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História Mine - Twenty-one


Escrita por: Saline

Notas do Autor


Voltei!!!
Me desculpem todo esse tempo sem postar, agora que eu estou com tempo pra escrever vou tentar atualizar frequentemente aqui :)

Capítulo 21 - Twenty-one


Fanfic / Fanfiction Mine - Twenty-one


London (UK) - 2013, 1st January 一 2:20am
P.O.V. Catherine Valentine

一 Pare de me olhar assim, como se eu fosse um bicho de sete cabeças 一 revirou os olhos 一 Eu só vim te acordar para irmos embora.

一 Certo 一 murmurei em alívio quando Styles deu as costas para sair pela porta.
Respirei com calma passando as mãos nos meus cabelos e comecei a encarar o quarto, ainda escuro, até me dar conta de que tinha que levantar. Bocejei várias vezes no caminho de volta no carro de Styles, desejando mais que tudo no mundo estar numa cama quentinha, enquanto estava ali, sentada enquanto ele dirigia pelas ruas silenciosas.

Comecei a achar curioso então o caminho para a casa de Styles, nunca havia reparado nele. Não que eu conhecesse a cidade ou uma rua sequer, mas a casa dele parecia uma fortaleza fora da cidade. Passando o centro de ruas enormes e luzes ofuscantes para bairros bonitos, para bairros simples e remotos... Ele devia ter atravessado alguns, ou vários bairros até uma estrada longa, onde tudo o que podia se ver ao redor eram árvores grandes se movendo com o vento. 
Ao final da terceira estrada que ligava com a primeira, cheia de árvores, era a rua da casa dele. Uma mansão cercada por muros altos e árvores, no meio do nada.
No meio do nada...

Me arrepio ao olhá-la por fora, como um castelo protegido. As luzes voltadas para ela de baixo para cima dão um aspecto fantasmagórico, uma linda construção antiga e bem preservada. É um amontoado de pedras gigantes no meio de um terreno de grande jardim de gramas cortadas protegida com muralhas e copas de árvores que pareciam querer tocar o céu. Sua beleza era tão sombria como um grito silencioso na noite solitária.

Mais uma vez tremi de frio ao sair do carro de Styles e me deparar com o vento gelado vindo das árvores junto com o barulho dos galhos batendo um no outro antes da porta da garagem se fechar.
Styles não pronunciou um única palavra durante todo o trajeto, nem sequer olhou para mim, e para melhor dizer; assim eu preferi. Ele tirou um punhado de chaves do bolso, girou uma delas na porta e abriu.

Dei uma certa distância entre eu e ele, mesmo que estivesse o seguindo, ele caminhou normalmente no corredor escuro que ligava à casa. Estava toda escura, assim ele acendeu as luzes do hall de entrada e entrou na porta que dava para às salas, sem olhar para trás. 
No primeiro instante eu tive a imensa curiosidade de saber o que ele iria fazer, se iria assistir tv á essa hora ou o que, mas continuei meu caminho para o meu quarto com sono. Degrau por degrau, e todo o andar estava numa imensa escuridão, então andei tateando a parede para achar o interruptor e acendi a luz do corredor que ia para os quartos.
Meu sono era tanto que nem me importei em trocar de roupa antes de me deitar, apenas tirei os sapatos e o casaco grosso e me enfiei debaixo das cobertas.

一 Eu não posso... deixar você dormir agora 一 Styles aparece na porta como uma sombra, eu agarro as cobertas num sobressalto, estava morrendo de sono até então.

一 O que? 一 o susto traz minha voz tremida.

一 Eu não consigo, simplesmente não consigo dormir mais 一 respondeu passando a mão na testa e andando até minha cama, quando ele chegou perto, na penumbra percebi que ele suava frio, e realmente não parecia muito bem. Ele não parecia tão mau assim, nem tão enigmático, mas ainda sim me causou calafrios 一 Estou precisando ficar com você.

一 C-Como assim? 一 eu começo a tremer de nervosismo sem saber porquê.

Eu tenho a impressão de que Styles tentava controlar a si mesmo para não fazer algo, e que eu deveria ficar menos calada para não deixar o tempo para o que ele o faria. Ele volta alguns passos e fecha a porta do meu quarto, deixando a única fonte de luz que vinha do corredor para trás, abrindo espaço para a escuridão. Forcei meus olhos para me acostumar com ela á medida que me levantava da cama.
Esbarrando no criado mudo, eu lembro do abajur ali em cima e imediatamente o acendo. Não é uma luz muito forte, mas expande meu campo de visão de nada para o suficiente ao redor. E ali está Styles, há 2 metros de distância entre a gente, e tinha uma expressão em seu rosto de euforia.

一 O-O que você quer?
Ele desabotoa os primeiros botões de sua camisa e alonga o pescoço.

一 Eu quero você.

一 Não! 一 digo no desespero que me despertou.

一 Não? 一 ele se surpreende.

一 Não.

Minha voz falha na missão de parecer firme. Styles fica parado me encarando com a boca entreaberta, surpreso, e seus olhos achavam graça. Por um momento penso que ele não sabia o que dizer, e é a primeira vez que isso acontece.

一 E-Eu quero dormir.

一 Você quer dormir? 一 ele repete agora com os olhos semicerrados, parecia irônico. E eu não tenho certeza se devo respondê-lo, mas o silêncio parecia também a pior alternativa agora.

一 Eu...

一 Você não tem que querer nada, sou eu quem tem que querer o que quer que você faça 一 continuou com severidade, eu fico tonta nos primeiros instantes e depois sinto vontade de chorar, e acho que ele percebe o quanto de medo eu sinto para mudar seu tom de voz 一 Entretanto, é o primeiro dia do ano, as pessoas estão comemorando 一 diz com sua famosa calma e segura voz rouca 一 Não deveríamos fazer o mesmo?
Assim que ele pergunta, dá um passo para frente.

一 Comemorar o que? Não tenho nada para comemorar 一 a amargura se mostrou bem mais presente em minha voz do que eu esperava.

一 Estar e saber que sua família está viva não é o suficiente? 一 Styles pergunta com certa graça e curiosidade para minha reação, que quase não me faz perceber a maldade por trás de seu comentário. Era uma ameaça significativa e quase imperceptível... se eu tivesse memória curta. Acontece que eu não tinha, e sabia que ele estava me cobrando o que eu aceitei fazer em troca dele não machucar meus pais.
E devo dizer que ele é muito bom em vestir máscaras em suas intenções para não me fazer sair correndo.

一 O que você vai fazer?

Styles não responde, apenas sorri. É impossível saber o que ele pensa. Em contrapartida quando ele deu mais 2 passos e ergueu o meu queixo com seus dedos, eu soube o que ele faria. E eu não queria, realmente não queria ficar com ele e não queria que ele me tocasse.

一 Você matou alguém? 一 ele pára no meio do caminho, fechando os olhos e respirando fundo, e se afasta bem devagar. As veias de sua testa aparecem, e eu tenho certeza que ele havia odiado minha curiosidade fora de hora. Mas nem eu podia acreditar no que acabara de dizer.

一 Eu não gosto de perguntas 一 diz entredentes 一 Você fica bem melhor quieta ás vezes.

"Do que você mais tem medo exatamente, Catherine? Das suposições da sua fantasia ou de descobrir a verdade?"

一 O-O que? 一 confesso que não entendi uma palavra, mas meu coração acelerava. Sabia que eu tinha começado um assunto perigoso.

"A verdade não vai mudar nada, mas suas fantasias vão acabar com você, e olha só, nem sou eu quem vai fazer isso."
Preciso bem mais do que vários segundos para entender o mínimo do que Styles estava falando, com tanto brilho em seu olhar, e chego a conclusão de que ele estava me dizendo para parar de ficar imaginando sobre o que eu não sei sobre sua vida. Porque eu penso nisso muito tempo mesmo. Mas como eu conseguiria fechar meus olhos e ouvidos para a vida da pessoa que acabou tomando a minha?

一 Não sou uma boneca para não questionar nada 一 o enfrento com um pouco mais de coragem.

一 Oh 一 ele ri ligeiramente surpreso e inspira fundo 一 Eu não gostaria que fosse mesmo, seria um pouco chato 一 e me encarou intensamente.

一 Então por que me trata como uma se não quer que eu pense nem faça nada?
Styles me encara agora como quem está com raiva, mas as palavras que saem de sua boca não são tão agressivas quando ele está furioso.

一 Você é bem mais inteligente do que eu esperava, devo confessar 一 e é a minha vez de se surpreender 一 Você quer um motivo? Eu não sei que inferno você está fazendo comigo, Catherine. Eu gosto de ficar sozinho, mas não consigo ficar mais longe de você. Consegue entender isso? 一 suspirou.
Eu penso em comentar que conversando assim, ele não me deixa com tanto medo nem me parece tão assustador. Mas estou levemente atordoada com essas palavras.
Balanço a cabeça negativamente.

一 Por que me machucou... na biblioteca... disse que nunca faria de propósito... por que? 一 pergunto tão baixo que mal ouvi minha própria voz. Sentia muitas coisas ao perguntar isso e dentre elas vergonha. Mas ele prestava muita atenção.

一 Eu teria te machucado ainda mais se tivesse ficado 一 respondeu ele sem culpa 一 Por isso saí.

Fiquei em silêncio esperando ele falar mais alguma coisa, mas ele não disse mais nada, e não havia respondido minha pergunta. Também percebo que essa é a mais longa conversa que já tivemos.

一 Mas você disse... 一 ele me corta.

一 Não foi de propósito.

"Como não?" eu penso indignada. Também ali percebo que a conversa havia se encerrado; ele havia encerrado. E então só o silêncio sobrou no meio de nós e da madrugada, era verdade que Styles me olhava interrupto como se me estudasse com muita atenção, e isso me causava calafrios. 

Dou meio passo para trás encostando na cama e olho para a parede, a janela, a cortina, a cômoda, tentando sair daquele incômodo de ser observada e fugir da situação, do propósito que eu fingia não saber que ele veio fazer aqui.
Styles tinha se esquivado das minhas perguntas, e o que me surpreendia era a culpa que ele em nenhum momento sentiu.

一 Tudo bem 一 ele diz de repente me fazendo virar novamente para ele, e no mesmo instante senti meu coração levar um balde de água fria pelo susto do quão próximo ele estava. 
Eu queria me afastar, queria tanto ficar longe dele, mas não havia lugar para correr e me esconder, uma vez que ele queria me achar.

"Eu não vou te machucar agora" 一 murmurou Styles colocando a mão no meu ombro e descendo. Não pude deixar de sentir ódio por ele dizer isso, sendo que ele já havia dito a mesma coisa e já tinha me machucado, para depois falar que não era de propósito. Mas o "agora" em sua frase é o que mais me chamou a atenção, ele queria dizer que o faria depois?

E quando eu cheguei nessa questão, fui pega (não sendo surpresa) me envolvendo com Styles, eu não queria dizer que foi mais uma vez mas... não havia nada que eu pudesse fazer. Eu estava presa, eu queria correr dali, eu definitivamente não queria ficar com ele.
Meus joelhos precipitaram ao toque da palma de sua mão e eu caio sentada na cama, me encolhendo ao canto, ele me olha por segundos.

一 Você não precisa ter tanto medo 一 ele diz sentando-se também, percebo que estou desfavorável em tentar me afastar 1 centímetro que seja, pois ele já está em cima de mim. E meu coração recomeça a bater desesperadamente.

Ele está me beijando, seguindo o caminho que fazia para me fazer esquecer o propósito. Minhas mãos tremiam quando alcancei seu rosto e o empurrei com sutilidade interrompendo o gosto na minha boca, foi quando parei para perceber também o sabor, conhecido. Isso manteve minhas mãos paradas onde ficaram e Styles me observando interessado.
Fosse o que fosse que ele pensava, eu sabia que não era bom para mim, como nada que fazia. Ele voltou a se aproximar, embora eu tentasse empurrá-lo novamente, dessa vez não tive sorte, ele me beijou mesmo assim. 

Em algum momento entre minha relutância e minha confusão, eu desisto de tentar interrompê-lo e simplesmente deixo meu coração se adaptar com a situação e parar de bater tão forte me deixando nervosa. Também perco a noção de tempo e espaço dobrando meus joelhos e tentando fugir do balde de água fria que era jogado dentro de mim. Que depois se tornou muito quente.
Styles abaixava minha calça com facilidade e antes mesmo de eu me dar conta de que ele o fazia, ele me deixava sem roupa, e nervosa, quando colocou as mãos nos meus joelhos e os afastou, para ficar entre as minhas pernas. Assim ele deslizou as mãos subindo pela minha coxa devagar, começo a ofegar a medida que ele chegava mais perto. Ele tinha uma tranquilidade tão grande, que realmente me deixava desesperada.

一 Por favor, não 一 peço nervosa.

Ele me olha sem dizer nada e balança a cabeça negativamente com aquela tranquilidade, mas suas mãos desviaram e subiram pelo meu quadril no mesmo ritmo lento, como se já estivesse predisposto para aquilo. Ele passou os dedos embaixo do meu umbigo, descendo e admirando aquele movimento. Estava menos apavorada, mas mais intrigada no que ele estava fazendo. E acho que ele percebeu isso quando molhou os lábios e olhou para mim, ainda em silêncio, como se estivesse ouvindo meus pensamentos e os estudando. E eu senti minha parte íntima pulsar ao ser pressionada pelos seus dedos se movimentando suavemente.

一 Você gosta disso 一 ele sussurra, não como pergunta, enquanto acelerava os movimentos para me fazer contorcer 一 Quer que eu pare?
Parei de prestar atenção no voz dele apenas porque aquilo era muito bom. Mas não durou muito.
"Hm não" murmurei achando um espaço para respirar, me livrando daquela sensação sufocante quando ele parou. Então ele me olhou ardentemente, se abaixando para entre minhas pernas e seus dedos pregaram em minha coxa.

"Oh não", eu pensei milésimos de segundos antes de sentir sua língua sobre minha pele e alguma coisa chacoalhar violentamente dentro de mim. E embora eu conhecesse aquela sensação, era ainda sim tão intensamente como se fosse a primeira que a experimentasse.
Agarro o travesseiro ao lado com força, como se fosse me livrar daquela tensão, ou como se eu quisesse de fato me livrar daquilo que me queimava de um jeito estranho, e no mais tardar; prazeroso.

Eu respirava pesado, tentando recuperar o fôlego e um pouco da consciência. Me apoio com dificuldade para subir e me encostar na cabeceira da cama. Styles se levantou e abriu o cinto de couro, eu o observo com o coração batendo tão rápido quanto possível, com medo, é claro. Ele abre o botão da calça. O que ele está fazendo?

一 Eu quero que você faça uma coisa 一 ele diz, eu balanço a cabeça negativamente como instinto. 

Ele continua, sem se importar abaixando a calça e minha atenção cai diretamente na grande tatuagem que cobria sua coxa direita. Não dava para ver o que era por causa da pouca luz, nem mesmo quando ele pegou minha mão e me puxou para a beira da cama, ficando á sua frente, mas parecia uma águia um pouco diferente. Mas não importava naquele momento, eu estava muito apreensiva no que ele iria fazer que meu coração estava quase saindo pela boca. 
Eu ainda nem tinha me recuperado do que havia acabado de acontecer e agora isso...

Eu preciso que você faça uma coisa 一 ele destacou cada palavra da frase, para reforçar como ele disse; sua necessidade. E abaixou sua última peça de roupa. Eu me afasto nervosa, já quase em pânico, ele estava completamente nu na minha frente 一 É uma nova brincadeira, é como eu faço em você, Catherine 一 continuou ele, segurando aquilo na minha frente e fazendo movimentos 一 Você pode fazer isso?
Suspiro duas, três vezes, meus pulmões pareciam estar em uma competição com meu coração para ver quem estava mais desesperado, fazendo meu peito arder com as batidas violentas.

一 E-Eu não sei... 一 essas palavras foram muito mais difíceis de sair, parecia que eu falava pela primeira vez na vida.

一 Você pode fazer isso 一 agora ele afirmou, com certeza, pegou na minha mão e a levou para a extensão do seu membro 一 É como um pirulito, você não gosta? 一 me olhou com veemência, eu não consegui e nem quis responder 一 Chupe.

Eu entendi rapidamente o que ele queria que eu fizesse, o que ele literalmente me mandara fazer, mas eu não conseguia pensar, minha mente pareceu desaparecer, eu não sabia o que estava acontecendo...
 



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