com ela se ela quisesse, sem o consentimento dos pais. E foi o que fizeram. E que um ano depois tiveram o Ashton.

Brian disse que a Rebecca não jantava comida americana, mas não disse aonde ela foi. Ela não estava em casa. Depois da janta, resolvi ficar na varanda. O ar era puro e tranquilo. Não havia muita gente com quem conversar e nem muita gente pra passar e me ver ali sentada. Sue e Zoey voltariam no dia seguinte para me conhecer melhor. Qual a razão de duas crianças quererem me conhecer? Seriam elas filhas do Ashton com alguma garota qualquer e ele queria que elas me aprovassem para um dia poder me casar com ele? Tomara que não. Notei que alguém tinha sentado ao meu lado. Parecia que Ashton estava me perseguindo pela casa. Sério.

- Tô começando a me incomodar. – Falei.

- Com o que?

- Com você. Sei lá parece que você me segue pela casa e arranja motivos pra ficar perto de mim.

- Desculpa. Não é minha intenção. Sério.

- Tá. E precisamos conversar. – Ele sinalizou com os olhos para eu continuar. – Ok. Por que você me beijou?

- Por que eu quis.

- Isso não é resposta. Por que você disse que gosta de mim, por que você me beijou?

- Eu te beijei por que eu gosto de você, Alyssa.

- Se você gosta de mim, por que ficou com uma garota na festa da Megan? Por que se esqueceu de mim e quase me fez ir andando pra casa?

- Isso foi vacilo meu, mas eu nunca disse que fiquei com aquela garota. Eu apenas sai daquela festa que não tinha nada a ver comigo. Eu ia voltar pra te buscar, mas minha mãe pediu pra eu voltar pra casa e dormir ao lado dela. Meu pai estava ocupado no dia e ela não dorme sozinha. – Fiquei em silêncio. – Mais alguma pergunta?

- Desde quando você gosta de mim? – Abaixei a cabeça e olhei pro outro lado da varanda.

- Não tem muito tempo. Acho que percebi que gosto de você um mês antes do luau. Você me correspondia por mensagens. Não sei por que você está assim agora.

- Te correspondia por mensagens?

- Sim, várias mensagens suas. Olha. – Ele me mostrou as mensagens e eu cai na gargalhada. – Que foi?

- Esse número tá errado. – Falei entre gargalhadas. – Não é 8672 é 8673. – Tentei respirar.

- Tudo está explicado. – Ele riu e abaixou a cabeça. – Pelo menos tomei coragem pra te beijar. – Ele olhou pra mim e se aproximou. Tocou meu rosto e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

- Ash... – Ele não deixou eu completar a frase. Ele me roubou um beijo. Não sabia o que fazer, então continuei beijando. Ele não era mal nisso. Beijava muito bem. Coloquei meu braço no ombro dele e o puxei para mais perto. Eu não queria parar, mas era preciso. Tinha que respirar.

- Por que você corresponde aos meus beijos, mas não me corresponde? – Ele se afastou, levantou e foi embora, me deixando ali, afobada e pensativa. Meu coração acelerava a cada duas batidas.

Era sábado. Fui dormir depois de tentar encontrar uma resposta pra pergunta do Ashton e eu encontrei. Surpreendentemente, acordei cedo. Então desci e encontrei Rebecca na cozinha tomando chá. Ela era, às vezes, muito esquisita. Ela é uma pessoa muito doce, mas as vezes parece que observa cada movimento seu. Estava com um short de pijama que costumava usar em casa. E ela pareceu me julgar com os olhos.

- Bom dia. – Sorri.

- Bom dia, querida. –Ela sorriu, se levantou e foi embora.

Ignorei o fato dela me deixar sozinha numa cozinha que eu não conheço e me perguntei onde estava Mariah, a cozinheira. Queria um pão quentinho e café bem forte agora. Sentei no mesmo banco que Rebecca estava sentada antes e me joguei na bancada pronta pra dormir assim mesmo, mas alguém chegou. 

- Mariah? – Perguntei sem levantar a cabeça.

- Brian. – Falou uma voz masculina grossa que reconheci ser do meu irmãozinho.

- Ah, irmão, me faz um café?

- Não tô nem um pouco afim de fazer pra mim. Na verdade, eu acho que seria legal você e Ashton tomarem café numa lanchonete. Mariah vai se atrasar hoje. – Devia ser por isso que a Rebecca fez o próprio chá.

- Ah, que tragédia. Vou levantar o Ash. – Falei me levantando dali e indo em direção ao quarto do Ashton.

- Ash? – Entrei no quarto que estava mais frio que o polo sul. (Ou polo norte? Ah, tanto faz.) – Ashton? Acorda aqui ta frio! – Me sentei na cama dele.

- Então vem se esquentar comigo! – Ele sai u debaixo das cobertas, rapidamente, e me puxou para deitar com ele e acabou me fazendo cócegas na barriga. Obviamente, comecei a gritar e gargalhar ao mesmo tempo.

- Paaaaaaaara! Ashtooon! – Ele parou me deu um selinho rápido e levantou. – Quase morri!

- Vou tomar um banho. Depois eu desço pro café.

- Mariah vai se atrasar. – Falei sentindo o perfume dele no travesseiro. Continuei deitada e me enrolei na coberta. – Desliga esse negócio! Tá muito frio aqui.

- Pronto. – Ele desligou o ar condicionado. Pra que usar isso e se enrolar no edredom depois? – Vamos numa lanchonete então, ok?

- Ahan, eu te chamei pra isso. Mas não toma banho não. To com fome desde já. Vamos agora.

- Porca. Eu vou tomar meu banho. – Ele falou entrando no banheiro.

Decidi que ia esperar por ele ali mesmo. Eu me arrumo rápido e a cama dele é melhor que a minha. Acabei que dormi na cama dele. Acordei com um Ashton só de cueca procurando por uma roupa.

- Coloca qualquer coisa. Só quero comer. – Falei, quase sussurrando.

- Que susto, Alyssa! Tá me espiando de cueca, é?

- Cruzes. Visão do inferno! – Levantei e fui pro meu quarto me arrumar.

Coloquei uma calça jeans skinny que Bobby me deu de presente e uma camiseta preta. Calcei uma sapatilha rosa e desci pra esperar Ashton. Daqui a pouco nem precisaríamos ir tomar o café da manhã numa lanchonete de tanta demora. Ashton finalmente apareceu e fomos um lugar perto de casa. Andamos pouco. Durante o caminho, ele pegou na minha mão e continuou andando como se nada tivesse acontecido.

Quando voltamos, Lindsay, Claire e Mariah estavam em casa e avisaram que Rebecca e Brian haviam saído. Perguntei no que a mãe do Ash trabalhava e elas me disseram que ela era dona de algumas lojas de roupas indianas. O Brian era dono de uma empresa, imagino. Não tinha nada que eu pudesse fazer naquele lugar, naquela casa. Ashton me disse que Sue e Zoey estavam vindo pra cá e que sairíamos para leva-las ao parque de diversões. Nem tirei a roupa que estava vestindo e assim que elas chegaram fomos pro carro.

Elas eram extremamente fofas. Ficaram brincando de adivinhar coisas que elas viam pela janela do carro enquanto íamos pro parque, mas de repente pararam e quando olhei no retrovisor haviam quatro olhos me olhando.

- O que aconteceu, meninas? – Ashton perguntou.

- Nada. Alyssa, você vai morar aqui? – perguntou a que eu imaginava que fosse a Zoey.

- Não, Zoey, só vou ficar por mais uns dias.

- Eu sou Sue! Ela é Zoey. – Ela me corrigiu.

- Desculpa, ainda não sei diferenciar vocês. – Sorri, sem graça.

- Eu sei que já estamos chegando, mas nós queremos voltar pra casa. – Disse Sue olhando pela janela.

- Por que? Não querem se divertir?

- Já nos divertimos, queremos voltar. – Olhei para Ashton e vi que ele não estava super feliz com isso. Mas voltamos.

De volta ao meu tédio. Troquei minha roupa e fui pra sala deitar no sofá. Mas lembrei que não estava em casa e resolvi levantar. Decidi ligar para Niall e pedir que viesse aqui, mas achei que fosse invasão demais trazer uma pessoa que eu sei que o Ashton não vai gostar muito. Voltei pro andar de cima. Fui espiar o que Ashton estava fazendo e descobri que dormia. Sério, não tinha nada pra fazer aqui. Nada.

- Ash? – Decidi acordá-lo. – Ash. – Sacudi ele.

- Que?! – Falou assustado – Vamos sair. Vamos fazer algo. – Implorei.

- Quer ir aonde?

- Sei lá. Só vamos sair, por favor.

- Vai se arrumar, eu vou te levar ao shopping. – Sai do quarto com um sorriso enorme na cara.

Coloquei uma calça preta colada no corpo, uma camisa Jack Daniels e uma sapatilha branca com um casaco quadriculado em vermelho e preto na cintura. Passei um rímel e lápis do olho leve pra da uma cor aos meus olhos e um batom rosa que encontrei dentro da minha caixa de brincos (?). Fui chamar Ashton no quarto e ele estava terminando de colocar a camisa quando me viu.

- Vamos? – Sorri. E descemos.

- Tá com esse sorriso por que vai sair comigo, né?

- To com esse sorriso porque vamos finalmente fazer algo. – Falei indo em direção ao carro. – Vamos fazer o que a noite?

- Jantar, ué.

- Ah, não! Vamos jantar e sair. – Falei, decidida.

- Mas...

- Não vou passar a noite de sábado dentro de casa, deitada. Quero me divertir. Me mostra o que aqui tem de bom!

- Você que pediu, mas não iremos jantar em casa.

Não tinha como shopping ser melhor. Andamos muito e ainda ganhei presentes lindos. Ashton me deu um colar com uma pedra pequena de safira e me deixou escolher algumas roupas novas. Comprei bastante. Tadinho do cartão dele. Mas estava precisando disso.

Logo depois ele me disse que iriamos a um outro lugar para jantarmos. Reclamei já que eu não havia me vestido adequadamente para jantarmos num lugar de classe. Mas ele pediu para que eu não me preocupasse, por que lá não seria tão chique quanto o primeiro restaurante.

Bom, realmente o lugar não exigia roupas tão finas. Afinal, chegamos tomamos um lugar e esperamos alguém notar nossas presença para poder nos oferecer o cardápio. Analisei o cardápio e ria a cada nome de comida que aparecia ali. Escolhi algo que tinha um gosto de peixe com molho branco (?). E depois tomei uma sopa de queijo que estava maravilhosa acompanhada de um bom vinho. Ashton escolheu e um prato esquisito que tinha lagosta e ostra (ecat) e me acompanhou na sopa de queijo. Pedimos o mesmo vinho.

Conferimos o horário e eu julguei muito cedo para voltarmos. Ficamos sentados na calçada do restaurante rindo feito loucos das piadas idiotas que contamos um pro outro. Não queria que esse dia acabasse. De repente paramos de contar piadas e rir. Olhamos um no olho do outro. Ele tinha dezoito anos e me fazia sentir como se tivesse muito mais. Não que isso fosse negativo, mas ele me passa uma felicidade incondicional. Ele me fazia sentir mais mulher, me fazia me sentir desejada. Olhei nos olhos castanhos dele e realmente vi um homem. Não um garoto que queria pegar quantas pudesse numa noite só, como eu achava que ele fazia. Estava pronta para beijá-lo. Estava pronta. Bom, se não fosse pela gerente do restaurante chegar e nos dizer que não podíamos ficar parados na calçada do restaurante. Tentei argumentar, mas ela ameaçou a chamar a polícia dizendo que estávamos atrapalhando o tráfego (?) do restaurante. Eu teria ficado ali, mas quem seria eu para prejudicar de algumas forma a imagem que o Brian tentava transmitir sobre a família dele? Levantei pelo Ashton e fomos pra casa.

Eram quase duas da manhã quando chegamos na porta da casa. Rimos antes de entrar. Tirei meus sapatos para não acordar ninguém dentro de casa e subimos as escadas de mãos dadas.  Parei na porta do quarto do Ash e resolvi falar algo. Envolvi o pescoço dele com meus braços finos e ele me envolveu com os dele.

- Obrigada por essa noite. Nunca vou me esquecer. – Sorri. E deixei ele me roubar um beijo.

- Quero mais como essas. – Ele falou, separando nosso beijo. Sorri mais uma vez.

Segurei ele com mais força e puxei-o para mim, pedindo que ele me deixasse ser dele. Dei um beijo mais delicado e mais profundo do que o que ele me deu. Senti meus músculos relaxarem e deixei que ele me conduzisse para o quarto dele. Eu não sabia o que eu estava fazendo. Ele era como se fosse meu primo, mas eu já não queria mais pensar assim. Ele fechou a porta e trancou tentando não desfazer nosso beijo, nosso momento.

Devagar ele me levou pra próximo a cama dele. Ele colocou as mãos debaixo da minha blusa, fazendo eu me arrepiar até a nuca. Podia sentir o nervosismo dele. Ele estava com as mãos geladas. Deixei que ele tirasse minha blusa e tirei a dele também. Eu não sei se ele fazia academia, mas de gordo não tinha nada. Deslizei meus dedos pelo  tronco dele. Delicadamente, ele me deitou na cama. E beijou toda a extensão da minha barriga indo em direção a minha boca. Ele desceu as mãos até a barra da minha calça justa, olhou nos meus olhos como se pedisse permissão, e sorri em consentimento.

- Não tinha como nossa noite ficar melhor. – Sussurrou no meu ouvido antes de, finalmente, terminarmos nossa noite.