Pov. Zlatan Ibrahimovic:
Eu tinha chegado a apenas alguns minutos e já não aguentava mais ver Joana se contorcendo de dor.
- Por favor amor... – peço.
Ela precisava ir para o hospital, precisávamos acabar com esse sofrimento.
- Não... ela vai vir na hora dela. – ela diz entre os dentes.
Porra, que mulher teimosa.
- Quer tomar mais um banho? – Isabella pergunta.
- Quero. – Joana responde.
- É melhor deixar ela na banheira. – a mãe dela sugere.
- É, porque agora as dores começarão a vir com força. – Isabella fala.
Me sentei na beirada da cama e fiquei segurando a mão dela. Eu estava me sentindo impotente, não conseguia fazer ela parar de sofrer daquele jeito.
- Está cada vez mais perto Zlatan... – ela fala e tenta sorri.
Eu acho que não estava disfarçando a minha preocupação e angustia.
- Eu sei amor... – digo e sorrio para ela.
Passa a mão na barriga dela e sinto ela mais dura que o normal.
- Isso está certo? – pergunto a Isabella.
- Está, Aurora já está encaixada para sair, por isso a diminuição da barriga... a musculatura está contraída.
- A banheira está enchendo. – a mãe de Joana avisa.
- Vamos levar ela para lá. – Isabella fala.
Me levanto e vou ajudando Joana a fazer o mesmo. Ela se senta na cama e depois de alguns minutos a ajudo levantar. Fomos a passos lentos para o banheiro e dentro da banheira a dor pareceu aumentar ainda mais.
- Faz alguma coisa. – peço já nervoso.
- Calma, você tem que passar calma para ela. – minha sogra fala.
Como eu posso manter a calma se minha mulher está se contorcendo de dor.
- Vou te examinar de novo... parece que agora você vai dilatar mais rápido.
Ela examina Joana mais uma vez, enquanto ela chorava de dor.
- Seis... Aurora gostou da água. – Isabella fala.
- Graças a Deus. – a mãe de Joana vibra.
- Tem que chegar em quanto para ela sair? – pergunto.
- Oito... agora as contrações vão ficar mais fortes e é hora de começarmos a nos preparar para fazer força. – Isabella fala intercalando o olhar entre mim e Joana.
- Ai caralho! – Joana grita.
Puta que pariu, eu já estava uma pilha de nervos.
- Zlatan, agora é com você. – Isabella fala.
- Como assim agora é comigo? – pergunto.
- Esse é o momento de vocês. Aurora já está para nascer, agora você vai ficar do lado de Joana dando força a ela. – Isabella fala.
Eu fico mais nervoso ainda com essa responsabilidade sobre os meus ombros, mas agora não é hora de fraquejar. Vou para perto da banheira e me sento no chão.
- Vamos lá amor... – peço.
Joana pega a minha mão e aperta.
- Você consegue... você sempre consegue fazer tudo. – digo e beijo a mão dela.
Ela balança a cabeça positivamente.
As contrações dela pareciam vir seguidamente e a cada minuto que se passava Joana sofria mais.
- Vamos Joana... agora só depende de você. – Isabella diz batendo de leve na perna de Joana.
Joana soprava, mordia o lábio inferior, apertava minha mão.
- Vai Joana... força. – ela motiva.
Eu via minha mulher chorar e gritar e não podia fazer nada.
- Vamos amor... força. – eu também já não estava mais aguentando.
E depois de mais um grito de dor de Joana, o som que ouvimos foi o choro de Aurora. Olhei para Isabella e já vi ela entregando a nossa pequena Aurora a Joana.
Uma sensação de alivio e de felicidade invade meu corpo.
- Tira o biquíni dela. – Isabella fala.
Desato o nó do biquíni que minha mulher vestia e vejo minha filha encontrar o peito da mãe. O choro de Aurora sessou, mas o de Joana não e vendo aquela cena tão bonita, eu não consegui conter minhas lagrimas.
Joana me olha sorrindo em meio as lagrimas.
- A nossa filha amor... – Joana fala.
- Ela é linda. – digo sorrindo.
- Viu, eu disse que ia valer a pena. – Isabella fala comigo.
- É, você falou.
- Agora você vai precisar sair, as enfermeiras e eu vamos terminar de fazer alguns procedimentos com as duas. – ela me avisa.
- Tudo bem. – digo.
Me levanto, mas antes de sair deixo um beijo na testa de Joana.
Saio do banheiro e assim que vejo a mãe de Joana, ela me abraça. Foi um tanto inesperado, mas eu retribui tal gesto.
- Parabéns papai...
- Obrigado, vovó. – digo.
- Meu Deus, eu não vejo a hora de pegar ela no colo... – ela fala e gesticula.
Dou risada.
Eu também estava louco para segurar minha filha nos meus braços.
- Será que vão demorar muito? – pergunto.
- Acho que não. – ela fala.
- Eu vou avisar aos meus pais, aos meus filhos que Aurora já nasceu. – digo.
- Eu também vou avisar ao meu marido e aos Silva. – ela anuncia.
Pegamos nossos celulares e começamos a ligar para o pessoal para avisar. Vin e Max viriam para cá ainda hoje para conhecer a irmã, meus pais viriam amanhã e eu já enviei uma mensagem para Mino pedindo para ele avisar ao clube que minha filha nasceu e que eu ficarei em Paris por pelo menos três dias.
- Olha quem já está pronta. – Isabella sai do banheiro com Aurora nos braços.
Ela vestia a roupinha rosinha dela.
- E Joana? – pergunto.
- As enfermeiras estão dando banho nela, já, já ela estará aqui. – ela fala e me entrega Aurora.
Era meio estranho pegar ela no colo, ela estava toda molinha ainda e eu fiquei com um pouco de medo.
- 3,640 kg e 51 centímetros... uma garotona. – ela fala.
Tento ir ajeitando ela no meu colo e ela parece não gostar muito, já que abre o olho.
- Desculpa... seu pai ainda está sem jeito. – falo com ela.
Ela me observa com aqueles lindos olhos azulados da mãe.
- Ai... ela é a cara da Joana. – minha sogra fala.
- Corro o risco do gênio ser do pai. – Joana fala brincando.
Ela vinha caminhando devagar com a ajuda das enfermeiras.
- Ela já me olhou porque eu estava tentando ajeitar ela... grandes chances de ter o meu gênio. – digo a ela.
As enfermeiras colocam ela na cama e ela escora as costas com travesseiros.
Me aproximo da cama e me sento na beirada.
- Está aproveitando o seu pai, não é filha? – Joana conversa com Aurora e ela segura o dedo da mãe.
Eu estava extasiado com o que estava acontecendo.
- Bom... agora que Aurora e a mãe dela estão bem, chegou a nossa hora. – Isabella fala.
Nós agradecemos a ela e as enfermeiras bastante. Foram horas difíceis e sem toda a calma e competência delas não teríamos passado por essa experiência tão boa.
- Vou prepara alguma coisa para vocês comerem. – a mãe de Joana avisa.
Ela nos deixa a sós e Joana começa a amamentar Aurora. Eu assistia aquilo com um sorriso bobo nos lábios.
- Obrigado por ter me dado ela... – Joana fala e segura minha mão.
- Não me agradeça, por favor, ela foi feita por nós, fruto de todo o nosso amor. – digo acariciando a mão dela.
Joana sorri.
- Eu te amo... amo vocês duas. – digo.
- Nós também te amamos muito. – ela fala.
Levo isso como um aval e deixo um beijo terno em seus macios lábios.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.