1. Spirit Fanfics >
  2. Mil palavras >
  3. A caminho da felicidade.

História Mil palavras - A caminho da felicidade.


Escrita por: Lorre

Notas do Autor


Finalmente meu retorno, sem mais delongas.

Capítulo 17 - A caminho da felicidade.


Algumas pessoas confundem ir atrás da própria felicidade como egoísmo, nossos personagens, por exemplo, sempre se sacrificando em prol dos companheiros, e os que não fazem por falta de força julgamos como egoístas; entretanto veremos que as vez as pessoas estão afogadas em magoas, tristeza e raiva, e como todos afogamentos precisamos estender uma mão, estender a mão digo ouvir e não se afundar jundo com o outro, a linha entre extremos é tênue e frágil.

~cuidado a vida é mais efêmera do que aparente, faça por onde viver~

Em algum lugar distante no tempo há uma garota cujo nome não condizia com sua idade:

Aparecida

Codinome, Cida, a garota estranha da qual todo bairro já chegou a falar, de baixa estatura e cabelos curtos chegava a poder ser chamada de gordinha, a menina não seguia moda alguma, aos 12 anos começou a customizar e confeccionar sua própria roupa a seu modo que lhe agradasse afinal sua falda de encaixe com o mundo era grande, e sua mão costureira sempre a auxiliava apesar de achar que era somente uma fase.

Fases duram tempo, levam anos, fases é quando alguém se procura, a pequena Cida parecia ter certeza de quem era, certeza essa que só cresceu no decorrer de seu caminho.

Sua originalidade atingiu seus amigos de colegial, aos 14 fez amigos que duraram ate os 17 e desappareceram aos 18 quando esta havia terminado a escola e decidiu por si só fazer um mochilão pelo peru.

“você não tem dinheiro” – eles disseram.

“vai sozinha?”

“você não tem coragem”

“Duvido” 

Tais frases se perderam ao vento, no qual aparecida se jogou com somente uma mochila nas costas e coragem no rosto, e uma lábia cara de pau que daria inveja a qualquer um com viagens planejadas.

Naquele tempo não haviam celulares moveis como hoje então ela mandava cartões postais a sua mãe, ligava de orelhões e experimentava tudo com intensidade.

Na sua volta pelo pais observou a pobreza e tristeza viveu-as, aprendeu a lidar com pessoas, nova lingua, novas maneiras de sorrir, se expressar, ouvir quando deve ouvir e falar quando é chamada, fez bastante amigos; foi feliz viveu por completo, não havia rumo, não haviam horários, só havia ela e o mundo.

De tempos em tempos ocorria uma feira de poesia, vendia pequenos quadros com poemas criados e pintados por si; sabe essas pessoas que as vezes ignoramos na rua a caminho de algum lugar? Essas são as pessoas que possuem historias, os artesãos possuem historias que só de ouvir você se delicia.

Mas ela tinha um objetivo ao fazer isso, precisava de papeis para trocar por material de escalada; e foi em um desses dias que conheceu Jorge apenas um artista local, assim como ela, por quem desenvolveu aos 20 anos, mais um de seus romances, mas esse haaa mas esse marcou, marcou tanto que nem saberíamos onde Cida estaria a essa altura se não fosse por ele.

A decepção foi tamanha que partiu de volta para casa de sua amada mãezinha, como eu já disse e se por acaso não disse com certeza pensei, não há lugar melhor do que o que nos acolhe
ao voltar para o Brasil, iniciou a faculdade de alguma coisa, navegou de curso em curso, trabalho e trabalho, parecia perdida por rasos momentos, se casou, descasou, novos casos e decepções, fez amigos pelo caminho não deixarei de citar isso.

até se deparar aos 26 anos com a morte acariciando os pés de sua mãe a mulher que possuía sua admiração se foi um ano depois de descobrir que iria.

Sua vida parou, fazendo as coisas de modo automatico, trabalhar as 7hrs sair as 17hrs, cozinhar comer, repita ISS por mais 5 dias e eis sua vida assalariada.

Ela de fato não era mais a mesma, O MUNDO não era mais o mesmo, nem parecia a jovem que queria colorir o mundo, que aprendeu a ser feliz com pouco ou que bastava coragem para fazer o que desejasse, acabou por se formar em logística para sustentar as bebedeiras vazias de final de semana.

Afinal o que faz alguém que estuda logística?! Nem ela sabia, pobre garota vivendo sozinha em meio ao mundo imenso, se sentia pequena, nesse período nem parou para se perguntar o que diabos aconteceu com sua vida, não que não gostava do que fazia, simplesmente não era artístico.

Até que.

Achou sua velha mochila, grande demais para seu armário, e pequena demais para seus sonhos abandonados em um canto qualquer, um de seus poemas com letras tortas.

~ não dar certo é terrivel, não acontecer é catastrófico ~

Olhou a sua volta e aos 38 anos percebeu  que lhe escorreu entre os dedos, chorou pelas pessoas que deixou para trás, os que deixou de conhecer, pelo seu tempo perdido, na manha seguinte não se levantou para ir trabalhar, apenas ficou la..pensando..

Do dia após este se levantou, a tristeza não a habitava mais restava a solidão e raiva do mundo ser tão preto e branco, percorrendo seu caminho diário notou as pessoas, sempre tão serias e apressadas, notou os prédios, sempre tão altos e solitários, ao se ver de cara com algo que a fez rir, mais que isso, a fez voltar ao mundo de anos atrás onde percorria atrás de seu legado.

~odeio bife de figado~ (foi o Pablo que fez, por que ele é gordinho zoeiro piadista)

Duas quadras a frente.

~cabeça ombro joelho e pé, joelho e pé~

Seguiu para seu trabalho o executou de maneira eficiente, foi elogiada pelo chefe, acreditava que algo que se faz bem não poderia ser em vão!

Seu trabalho não era em vão, assim como as piadas pichadas que a fizeram sorrir, o mundo ainda era uma coisa de louco sem sentido, porem assim com a água precisa de oxigênio ela precisava da arte em suas veias, estava na mente.

Percebeu que gostava de seu trabalho, resolveu então montar seu ateliê, seu novo cantinho, estava de mal humor terminava de arruma-lo mas faltava algo, a falta dessa “coisa” a irritava e deixava bolada como uma farpa no dedo, quando notou barulho estranho do lado de fora.... e foi assim que tudo aconteceu, na intenção de voar achou cinco passarinhos fora do ninho.

Ao perceber os cinco a sua porta os recebeu.

- espero que sejam uteis crianças encrenqueiras.

Todos olhavam ao redor distraídos mal puderam distinguir o que era aquele lugar, a pessoa que não tinha nada a ver com nada fazia la, muito menos o tipo de ajuda seria prestada atualmente.

   


Notas Finais


Espero que tenham gostado, não escrevi por causa de problemas particulares, dedico o cap a sky ***^*** mesmo sempre me incentivar.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...