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História Miles Away - I hate you


Escrita por: cor-de-marte

Notas do Autor


"Se você me dizer que seu lugar é junto a mim, eu vou até o fim"

Capítulo 5 - I hate you


Fanfic / Fanfiction Miles Away - I hate you

- NÃO – eu gritei em meio de lagrimas que agora, já não eram mais de felicidade – EU SER MÉDICA É O SONHO DA SUA VIDA. VOCÊ NUNCA ME PERGUNTOU SE ERA ISSO QUE EU QUERIA PRA MINHA VIDA. E EU SEMPRE ACEITEI ISSO PRA TE FAZER FELIZ MÃE, EU VOU SER MÉDICA CONTRA A MINHA VONTADE POR SUA CAUSA, PORQUE EU QUERO TE DAR ORGULHO. AGORA QUANDO EU ESTOU PRESTES A REALIZAR O SONHO DA MINHA VIDA VOCÊ VAI ACABAR COM ELE?

- DIMINUA O TOM PRA FALAR COMIGO LIVIA, EU SOU SUA MÃE – Minha mãe gritou apontando o dedo pra mim - Você não faz mais do que a sua obrigação me obedecendo e cursar medicina. Você não entende que tudo o que eu faço é pro seu bem? Porque se eu deixasse você fazer as coisas que quer, seu futuro vai ser morar de aluguel e mãe solteira. Enquanto você estiver encanada nesse marginal sua vida não vai andar pra frente. Você só da dinheiro pro bolso dele indo em shows, comprando revistas, enquanto ele nem sabe quem você é. Depois que esse final de semana passar, ele nem vai lembrar mais quem é você. Chega Lívia! – Minha mãe virou as costas pra mim subindo as escadas e entrando no meu quarto.

- Lara, vai pra sua casa querida depois a Liv te liga – meu pai disse e eu mandei um olhar de conforto pra ela e corri atrás da minha mãe.

- CHEGA LÍVIA DESSA PALHAÇADA, NÃO QUERO VOCÊ FALANDO MAIS DESSE MARGINAL – Minha mãe começou a tirar os posters que tinha na minha parede e rasgar em pedacinhos. Ela pegou minha coleção de cds e jogou no chão pisando em cima parecendo uma maluca.

- PARA MÃE, PARA POR FAVOR – Fui pra cima dela tentando resgatar o que sobrava. Minha mãe estava transformada, e nada poderia demonstrar o ódio que eu estava sentindo naquele momento. Era uma mistura de raiva com decepção, não podia acreditar que a minha própria mãe estava fazendo isso comigo.

- Stela para – meu pai segurou a minha mãe enquanto ela estapeava seu peito

- Me solta Leandro, preciso tirar essas fantasias da cabeça da Lívia. Ela precisa acordar pra vida e parar de sonhar.

- QUE FANTASIA MÃE? PORRA! ISSO É A MINHA REALIDADE, O QUE EU SINTO PELO JUSTIN É REAL. E NADA DO QUE VOCÊ FIZER VAI MUDAR ISSO. PORQUE É AMOR VERDADEIRO, E AMOR DE VERDADE NÃO ACABA. POR ISSO JÁ FAZ CINCO ANOS, E VAI DURAR MAIS CINCO, DEZ, VINTE ANOS. VAI DURAR PRA SEMPRE E NADA DO QUE VOCÊ FIZER OU FALAR VAI MUDAR ISSO.

- Me recuso a escutar essa baboseira. Enquanto você morar de baixo do meu teto, viver as minhas custas, vai esquecer esse marginal – minha mãe se soltou do meu pai e saiu do meu quarto batendo a porta.

Deitei na cama e afundei minha cabeça no travesseiro enquanto eu soluçava de tanto chorar.

Minha garganta ardia, e eu sentia meu rosto inchado.

Ela não podia fazer isso comigo, não podia tirar isso de mim. Depois de tanto tempo, finalmente estou prestes a realizar meu sonho e ela simplesmente age como uma maluca me privando de ir.

Senti um peso na cama e deduzi que seria meu pai se sentando. Ele começou acariciar meu cabelo sem falar sequer uma palavra. Meu pai era um homem bom e não merecia a mulher que tinha. Ele é totalmente o oposto da minha mãe.

- Querida, eu sinto muito por tudo isso. Mas você vai sim ver o Justin, eu sou seu pai e eu autorizo.

Levantei minha cabeça e direcionei meu olhar pra ele que tinha uma semblante triste, tão triste quanto o meu.

Sentei na cama e o abracei forte e me recompus tendo a plena certeza que meu pai faria de tudo pra eu ir, e eu sei que ele ia conseguir.

- Filha, amanhã no jantar eu vou falar com sua mãe e dizer que você vai ok? Pare de chorar porque vai dar tudo certo. – Meu pai passou sua mão em meu rosto limpando minhas lagrimas.

- Papai, porque ela não pode ser igual a você. Porque não pode respeitar minhas escolhas e meus sonhos. Você viu as barbaridades que ela me falou? Agora me diz quem merece ouvir aquilo de uma mãe. Mãe deveria te apoiar e não te julgar. – O nó se transformou em minha garanta e a vontade de chorar voltou.

- Eu sei querida, só que sua mãe ela é difícil de se lidar, ela sempre quer o melhor pra você e acha que o Justin não seja.

- Qual é pai - Revirei os olhos – Se eu deixasse de estudar pra ficar ouvindo Justin, se eu deixasse de me esforçar por causa dele, ai tudo bem. Mas faço de tudo, tiro notas boas e não costumo sair muito. O que ela quer mais de mim?

- Vai tomar banho e dormir ok querida? Não fica pensando nisso, essa semana é sua semana de prova então fique tranquila.

Assenti sorrindo e o abracei pela última vez e caminhei até o banheiro pra tomar banho e enfiar minha cara nos livros.

6 de Outubro de 2014, Segunda, 07h01 São Paulo, Brasil – Lívia Bateli.

Eu estava andando pelos corredores da escola igual um zumbi. Passei a metade da noite estudando e outra metade pensando na hipótese de eu não conseguir conhecer o Justin. Eu estava acabada.

- E ai bitch – Lara apareceu do nada me abraçando.

- Oi amiga – disse pegando alguns livros no armário.

- O que aconteceu ontem com a sua mãe? Pensei em te ligar mais resolvi conversar pessoalmente.

- Nossa, nem me fale disse – suspirei me direcionando a sala de aula. – Depois que você foi embora rolou mais briga até que no final meu pai disse que hoje íamos conversar no jantar e ele disse que vai falar pra ela que eu vou, porque ele é meu pai e ele me autorizou.

- Ihhh – Lara fez careta – isso está com cara de que vai rolar briga. Seu pai desafiando sua mãe? Não vai prestar.

- Não é só parece como vai dar briga. Minha mãe não suporta ser contrariada. Mas eu só quero saber de ir, não me importo se vai gerar a segunda guerra mundial.

- Boa sorte – Lara disse rindo e voltando sua atenção pro seu celular.

Meu celular apitou avisando que tinha chegado mensagem. Olhei na tela e era do Ian. Sorri igual uma boba e me veio à noite de sábado na mente.

Deslizei o dedo sobre a tela abrindo a mensagem

“Bom dia Liv :D Vai fazer algo hoje à noite?”

“Bom dia Ian rs Então, hoje tenho um jantar importante de família :/”

“Ah sim, entendi :/”

“Mas... Amanhã estou livre”

“Hm, então que tal nos vermos?”

“Claro, aonde?”

“Estava pensando em cinema. Mas queria conversar pra te conhecer melhor, então que tal um restaurante japonês?

Eu ri assim que li “restaurante japonês” Odiava comida japonesa ou qualquer coisa crua. Pra mim tem que ser tudo frito, nunca entendi esse negócio de comer peixe cru. E eu acho isso meio sei lá, porque todo mundo ama comida japonesa. O que dizer pra ele?

Comecei a batucar o lápis em cima da mesa e pensar em algo, não queria parecer ser idiota para um cara gato como o Ian.

- Que foi? – Lara me perguntou com cara de tedio

- Que foi o que menina?

- Que você está preocupada? Tem mania de batucar nas coisas quando está preocupada.

- Tenho? – arqueei as sobrancelhas

- Tem. Agora desembucha logo.

- O Ian me chamou pra sair.

- Serio? – Lara começou a bater palminhas – Está preocupada se deve ou não aceitar o convite? Está maluca menina? Só vai.

- Lara, ele me chamou pra um restaurante japonês. E eu odeio comida japonesa.

- Fala pra ele, ué.

- Mas não fica feio? Quero dizer, que pessoa não gosta de comida japonesa?

- Você! – Ela revirou os olhos - Agora fala que prefere uma pizzaria.

Revirei os olhos e comecei a digitar.

“Hm, não curto muito comida japonesa. Pode ser uma pizzaria?”

“Haha claro, também prefiro pizza. Te pego as 19h00, ok?”

“Ok :D”

- Pronto. Estou me sentindo uma ridícula agora.

- Para de ser idiota Lívia. Não tem nada a ver.

- Ele vai me buscar amanhã 19h00.

- Amiga, só vai. Investe no boy magia. Está encalhada há muito tempo já.

- Obrigada pela parte que me toca – disse fazendo a Lara rir e resmungar um “brincadeira amiga”.

                                              (...)

Passei a tarde estudando álgebra e história, que seria a prova de amanhã.

Olhei no relógio e marcavam 20h00, logo meu pai chegaria com o jantar.

O telefone começou a tocar e eu levantei preguiçosamente do sofá pra ir atender.

- Alô?

- Por favor, Lívia Bateli?

- É ela, quem fala?

- Aqui é a Laura da equipa do programa da Eliana e estou ligando pra combinarmos sobre a promoção com o Justin, você viu o programa? Viu que ganhou?

Meu coração acelerou e um arrepio percorreu todo o meu corpo. Eu sentia isso toda vez que eu lembrava que iria finalmente conhecer o Justin. Mexi a boca algumas vezes mais as palavras não saia. Era difícil pra eu acreditar que tudo isso era realmente real.

- Moça? Você está ai? – A tal da Laura perguntou.

- Sim – soltei uma risada – Eu estou aqui.

- Então, liguei pra confirmar tudo. Você mora em São Paulo, né?

- Sim.

- Ok, vamos ter providenciar suas passagens. – Ela deu uma pausa e parecia que mexia em algumas coisas – Vai ser o seguinte. Nós vamos estar depositando o dinheiro do passaporte, e algo a mais para emergência durante a viagem na conta de algum responsável. Pode vim você e mais algum acompanhante que seja seu responsável. O motorista ira te buscar no aeroporto e ira te levar até o Copacabana Palace que é a onde você ficara hospedada.

NO WAY!!! Eu hospedada no Copacabana Palace? Esse sonho está ficando melhor a cada minuto.

- Você ficara em um quarto ao lado do Bieber e...

Não consegui segurar um grito de felicidade. Joguei-me no sofá enquanto pulava de alegria.

- Lívia? Você está bem? – A moça perguntou.

- Sim, eu realmente não poderia estar melhor – suspirei feliz.

Ela riu do outro lado e voltou a falar

- Então. Sobre o passeio, Justin e você irá escolher pra onde vão e estará tudo pago pelo programa. Um homem irá acompanhar você só pra filmar algumas partes pra mostrar no programa no outro Domingo, ele não vai atrapalhar muito.  Alguma pergunta?

- Isso é um sonho?  Porque está muito bom pra ser verdade.

 A Laura riu do outro lado

- Não flor, é tudo real. E em poucos dias você irá conhecer o Justin.

- Repete – dei um gritinho e ela riu.

- Em poucos dias você irá conhecer Justin Bieber.

- Amo ouvir isso.

- Imagino mesmo. – ela riu – tem algum responsável aí que eu possa falar?

- Não, os dois estão trabalhando. Quer o telefone do meu pai?

- Ele que vai te acompanhar até o Rio?

- Provavelmente sim.

- Então pode falar.

Passei o número do meu pai, ela disse que iria falar com ele sobre as passagens e a hospedagem.

Subi pro meu quarto e guardei os meus livros e voltei pra baixo.

Peguei meu iPhone e resolvi entrar nas minhas redes sociais, não tinha entrado deis de domingo cedo, meu celular até travou com as benditas mensagens do WhatsApp.

Entrei no Instagram e eu tinha ganhado milhões de seguidores. WHAT?

Tinha uma pancada de comentários me chingando por ter conseguido a promoção e a outra metade me dando parabéns.

Entrei no Twitter e a mesma coisa tinha acontecido. Milhões de seguidores e mensagens, algumas me dando parabéns e outras me chingando.

Fui até o Twitter do Justin e quase cai pra trás com seu último tweet. Isso não poderia estar acontecendo, não comigo.

“Ansioso para ir ao Brasil novamente, dar início ao meu projeto e também conhecer a minha belieber Liv! #4dias”

Minha respiração ficou ofegante e minha ansiedade aumentou mais ainda, coisa que eu achei que não fosse possível.

Dei retweet e favoritei e logo após respondi:

“Contando os segundos pra te ver. Mal consigo acreditar que tudo isso seja real, obrigada. #4dias #neversaynever #believe“

E eu segundos já havia milhões de retweet e favoritos no meu tweet.

Ouvi um barulho e levantei minha cabeça vendo meus pais chegarem do trabalho, meu pai tinha algumas sacolas na mão.

Levantei-me indo até eles e fui mexer nas sacolas.

- O que tem para o jantar? – perguntei lambendo os lábios. Estava morta de fome.

- Frango grelhado – Minha mãe respondeu tirando as coisas da sacola – Vai lavar as mãos filha, enquanto ponho a mesa.

Fui até o lavabo que não ficava muito longe da cozinha.

Puxei as mangas do meu moletom pra cima, abri a torneira passando um pouco de sabonete líquido na palma da mão e logo após enxaguando.

Fui pra sala de jantar e minha mãe estava colocando o suco que deduzi que deveria ser de laranja.

Sentei-me à mesa colocando o meu prato e logo após comecei a comer.

Estávamos terminando de comer quando mandei um olhar pro meu pai que era pra ele conversar com a minha mãe e ele pareceu entender.

- Stela – meu pai a chamou

- Hum? – Ela respondeu tomando um gole do seu suco

- Eu acho que o assunto de ontem poderia ser repensado.

- Leandro, eu já decidi.

- Mas mãe... – disse sentindo os meus olhos arderem já.

- Mas nada Lívia. Não é não.

- Chega de querer mandar aqui Stela. Eu sou o pai dela e mereço ser ouvido também, eu também decido as coisas sobre a minha filha. E eu digo que ela vai.

Minha mãe soltou uma gargalhada sínica.

- Só que as coisas que você decide são os gostos dela, e nem tudo que ela quer é o melhor pra ela.

- Já parou pra pensar que talvez o melhor pra ela seja ela feliz?

- O melhor pra ela é ela longe desse marginal.

- Por Deus Stela. O Justin está vindo pro Brasil pra dar início a uma ong para ajudar crianças carentes. Ele pode sim ter errado, todo mundo erra. Mas ele está fazendo uma coisa boa agora.

- Não importa o que ele veio fazer aqui. Não quero que ele seja um exemplo pra Lívia, daqui a pouco ela estará fumando maconha, dormindo com vários caras.

- Olha a idiotice que você está dizendo. Você acha que nossa filha seria capaz de fazer isso?

- Se continuar escutando essa merda sim.

- CHEGA! – gritei me levantando – Mãe, eu sei que vou me arrepender muito de dizer isso, mas... Eu odeio o jeito que você é. Odeio o jeito que você tenta mandar na minha vida querendo o meu melhor, mas não vê que o que eu quero é apenas realizar um sonho. Você nem ao menos se importa com a minha felicidade. Só quer saber de dinheiro, de aparência. Mas eu não sou como você e vou lutar pra sempre pra nunca ser essa pessoa fútil, não quero ser pros meus filhos o que você é pra mim. Um monstro de mãe.

Cuspi as palavras em meio de lagrimas e logo senti uma ardência no meu rosto. Ela tinha me dado um tapa.

- Eu te odeio – sussurrei e corri pro meu quarto

Afundei minha cabeça no travesseiro e chorei, chorei como se isso fosse tirar toda a dor, angustia que eu estava sentindo. Eu me recusava acreditar em tudo isso. Como a minha mãe pode fazer isso comigo, como ela pode ser tão má com alguém que a ama tanto.

Puxei o edredom e me cobri até cabeça e chorei. Chorei como se toda a dor que eu estava sentindo saísse. 


Notas Finais


Hey beliebers, como vcs estão??
Comentem e favoritem lindas, é importante p mim!!

Xx


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