Cheguei em casa depois de uns trinta minutos discutindo com a loira que, segundo ela tinha falado antes que percebesse as palavras saindo da sua boca. Não nego que fiquei irritado com a situação, Audrey já teve problema com a sua alimentação no passado, — mesmo seu corpo sendo perfeito e lindo do jeito que é — sempre faço o possível para ela comer bem.
Quando abro a porta do meu quarto, encontro a garota comendo mousse de maracujá que a minha mãe tinha feito mais cedo e assistindo uma animação da disney.
‒ Oi — deito ao seu lado, apoio minha cabeça com o braço e assisto ao filme que passava na televisão.
‒ Oi, como foi com a sua namorada?
‒ Ela não é minha namorada — dou um sorriso irônico — Felizmente. Também é muito provável que depois de hoje, nós nunca vamos ter algo sério ou chegar perto disso — suspiro — Acha que a mamãe odiou ela?
‒ Não, sua mãe não odeia ninguém — balançou a cabeça negativamente e logo em seguida me entregou a travessa com mousse — Por que você está me encarando assim?
‒ Desculpe — suspiro e dou uma colherada no mousse que parece feito por mãos divinas — Eu sinto muito pelo o que ela te disse, você não precisa comer menos, não está gorda e mesmo que estivesse continuaria sendo a garota mais linda da escola — mantenho meus olhos nos seus.
‒ Não precisa se desculpar por um erro que não foi seu. Por incrível que parece eu estou bem e isso não me afetou — deu um sorriso sem mostrar os dentes e deu mais uma colherada no doce.
‒ Audrey — digo em um quase sussurro — Você é a pessoa mais forte que eu conheço e eu espero que eu tenha pelo menos um porcento da coragem que você tem.
‒ Você é mais forte que pensa, Vincent — seus olhos azuis pareciam um mar agitado aquele dia.
‒ Não tanto quanto você, minha estrelinha— chego mais perto, dando um beijo na sua testa e acabo sujando a mesma com o mousse — Opa, tá sujinho — digo entre as risadas.
‒ Ugh. Você me deixou toda melada — ela disse mergulhando o dedo na travessa e passando na minha bochecha como vingança.
‒ Você não fez isso — aponto meu dedo na sua direção.
‒ Quanto drama — revirou seus olhos — Eu limpo.
‒ Acho bom — digo cruzando meus braços acima do peito quando sou surpreendido pela garota que, lambe o mousse da minha bochecha — A-audrey, que porra você acabou de fazer?
Nós continuamos nos encando por mais um tempinho em completo silêncio, confesso que, tinha me arrepiado e um calor instaurado em meu corpo imaginando como seria sua língua em outros lugares do meu corpo.
‒ Ué, não queria que eu limpasse você?
‒ Não dessa forma — reviro meus olhos.
Você já percebeu que nós estamos brigando ou discutindo quase sempre pelos mesmos motivos? - fez um pequeno biquinho nos lábios que, por um milésimo de segundos me fez querer beijá-lo - Desde quando nos tornamos tão implicante um com o outro?
‒ Sinceramente, não tenho a menor ideia — levo a mão no rosto como uma forma de espantar o sono que aumentava cada vez mais — Onde quer chegar com isso? Sempre estou brincando, mas se estiver incomodando você, eu posso parar.
‒ Não me incomoda — mordeu seu lábio inferior e encarou com atenção o colchão pensando em algo.
Por que sua boca parece tão atrativa hoje? Céus, quanta tortura.
‒ Olivie sempre diz que é tesão acumulado — diz quebrando o silêncio.
‒ Como assim?
‒ Acho que você sabe o que eu quis dizer, Vincent — soltou um suspiro — As vezes é divertido, mas não em todo momento — chegou mais perto de mim e segurou minha mão, fazendo um leve carinho nas costas — Entende?
Acho que em anos dá nossa amizade, eu nunca tinha a visto tão inquieta tal como hoje, a forma como ela me olha de soslaio e as vezes abraça e aperta o próprio corpo repetidamente.
‒ Audrey, está tudo bem? — levanto as sobrancelha totalmente confuso com a situação ‒ Aconteceu alguma coisa que você quer me contar? — pouso minha mão livre no seu rosto.
‒ Eu não aguento mais. Nem por mais um segundo.
Antes que eu pudesse responder qualquer coisa para a garota na minha frente, ela colou seus lábios no meu iniciando um beijo, hesitei por um breve momento, mas não demoro para retribuir o beijo que diferente da última vez que nos beijamos esse era cheio de desejo. Coloco minha mão na sua cintura e a puxo para o meu colo que, imediatamente solta um gemido quando aperto a mesma.
‒ Audrey — digo quando nos separamos, porém não me distancio e nem ela ‒ Não quero que se arrependa disso.
‒ Eu não vou — suas mãos pequenas seguram meu rosto e sua atenção foi para o meu pescoço, onde ela começou deu alguns beijinhos despertando meu membro que logo ficaria ereto — A quanto tempo você quer isso? Hm? — diz roçando sua intimidade na minha por cima da roupa.
‒ Desde sempre? - solto um suspiro manhoso.
Ela quer acabar comigo.
Levo minha mão livre para o seu pescoço, dando um leve aperto e a beijo novamente, impulsiono meu quadril com força para cima como se estivesse estocando, adentro minha mão na sua camiseta e aperto seu peito por cima do sutiã.
‒ Eu posso te comer? — fito seus olhos — Por favor, amor.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.