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História Minha felicidade - Três - Thomas


Escrita por: whatever_500

Capítulo 3 - Três - Thomas


Se não fosse por mim e Ava, a casa estaria completamente vazia, já que nossos pais haviam saído para jantar e eu, por ser o filho mais velho, tinha de cuidar de minha irmã mais nova. Ava, por sua vez, começava a assistir seu filme preferido pela sexta vez. Tratava-se de um filme de mistério chamado "Red Clue", o qual eu nunca vira. Mas, como não tinha nada mais importante para fazer, acabei por me dirigir até a sala de estar e sentar ao lado de Ava no sofá marrom da sala, não sem antes pegar um grande pacote de Madeleines em um dos armários da cozinha.

- Ei, você vai dividir isso, Tom! - exclamou Ava.

- Quem disse? - falei em um tom de provocação.

- Eu! - respondeu ela. Entre risos, entreguei o pacote para minha irmã de catorze anos de idade, um ano mais nova que eu. 

O filme começou e admito que fiquei impressionado com o surpreendente enredo da produção. O longa-metragem tratava-se de um misterioso assassinato na pequena cidade de Morganville, aonde um dos funcionários do banco e sua filha fanática por livros de mistérios partiam na busca pelo autor do crime. Admito que grande parte de minha concentração fora desviada do filme e caíra diretamente na atriz que interpretava Lily, a filha do funcionário do banco e uma das protagonistas da produção. Seus cabelos eram castanhos, porém claros, lhe dando uma aparência física perfeita. Seus olhos verdes me deixaram completamente vidrados. Sua pele alva assemelhava-se com a tonalidade da neve e ela  aparentava ser, no máximo, um ano mais nova do que eu.

Ela era, simplesmente e absolutamente, perfeita.

O filme acabou após uma hora e meia de exibição, para meu total desagrado. Meus pais logo chegaram em casa e eu me encaminhei até meu quarto, sendo seguido de perto pelo gato de pelos brancos de minha irmã, Fluffy. Dirigindo-me até minha escrivaninha aonde se situava meu computador, abri a página de pesquisas do Google e procurei por "Red Clue", afim de descobrir o nome daquela garota tão bonita que havia visto no filme. Segundos depois, lá estava tudo o que eu deveria saber sobre ela - seu nome completo, sua idade, local de origem e residência e a data de seu aniversário - sem contar as belíssimas fotos suas na galeria do site de pesquisas e informações.

Quanto mais coisas descobria sobre ela, mais diferenças eu percebia haver entre nós. Seu nome completo era Audrey Blanché de Edmond, um nome francês para a filha de pais separados e franceses. Ela havia nascido e crescido nos Estados Unidos, em Rhode Island, ao passo que eu vivia na Inglaterra, há milhares de quilômetros de distância. Audrey nasceu no dia seis de janeiro de 1992, sendo assim, dois anos mais nova que eu. Era filha única, não possuindo irmãos. Uma nota em sua página na Wikipédia me permitiu saber que Audrey era uma das melhores alunas de sua escola, tendo uma grande aptidão para robótica.

"Linda, americana, inteligente e uma ótima atriz...Ela é simplesmente perfeita!" pensei.

E assim, sem aviso prévio, Ava abriu rapidamente a porta de meu quarto, entrando sem sequer avisar.

- Tom, você viu o Fluffy? Estou o procurando pela casa inteira - disse ela, examinando meu quarto com os olhos. Porém, seu olhar retraiu-se na tela de meu computador.

- O Fluffy está bem debaixo de minha cama, Ava - falei, tentando desviar sua atenção da tela do aparelho e mudar de página antes que minha irmã visse o que eu estava pesquisando.

- Uhum, obrigada - respondeu a garota dos cabelos loiros escuros, parecidos com os meus, aproximando-se de mim. Havia uma crucial diferença entre mim e Ava, que seria o fato de ela aparentar até ser um pouco mais velha do que realmente era, ao passo que eu, um garoto de quinze anos, era frequentemente confundido com uma criança de dez.

- Ei, o que está pesquisando no Google? - indagou Ava, estreitando os olhos.

- Nada - respondi - Agora pega o seu gato e vai embora daqui, Ava.

- Thomas, o que está procurando na internet? - ela tornou a perguntar, desta vez correndo em direção ao computador, levando o mouse para longe de meu alcance.

Quando enfim viu o que estava pesquisando, gritou:

 - Ah, meu Deus! É aquela atriz do filme que assistimos hoje! Você está apaixonado por ela, Tom! Vocês vão se casar e viverão felizes para sempre!

- Ava, vai embora agora! - gritei.

Ela saiu de perto do computador, pegou seu gato debaixo de minha cama e saiu cantarolando e sorrindo:

- O Tom está apaixonado! O Tom está apaixonado! O Tom está apaixonado! O Tom está apaixonado!



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