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História Midnight Memories - It Is Not Big Deal


Escrita por: allymentacao

Notas do Autor


Mais um capítulo para vocês :)

Capítulo 3 - It Is Not Big Deal


- E então, vocês namoram? – eu perguntei às minhas duas novas amigas depois de mais um longo e cansativo dia de aula.

- Eu namoro, mas tive que deixar meu californiano para vir para cá. – Dinah fez um biquinho fofo.

- Ah, que pena... Mas vocês não terminaram, né? – disse, tentando imaginar a situação dela.

- Não. A gente vai tentar manter um relacionamento à distância. – Ela mordeu o lábio. Meu Deus, como seria isso? Eu não conseguiria ficar sem abraçar e beijar a pessoa que amo por sabe se lá quantos dias. Ou semanas. Ou meses.

- Wow, boa sorte – eu disse, sem saber o que falar. – E você, Camila?

Ela fitava o gramado, totalmente distraída em um mundo interior.

- Camila? – chamei-a novamente e ela balançou a cabeça como se estivesse saindo de um transe.

- O quê? Me chamou? – ela indagou com a voz falhando.

- Lauren perguntou se você namora – Dinah repetiu antes que eu pudesse fazer isso.

- Se eu namoro? – Camila riu ironicamente. – Serve namoro de criança, tipo, andar de mãos dadas e só?

Levantei uma sobrancelha. Ela não namorava.

- Por que você não namora? – eu quis saber, agora curiosa.

- Porque eu acho que os garotos não me querem. – Ela abaixou a cabeça.

- Como assim não te querem?! Eles são cegos ou o quê? Você é tão linda, até eu, se fosse um garoto, ia te querer! – gritei, me exaltando um pouco. Todos me olhavam, o que fez eu me sentar novamente ao lado de Camila no degrau da escadaria da entrada.

- É sério. Até hoje, eu nunca tive nenhum namorado – ela disse, sinceramente.

- Eu não acredito – Dinah murmurou enquanto jogava Subway Surfers, concentrada.

- Quando você perder, eu posso tentar? – Camila pediu, escapando da conversa.

- Claro. – Ela fez seu personagem bater de propósito em um dos trens parados e entregou o celular para Camila.

- E então, o que você ta achando de estudar aqui? – perguntei, não querendo deixar a conversa morrer.

- Ta bem legal. Eu tinha tanto medo de me perder ou de não fazer amigos, mas com você ajudando, sei que nada disso vai acontecer. – Ela sorriu.

- Aww, que bom que estou prestando para alguma coisa – respondi rindo e a abracei. – Sério mesmo.

- Você é a prova de que nem todas as populares são malvadas ou chatas como nos filmes.

- Isso porque você não me conhece direito! Brincadeira. Sou legal mesmo, ta?

- Convencida – Camila cantou de repente.

- Você não acha que eu sou legal? – Franzi o cenho.

- Não. Você só é legal quando quer. – Wow, ela sabia interpretar. Quase acreditei que ela não achasse mesmo. Decidi entrar para o jogo.

- Então quando eu te “salvei” – fiz aspas com os dedos – da Vero e seu bonde, eu não fui legal?

- Essa foi uma das exceções. – Ela continuava concentrada, fazendo apenas movimentos certos com os dedos na tela do celular.

Fiz biquinho, mas ela não deu a mínima, já que o carinha que fugia do policial na linha do trem parecia muito mais interessante do que eu. Falando nisso, essa coisa era um mal exemplo. Já pensou se alguém quisesse fazer igual e morrer atropelado?

Um carro vermelho parou na frente da escola e Dinah pediu o celular de volta.

- É o meu pai – ela explicou, pegando a mochila e jogando nas costas.

- Qual é, por que o seu pai ainda te busca na escola? Você tem idade o suficiente para dirigir ou vir sozinha – eu zombei, mas Dinah não via graça naquilo.

- Eu to morando do outro lado da cidade e os meus pais não quiseram que eu tirasse a carta de habilitação. – Ela balançou a cabeça e acenou, dando as costas para nós.

Agora eu estava sozinha com Camila e o silêncio chegava a incomodar. Eu amava o silêncio, mas ao lado daquela garota e naquele momento, ficar quieto não era bom.

- Hum... Hoje o tempo esfriou um pouco, né? – eu comecei a puxar assunto.

- É. Na verdade, eu até trouxe um cardigã, mas acho que não é pra tanto – ela falou, mostrando a mochila cheia de cadernos e livros.

- Aham.

E mais uma vez ficamos olhando para lados opostos, sem dizer nada.

- Ai, cara, a gente tava falando sobre o clima! – exclamei mais para mim mesma do que para ela. – Até parece que não temos assunto.

- Pois é! – ela soltou uma sonora risada e depois deu um sorriso tão fofo que também me fez sorrir. – Você tem um irmão ou uma irmã?

- Tenho os dois, um irmão e uma irmã.

- Sério? E eles são legais com você?

- São, mas eu sou mais próxima da minha irmã, porque o meu irmão quase não para em casa. Ele é bem festeiro.

- Ah, entendi...

- Eu to louca para conhecer a sua. Ela deve ser um amor.

- É, sim. Acho que vocês vão se dar muito bem.

Respirei fundo e olhei o relógio na tela do meu celular. Estava ficando tarde.

- Onde você mora? – eu perguntei.

- Não sei o nome do bairro, é aqui perto... Você cruza essa avenida, depois vira ali à direita e depois na segunda esquerda, depois a segunda direita e segue reto. – Ela apontava o caminho com as mãos e, sinceramente, eu não fazia ideia de onde dava isso.

 - Quer que eu te dê uma carona até lá? – ofereci a fim de passar mais um tempinho com ela. – Eu to de carro.

- É uma Lamborghini rosa shocking bem chamativa? – Ela parecia empolgada com a ideia.

- Não, não é – eu disse entre risos.

- Ah. – Ela olhou o chão, desapontada.

- Ah, vem logo. – Dei um soco de brincadeira em seu braço e a puxei para o estacionamento.

Quando Camila viu meu carro, seu queixo só faltava encostar no asfalto de tão surpresa que ela estava.

- Lauren, o seu carro é tipo... – Ela colocou a mão na cabeça, pensativa. – Ai, o seu carro é tipo “wooooow”!

Abri a porta do meu Audi branco para ela entrar. Sua expressão era tão engraçada.

- Aw, você tem o Stitch pendurado no espelho!

- Pois é. – Eu peguei o bonequinho e dei para ela. – Tome. Pode ficar, é um presente meu.

- Ah, não, Lauren. Eu gostei dele aí, penduradinho. – Ela colocou de volta no lugar que estava.

- É sério, fica com ele.

- Não, eu não posso aceitar. É tão fofo.

- Combina com você.

Ela me encarou e me perguntei se eu tinha dito algo que não devia. Ela me olhava fixamente e não dizia nada, que aflição.

- O que foi? – decidi arriscar a perguntar.

- Você me chamou de alienígena? – Camila grunhiu e não consegui segurar a gargalhada.

- Claro que não! Eu quis dizer que você é fofa!

- Meu Deus.

Ri por minutos, até minha barriga começar a doer. Ela estava vermelha e tentava disfarçar, sem bons resultados. Quando me recompus, girei a chave na ignição e comecei a dirigir para a avenida principal.

Camila dava as coordenadas e eu seguia, errando de propósito algumas vezes só para aproveitar sua presença ao meu lado.

- Como você pode errar tanto? – ela disse quando errei pela quinta vez. – Você conhece sua cidade?

- Ah, é que eu acho que nunca vim para esse lado... – Que desculpa esfarrapada, ela não ia acreditar.

- Sério? Por quê?

- Porque o meu pai nunca me trouxe.

Ela passou o caminho todo questionando sobre o porquê da boca do golfinho ser curvada para cima, dando a impressão de que estavam sempre sorrindo, e de como a Demi Lovato podia ser tão linda.

- É aqui – ela sussurrou e eu parei na frente daquele lindo sobrado azul claro.

- Então... Até amanhã. – Eu acenei e ela me abraçou. Meu coração disparou e seu cheiro adentrou por minhas narinas. Era um perfume doce misturado ao cheiro de amaciante de roupas e hortelã. Se eu pudesse eu ficava inspirando direto seu pescoço até não poder mais.

- Tchau – ela falou e desceu do carro. – Obrigada, e boa noite.

- Boa noite.

Logo que a vi fechar a porta da casa, dei partida e quebrei a cabeça para encontrar um retorno para a avenida.

O que eu tinha sentido com aquele abraço fora tão estranho. Meu corpo reagiu diferente a seu toque suave... Inclusive meus pensamentos todos se embaralharam e se dissiparam quando senti seu calor em mim, quando sua pele se encontrou com a minha. Eu estava confusa. Mas devia ser só porque eu ainda não tinha a tocado antes disso, não devia ser nada demais. Éramos amigas, não éramos? Então eu não precisava me preocupar, era normal...



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