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História Minha Dona - Sincronicidade


Escrita por: Entrophya_ e Gizze

Capítulo 35 - Sincronicidade


  "A palavra "sincronicidade" vem do grego "syn", junto, e "chronos", tempo. Ela é a designação do fenômeno descoberto pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) para um princípio que deveria explicar a relação significativa não causal de acontecimentos - a "coincidência significativa" de dois ou mais fatos.""A palavra "sincronicidade" vem do grego "syn", junto, e "chronos", tempo. Ela é a designação do fenômeno descoberto pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) para um princípio que deveria explicar a relação significativa não causal de acontecimentos - a "coincidência significativa" de dois ou mais fatos."

 

 

A humanidade sempre buscou maneiras de tentar explicar eventos. Desde os desastres, até as coisas mais cotidianas, os menores eventos que levavam a todo tipo de coincidência. Foi assim que a Física chegou até os cálculos que buscam entender a desordem, até o quanto o bater de asas de uma borboleta pode mudar o clima do outro lado do mundo.

Existe, dentro da Teoria do Caos, um estudo que chega aos mais variados tipos de padrões, aquilo que chamamos de coincidência.

Quase um ano atrás uma garota loira estava no lugar certo, na hora certa, e viu uma super-heroína se tornando a pessoa mais comum que ela conhecia. Foi depois de algum tempo e alguns surtos, que Chloé Bourgeois absorveu o fato de que havia praticado bullying com a garota que, por detrás da roupa colada e da máscara, era sua heroína favorita, seu exemplo e meta.

No começo ela pensou em fingir que aquele dia nunca tinha acontecido, que ela não estava olhando pela sacada do prédio no exato momento em que Marinette Dupain-Cheng se detransformou no telhado ao lado. Mas, um dia, ela tinha uma informação valiosa sobre um vilão e foi quando procurou Marinette e Chloé chorou, pediu perdão por coisas que nem mesmo havia feito contra ela e contou sobre tudo o que sabia. Foi assim que aquela amizade estranha começou a nascer.

Algum tempo depois um super-herói, um que, na realidade, ela não ligava muito, apareceu chorando na sua sacada. Naquela noite Chat Noir a chamou de “minha primeira amiga” e não precisou de muito para que ela juntasse todos os pontos e seu abraço desajeitado se tornasse ainda mais apertado e protetor, de Chloé sussurrar para Adrien que tudo ia ficar bem; do jeitinho que eles faziam quando eram pequenos.

Agora esse padrão estava a ponto de se repetir.

Havia um rapaz que estava no lugar errado na hora errada e que viu uma super-heroína se transformar na pessoa mais incrível, maravilhosa e gentil que ele conhecia; alguém que ele admirava e considerava muito. E ela chorou o se desesperou, então ele a abraçou e confortou, por que, para Luka Couffaine, aceitar que Marinette Dupain-Cheng era Ladybug era a coisa mais fácil do mundo. Ele lhe disse isso, acariciou os seus cabelos preto-azulados e fez questão de mostrar que estava ali para o que ela precisasse, sem perguntas.

Alguns dias antes um garoto do qual Luka não gostava muito tinha aparecido na sua casa e pedido ajuda, então ele ajudou. Ele deu condições, dicas de como fazer com que o amor viesse e não fosse mais embora. Por mais que ele achasse que Adrien Agreste não merecesse aquele presente ele ajudou; por que não era dever dele decidir esse tipo de coisa.

Foi numa sequência de eventos que ele começou a desconfiar. 

Ele tinha ouvido os cochichos, os boatos sobre Chat Noir terminando todos os seus casos, mas poderia ser muito bem uma coincidência engraçada.

Sua segunda tarefa para o loiro tinha sido bem simples: deixe claro que você está apaixonado. Não diretamente para Marinette e não precisa ser uma confissão em que você exponha o nome dela, mas mostre para os outros que seu coração bate mais descompassado por alguém.

Adrien vinha cumprindo muito bem essa parte, deixando claro nas redes sociais. Mas, neste momento, Luka estava até mesmo com uma sobrancelha em pé, diante do que estava acontecendo.

Era umas oito horas da manhã de domingo. Luka estava sentado de pernas de índio na cama, Tikki descansava sobre uma de suas coxas, um livro grosso e meio amarelado estava largado a seu lado aberto e com as páginas viradas para baixo, marcando o lugar em que ele estava lendo anteriormente. A xícara de café em suas mãos continha apenas uns dois goles, mas a bebida já estava gelada e ele fazia uma careta enquanto tentava criar coragem para terminar.

Uma Marinette muito nervosa, que havia simplesmente invadido seu quarto interrompendo sua leitura, caminhava de um lado ao outro do cômodo falando rápido enquanto Luka tentava assimilar todas as informações.

— …daí ele apareceu no telhado da minha casa como quem não quer nada, como se não fosse nada, jogou que ‘tava apaixonado e foi embora. — Ela dizia com as mãos na cabeça, depois de resumir para ele todo o seu histórico com o companheiro de batalhas. — Depois eu encontrei com ele, quando a gente derrotou aquele último akuma, perguntei sobre o que ele 'tava falando né?, e adivinha, o safado só disse que eu tinha o direito de saber e foi embora. De novo.

Luka deitou a cabeça sobre o ombro.

— Considerando toda a história de vocês, eu posso considerar duas opções. A primeira,  — ele levantou o indicador para ilustrar o que dizia, — é que ele está apaixonado por você e a segunda — levantou outro dedo — é que ele está apaixonado por outra pessoa, mas achou que, depois de toda a história de vocês, você tinha o direito de saber antes que ele aparecesse namorando. 

Ela bufou relaxando a postura e jogando a cabeça para trás antes de se jogar ao lado dele na cama, as pernas para fora. Tikki, que havia adormecido, apenas se ajeitou e voltou a cochilar.

— Você acha que ele vai aparecer namorando? — perguntou com uma voz melindrosa, olhando para ele de baixo.

O rapaz sorriu de maneira carinhosa, acariciando os cabelos que estavam soltos naquele dia.

— Eu acho que ele estava falando de você. Provavelmente ele nunca deixou de estar apaixonado por você. — Luka esticou uma perna para que Marinette pudesse colocar a cabeça sobre sua coxa coberta com o jeans desbotado. — Acho que na verdade ele nunca parou de gostar de você, só que ele não queria ficar esperando você perceber que ele estava ali. E vamos ser honestos Marin, ele era um cara bonito e solteiro, nada mais normal que ele ir atrás de outras garotas já que você não queria nada com ele.

Ele ficou em silêncio por um momento, olhando para o teto de seu quarto, quase podia visualizar o céu azul e quase sem nuvens sobre o Liberdade.

— Mas acho que ele só estava em negação sobre a realidade dos sentimentos dele com relação a você, acho que agora ele está começando a aceitar e tentar lidar com isso.

A Kwami vermelha, que já estava acordada e prestando atenção à conversa, flutuou até a barriga de sua portadora, acomodando-se ali.

— O Luka tem razão Mari, os Chat Noirs, em geral, tem dificuldade de lidar com os próprios sentimentos, eles sentem demais, coisas demais, e acabam se machucando e machucando os outros no processo de se entender.

Marinette suspirou.

— Okay, gostando de mim ou não eu não tenho que lidar com os sentimentos dele até ele vir falar comigo. Vamos falar de você, como estão as coisas com a Chloé?

~*~

~*~ 15:23 horas da tarde / domingo ~*~

Ele caminhava devagar pela calçada, as mãos nos bolsos da jaqueta preta e o sol refletindo em seus cabelos azuis que ele havia retocado naquela semana. A conversa que tivera com Marinette, mais cedo naquele dia, ainda rondando sua mente, alertando-o daquilo que ele se recusava a aceitar, como se sua mente tivesse todas as peças do quebra cabeça, mas a figura fosse alguma coisa que ele não conseguisse conceber.

Tá, certo, eram coincidências demais para que ele pudesse ignorar e a sua mente dava voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum.

Ele respirou fundo, segurando um pouco o ar nos pulmões quando reparou até onde seus pés o haviam levado. Ele apertou o botão do interfone chique e aguardou um momento.

— Boa tarde, — disse com uma voz polida quando responderam a campainha. — Eu sou amigo do Adrien, ele está?


Notas Finais


Gente esse é o ultimo capítulo que eu vou postar aqui no Sprit. O link da história no wtt é:
https://www.wattpad.com/story/87682265-minha-dona
Vou colocar como finalizada aqui, até uma próxima.


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