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História Minha Garota - Camren II - Bruxa má


Escrita por: CamrenLis

Capítulo 5 - Bruxa má


Fanfic / Fanfiction Minha Garota - Camren II - Bruxa má

C A M I L A

 

       Fui até a cafeteria não muito longe da minha clinica. O horário de almoço é bem cheio por lá, em alguns dias da semana, principalmente as quartas-feiras, todos se reúnem, eu ate gostava, mais hoje não é um bom dia para mim. Shawn também não apareceu, ele alegra o ambiente. Eu senti a falta dele. E ficar sozinha me ajuda agora. Pedi um café, logico, e voltei a minha atenção a um artigo muito interessante sobre as coisas que machucam o coração. Muita merda escrita.

       Fui surpreendida com a pessoa que entra na cafeteria. Muito bem arrumada, usava uma gonew bege, calça jeans rasgada, uma camiseta branca e a merda da jaqueta preta no ombro, lhe deixando tão soberana. Deixei as folhas rabiscadas sobre a mesa, olhei três vezes para a minha bolsa do meu lado no chão, e a vontade enorme de sair dali correndo. Então engulo em seco, tensa com a sensação de sentimentos, os quais eu não saberia defini-los agora. Ela estava tão bem, tão Lauren Jauregui. Tão perto. Ergui o queixo para que a vontade de chorar não chegasse a mim.

 

 — Você trás pra mim um café bem forte? — Ela pediu. Deixou sua jaqueta sobre o balcão.

Eu estava a uns 3 metros de distancia. Eu podia ouvi-la. A minha atenção estava nela, em como ela se movimentava, o jeito que mexia no cabelo jogando-o sobre o ombro.

 

       Desconfortavelmente intensa eu recolhi minhas coisas, deixei o dinheiro sobre a mesa, arrumei minha blusa a colocando por dentro da calça, verifiquei meu salto. E decidida a não fazer nada eu caminhei em direção a saída. Sob outras circunstâncias, eu certamente não teria notado a maneira sutil como as sobrancelhas dela se ergueram ou a curva suave de seus lábios. Ela me encarou, os seus olhos com olheiras profundas. Contrai minha mandíbula para permanecer firme. Nossos olhares se fixaram um no outro por um breve instante antes dela endireitar a postura e tirar o cabelo do rosto. Eu nunca havia entendido como era ficar tão encantado com alguém a ponto de não conseguir tirar os olhos dessa pessoa. Lauren é a mulher que eu amo. Que todo esse tempo me fez sofrer, mais que enfrentamos grandes infernos juntas. Não era a primeira vez, em que o medo que a come por dentro a fazia desistir de tudo, mais era a minha mulher em minha frente e tudo que eu queria era que ela pudesse me pegar pela cintura e dizer que esta arrependida. Que desse alguma satisfação. Que conversasse comigo. O choque ente a realidade e expectativa.

 

Não quero ser otimista e acreditar na bondade da raça humana, mas a verdade é que, como espécie, nós somos péssimos. Então, onde foi que tudo deu errado? Divórcio? Infidelidade? A indiferença dela em relação à minha dor magoava um pouco, mas era amenizada pela surpresa de atrair sua total atenção.

 

— Então, onde estava a bruxa má? – soltei.

 

Os olhos dela se arregalaram, depois se estreitaram.

 

— Ah, me deixe... — Ela me lançou um olhar severo.

 

— Meu Deus Lauren. Como pode ser tão cruel consigo mesma? Você quer mesmo ser a pessoa que sempre vai estar sozinha. Você quer mesmo destruir o meu amor por você?

 

A determinação teimosa daqueles grandes olhos verdes, dentro de um grande rio triste avisou que eu não devia me dar o trabalho de protestar.

 

— Não é tão ruim depois que você se acostuma. — Ela disse.

 

— Eu odeio você! Odeio.

 

— Então vai embora, para de show porra, sai daqui. — ela disse baixinho para não chamar as atenção das pessoas.

 

— Lauren ...

 

— Camila o que porra você quer, diz? Eu não tenho condições de me doar pra você, não posso te amar, não quero isso, entenda. Eu machuco todos ao meu redor. — ela bateu com força sobre o balcão. Irritada. Todos nos olharam. Eu me encolhi diante dela. — Ta vendo? Eu sempre vou ser alguém contraditório.

 

— Você me ama? Lauren, responde, você me ama?

 

— Vai embora. Eu só queria um café, eu não imaginei que te encontraria aqui. — Ela se afasta. E perfura com seus olhos verdes cheios de desgosto. —  Você vai continuar a se comportar como uma menina mimada?

 

— Onde você esta? O que tem feito? Clara esta com você? estão juntas. Eu preciso saber de você Laur.

 

— Clara esta comigo. Estou muito bem. — ela falava com as mãos no cabelo extremamente incomodada. Me firmei ainda mais perto dela. Ela joga a cabeça para trás e solta um xingamento para o teto. Não me importei. — Se você não for embora, eu vou.

 

— É bom você saber que não vou embora apenas porque não posso. Mas se é isso que quer, eu vou conhecer pessoas novas, sair com elas e você não vai me impedir. Podemos fazer as pazes. — insisti.

 

— Não. Nunca deu certo entre a gente. Encontre pessoas novas e se permita. Não estou tentando ser grossa com você, muito menos lhe afastar de mim. Eu simplesmente não quero relacionamento com ninguém. Eu amo você. Amo mais por saber que você é uma pessoa boa, de luz, e a mãe dos meus filhos. Eles te amam. Agora eu vou embora, se nos encontrarmos novamente. Não me dê atenção.

 

Solto um gemido baixinho e ela um suspiro pesado. Meus olhos se fixam no dela, mas não porque tenha iniciado uma contagem regressiva e sim por que eu não queria que a nossa relação chegasse ao zero.  Isso não é justo. Ela poderia me beijar se quisesse, mas sei que não vai. Eu querendo que ela se rendesse, mais desesperadamente ela resistia, e o meu corpo traiçoeiro gritava por ela. Eu ignoro, raiva e adrenalina alimentando minha vontade de continuar lutando.

 

— Eu quero te beijar. — falei.

 

Ela pegou a sua jaqueta ficando de pé. Nós nos olhamos por um tempo, ambas ofegantes com o esforço da batalha. Meu coração quase pulando para fora do peito. Seus olhos cheios de lagrimas e dor. Cada vez mais fundo, intenso, dolorido. Sinais claros de noites mal dormidas e choros. Assenti me sentido fraca e carente.

Faço mais um gesto de cabeça, com medo de chorar se abrir a boca. Acho que nunca a amei tanto. Ela acaricia meu rosto, e seus olhos estudam cada centímetro.

 

– Sei que é difícil para você, mas acredite em mim, eu não enxergo ninguém. Só você.

 

– Eu amo você Lauren. É só o que consigo dizer.

 

– Sei que ama. E eu amo você. — Ela disse. Me deixou sozinha em pé a olhando ir embora. Segui em sua direção. Ela estava perfeita. Subiu em uma moto linda, pude vê o nome da moto, Boulevard. Linda. Arrumou o cabelo, pós o capacete e quando em fim se preparou para sair, ela acelerou ainda parada e o ronco do escape foi contagiante.


Notas Finais


Ai gente desculpas.


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