Sasuke
A noite foi incrivelmente perfeita e eu pude perceber o quanto ela é uma garota maravilhosa, eu não podia ficar mais apaixonado ainda, foi incrível o modo como pegamos intimidade rapidamente, e logo estávamos conversando como se fossemos duas pessoas que se conhecem a anos, ela é doce como chocolate e sofisticada como uma fruta exótica, seus labios vermelhos eram tao convidativos para mim que me segurei para não ataca-los ali mesmo, o que a deixaria muito assustada.
Tudo acabou mais rápido do que eu quis e foi difícil ter que acompanhá-la á sua casa sem poder convidá-la para conhecer meu apartamento e passar, não só essa, mas todas as noites comigo. Acho que ela não aceitaria e pelo contrário, talvez não quisesse mais olhar na minha cara o que também não duraria muito tempo, já que ela é minha marcada e também pode sentir isso, nossa ligação se fortalece a cada momento e quando eu finalmente a marca-la, ela será com o Minha alma gêmea, sentimentos, sensações e medos serão compartilhados, é como algo que nos liga, e essa ligação não pode nunca ser rompida, é a coisa mais poderosa do mundo.
— Eu adorei o jantar senhor Uchiha - Me desliguei de meus pensamentos para olha-la, estávamos na frente de sua casa que se encontrava com as luzes desligadas — Acho que papai não está em casa - Um simples comentário que disputou em mim meu lado mais malicioso.
— Como sabe que ele não está aqui? - Decidi contornar a situação e evitar mais pensamentos maliciosos diante de uma criatura tão inocente e pura como Sakura, mas eu sabia que o senhor Haruno não estava em casa.
— Primeiro porque meu pai sempre deixa uma luz ligada, ele dizia que era pra segurança mas agora estão todas apagadas. E segundo... pode me achar louca, mas é como se eu pudesse sentir se ele está próximo a mim, é como se fosse uma...
— Uma ligação
— Isso, é exatamente assim, mas não sei bem explicar como é, eu só sinto, as vezes parece estranho mas eu acho legal - Se ela soubesse que isso era apenas um dom que foi herdado da sua descendência Haruno, mas ela não sabe de nada.
— Sei como é, sinto isso as vezes, com meus pais e meus amigos, somos como uma grande família sabe? Então sempre sentimos as coisas relacionadas uns aos outros, é um tipo de ligação especial - Eu disse encarando aqueles olhos brilhantes e convidativos, eu não iria reclamar se todos os dias, ao acordar, eu os visse a minha frente.
— Deve ser legal, eu não tenho essa ligação com mais ninguém, eu só sinto as coisas em relação ao papai, mas as vezes é como se eu pudesse sentir a tristeza ou a felicidade excessiva de algum amigo, apenas estando perto - Ela disse sem tirar os olhos dos meus, e nesse momento era como se houvesse um imã nos atraindo cada vez mais.
— Talvez você tenha esse tipo de ligação com outra pessoa, só não percebeu ainda, talvez você sinta exatamente as mesmas coisas que outra pessoa sente, e talvez você seja ligada, marcada de outra pessoa - Instantaneamente segurei seu rosto com uma das mãos, enquanto a outra circulava sua cintura em busca de acabar com o espaço entre nós.
— E essa pessoa pode ser você... - Ela ficou com as bochechas vermelhas, eu sei que ela tinha percebido, eu sentia, ela também. Sakura sabia que éramos ligados, de alguma forma não importa qual, mas ela podia sentir.
— Você é minha Sakura! Minha amada marcada.
E eu a beijei, e foi como se tudo ao meu redor parasse, seus braços rodearam meu pescoço e suas mãos puxavam meus cabelos da nuca. Eu a desejava mais que tudo, e de todas as maneiras, das mais inocentes até as mais carnais.
Minha língua foi direto para sua boca e buscava explorar o local, e os pequenos gemidos tímidos que saiam da sua boca faziam meu lobo gritar, eu sei que ele queria sair, queria possui-la de todas as maneiras, sem se importar com nada, mas eu não podia.
Quando nos separamos ela estava vermelha e ofegante assim como eu, e quando abriu seus olhos estavam demonstrando o mesmo que os meus, luxúria e desejo. Eu não me contive a beijando mais uma vez, eu procurei tanto por ela, a esperei tento, agora que a tenho, nada! Nada no mundo vai me separa dela, nunca!
Automaticamente meus beijos desceram por seu pescoço e eu não me importei em marca-lo, pode parecer machismo da minha parte mas eu queria que soubessem que ela tem dono, não por possessividade mas por medo, medo de perde-la.
— Sasuke... - Quando um gemido arrastado saiu de seus lábios dizendo meu nome foi como perder a sanidade, eu estava louco por ela, tão louco, que por um momento eu cogitei arrasta-la para minha cama, sequestra-la assim como Naruto fez, mas eu sabia que esses pensamentos impulsivos eram causados pelo lobo negro que marcava minha alma.
— Não faz isso karalho... - O palavrão foi o que eu disse para me segurar, enquanto minha mão direita foi ao seu cabelo o puxando desde a raiz mas não para machuca-la, ela me olhou com o mesmo desejo que eu estava sentindo.
— Não imagina o quanto eu estou me segurando para não devora-la agora! Eu quero tanto te beijar, te marcar...
— Então marque Sasuke - O sussurro foi baixo mais extremamente excitante pra mim, ela não tem medo do perigo, seu olhar estava nublado e os olhos estavam entre abertos.
— Eu quero, quero muito, mas sei que vou te assustar se for tão rápido assim, você está sentindo o mesmo que eu por isso esta exitada e impulsiva e eu não quero que se arrependa depois - Dito isso eu me afastei dela, aos poucos, mas me afastei. E quando olhei em seus olhos via a decepção pelo afastamento repentino.
— Sakura... - Escutamos uma voz próxima a nós e percebemos ser de um homem com cabelos compridos, ele estava sério e com as mãos nos bolsos da calça e com a sobrancelha arqueada.
— Neji! O que está fazendo aqui? - Esse nome é familiar, ah claro! O famoso Neji Hyuga que eles tanto falavam, e que descobri recentemente ser o primo da mulher de Naruto, então esse é o babaca que tentou abusar de Sakura?
— Sasuke? O que faz aqui? Achei que sua turma não andasse por esses lados - Neji nunca foi a favor da cultura sobrenatural, mas por causa se Hinata ele acabou em meio a tudo isso, ele nunca gostou de mim ou da alcateia, respeitava por causa de Hinata.
— Eu que pergunto Hyuga o que está fazendo aqui? - Fiquei de costas para Sakura olhando bem nos olhos do Hyuga que pareceu perceber o que se tratava minha relação com Sakura, ele deu um passo para trás e nos observou com os olhos arregalados — É minha!
— Acho que estou entendendo o que está acontecendo, vou embora, não tenho mais nada para conversar aqui, nos vemos por aí Sakura - Como eu disse ele não gostava de mim, mas respeitava minha posição como alpha da alcateia.
— Não, não irão se ver por aí - Eu disse sério ganhando um suspiro de desaprovação do Hyuga que não disse nada, apenas nos deu as costas e sumiu rua acima.
— Como conhecia Neji? - A voz de Sakura me tranquilizou, aquele moleque me fazia querer soca-lo, apenas por saber que ele tentou tocar Sakura sem sua permissão, ele não tem esse direito, nenhum homem tem o direito de tocar uma mulher sem sua permissão.
— Ele é primo da marcada ômega de um amigo meu - Acabei nem percebendo o que havia falado, ela me olhou com as sobrancelhas juntas, eu dei uma risada sem graça tentando fingir ser uma piada mas me surpreendi com o que ela disse.
— Como os lobos? - Aquilo realmente havia me deixado surpreso e intrigado, ela disse que maneira tão inocente e automático que parecia ser algo normal para ela, como se falasse aquilo rotineiramente.
— Sakura, o que você sabe como isso? - Preferi perguntar de uma vez e ela me olhou sem entender, piscou os olhos algumas vezes enquanto abria e fechava os lábios toda hora, mas sem dizer nada, nem uma palavra sequer, eu dei dois passos ficando mais perto dela novamente mas ouvimos um grande estrondo que nos chamou atenção.
Era um lobo, ele nos olhava com os caninos de fora e não se intimidou comigo, com certeza não era algum lobo da minha alcateia, ele havia pulado em cima do meu carro que ficou amassado em cima, merda! Vou ter que comprar outro, ouvi os batimentos de Sakura se alterarem e xinguei ao lembrar que ela estava ali. Não me intimidei com aquele lobo apenas olhei para Sakura e disse para ela correr para dentro, mas ela estava tão paralisada que decidi mudar de plano.
A princípio vou fingir que não sei nada sobre esse mundo, puxei sua mão e fomos em direção a porta que estava aberta, achei suspeito mas ignorei, o lobo saiu de cima do carro e pulou no chão, nós entramos e fechamos a porta, algo que poucos sabem é que na verdade não só vampiros que não podem entrar em sua casa, sem seu convite, nenhum ser sobrenatural pode.
Olhei para Sakura que estava com cara de choro o que achei engraçado, eu não fiquei medo e nem estranhei um lobo até porque sou um e estou acostumado, mas ela não, saiu correndo escada acima enquanto gritava que iria ligar para o pai, não consegui evitar a risada, ela também tentaria ligar para o pai quando descobrir que eu também sou um lobo.
[...]
Eu já estava ficando tonto com Sakura andando em círculos pela casa, parecia até ter se esquecido da minha presença ali. Mas não estou reclamando, passei tantos anos achando que nunca poderia saber como é sentir amor por alguém que poderia ficar apenas a olhando por horas.
— Papai eu estou falando tem um lobo enorme no quintal, vem pra casa, eu não quero dormir aqui sozinha, você tem que acreditar em mim... sabe que eu não minto - Eu estava sentado no final da escada enquanto via Sakura andar de um lado para o outro na sala de estar — Não vou ir pra casa do Sai nem do Gaara porque eu não vou sair pra fora dessa casa papai, aquela coisa vai me matar, você tinha que ver era enorme e assustador - Me senti um pouco ofendido e meio mal por ouvi lá falar daquela forma, mas também achei engraçado sua forma de falar, me lembrava as crianças da alcatéia quando viam um lobo pela primeira vez.
— Deixe que eu falo com ele - Me levantei do último degrau da escada onde estava sentado, e peguei o telefone celular em sua mão — Senhor Kizashi sou eu, não precisa se preocupar com nada está tudo sobre controle, vou ficar aqui até o senhor chegar.
- Oras eu nem pretendia voltar hoje pra casa!
— Eu ficarei aqui com Sakura, não precisa se preocupar com nada e aproveite a noite - Escutei uma risada anasalada pelo outro lado, é óbvio que ele não gostou muito da ideia de sua filha passar a noite sozinha com um homem, que acima de tudo tem um lobo descontrolado em seu interior que gritava para marca-la o mais rápido possível.
O que me fez refletir que talvez ele saiba o que é necessário fazer para que a ligação aconteça.
- Espero que saiba se controlar Sauske, estou depositando minha confiança em você graças a confiança que tenho por seu pai, estou lhe confiando a coisa mais preciosa da minha vida!
— Papai vem logo - Sakura abaixou meu braço com telefone que estava em meu ouvido e falou um pouco alto, então eu coloquei no viva voz.
- Sakura querida fique tranquila, você esta protegida aí em casa e Sasuke não vai deixar nada acontecer com você, ele irá passar a noite com você, amanhã conversamos.
Olhei para Sakura que olhava com as sobrancelhas juntas como se estivesse intrigada com algo, logo depois olhou pra mim e abaixou a cabeça enquanto eu percebia o vermelho em seu rosto, apenas me despedi do pai de Sakura e desliguei seu celular o colocando em cima do sofá, olhei pra Sakura que olhava para a janela vendo se ainda tinha algo lá fora.
— Acho que devemos continuar com a conversa que estávamos tendo lá fora, não é? - Ela parou de olhar para a janela e focou em meus olhos, vi o degrade de vermelho em seu rosto.
— Mais você disse que não queria ir rápido demais... - Ela ainda olhava para meus olhos e eu dei uma risada quando constatei que estávamos falando de assuntos diferentes.
— Não estava me referindo a outra conversa que tivemos la fora, mas se quiser conversar sobre nossa relação para mim tudo bem - Eu me aproximei dela e a observei de perto, ela é tão linda e tão única.
Eu nunca irei me cansar de olhar pra ela, e pra esses olhos esmeraldinos que me tramitam tanta paz.
— Você quer descansar? Amanhã tem aula e já está um pouco tarde devemos ir dormir - Ela mudou de assunto bem rápido mas não pareceu ser algo proposital, na verdade nada que ela fazia parecia ser proposital.
— Você também tem aula amanhã e faltou a semana inteira o que não é certo - Eu coloquei minha mão na cintura e a observei ela dar risada e se virar de costas pra mim andando em direção a escadaria.
— Mais eu posso faltar, não tenho prova nem nada, você não pode faltar já que tem que dar aula... vem vou te mostrar o quarto de hóspedes - A segui pela enorme casa, será ótimo que tenhamos uma casa grande assim quando tivermos filhos.
Tinham várias portas por um enorme corredor e ela entrou na última, tentei não olhar para sua bunda para manter a sanidade mas era difícil, nunca me senti tão descontraído como agora.
Quando entrei pela porta conclui que o quarto em que estávamos era decorado demais para ser um simples quarto de hóspedes, observei melhor o local enquanto andava e tinham vários porta retratos, eram fotos de Sakura e seus amigos.
— Esse é meu quarto, achei que seria legal você conhecer já que a partir de hoje seremos amigos - Eu olhei pra ela que estava sentada em uma cadeira gamer enfrente ao computar, amigos? Tá de brincadeira neh!
— Sabe... meu pai não costuma gostar muito quando pessoas desconhecidas vem aqui em casa, me lembro quando trouxe da primeira Gaara aqui, ele ficou maluco - Ela deu uma risada e continuei olhando as fotos.
— Só estou querendo dizer que você consiguiu conquistar meu pai o que é muito difícil, e vocês se conheceram hoje, ele disse pra você dormir aqui, ele deve ter gostado mesmo de você - Olhei para ela que me encarava firmemente e andou até mim olhando para uma foto específica — Olha esse dia eu tinha trazido Temari, Shikamaru e Sai aqui escondido dele, não foi bem escondido na verdade, mas também não tinha dito nada e ele ficou furioso - Ela pegou a foto onde estavam os 4 próximo a uma piscina, e eu não pude não reparar em seu corpo apenas com o biquíni.
— E essa aqui? - Apesar de minha vontade nesse momento ser de joga-la em sua cama e possui-la, marcar Sakura, a ter pra mim, eu me contive. E aprovei o momento para saber o máximo que conseguiria hoje.
— Esse dia foi muito legal e engraçado apesar que fiquei dois meses de castigo, era meu aniversário de quinze anos e fomos escolher os doces para a festa, não me lembro bem o porque mas começamos uma guerra de doces e meu pai ficou muito bravo - Era uma foto onde tinham várias pessoas a maioria desconhecidas pra mim, estavam todos completamente lambuzados de glacê e chantilly.
— Acho que algo me leva a pensar que você era uma criança meio levada não é? Eu era completamente o oposto, sempre fui o garoto nerd da sala apesar de não o esquisito, as vezes fico me condenando de ter passado toda minha adolescência estudando aos invés de curtir mais - Eu disse com sinceridade queria que ela soubesse quem eu sou, assim como eu queria conhece lá.
— Quando eu era criança sim mas acho que amadureci muito desde a morte da minha mãe, ela sempre me apoiava em tudo, não importa o que fosse, quando eu disse que queria fazer Medicina ela ficou muito feliz e mesmo que eu mudasse de ideia e dissese que queria vender minha arte na praia, ela me apoiaria... - Ela soltou uma risada gostosa e colocou a foto encima da estante de novo.
[...]
Posso dizer que depois de um mês minha intimidade com Sakura está ótima, apesar de não podermos trocar mais do que míseras poucas palavra na faculdade, já que ela acha que podem pensar que estamos tendo um caso, sempre que posso vou a sua casa fazer companhia a ela e ao pai, soube por meu pai que ele e Kizashi poderam retonar com a amizade de anos, eu estava louco para ter Sakura o mais rápido possível, eu precisava dela, era necessidade.
Eu sou o alpha da alcateia e graças ao acordo entre é preciso que Sakura saiba o quanto antes que pertencemos um ao outro, é o dever do alpha se casar com sua marcada e com ela ter herdeiros. O primogênito é o alpha, para minha sorte eles não sabem que encontrei minha marcada mas isso é questão de tempo, porque assim que souberem irão me pressionar até onde conseguirem para que eu a coloque na posição que deve ocupar, e ser a senhora da alcateia.
Mesmo fazendo apenas pouco mais de um mês que a encontrei é como se minha vida inteira ela estivesse ao meu lado, eu sinto meu coração esquentar quando estou perto dela e sinto que nada mais importa, não é mais a gravidade que me segura nesse mundo, mas sim ela, minha amada marcada.
Existe a relação alfa e ômega onde o alfa é dominante em relação ao ômega, antigamente a maioria dos marcados eram ômega, já que não existia os inibidores, que são remédios para impedir o cio, já que esse era o maior e principal fato de ocorrerem tantos "ligamentos marcados" sem permissão, e a marca por si só é apenas uma mordida que pode ser em qualquer lugar do corpo porém o mais comum é na nuca, pescoço ou ombro, e uma vez marcado por um alfa, sempre marcado. A partir daí ambos os envolvidos estarão partilhando de todos os sentimentos alheios, como se fossem um só.
Com o passar dos séculos isso foi mudando, hoje em dia são raras as vezes em que a marca é apenas algo que acabou acontecendo em meio ao cio, não são todos mas a maioria dos alfas ao nascer já são destinados a terem sua própria companhia, algo como alma gêmea, minha mãe gostava de falar que era como akaito, o fio vermelho do destino, e para que aconteça a ligação é algo mais íntimo do que uma simples mordida, normalmente também ocorre em meio ao sexo mas não obrigatoriamente em meio ao cio, que em alfas ocorrem a cada três meses. A ligação acaba sendo algo íntimo e sentimental já que um alfa só pode marcar a pessoa que foi destinada a ser sua.
Ela é minha
Eu preciso dela
Minha amada marcada
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