Até que meu celular tocou. Nos tirando daquele momento íntimo demais.
- Kook? - atendi assim que vi de quem se tratava.
- × Noona, por favor me ajuda. × - sua voz do outro lado da linha estava graça e embasada.
°Continuação°
- como assim Jungkook onde você está? O que você tem? - meu coração começou a palpitar mais rápido e minhas mãos estavam suando. O que está acontecendo com meu Kook?
Ele Não me respondia... o Taehyung em minha frente mantinha uma feição de desentendido.
- Kook? - chamo mais uma vez antes de sair correndo pra fora do estúdio ouvindo o Tae gritar preocupado.
Saio da empresa o mais rápido possível não me importando com alguns paparazzis que ainda estavam lá. Tomei a chave do motorista entrando no carro. Ativei o aplicativo que localiza números cadastrados e busquei no mapa o celular do Jung.
O local é perto a casa dele, o que aconteceu? Será que ele ficou doente? Meu Deus, cuide do meu Kook.
Segui a rota o mais rápido que pude. O trânsito estava me favorecendo e a cada quarteirão mais nervosa eu ficava. Inúmeras coisas passavam em minha cabeça e isso só me afligia.
Cheguei ao que parecia um beco perto de uma rua movimentada, quem sabe um atalho. De longe avistei o que parecia uma pessoa jogada no chão. Corri em direção rezando para que fosse o Jungkook, e que ele estivesse bem.
- Noona... - seu último sussurro antes de desmaiar. Meus olhos estavam embassados por causa das lágrimas mas ainda conseguia enxergar cortes e marcas de agressão em seu rosto. Estava ferido! Suas roupas sujas e abarrotadas mostravam que havia lutado.
Tentei acorda-lo mas falhei, então tive que carrega-lo até o carro que tinha estacionado bem em frente.
Corri para o hospital mais próximo e pedi ajuda aos presentes. Fiz a ficha com todas as informações que tinha dele e fiquei no aguardo para informações de seu estado.
Enquanto isso minha consciência implorava para eu ligar para a mãe dele. Eu deveria ligar? Claro, ela é a mãe. Disquei o número no meu celular e liguei para o fixo da casa, espero que ela esteja.
- ...alô- sua voz se fez presente me permitindo soltar um suspiro.
- sou eu S/n, preciso que venha ao hospital(*****) o Jungkook está aqui. - falo rápido esperando sua resposta mas apenas ouvi um "tá bem" e logo desligou.
Minutos depois e nada do médico nem nenhuma enfermeira me dá alguma informação sobre o estado dele.
Ainda estava aflita e não parava de andar para um lado e para o outro pensando em quem poderia ter feito isso com o Jungkook. Ele não é de encrenca.
- onde está o meu filho? - eu ouvi uma voz cansada e falha.
- ele entrou com alguns médicos á um tempo e até agora não me disseram nada. - respondi a mais velha a reverenciando.
- ele está aqui por sua causa! Desde do que você fez ele ficou estranho, não sente vergonha? - sua voz se alterou e por um momento pensei que pudesse ser por minha causa porém isso tá longe de ser verdade. Eu acho.
- como assim minha culpa? Eu saí da sua casa assim que você me pediu e não quis mais brigar com a senhora na frente do Kook, além de não ter acontecido nada demais entre eu e o Jungkook, tia não...
- não me chame mais de tia! VOCÊ não faz mais parte desta família. Está destruindo o meu Jungkook. - desferiu um tapa no meu rosto antes de me humilhar em voz alta.
Fiquei um tempo processando o que tinha acabado de acontecer. Não vou fazer nada que prejudique o Jung nem que o deixe triste. Então, acho que revidar esse tapa está fora de cogitação.
- sinto muito. - saio daquela ala e vou para o banheiro segurando as lágrimas pelo caminho.
- o que há de errado? - o reflexo não tinha como me responder... porque não há nada de errado nisso.
O que eu fiz não foi um pecado muito menos um crime mas parece que sou a única que pensa assim.
Depois de um tempo consegui controlar as lágrimas insistentes e tomei coragem para voltar para lá, encarar mais uma vez a mulher que tanto admirei e me inspirei e que agora se tornou a que mais me menospreza por algo que não tem sentido.
- alguma notícia?
- ainda n...
- Srta S/n? Você é a acompanhante do jovem Jungkook? - uma enfermeira chamou nossa atenção.
- não mais! Eu sou a mãe dele. O que aconteceu? - apenas abaixo a cabeça, não tenho autoridade quanto a isso.
- Bom... ele ficou muito machucado e foi necessário exames mais detalhados para termos um diagnóstico de seu estado com mais precisão. Seus órgãos não sofreram tanto quanto o temido porém ele passará por um tempo em observação para que não ocorra surpresas como uma emorragia interna. Mesmo com todas essas preocupações ele está bem! É um jovem saudável e forte. - um peso imenso saiu de minhas costas. Que bom que ele está bem, me sinto mais que aliviada mas ainda me sinto desconfortável com ele aqui.
- quando podemos vê-lo? - perguntei nervosa e muito ansiosa.
- você não vai vê-lo! Não posso te expulsar do hospital mas no quarto do meu filho você não entra! - seu tom me intimidou confesso. Não vou me sentir bem de verdade até vê o seu sorriso mas não posso invadir o quarto dele.
- é... ele está dormindo porém você pode entrar. - o desconforto da enfermeira resplandece e minha vergonha só aumenta.
- então vamos! - as duas saíram da sala de espera e eu fiquei aqui, sentada no sofá sem saber o que devo fazer, se devo ficar e esperar por mais notícias ou se devo ir embora para evitar mais conflito.
Controlar a respiração é a única coisa que me deixa bem o suficiente para pensar antes de agir.
[...]
Tempos depois e ela ainda não passou por aqui! Talvez ela fique no quarto dele e isso já me deixa mais segura. Por mais que isso não me permita vê-lo.
Então acho que o melhor a se fazer é ir para casa.
- obrigada querida. - agradeço a garota da recepção pela sua ajuda. Pedi para que fosse informada de qualquer mudança no estado do meu bebê e ela aceitou me ajudar por se tratar de uma fã. Também pedi total sigilo para que isso não vire mais um escândalo na mídia. Não quero expor o Jungkook desse jeito.
Entrei no carro e sai com uma sensação de que estava sendo seguida por alguém. Apenas acelero chegando no meu apartamento em minutos.
[...]
Já é 20 horas e eu não consigo parar quieta. Nenhuma notícia sobre o Jungkook. Estou muito aflita só espero que ele esteja bem.
- já estou indo! - a campanhia tocava freneticamente sem intervalos o que me irrita consideravelmente. - o que você tá fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa?
- onde você estava? Tá tudo uma bagunça e a emprensa está uma loucura depois do vídeo. Desça e leve o carro para a empresa. - disse olhando agora para o motorista que nem percebi que estava com ela.
- que vídeo? Do que você tá falando?
- veja por si mesma. - virou seu celular para mim me permitindo ver a causa de todo esse alvoroço.
Um vídeo meu na sala de espera do hospital levando um tapa da minha... da mãe do Jeon. Droga!
Como isso é possível? Eu fui seguida por um paparazzo desgraçado e nem percebi?
- o que vamos fazer? - pergunto sentando no meu sofá seguida por ela que repete a ação.
- você, nada! Fique aqui e nãoresponda nenhuma mensagem ou e-mail não atenda ligações e não deixe ninguém entrar aqui. Eu vou descobrir um jeito de fazer eles esquecerem esse video.
- como eles sabem que sou eu? - pergunto vendo mais uma vez no vídeo. Estava um pouco embaçado e eu estava de costas para a câmera. Além de ser um vídeo muito curto.
- como assim? Postaram esse video junto com algumas fotos suas saindo da empresa, além de terem tirado foto do carro que você saiu. - ela parou e parecia pensar em algo crucial. - você me deu uma ótima ideia!
- o que vai fazer Irene? - estou morrendo de curiosidade. A Irene sempre tem as melhores ideias e é exatamente disso que estamos precisando.
- entrou no seu Instagram hoje? Postei uma foto do ensaio na sua conta oficial, e coincide exatamente com o horário do vídeo e que ele foi postado. Ou seja! Podemos alegar que não é você no vídeo e ainda dá uma lição nesse papparazi desgraçado.
Como eu disse... ela sempre tem as melhores ideias.
Continua?...
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