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História Minha Luz - Romance Lésbico - Capítulo 02


Escrita por: Lyra_Ansatsu

Capítulo 3 - Capítulo 02


Fanfic / Fanfiction Minha Luz - Romance Lésbico - Capítulo 02

Depois de um café bem informativo com Tariz, a morena se dirigiu a pensão onde estava ficando. Assim que entrou no grande salão, onde havia várias mesas e algumas pessoas ainda tomavam seu próprio café da manhã, uma das atendentes que trabalhava lá esbarrou nela, Vidrian com seu reflexo rápido a segurou pela cintura, aproximando seus rostos, e ao mesmo tempo pegou a bandeja antes de atingir o chão, impedindo assim de derrubar o pedido de um dos clientes. A garota ficou vermelha a encarando. Então piscou recobrando a consciência e lembrando como se fala.

- Desculpa! – falou a moça se afastando e já de costa parou, deu a volta e pegou a badeja da mão da morena, a garota parecia um pimentão vermelho, pediu mais desculpas e sussurrou um tímido obrigada, enquanto sumia pelas mesas.

- Aproveitadora como sempre! - a morena se virou em direção a voz.

- Ezio! - sorriu de canto para o homem. Caminhou ao seu rumo – O que o traz aqui? Sentiu saudades?

O homem tinha os cabelos cinzas pelos vários fios brancos que cresciam demonstrando sua idade avançada. Embora seus olhos demonstrasse uma determinação juvenil. Uma raposa velha.

- Espero que tenha algo bom para mim – sentou em uma das mesas, indicando um lugar vazio para o outro fazer o mesmo.

- Isso só depende de você - sorriu malicioso 

A morena colocou duas moedas de ouro na mesa. Que rapidamente foi pega pelo outro. Ele cruzou o braço escondendo as mãos nas longas mangas da sua batina. Quem o via de longe pensaria que era algum monge.

- Ouvir dizer que você está atrás do grande prêmio! Vai ser uma caçada acirrada, com muitos concorrentes - ele colocou um papel enrolado na mesa – Mas isso deve dar a você uma boa vantagem sobre os outros - falou levantando-se.

- Tenho certeza que sim - ficando de pé, apertou sua mão - se tiver mais alguma coisa me avise. Ser visitada por você, com uma forte cresça sempre é de grande ajuda.

Viu o homem sair pela porta dupla, e então decidiu subir para seu quarto, que ficava no segundo piso da pensão. O primeiro piso era um restaurante. Dessa vez desviou de todos sem ser notada. Assim que chegou no quarto jogou sua capa na cama. Se sentou em uma poltrona próxima a janela e desenrolou o papel lendo o seu conteúdo. Não conseguiu conter o sorriso.

A força rebelde surgiu a mais ou menos cinco anos. Reunindo os mais marginalizados do reino, desempregados e que foram despejados de suas casas pelos altos impostos. O grande ato dessa facção rebelde, que chamou todas as atenções para si, foi a dois anos quando eles roubaram um dos navios que abasteceriam o castelo do rei e sua cidade Estado. Eles apenas roubavam pequenas caravanas de nobres ligados direta ou indiretamente ao rei. Laranjas. Mas de uma noite para o dia eles começaram a roubar diretamente do rei, o que foi considerado uma afronta ao soberano. Um ataque. O que realmente era.

O papel que Ezio havia a entregado continha todas essas informações. E o mais importante, lhe dizia qual seria o próximo alvo da Força Rebelde. O local onde Vidrian teria que ir. Ao sorrir mostrado os dentes, a morena revelava os seus caninos com as pontas afiadas, isso lhe dava ainda mais uma imagem predatória. Lupino.

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Árvores enormes a sua volta, o mato era denso, a floresta a escondia, no entanto não só a morena se encontrava ali. Mais a baixo da colina havia outras pessoas. Os rebeldes. Arqueiros prontos para atacar, alguns com espadas e lanças, prontos para correr e ajudar caso algo desse errado, reforços.

Ezio havia descoberto, e os rebeldes também que o rei estava usando uma nova rota a mais de um mês para transportar mercadorias exóticas de outros reinos. Apenas para saciar sua luxúria e fome de consumo. Hoje uma grande quantidade de alimento passaria pela floresta.

Onde se encontrava dava de ver os oito comboios passando cercado por soldados do rei. Vidrian viu na hora. Cada sujeito abaixo dela, na floresta, colocando flechas em seus arcos. Foi muito rápido, flechas caíram na estrada como uma chuva, nublando o céu com pontas mortais, mesmo com armaduras completas muitos cavaleiros morreram na hora quando as flechas entraram nas brechas atingindo locais como o pescoço.

Assim que o ataque de longa distância parou, os sobreviventes se colocaram em guarda olhando para as arvores, esperando que os rebeldes saíssem para continuar o ataque e assim serem mortos por suas laminas.

Mesmo de longe ela conseguia ver aquilo que os soldados olhando para os lados e para cima não conseguiram. A terra a baixo deles começou a se mexer revelando parcialmente um homem, mas antes que o cavaleiro pudesse reagir, o rebelde assim como tantos outros que surgiram do chão, pularam para fora dos buracos e atacaram os homens do rei. Os atingiram em lugares onde não era protegido pela armadura. Dentro de alguns minutos todos os cavaleiros estavam no chão.

Pessoas saíram das arvores pulado ou surgido detrás delas. Ali tinha homens e mulheres de todas as idades trabalhando juntos. E dentre eles uma lhe chamou a atenção. Aquela que fazia possível essa união. Ela deu ordens o tempo todo, instruindo e monitorando tudo. Vestia calças apertadas, blusa e botas de couro. Tinha uma espada na cintura.

A morena pegou seu arco e colocou uma flecha, mirando e pronta para atirar. Foi nesse instante, enquanto a líder rebelde olhava ao redor, que fixou sua mirada em um único ponto. Na direção da assassina. A morena engoliu em seco quando viu suas orbes douradas e profundas, olhando atentos sem demonstrar nenhum pensamento ou sentimento. Sabia que não tinha como vê-la, mas aqueles olhos pareciam penetrar na alma.

Naquele momento de hesitação ela saiu de sua mira, se colocando no meio dos outros rebeldes o que a impediu de fazer o serviço. Depois ficou o tempo todo esperando uma oportunidade que não surgiu. Não demorou muito uma caravana já estava formada e partido pela estrada, não deixaram nada para atrás a não ser os corpos e os comboios vazios. Alguns rebeldes voltaram para a floresta, cada um em uma trilha diferente e a líder rebelde fez o mesmo.

Não perdeu tempo, se levantou e a seguiu. Em meio a mata caminhado atrás dela, não haveria tempo para flechas. Já com uma espada em mãos aproximou-se diminuindo o espaço entre elas. Assim que estava próxima o suficiente para ataca-la, sentiu um cheiro florido que vinha da mulher a sua frente, aquele aroma a envolveu, fazendo com que parasse, hesitou por um momento e foi o que a fez baixar a guarda.

Uma espada cantando a canção da morte veio em sua direção, abaixou-se no mesmo instante, a lamina passou por cima da sua cabeça. Foi pega de surpresa, no entanto o instinto impediu seu fim. Se levantou afastando e tentando entender o que estava acontecendo. A sua frente tinha duas pessoas. O alvo e um homem um pouco mais alto, loiro e forte. Emanava voracidade de um macho territorial. Um guerreiro familiarizado com a morte e protetor. Aquilo irritou profundamente a morena. Cerrou o maxilar. Ódio à primeira vista.

 



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