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História Minha Luz - Romance Lésbico - Capítulo 05


Escrita por: Lyra_Ansatsu

Capítulo 6 - Capítulo 05


Fanfic / Fanfiction Minha Luz - Romance Lésbico - Capítulo 05

Era claro que Emília dominava as trilhas pela floresta. Quando a morena se deu conta já estava em frente uma torre, o edifício foi construído em pedras cinzas, e ficava embaixo de um penhasco. Já na entrada havia pessoas, pareciam esperar alguém. Sua líder pelo visto.

Emília andava na frente liderando a passagem enquanto as pessoas envolta abriam caminho, todos olhavam com curiosidade, encaravam Vidrian, querendo saber quem era a estranha entrando no esconderijo da Força Rebelde com a Líder Rebelde. Em nenhum momento a morena se deixou intimidar, apenas continuou seguindo a mulher a sua frente de cabeça erguida. Na verdade estava se divertindo com toda aquela atenção. Então a outra parou,  Vidrian olhou sobre seu ombro e viu um homem loiro e alto que estava parado no caminho de proposito.

- O que ela faz aqui?! - Indagou apontando o dedo, cheio de indignação, a morena sorriu.

- Por que não vem até mim e descobre?! - ele não pensou duas vezes, foi em sua direção, passando por sua líder, mas Emília fez sua voz presente, o parando.

- Ela esta aqui como um novo membro da Força Rebelde - ele fez menção de retrucar - Já tomei minha decisão - falou decidida, voltando sua caminhada.

Vidrian sorriu desafiadora, debochando do loiro enquanto passando por ele o deixava para trás, que estava vermelho de raiva com os punhos cerrados.

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A morena estava sentada em uma cadeira de madeira, havia uma mesa a sua frente e do outro lado do móvel se encontrava Emília. Assim que entrou no lugar ficou claro que ali era o escritório e quarto da outra, havia uma cortina, que agora estava amarrada nas laterais das paredes, dividia o comodo em dois, do outro lado da cortina tinha uma cama de solteiro, não cabia duas pessoas, mas Vidrian tinha uma idéias para resolver aquele problema. Escutou a outra pigarrear chamando sua atenção, se virou a encarando.

- Pois não? - perguntou fingindo inocência

- Escutou o que eu estava dizendo? - indagou com aqueles olhos brilhando

- Deixa eu ver - cruzou as pernas colocando as mãos sobre os braços da cadeira - A Força Rebelde tem Três divisões. A primeira coleta informações e cria estratégias, a segunda coloca os planos em ação e a terceira distribui os ganhos. Eu farei parte da segunda, o roubo.

- Você não mata mais por dinheiro, as únicas mortes aceitas são aqueles ocorridas nos roubos. Mortes necessárias - ela esperou que a outra a interrompesse antes de continuar - E você mora aqui agora, pode ir a cidade se quiser, mas no final do dia é melhor estar aqui.

- Sim, senhora! - Falou sorrindo, tinha ouvido um dos seus homens a responder assim. Era claro que não confiava nela ainda, e queria a manter o mais perto possível para saber seus passos. Sem problema. 

- Ótimo, entre Kátia - Vidrian olhou sobre o ombro, a porta atrás de si abriu revelando uma linda garota de feições doces e tímidas - mostre o lugar a Vidrian e a leve a seus aposentos.

- Sim, senhora! - respondeu já se virando para a morena - poderia me seguir? - uma pergunta sem malícia

- É claro! É Kátia certo?! Mostre o caminho e eu a seguirei a onde for - falou sorrindo, fazia parte dela, ser galante.

- Parece que você já está se sentindo em casa - Vidrian não via nenhuma emoção aparente.

Kátia caminhou para fora da sala e quando já estava do lado de fora, a morena fechou a porta a trancando-a. Se dirigiu a líder, segurou seu queixo e tomou seus lábios para si, ela não retribuiu, mas não importava, estava no controle, separou seus lábios sorriso.

- Você é a única, não se esqueça disso - sua face estava vermelha, irritada e com vergonha. Houve duas batidas na porta, provavelmente a garota esperando do outro lado.

- Vá! - falou a Líder com o rosto virado para o lado

- Como quiser - saiu sorrindo. Vidrian sabia que Emília não se sentia do mesmo jeito, mas não iria parar com aqueles beijos tão cedo. Eram doces e viciantes de mais.

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Já tinham se passado algumas semanas que estava na Força Rebelde, não foi a cidade, decidiu ficar pela torre, conhecer o local e as possíveis saídas em um momento de fuga, queria ser capaz de entrar e sair sem ser notada, não foi difícil, uma das suas muitas habilidades é checar o perímetro antes de um serviço, reconhecimento, o básico. 

Estava na cantina bebendo, um salão enorme com varias mesas dividas no local com quatro ou deis mesas, as outras mesas estavam lotadas de gente, a sua se encontrava vazia, era manhã, e todos tomavam café, o que não era o caso de Vidrian, ela lia um papel com informações, enquanto tomava seu habitual Whisky em seu cantil. 

- Como você consegue ficar em pé?! - falou um homem alto se juntando a ela na mesa, com uma bandeja cheia de comida, e mostrava um sorriso genuíno. 

- Eu já disse Dakiel, o álcool é minha fonte de energia - disse sorrindo cheia de convicção - E você como não engorda comendo essa quantidade todo dia?! - Ele sorriu divertido. Foi sua unica resposta

Uns dias depois de chegar no que era o esconderijo dos revolucionários, todos sabiam que Vidrian tinha tentado matar Emília, a morena já tinha uma ideia de quem poderia ter cedido essa informação. Então meio que ninguém queria se envolver com ela. Mas isso não importava, a aceitação de estranhos nunca fez diferença na sua vida mesmo. No entanto houve alguém que pareceu não ligar muito para esse fato. Dakiel. Nas primeiras palavras que trocaram ela gostou do moreno, ele era um espirito livre. Era divertido estar com ele, mas não confiava cem por cento, seus olhos estavam mergulhados em um brilho convidativo, o do tipo que atrai a presa e a mata sem que ela perceba.

- Parece que estão tendo um ótimo café da manhã, não é mesmo?! - Licaf se aproximou sentando ao lado de Dakiel de frente para a morena.

- Até que estava, a alguns segundos atrás - Disse Vidrian sorrindo com certo desafio para o loiro.

- Tenho uma missão para você. Quero que colete informações - a morena levantou uma das suas bem feitas sobrancelhas em indagação.

- Pensei que ficaria apenas com a parte do roubo, Emília mudou de ideia?

- Não é uma ordem de Emília, você ainda continua com o roubo, eu estou lhe dando uma segunda ordem - ele interrompeu a assassina com um levantar de mão - sem informação sobre as novas rotas não tem roubo - se levantou - Mas é claro que se você não consegue fazer eu entendo - saiu sorrindo

Um desafio. Trincou o maxilar, um desafio era uma forma de diversão, mas vindo dele tinha um gosto amargo. Virou-se para ele

- Tudo bem, lhe trarei todas as informações que quiser - tinha um sorriso sanguinário desenhando em seus lábios.

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Pulava de telhado em telhado como se fosse um gato, destreza e habilidade nata, quase como se tivesse nascido assim, e não treinado até quase morrer. Usava sua roupagem de um dia normal de trabalho, o preto lhe cobria, o capuz acobertando todo seu rosto, era apenas uma sombra em meio a noite. 

Do outro lado já conseguia ver seu alvo, uma mansão fortemente murada, guardas e claro cachorros. Pulou do telhado da casa para o muro ficando em pé sem cambalear nem um centimétrico. Começou a caminhar pelo muro, como se estivesse desfilando. Olhou para frente, o prédio a alguns metros de distancia. Suspirou. Entrar, pegar as informações e sair sem ser notada, isso era tão fácil que chegava a ser chato, mesmo que ali fosse a morada de um dos lacaios do rei.

Todas as luzes no edifício começaram a se apagar, uma a uma. E então não tinha mais nenhuma luz no local. Estava na hora. Se preparou para pular no solo, começou a correr assim que atingiu o chão, desviando de qualquer obstaculo e eliminado os inimigos persistentes silenciosamente. Puxou o ar para os pulmões e deu inicio a sua missão adentrando a mansão por uma das janelas baixas, a poucos centímetros do chão.

>>><<<

Só tirou o capuz quando se encontrava de frente para a torre dos rebeldes. Respirou fundo. A noite estava fria, dava para ver sua respiração. Ninguém dentro da mansão notou sua presença, o que era ótimo, estava pronta para matar, mas isso apenas chamaria a atenção, a informação que tinha conseguido não valeria de nada. Eles mudariam a rota e teriam que começar de novo. Olhou para o céu, franzindo o cenho. Só teve que se livrar de alguns vigias, os jogando no esgoto subterrâneo da cidade, seus chefes apenas pensariam que fugiram do trabalho. 

- Muitas estrelas...

- Não gosta delas?! - Aquela voz que sempre lhe tirava de seus pensamentos se fez presente, abaixou seu olhar, e ali saindo da torre, vestindo a habitual roupagem de Líder.

- Você não dorme? - perguntou franzindo o cenho e já se aproximando da outra

- Estava esperando o novo espião que Licaf mandou atrás de informações, lhe disse que era perigoso demais e... 

- Preocupada comigo?! - deu mais alguns passos em direção a Emília

- Com você? - sorriu divertida - Um pouco, sempre me preocupo com aqueles que decidem me seguir. E fiquei meio ansiosa para saber se você tinha conseguido alguma informação, mas parece que... - a olhou dos pés a cabeça em busca de algum tipo de trouxa cheia de papeis - você não conseguiu, não é? - ela suspirou, virando de costas

Aquilo de certa forma irritou Vidrian, a outra duvidava de sua capacidade. Não hesitou, pegou a mulher a sua frente pelo braço a puxando, fazendo-a virar para si. E não lhe deu tempo para reação. A beijou. Uma mão em sua cintura colando seus corpos e a outra em sua face evitando que ela afastasse os lábios. Emília tentou resistir ao longo do beijo, pressionando seus braços contra o peito da morena. Embora tenha sido inútil, pois a assassina só a liberou quando o ar fez falta. Tinha um largo sorriso estampado em seu rosto, enquanto a outra estava irritada e envergonhada.

- O-O que você pensa... - a interrompeu tirando a mão de seu rosto, mas deixando a outra ainda em sua cintura

- Toda a informação de que precisa esta aqui - tocou na própria cabeça com o seu dedo indicador - Prepare papel e tinta e eu lhe direi tudo que descobri.

- Isso é verdade? - havia incredulidade em sua voz, seu olhar abaixou por um momento, a morena apertou sua mão na cintura da outra a fazendo lhe encarar.

- Não duvide de mim Emília. Se eu disse que farei algo, então acredite, pois o farei - o olhar de Vidrian era serio, a outra piscou acenando com a cabeça.

- Ok - a olhou sorrindo, um sorriso que ela dirigia a todos, o sorriso de uma líder, que incentiva - Vamos começar então, mas antes poderia... - ela olhou para a mão da morena ainda em sua cintura 

- Poder eu posso, mas não quero - a outra a encarou, aqueles poços de mel, que agora brilhavam como as orbes de um felino, desafiador. A assassina sorriu vencida

- Ta bom - se afastou - livre! Esta feliz agora!? - perguntou com diversão 

- Vou ficar. Quando me der todas as informações que conseguiu - falou se virando, indo em direção a torre, dessa vez Vidrian não a impediu. Colocou os pés para trabalhar e começou a segui-la, com um sorriso brincando em sua boca.

 



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