História Minha eterna dor - Haverá perdão? - 04

-Co..como assim Sr Richter?- pergunto um pouco gaga. Ele deu um sorriso com seus dentes perfeitamente brancos, e se aproximou de mim. Eu morri, e chorei internamente, no momento em que sua mão tocou meu rosto. Havia uma sensação boa nisso, mas meu medo me dominava, e minha razão gritava "nem pense em qualquer besteira, conhece bem esses relacionamentos de hoje, e sua religião nem seus traumas não te permite tentar".

-Você não leu o contrato, antes de assinar, Tatiana?- seu hálito fresco chegou as minhas narinas, como se quisesse arrancar minha sanidade, mas...em que enrascada, eu me meti agora?

-Eu...mais ou menos- falei me levantando de minha cadeira, porém Harry me segurou, e me recostou na cadeira, ficando com seu corpo bem próximo ao meu. Eu tremi, e dessa vez, não houve nenhuma sensação boa, apenas o medo. A lembranças do padre, me veio a mente, me causando ter arrepios.

-Devia ter lido. Tsc. Mas eu posso descreve-lo para você minha cara, depois você lê- ele olhou dentro de meus olhos, e eu sabia, sabia que meu medo não era transparente, e que ele o veria- Esta com medo de mim? Não tenha medo. Eu..só quero que veja o quanto, eu te desejo- eu me surpreendi. Ele sente desejo por mim? Uma mãe solteira, que tem algumas estrias espalhadas pelo corpo? Mesmo que não sejam muitas, eu as tenho. E o pior. Ouvir que ele sente desejo, me faz temer mais ainda.

-Por favor...se afaste um pouco- pesso com minha voz sôfrega, mas ele fez totalmente o contrario, me pondo na mesa, e senti seu membro, encostando em minha virilha. Minha mente estava um caos. Medo, traumas, e muita confusão. Meu corpo não obedesse. Mais uma vez, ele está reagindo aos toques de um homem, sem minha permissão.

-Shhi... Acalme-se. Você me parece muito tensa. Relaxe, e respire fundo. Ainda nem falei sobre o contrato- eu suspirei um tanto ofegante, para essa sua voz rouca em meu ouvido. Por que nosso corpo, nunca obedesse nossa mente?

-Sr..Richter..me deixe sentar. Assim podemos conversar sobre..o contrato- pedi receosa, cheia de medo. Ele se afastou um momento, mas me senti ser puxada, e me vi no colo do meu chefe."Pare de reagir com desejo, seu corpo traíra ".

-Deixe-me levantar..- pedi fazendo um pouco dr força, para me soltar de seus braços. Não queria ficar sentindo seu membro rijo em minhas nádegas.

-Calma querida Tati...isso virará um costume entre nós..- Am? Como assim virará um costume?- Vou ser bem direto, sobre o contrato. Talvez você devesse te-lo lido antes, para não haver surpresas.- suspirei- Nele diz...que a Srt deve ser minha esposa- Eu pulei abruptamente de seu colo, e o encarei, dessa vez sem medo.

-O que?- pergunto surpresa e ele da um sorriso de lado.

-É o que a Srt ouviu...Deverá ser minha esposa. Por um ano apenas, com tudo que eu tenho direito- eu fiquei chocada, oprimida, e acima dr tudo, receosa.

-Eu..quero ver esse contrato agora- ele sorriu e foi até a sua sala, em um cofre de sua mesa(Um cofre em uma mesa?) e me trouxe as folhas, todas com minha assinatura.

Comecei a ler os papéis, os primeiros falavam sobre o trabalho. Um ano de contrato e etc. Os outros..havia sido regido, pelo cívil. Um ano de casamente, com obrigações de fazer tudo, que uma esposa faria, e teria que obedecer o marido, em tudo. Malditas leis da Rússia, de obedecer o marido.

-Isso.. não pode ser.. Eu quero cancelar isso- falei afoita e Harry sorri.

-Claro. Me pague dois milhões e pronto. Esta livre- fico boquiaberta com essa informação. Procuro no contrato onda diz o valor de multa, em caso de quebra de contrato. Dois milhões e meio. Fico tonta só de pensar.

-Então.. o que vai ser?

-Por que me fez assinar esse contrato? Por que escolheu a mim, para fazer isso? Eu não entendo. Sou uma mulheres com um filho...por que iria me querer?- pergunto indignada, cheia de raiva e frustração.

-Por que eu quero você. E devia me agradecer, por um homem rico como eu, escolher você. Uma mulher sem dinheiro, e com um filho. Quem iria querer você, com uma criança?- ele pergunta sério, e essas palavras me causam um impacto duplo. Eu realmente me magoei, apenas por ouvir, que ninguém além dele, iria querer uma mãe solteira, e sem dinheiro. Claro, todos pensariam que eu oriá dar o golpe do baú.

Eu me joguei na minha cadeira, e pus as mãos no rosto, apoiando meus cotovelos sobre a mesa. Acabo me permitindo chorar. "Fazer tudo que uma esposa faria". Isso significa sexo. Meu Deus. Virgenzinha, por que mais essa na minha vida? O que eu fiz de tão horrendo, para merecer esse castigo. Senti meu rosto ser erguido, e encarei aqueles olhos verdes azulados.

-Fique calma. Eu serei um ótimo marido. Acredito que só vai doer um pouquinho. Depois você se acostuma- aquela frase. Foi o que aquele ser disse..."Só vai doer um pouquinho", e PUF. Surgiu eu grávida, com a vida toda ferrada.

-Eu...sou religiosa. Acredito que não se deve casar apenas no cartório, ou sem amor. E..sexo não pode ser só desejo- digo tentando faze-lo desistir dr mim. Que ele quebrasse o contrato. Não precisaria me pagar muita alguma. Ele sorriu.

-Ótimo. Também já freqüentei a igreja. E conheço muito bem a bíblia. Nós nos casamos no religioso, assim è bom que você, sr compromete comigo para toda a vida. E como já disse, conheço a bíblia, e sei bem que ela só reprova o sexo fora do casamento. Se quiser, eu não toco em você, até nosso casamento. Avise sua família, que você vai se casar, e que quero um jantar de apresentação- ele diz com seu sorriso, escondendo uma pitada de sadismo, que acabo de descobrir ser um balde, de loucura. Ele sai de nossas salas, me deixando sozinha.

Uma onda estranha me invade. Me derramo no choro mais uma vez, e sinto aquele sentimento de obrigação. Maldita hora em que assinei esse contrato. Será que se eu me recusar a ter relações com ele, após nosso casamento, ele seria capaz de me obrigar? Com certeza seria. Se um padre fez isso, qualquer um faria. Terei que recorrer urgentemente, ao que nunca quis recorrer. Ajuda psiquiatra. Preciso me livrar desse trauma, e cumprir com essa droga de contrato. Não quero que ninguém, saiba que fui abusada, isso seria humilhante. Mas espere... Minha família me crítica, por ser mãe solteira, por ser a mais velha e solteira. Minhas primas ainda estão novas. Me criticame por não arrumar um bom marido. E vu alá. Talvez, só um talvez, esse casamente me beneficie. Harry é um advogado renomado, com dinheiro, educado, fino, dono disso aqui tudo, e com certeza vive em uma bela casa. Impressionaria minha família, e eles parariam de me perturbar.