"O passado n tem volta, e nada dói para sempre"
1 mes e meio, depois
O tempo não para; pelo contrario. E a cada dia que se passou eu aprendi a curar a minha dor.
Eu ainda o odiava, ainda me feria ao lembrar das falsas promessas de amor...Mas mesmo assim eu seguia minha vida muito bem.
Eu o amei demais e ele me marcou profundamente, mas, não eu não iria ficar chorando pelos cantos pelo o que não valia apena.
O que tivemos acabou, ele foi embora, iria ser pai, e eu iria viver minha vida. Aprendi, que sou uma mulher adulta, e que tinha que agir como tal, e não como uma adolescente frágil, e chorona. O que passou passou, e agora o que importa é o que vinha pela frente...
Sexta-feira, 7: 37 da noite
Estávamos todos reunidos a mesa, comemorando a grande notícia. Grace e eu, brevemente iremos para New York University. Finalmente, iríamos realizar nossos sonhos, e eu enfim poderia me dedicar ao que eu mais gostava. Medicina.
Meu sonho sempre foi me tornar pediatra, e este era o primeiro passo para a vida dos sonhos.
Para nossa pequena comemoração; pedimos pizza, e meu pai comprou o melhor vinho da região. Ele estava tão contente, e isso me fazia ficar orgulhosa.
Todos estavam a se servir, enquanto eu encarava a fatia de pizza a minha em meu prato.
Minha boca começou a amargar, e apenas de sentir o cheiro do queijo, meu estômago começou a embrulhar violentamente.
—Hay..Não vai comer filha? -questionou minha mãe que estava do meu lado direito.
—Não.. eu não estou com apetite -eu continuava a encarar aquela pizza, com repulsa.
—Mas filha, você ama pizza de calabresa.
Enquanto meu pai falava; por um momento vi tudo ao meu redor girar. Me encostei na cadeira e tranquei meus olhos com força. Abri eles novamente, a tontura já tinha passado.
—Filha, você esta pálida. Oh meu Deus, você esta bem?! -indagou meu pai preocupado.
—Eu..Eu..Com linceça.
Eu não aguentava mais.
Sai correndo pela casa até chagar ao banheiro. Ao chegar, me ajoelhei no chão, apoiando minhas mãos no vaso sanitário, e despejado todo o liquido que tinha dentro de mim.
—Por Deus, Hay. Você esta bem?! -minha mãe apareceu na porta do banheiro e logo em seguida meu pai.
Meu estômago já estava vazio. Limpei minha boca na manga da minha blusa azul marinho, e olhei para minha mãe, ainda um pouco tonta.
—Estou...-minha voz saiu bem menos que um sussurro.
—Será que você não comeu algo que te fez mal? -disse meu pai.
—Talvez -me levantei com a ajuda da minha mãe, e a segurei na pia, buscando mais apoio -podem voltar a jantar, acho que vou dormir.
—Mas não tem graça sem você, Hay. A comemoração é sua.
—Deixa ela Meri. Ela esta cansada -meu pai me abraçou e beijou meus cabelos- boa noite, querida.
—Boa noite, pai.
Minha mãe me puxou para ela, e me abraçou também.
—Boa noite, meu anjo. Se você se sentir mal de novo, me chama. OK?
—Ta bom, mãe -beijei sua bochecha e subi para meu quarto, após me despedir de James.
Eu ainda estava enjoada, e um pouco tonta. Deitei em minha cama sem ao menos tirar minha roupa ou me cobrir. A única coisa que eu queria era dormir, e passar esse mal estar horrível.
~x~
Se passaram alguns dias, e eu tive outros momentos de tontura e enjoou. Eu não sabia oque podia estar causando isso. Minha mãe já estava ficando preocupada, e confesso que eu também.
Hoje era quinta-feira, e eu fui dormir na casa de Grace. Fazia muito tempo que não fazíamos nossas pequenas reuniões.
Assistimos filmes, fizemos guerra de travesseiro e comemos um pote enorme de sorvete de flocos, sozinhas. Era bom ter um momento assim com Grace. Ela era minha prima, amiga, irmã, confidente... ela era meu porto seguro, e foi graças a seu companheirismo e seu ombro amigo; que superei minha magoa e meus sentimentos amargos.
Estavamos deitadas na cama, concentradas no filme, quando Grace do nada disse;
—Hay...
—Sim -falei sem tirar o olho do filme.
—Você ainda ama o Zayn?
—Claro que não, Grace. A única coisa que sinto por ele é ódio! -falei firme, para ela que assentiu com a cabeça- mas por que a pergunta?
—Nada de mais. É que o que vocês tiveram foi forte, pensei que podia ainda sentir algo por ele -deu de ombros.
—Pois não sinto. E quer saber? Acho melhor irmos dormir..
Peguei o controle que estava jogado pela cama, e desliguei a TV.
Falar de Zayn, me deixava mal humorada. Eu não gostava de lembrar do que não mais valia apena.
Grace apagou a luz do quarto, e eu me cobri com o edredom.
A cama era grande, então cabia nós duas perfeitamente.
Eu estava tão cansada, que não demorou muito para o sono chegar, e eu dormir profundamente.
~X~
Eu me mexia inquieta na cama, com o embrulho em minha barriga. Me sentei na cama, e comecei a respirar e expirar de vagar, tentando passar aquela sensação horrível, mas era em vão. Olhei no relógio digital, encima do criado mudo e marcava: seis e vinte e dois da madrugada.
Calcei minhas sandálias e sai correndo para o banheiro -isto já estava virando rotina- coloquei tudo o que tinha comido mais cedo para fora.
Após já não ter nada em meu estômago, me sentei no chão, e escorei minha cabeça na parede, e fechando meus olhos. Estava meio tonta.
Aos poucos me senti menos tonta, e quando abri meus olhos novamenterace; Grace estava escorada na porta do banheiro, com seus braços cruzados me observando.
Ela estava baby doou azul BB, e seu cabelo preso em um coque mal feito. Mas mesmo assim ela mantinha sua beleza.
—Desculpe por te acordar...
— Não precisa se desculpar. Mas já estou ficando preocupada, Hay. Isso não é normal.
—Não é nada, Grace -me levantei do chão com um pouco de dificuldade, liguei a torneira da pia e comecei a lavar rosto.
—Hayley..Você usou camisinha, quando tranzou com Zayn? -disparou ela, derrepente.
Ainda com o rosto molhado, encarei o rosto de Grace pelo espelho.
—Oque você esta querendo dizer?
—Já passou pela sua cabeça, que você pode estar gravida? -ela falava sério.
—Oque?!
Enxuguei meu rosto, e me virei para ela.
Meu coração por um instante parecia que parou de bater.
—Essa serie de enjoos, quase desmaios...Só pode ser Isso, Hay! -seus olhos cor de mel, me encaravam de forma firme- sem falar que você me disse que sua menstruação estava atrasada...
—Não, não! - a interrompi, e comecei a andar impaciente pelo banheiro.
—Então vocês usaram camisinha?
—A gente...A gente não pensou nisso -falei sem olhar em seus olhos.
Meu Deus, será possível isso ter acontecido? Não, não podia!
Me sentei novamente no chão, escorando minhas costas no azulejo friu, e segurando em minha cabeça.
—Se você estiver certa..Minha vida acabou, Grace.
Meus olhos encheram de água, e Grace se ajoelhou em minha frente.
—Isso é só uma suspeita, Hay. Vamos fazer o teste, e se der positivo..Sua vida não vai acabar...
—É claro que vai! Como meus pais irão reagir a isto? E...E acabamos de ser aceitas na faculdade, Grace!
—Calma -ela segurou em meu rosto, e com o polegar enxugou uma lágrima que descia pela minha bochecha- nós não temos certeza de nada. Eu irei na farmácia, e irei comprar um teste. Ta bom?
Acenti com a cabeça e ela me abraçou.
—Vai dar tudo certo, Hay...
~X~
Grace havia saído para comprar o teste de gravidez, e eu estava prestes a arrancar os meus cabelos de tão nervosa.
Esse teste não podia dar positivo, ou eu não seberia como iria ser minha vida daqui para frente. Eu estava prestes a realizar meus sonhos, a vida que tanto desejei e por causa de um deslize...Tudo ia por água abaixo.
A porta do quarto se abril de vagar, e eu me levantei rapidamente.
—E então.. comprou?
—Comprei -Grace abril sua bolsa, e me entregou o teste- agora é só ler as instruções.
—Obrigada amiga -eu tentava sorrir descontraída, mas era impossível com toda essa pressão.
—Por nada. Agora vai..Temos que tirar essa duvida.
Olhei se vinha alguém pelo corredor, mas estava vazio. Abri a porta do banheiro de vagar e pedi para que isso não passasse de um engano, e eu pudesse seguir minha vida normalmente.
~X~
Abri a porta do banheiro e Grace estava escorada na parede do corredor. Ela se pôs em minha frente e olhou para o teste em minhas mãos.
—E então...O que deu? -indagou anciosa.
—Estou gravida, Grace...
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