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História Mine - Adaptação.


Escrita por: princesadelesbos

Notas do Autor


galera, esse é um capítulo sem graça nenhuma
por isso eu fiz um hotzinho, mas é curtinho
tem esse título porque é só as horas depois que a Babi foi embora, ok?
depois desse a gente não vai ficar nessa, vou fazer uma passagem de tempo
na verdade eu tô um pouco puta da vida porque tinha escrito umas mil palavras do próximo e o meu notebook morreu, acabou a bateria, apagou a porra toda bem na hora que eu tava saindo
mania minha de ficar longe do carregador e não perceber que a bateria tá acabando
falando nisso tá acabando de novo agora

então até la embaixo galera

Capítulo 49 - Adaptação.


Pov Bárbara

Pra chegar ao apartamento que eu iria dividir com o Nicholas, não tive maiores dificuldades, mesmo sem conhecer porra nenhuma da cidade. Descobri que ficava perto do campus porque passamos por ele no caminho, enorme inclusive. A proximidade me fez pensar que deveríamos ter vizinhos colegas, talvez até de sala. O prédio que batia com o endereço que eu tinha era de quinze andares e sem muita sofisticação. Eu que morei a vida inteira em casa, talvez fosse estranhar apenas o tamanho, porque o resto estava ótimo.

Encontrei minhas malas no aeroporto, elas estavam no porta-malas do táxi e eu me perguntei como ia subir tanta coisa. E puxar do portão ao elevador, que estava a uma pequena distância. Assim que cheguei à portaria, o porteiro pediu minha identificação.

- Ah, é a menina do 13A que falaram que estava chegando. – ele não devia ter muito mais que a minha idade, o que me surpreendeu bastante. Mas não falei nada.

- 13A?

- É, o seu apartamento.

- Ah sim, realmente. – lembro do endereço. Ele liberou minha entrada, voltei, paguei ao taxista e puxei a primeira mala.

- Quer ajuda aí?

- Adoraria. – ele sorriu pra mim e correu pra me ajudar. O garoto tinha porte atlético, me perguntei o que ele fazia na portaria de um prédio com essa cara de modelo e cabelo de cantor sertanejo.  Carregou duas das minhas quatro malas e chamou o elevador. Eu puxei as outras até onde ele estava. – Obrigada pela gentileza.

- Imagina. Não precisa que eu suba, não é? – neguei com a cabeça, imagina se eu ia confiar no porteiro que ia largar a portaria pra ir até um dos apartamentos. – Que bom, porque o meu turno acaba em cinco minutos.

- Que horas são?

- São 18h25.

- Obrigada, de novo.

- Não tem de que. A propósito, sou o Marcelo. – ele estende a mão.

- Bárbara. – aperto a mão dele. O elevador chega e eu entro.

- Bem-vinda. – ele sorri antes das portas fecharem. Ele foi bastante simpático e isso me agradou, mas ainda me pergunto o que um garoto com cara de terceiro ano estava fazendo na portaria de um prédio.

Enfim, abri a porta e entrei colocando toda a minha tralha. O lugar parecia pequeno, mas sei lá, aconchegante. A gente entrava e dava de cara com a sala, à minha esquerda ficava a cozinha que era separada da sala por uma bancada meio longa e que tinha uns bancos junto a ela. Lembrava bancada de lanchonete. Pensar nisso me deu fome, ri sozinha. Na mesma linha da bancada tinha um corredor pequeno com uma porta no final, mais uma do lado direito, e uma abertura sem porta no início, uma pequena varanda com uma máquina de lavar roupas que me fez sorrir. Também tinha uma pia e um varal pequeno.

Achei interessante como tudo era de tamanho reduzido. Segui e abri a porta da direita. O quarto era relativamente grande, tinha uma cama de casal, um criado-mudo ao lado da cama e um guarda-roupa. Abri a porta do guarda-roupa e vi coisas de homem. Coisas do Nicholas. Era o quarto dele.

A outra porta deve ser o meu quarto. Abri e era o banheiro, também em tamanho reduzido, mas limpinho e tinha espaço suficiente pra acomodar eu e o Nick.

Gente, cadê meu quarto aqui?

Voltei pelo corredor e notei ao lado da estante da sala onde ficava a TV, tinha uma porta. Agora sim, meu quarto. Relaxei. Como combinado, era menor que o quarto do Nicholas. Tinha uma cômoda no lugar do guarda roupa, mas a cama era de casal também. Legal, vai ser o meu lugar. Fiquei feliz de não ver sujeira, nem mofo ou algo parecido. Arrastei minhas coisas até o quarto e voltei pra sala com o meu celular na mão, dando uma nova olhada em tudo.

Tinha um sofá e uma poltrona, já me imaginei sentada ali lendo ou estudando. Sentei nela, era super confortável. Olhei meu celular e tinha uma mensagem do Nicholas, com a senha do Wi-Fi do condomínio. Quase respondo com um “olha só quem resolveu falar comigo”, mas ele não resolveu falar comigo, só mandou a senha. Resolvi não pensar nisso, sorrindo até a alma por ter Wi-Fi no prédio e entrei na internet.

Fiquei entediada e com fome dez minutos depois. Resolvi abrir a geladeira, sem comida. No armário também não tinha. Lembrei que tinha um trocado e que tinha visto uma lanchonete no fim da rua. Fui lá, aproveitando pra dar uma olhada na minha rua. Não era nada deserta, legal.

Entrei no ambiente quentinho, um cheirinho de café fresco me fez respirar fundo, era uma cafeteria também. Vi umas mesas, então resolvi sentar em uma e ficar lá, parecia um ambiente tão confortável.

E daí que eu estava sozinha? Eu faço o que eu quiser.

Depois que sentei, olhei o pequeno cardápio. Parecia ser um lugar meio conceituado e que recebia uma pá de adolescentes. Duh, era perto do campus, claro. Na mesa oposta a minha, tinha um grupinho, à minha esquerda mais um, e à frente também. Tive uma rápida sensação de abandono ali, até porque eu ocupava uma mesa e estava sozinha. Até um garçom sorridente chegar a minha mesa. Ele também não devia ser mais velho do que eu, todos os meninos aqui sorriem assim?

- Vai pedir? – não querido vim dar uma olhada no lugar valeu tô saindo – Ahn, desculpa. Sou meio novo nisso. – ri. – Boa noite, bem vinda. Posso anotar o pedido ou a senhorita está esperando alguém? – ah, mais um garoto atlético. Dessa vez, sem cabelo de cantor de sertanejo universitário. Talvez fosse raro garotas andarem sozinhas ali.

- Não, vou pedir. Quero o sanduíche nº 5 e fritas.

- Anotado. Bebida?

- Posso pedir depois?

- Como quiser. – sorri e murmurei um “obrigada”, ele saiu em seguida.

Minutos depois eu estava comendo super feliz o meu lanche. Feliz mesmo, matar a fome está entre as melhores coisas do mundo. Depois pedi um cappuccino pro mesmo mocinho sorridente. Este cappuccino era tão gostoso que nossa, nem sei o que falar.

Enquanto bebia, pensei em algumas pessoas. Pensar em pessoas me leva a pensar na Júlia. Imaginei o que ela faria sozinha numa cidade na qual não conhece ninguém. Eu sei, ela tentaria socializar muito e aproveitaria que é noite pra ir a alguma boate ou festa que encontrasse rodando por aí, ia conhecer a cidade, as pessoas.

Eu bem que poderia, mas essas coisas não são pra mim. Já começo a pensar em como vou voltar, que tipo de gente vou encontrar... bate aquela vontade de nem sair de casa. Com este pensamento fui pagar a conta. Ignorei as pessoas dos grupinhos de adolescentes me olhando e segui caminho. Devia estar bem na minha cara que eu não era dali, mas ok.

Voltei ao apartamento, tomei banho e voltei a sentar na poltrona.

Lembram que eu disse que quando chegasse talvez fosse desabar? Foi bem nessa hora.

Comecei a chorar feito uma retardada, e fiquei lembrando desse ano inteiro, de tudo o que aconteceu. Cheguei ao extremo de reler conversas antigas e chorar mais. Até que eu caísse no sono naquela poltrona, devia ser mais de meia noite. Toda torta.

Como eu não imaginei que acordaria morta de dores? Acho que eu estava numa bad das piores.

[...]

Quando eu acordei, tinha um garoto agachado bem à minha frente. Ele me acordou com a sua mão gelada no meu joelho.

- Que susto, Nicholas. Porra, me deixa dormir. – falei com minha pior voz de quem estava dormindo.

- Eu nem ia te acordar. – olhei melhor pra ele, sem camisa, com os cabelos molhados. Eu não conseguia ver a parte de baixo, mas imaginava e torcia pra que estivesse coberta. Ele claramente tinha acabado de sair do banho, aquele mesmo cheiro ótimo de sabonete masculino exalava dele. Ok, se tomou banho, já tinha chegado há um tempo. – Mas imaginei que iria sentir dores, sentada desse jeito.

Quando me ajeitei na poltrona e virei o pescoço pra olhá-lo, um puta torcicolo.

- Ai, caralho. – ele fez uma cara de “eu sabia” – Vai se foder.

- É sempre tão amorosa quando acorda?

- Eu sou uma insuportável de manhã. – dei de ombros e ri.

- Já passou do meio dia, Babi.

- Sério? Então ok, bom dia Nick. Tô com fome. E meu pescoço dói. – pedi com um gesto que ele me deixasse levantar, levantei dali e comecei a estalar cada parte do meu corpo que eu conseguia, porque estava toda travada. – Como foi a viagem?

- Foi ok. Achei que tivesse chateada comigo. – ele também levanta e vejo que estava sim de bermuda.

- Chateada porque você me evitou? – ele se joga no sofá.

- É.

- Pra que eu ia me estressar se sabia que ia te encontrar aqui? Não sei por que você me evitou, mas se quiser contar sou toda ouvidos.

- Eu...

- Mas antes, tem comida?

- Não. Eu quis ir contigo ao supermercado.

- Desde que horas tá aqui?

- Tem uma hora e meia, mais ou menos.

 - E só resolveu me acordar agora?

- Você parecia dormir tão bem.

- Eu estava numa bad horrível e simplesmente apaguei. – ele pareceu sentir por mim. Naquele momento vi o Nicholas da noite que a gente teve. Certo que foi só uma noite, mas foi muito significativo pra mim. Eu nunca tinha transado com um homem antes e não imaginava que fosse gostar como gostei, o Nicholas... É bom nisso. Eu sentia que ele se preocupava comigo, entende? Que ele queria que eu aproveitasse tanto quanto ele, que sentisse, que gozasse. E isso me fez um bem do caralho, essa sensação. Ok, o orgasmo também. – Senti sua falta, o tempo que não falou comigo.

- E por que não me procurou?

- Pra você não me entender mal. Sabe, foi só aquela noite.

- Relaxa, hot pocket. Eu sei que foi só aquela noite. Foi muito bom, mas é melhor mesmo ser só seu amigo, acho que funcionamos melhor assim. – quando ele disse “relaxa”, me senti segura e sentei ao lado dele.

- Foi muito bom? – sorri convencida. Ele também sorriu.

- Foi. Pra você não? – fiz careta e balancei a mão indicando “mais ou menos”, só pra ele não ficar se achando. – Vai se foder, você adorou! – gargalhei, amando que o clima entre nós não ficasse estranho. Depois eu concordei com o que ele disse, mas ele nem percebeu. – E desculpa.

- Pelo vai se foder?

- Não, por ter te evitado. Eu só não sabia direito como proceder, porque... Eu fiz amor com você. – abri a boca, mas nada saiu dela a não ser um suspiro. – Tipo, eu senti uma conexão. – limitei-me a assentir. – Senti desde o primeiro beijo, na verdade. Algo como “não posso decepcioná-la, ela não merece”. Sei lá, e mesmo assim não penso na gente indo pra frente.

Vocês com certeza devem saber que não gosto da definição “fazer amor” pra sexo. Mas não disse isso ao Nicholas. Não sei o porquê. E achei o que ele tinha dito uma das coisas mais fofas que eu já tinha escutado na minha vida, quase quis beijá-lo quando ouvi, mas apenas mexi no seu cabelo, ele merecia um carinho. Acho que eu estava com um sorriso bobo. Neguei com a cabeça.

Nós dois somos um bom casal? Porque eu estou começando a pensar sobre, hahahaha

Na verdade, se vocês forem analisar, somos perfeitos. Como casal, sim! A gente confia um no outro, se dá bem, ri junto, ele é como se fosse meu porto seguro e eu o dele (principalmente agora). A química é boa em todos os aspectos que consigo imaginar. E ia durar pra caramba se a gente fosse namorar. Mesmo ele sendo muito mais gay e eu sendo muito mais lésbica.

E está aí o motivo de não tentarmos algo mais sério: ele é muito gay e eu sou muito lésbica.

- E agora fiquei meio mal por não ter estado no aeroporto “te vendo partir”. – ele faz beicinho, eu rio e o puxo mais perto para um abraço de lado. Nick esconde o rosto no meu pescoço e depois deita nos meus peitos. Eu nada disse sobre, só mexi mais no seu cabelo.

- Você só perdeu minha interação com a atual da minha ex e sete lésbicas em lágrimas. Sim, eu contei comigo. Mas não chorei tanto. Chorei mais ontem aqui sozinha.

- Com medo?

- Olha pra mim e vê se eu tenho medo de ficar sozinha.

- Sei lá, de aparecer uma barata... Argh.

- Eu não tenho medo de barata, meu Deus! Certo que elas são nojentas mas e daí?

- Então ficou chorando por quê?

- Porque a ficha caiu. Vou demorar muito de ver minhas meninas e agora vou ter que morar com um cabeção. Bateu a bad. – fingi tristeza. Ele saiu do abraço e sentou corretamente. Gente, meu pescoço doía muito.

- Quer parar de falar da minha cabeça e ir lavar esse rosto pra a gente ir ao supermercado? Essa casa não tem nenhuma comida, aliás, o que você comeu ontem?

- Tem uma lanchonete no final da rua, exagerei, comi muito. O garçom era gatinho. O porteiro daqui também é. Ou eu que só dei de cara com homens gostosos.

- O porteiro é gostoso? É um tio, deve ter uns 50.

- É o porteiro que estava aqui quando eu cheguei. Ele deve ficar à tarde, ou em dias específicos, sei lá.

- E o que sabe sobre ele?

- Que se chama Marcelo... Marcos... Marlon... Ah, não sei, é com M.

- Nada mais?

- Fecha esse cu, pairulito. Não vou deixar você dar em cima do porteiro, imagina.

- Quem falou que eu ia dar em cima do porteiro? Só queria saber, estressada. – murmurei um “aham” totalmente descrente e fui até a cozinha beber água. – Vai ao mercado comigo ou não? – não tinha copo pra beber água, ri.

- Vou, mas posso beber água antes? Não posso, não tem copo. – eu fiz conchinha com a mão pra beber água. Achei graça nisso, eu devia estar louca.

- Vamos comprar a porra toda hoje.

- E quem vai carregar? – imaginei meu torcicolo piorando.

- Ah Babi, vamos ter que se ajudar. – revirei os olhos, mas me rendi.

- Eu tô mal vestida? – tava com um short que não era tão curto e uma regata preta um pouco colada.

- O cabelo tá bagunçado, só isso.

- Eu acabei de acordar. Claro que tá bagunçado. E preciso lavar o cabelo, também. Antes que fique impossível de lidar com ele. Lembra de comprar shampoo.  – falei entrando no banheiro pra escovar os dentes. Ele me seguiu.

- Bárbara, a gente precisa de praticamente tudo que tem no supermercado. Você vai ver, quando avistarmos uma coisa, vamos lembrar que precisamos dela.

- E se a gente não ver? – falei tirando a escova da boca rapidamente e me esforçando pra não cuspir nele sem querer.

- Somos dois, acho que vai ser mais simples. É só não se separar e ter atenção. – assenti, cuspindo na pia e lavando a boca.

- Então ok. – falei, e passei por ele, entrando no meu quarto. Peguei a minha escova na cômoda e escovei rapidamente os cabelos, depois fiz um rabo de cavalo alto, e pronta já estava em três minutos. – Vamos ou você não vai colocar uma camisa?

- Já está pronta?

- Não são todas as mulheres que demoram se arrumando e você disse que eu não estava mal vestida. Dá pra sair na rua, então vamos. Vai botar uma camisa logo que eu tô esperando.  – ele entrou no quarto e saiu segundos depois vestindo uma camiseta azul escura. – Gosto assim, quando não precisa de mim pra escolher camisa.

- Aff, foi só daquela vez. – ele chamou o elevador. Murmurei mais um “aham”, pensando em outra coisa. – E eu te comi usando a camisa que você escolheu. Me arrumei pra você, gata.

- Você é uma bicha, eu que te comi.

- Aham, foi. O macho mais gostoso, quem olha nem imagina que a pouca altura não quer dizer nada. – nessas horas eu odeio ele por ser mais alto.

- Ok, menos. – ele riu. – Nicholas, que mal lhe pergunte, onde fica o supermercado mais próximo daqui?

- Fica nesse bairro.

- Tá, mas quantas ruas de distância?

- Algumas...

- E como vamos chegar lá? – já quis morrer pela resposta, que eu sabia qual era.

- Andando. – o elevador chegou, ele entrou.

- Não... – choraminguei.

- Pelo menos você vai queimar as calorias que ganhou na lanchonete ontem.

- É, mas como eu vou andar sem energia? Com fome?

- Se for andando comigo sem reclamar, faço pudim pra você. – ele me puxa pra dentro do elevador.

- Você. Sabe. Fazer. Pudim? – sorri grandão. Eu tinha tentado cozinhar na minha vida, mas nunca um pudim. E não sei por que não, já que eu amo. Ele assentiu.

- Sim, mas é o único “prato” que posso me gabar. Além do que todo mundo sabe é claro, também sei fazer brigadeiro, pipoca, gelatina e miojo.  – ri. Saímos do elevador, pelo portão e ganhamos a rua.

- Me diz uma comida que você gosta muito. Só pra eu saber se já tentei fazer.

- Pizza. – quem não ama pizza?

- Já tentei. Não pude reclamar do gosto. Vamos fazer uma pizza hoje. – sorri pra ele.

- Tem certeza?

- É nosso primeiro dia morando juntos. Vamos fazer uma pizza, talvez beber algo, você é de maior, podemos comprar bebida. Aproveitar o tempo, vamos ter bastante tempo. É fim de semana, a gente curte. – ele assente e sorri. – Daí, segunda começa a busca por um emprego. `Pelo menos é o que eu vou fazer até que as aulas comecem, o que vai demorar.

 - Pior é que vai mesmo.

- Achei loucura vir pra cá com tanta antecedência. Sabe, a gente deve voltar pras festas de fim de ano. Não é?

- Eu devo viajar para a Itália.

- Rico.

- Não sabia que sou meio italiano? Meu pai fugiu pro Brasil depois de se apaixonar por uma brasileira, mas ele nasceu lá. Eu nasci aqui. E só estou aqui porque minha mãe sumiu do mapa e meu pai adora muito o trabalho dele pra largá-lo e voltar pra Itália.

- Agora que vim reparar no nome do seu pai...

- Giovanni. Sim. É italiano.

- E por que você se chama Nicholas? – ele deu de ombros, dizendo que foi uma escolha do pai.

- E por que você se chama Bárbara?

- Meu pai escolheu, também. Nunca simpatizei com meu nome. Mas já me acostumei com ele.

- Não tem uma santa com seu nome?

- Tem, a protetora contra relâmpagos e tempestades. Já li sobre ela. Toda a história de que foi morta pelo próprio pai, que não aceitava sua crença e...

Desatamos a conversar sem parar. Certo que eu falava um pouquinho mais que o Nicholas.

- Aí, chegamos. – ele diz do nada e noto estarmos na frente do supermercado.

- Foi tão rápido...

- Pois é, foi tanta falação que você nem notou que andou por quinze minutos. – ri. – Pode agradecer.

- Não vou agradecer, vamos logo que eu tô com fome. – puxei-o para onde os carrinhos ficavam.

Pov Júlia

- E aí pra gente sair dessa cama, Luana? – o que eu faço com uma morena dessas em cima de mim?

- Ainda não quero. – ela beija entre meus seios e não tira o rosto dali. Sim, estávamos peladas.

- E ir dormir? Hm, isso arrepia. – sua língua me provoca.

- Acordamos há pouco.

- A gente cochilou, tô falando de ir dormir de verdade.  – ela riu, me causando mais um arrepio e me olhou nos olhos.

Tivemos nossa primeira vez juntas horas antes, um pouco depois de voltarmos do aeroporto, a Lu tentou distrair a minha mente e eu despertei pra aquilo. O sexo foi maravilhoso e eu babei no corpo nu dela e aquela tatuagem de pimenta no quadril.

Eu gosto da Luana, me importo com ela. Posso ser feliz com ela. Vou ser. Vamos ser felizes juntas, somos parecidas e temos ótima química. Ela me dá o arrepiozinho gostoso dos apaixonados.

- O que você acha melhor: dormir ou gozar? – sua voz sussurra, tirando-me dos pensamentos. E me excitando, já.

- Só tenho essas duas opções? – ri, devolvendo o sorriso malicioso e sendo sexy da mesma maneira. Ela demonstrou interesse, mordendo o lábio inferior.

- Pode dar uma ideia, se quiser.

- Sugiro dormir depois de gozar.

- Sabia que você ia dizer isso. – ela ri toda safada.

- Mas eu queria mesmo dormir. Tô cansada demais pra isso.  

- Você... – ela beija meu queixo – Não vai... – meu pescoço, n o  p e s c o ç o  n ã o – Fazer... – e ali ela chupa, não deixei de gemer. – Nada... – e chupa um pouco abaixo da minha clavícula. – Só deixe comigo, marrentinha... – o jeito que ela sussurrou o apelido me fez piscar mais demoradamente e revirar os olhos de prazer em seguida. – Eu faço todo o trabalho, deixa.

- Não parece justo pra mim, hmm... – mordi meu lábio quando sua boca se apossou do meu seio direito. Esfreguei as coxas e já me sentia molhada. É claro que eu ia deixar, imagina se eu não deixasse.

- Eu quero te chupar, só isso. – ela sussurra, brincando com a boca nos meus peitos. Chupou algum lugar ali, me fazendo arquear as costas e gemer mais alto. Eu ia ficar roxa. – Mas te chupar inteira... Gostosa. Vou te marcar toda. – ela volta a chupar bem abaixo do meu seio esquerdo. Meu Deus, que mulher desgraçada que não me fode.

- Antes de você chegar onde interessa acho que já gozei. – digo entre minha respiração ofegante e os muitos arrepios com a boca dela na minha barriga. Observo seus lábios deixarem minha pele e os pontinhos vermelhos aparecerem. – Lu, que droga. – eu não estava reclamando das marcas, e sim do quanto eu estava molhada.

- Se você tiver gozado, eu não te chupo onde você quer. – gemi em protesto e Luana trabalhou em mais um chupão próximo ao meu umbigo. Meus arrepios eram quase vergonhosos, meu corpo chegava a tremer. Ela achava graça, a vagabunda. – Você vai gozar na minha boca.

- Luana! Faz logo isso... – ela estava agora no meu quadril. E marcou o lado direito, como também o esquerdo, como o centro... Aquilo era tão torturante, e gostoso. Sua língua rapidamente encosta-se ao meu nervo pulsante e só o rápido contato deu nisso – Aah! – ela riu, perversa.

E segurou minhas pernas, colocando-as sobre seus ombros, me puxando para a beira da cama e ficando agachada no chão. Ela inala próximo do meu sexo.

- Tão cheirosa... Cristo, te chuparia até amanhã. Gostosa!

- Faz agora, Lu. – ela não me dá ouvidos e se empenha em marcar os lados internos das minhas coxas. – Puta que pariu. – fechei minhas pernas sobre seus ombros, forçando sua boca a entrar em contato com meu sexo completamente encharcado. Além disso, segurei sua cabeça ali e rebolei. Gemi alto e senti meu ventre se contrair. Ela afastou ligeiramente o rosto da minha intimidade e eu ri completamente safada quando vi a ponta do seu nariz, sua boca e o queixo melados com minha excitação.

- Vadia. – seu tom de voz é desaprovador, mas dá pra ver que ela gostou. Por isso eu sorri mais ainda, achei tão sexy sua boca melada. Mais ainda quando ela lambeu os lábios devagar.

Luana “se vinga” mordendo meu clitóris sem muita força, mas eu estava pouco me fodendo desde que ela continuasse.

- Abre as pernas pra mim. Anda. – ela me encara e eu obedeço no mesmo segundo. Um grito foi o que eu dei quando sua língua lambeu-me de baixo para cima, tão bom. Soltei o ar com força quando voltou de cima para baixo. – Vou te fazer jorrar na minha boca. – ela sussurra como se fosse um segredo. A menção da palavra “jorrar” me faz querer chegar ao orgasmo desesperadamente.

- Oh, falta tão pouco pra isso. – minha voz falhava, eu suava. Sentia os cabelos grudando nas costas. Luana não estava diferente. Suas mãos apertam minhas coxas e sobem até minha bunda.

- Quero sentir o quanto você quer. – ela diz e continua próxima ao meu sexo. Fiz o que achei que devia fazer, busquei o contato e rebolei em sua boca, que me recebeu ansiosa e quase faminta.

- Isso, Luana! – deixei o corpo cair na cama, forçando as pernas contra as costas dela e a trazendo mais próxima, sem parar com as reboladas. Luana brincou com a língua rodeando minha entrada e rapidamente a penetrou. Enlouqueci.

Suas mãos alcançaram e estimularam meus seios, logo desceram arranhando meu abdômen, enquanto sua boca agora praticamente me devorava. Chamei por ela mais de uma vez nesse intervalo.

- Que delícia Lu, faz de novo... – pedi para o último movimento dela, que sei lá qual tinha sido. Mas ela repete. Me sentia inchada e meu gozo pressionava minha entrada pra sair, meu sexo latejava na boca dela. – Me chupa assim, diz o quanto você gosta, hmm... – o corpo dela se arrepia ao escutar minha voz.

- Ah, Júlia... Você é uma completa safada, e toda gostosa. Você me deixa louca, mulher. – sua voz soa um pouco quebrada e excitada. Só nesse momento reparo no seu braço esquerdo com rapidez em seu próprio sexo. Voltei a sentar e me esfregar contra sua boca, não aguentando mais aquilo.

- Eu vou gozar. – Lu puxou meu nervo pra dentro da boca, meu corpo tremeu.

- Eu vou com você. Goza pra mim Júlia, diz meu nome. – sua mão estala um tapa na minha bunda e ela afunda novamente o rosto no meu sexo, no momento exato em que explodi num orgasmo bem forte, contra seu rosto. Simplesmente não consegui mais calar os gemidos.  

- Luana Sánchez, puta que me pariu. – sussurrei sem forças. – Isso só ficaria melhor... Sei lá, nem sei se tem como ficar melhor.

- Eu olho pra você e nem acredito que é tão gostosa, Júlia Becker.

- Eu olho pra você e olha essa boquinha toda melada e vermelha de tanto me chupar. – ela gargalhou.

- Vai dormir agora? – ela perguntou ao me ver bocejar.

- Sim, me sinto com 2% de bateria. – me agarrei ao corpo dela e fiquei bem confortável com seu braço direito me envolvendo. – Vai dormir também?

- Vou só te fazer carinho. – ah, Luana...


Notas Finais


Sim, pretendo focar mais na Babi e seus "desafios" numa nova cidade, já que pra Júlia a vida vai ser um pouco mais """fácil""" (várias aspas nisso)
porém pelo menos ela vai ter a Lu sempre ali no cangote né

Babi solta na noite, convoca as amigas
brincadeira
qualquer erro me avisem, please
vou pular pra parte da faculdade e vcs vão ver Bárbara mangueando e 100% nem aí ahsuashasuahsuashasuhasusahsa (e eu me identificando super com ela)

valeu galera
luz
paz
amor
pode me chamar no tt qualquer coisa> @cabellonaperna

Até o próximo, beijo!


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