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História Minha vida com você - Festa do pijama pode ser uma coisa máscula


Escrita por: aliendonnie

Notas do Autor


Pena que pouca gente está lendo, eu queria que pudesse conhecer novas diamonds, mas de boa, eu não vou parar de escrever porque eu gostei dela. Boa leitura, Diamonds.

Capítulo 4 - Festa do pijama pode ser uma coisa máscula


Na sexta-feira seguinte àquela da festa, Annabeth e eu resolvemos pegar um no pé do outro, mais do que o normal.

Para começar, na hora que acordamos ela usou a força dela para me colocar para fora do banheiro, eu continuei voltando a entrar dentro do banheiro e ela continuava a me colocar para fora. Então, um momento ela desistiu, creio que ela achou que se começasse a tirar a roupa eu ficaria envergonhado e sairia. Annabeth ameaçou tirar a blusa sem mangas do pijama, eu sentei sobre a pia e fiquei encarando-a esperando que ela tirasse a blusa e a roupa toda.

Annabeth bufou nervosa e saiu do banheiro, irritadinha deixando-o todo para mim e foi para seu próprio quarto.

No café da manhã, Annabeth ficou quietinha sentada à mesa, eu fazia as minhas panquecas deliciosas com amoras e calda tranquilamente, e ela ficava tomando leite. Assim que eu terminei as minhas panquecas e até havia colocado a calda, sentei na mesa e procurei pelo meu garfo, eu achei que tinha pegado um, não tinha nenhum na mesa. De qualquer modo, fui pegar um garfo e ao virar-me de frente para a mesa, Annabeth estava comendo as minhas panquecas com o meu garfo e a minha faca, aquela menina deve ter escondido o meu garfo para roubar as minhas panquecas. Fiquei olhando-a esperando que ela me olhasse de volta, assim que ela o fez, cruzei os braços e fiz cara brava, ela sorriu para mim toda feliz.

– Tá gostoso. – afirmou ela de boca cheia – Você devia provar.

Eu rosnei, peguei a calda de caramelo e meio que ficou tudo vermelho porque ela estava encostando na MINHA PANQUECA COM AMORAS! No segundo seguinte eu estava tentando jogar calda de caramelo em Annabeth, como ela segurava meus pulsos eu joguei um pouco na minha mão. Passei no rosto dela, Annabeth deu um grito raivoso, ia passar de novo, mas ela se esquivou eu acabei espalhando a calda por um pedaço do colo do peito dela, e uma gota da calda desceu pelo meio dos seios dela. Isso foi um pouco tentador, então eu tive que parar com a brincadeira para poder absorver o que eu tinha visto. (- Você é um tarado, senhor Percy.) (- Senhor Percy, é caramelo em calda escorrendo para os peitos de uma garota bonita, eu só tenho dezesseis então eu tenho direitos.) (- Pensando dessa maneira, acho que é perdoável). Annabeth me empurrou e foi correndo em direção às escadas para se limpar.

Eu terminei de comer as panquecas enquanto pensava: O que está acontecendo comigo? Qual é o meu problema? Eu odeio Annabeth, desde que eu era pequeno, e desde que começamos a morar juntos, eu fico parando e observando a beleza dela, que droga! Eu sei que ela é bonita, mas não é nada demais assim, ou é? Eu fico todo bobo imaginando como deve ser o corpo dela e sobre o que é aquela suposta tatuagem que eu vi no quadril dela desde sexta passada quando ela cumpriu a aposta e eu imbecilmente caí no chão com a surpresa. Passar mais tempo com ela está acabando comigo, eu não só fazia piadinhas sobre querer vê-la nua para ela ficar irritada, eu realmente queria vê-la nua. O que está acontecendo comigo?

Enfim, na escola, entrei na sala assim que o sinal bateu e em um momento como esse a sala já estava desmontada, todo mundo já tinha juntado as cadeiras empacando tudo, então para chegar à minha cadeira eu tinha que passar pela cadeira de Annabeth. Ela estava conversando com Thalia, com seus pés descansando sobre a mesa da punk de mechas ainda roxas. Leo estava na minha frente, e para sentar-se no lugar dele, ele também tinha que passar por Annabeth. Para ele, Annabeth tirou os pés, sorriu para ele e ainda o deixou dar um beijinho na bochecha dela, ele fez isso de propósito porque Calypso estava atrás de Annabeth e assim que isso foi feito ela bufou e fez cara feia e Leo riu dela passando em direção do seu lugar.

Na minha vez, ela continuou com as pernas de coxas grossas e durinhas – Eita que merda! – sobre a carteira de Thalia, ela fingiu que eu não estava ali, conversava com Thalia naturalmente.

– Licençinha, Annabeth? – pedi.

Ela me olhou com uma cara que por um segundo eu acabei pensando: Perdi minha meia-irmã para o capiroto. Sério, ela parecia que estava possuída. Acho que Annabeth ficou brava por causa da calda de caramelo, acho que ela ficaria mais nervosa ainda se eu falasse que estava disposto a limpar aquilo tudo, principalmente no colo do peito dela, só que eu limparia lambendo.

Eu peguei os calcanhares dela sem permissão e os levantei, empurrando-a em direção a parede, segurando os pés dela como se fosse aquelas portinhas de balcões. Ela ia reclamar, mas desistiu e então foi a minha vez de dar um beijinho na bochecha dela. Nem sei por que fiz isso, mas eu fiz, a bochecha dela era quente e macia, ela ficou vermelha, acho que de raiva.

Annabeth ficou fingindo que eu não existia pelo resto das aulas. Eu fui ao estacionamento em direção ao meu carro, Annabeth estava parada na porta da escola, ficava olhando para o celular e para o estacionamento várias vezes.

– O que foi, Annabeth? – perguntei.

Ela não me olhou, ficou olhando para o estacionamento.

– Estou esperando a Thalia aparecer. – disse ela.

– A Thalia levou o Luke embora faz uns sete/oito minutos.

Ela me olhou com uma cara do tipo: #NãoCreio #Xocada. Eu tive vontade de rir, mas era meio trágico, a Thalia tinha deixado a Annabeth ali sozinha.

– Eu não acredito que ela fez isso comigo. – disse Annabeth.

– Vem, eu te levo para casa. – disse puxando pelo braço antes dela poder reclamar.

Abri a porta do carro para ela e a coloco no banco e fecho a porta novamente. Ela fica olhando para as próprias mãos enquanto me afasto para entrar do lado do motorista. Annabeth parece chateada, sentia que não era só com a Thalia, era comigo também, mas só por causa da porcaria da calda?

– Annabeth, não precisa ficar triste por causa da Thalia, você sabe como o Luke é, ele deve ter levado ela embora sem deixar ela falar nada. – disse olhando para frente, sem ligar o carro.

– Eu não estou triste porque ela me deixou aqui, eu meio que estava percebendo isso, ela estava demorando muito para aparecer. – disse ela, pelo canto do olho notei que ela ainda olhava para baixo.

– Então é por causa de mim? Por causa da calda hoje de manhã? Você sabe que isso é um pouco bobo da sua parte, não sabe? Foi só uma brincadeira.

– Eu não estou triste por causa disso também…

Olhei-a quando ela virou o rosto para mim, a mão dela veio na direção do meu rosto, eu não sabia o que ela fazer, até ela tocar a mão na minha bochecha esquerda e ir arrastando uma coisa melada e gelada até o lado direito. Ela ria de se acabar da minha cara de tacho. Eu fiquei esperando ela parar, mas ela só conseguia rir até começou a chorar. Olhei no retrovisor, ela tinha passado maionese na minha cara.

– Muito… – comecei a dizer quando ela pausou sua risada, mas logo recomeçou quando ela olhou para a minha cara, ela parou novamente – Muito engraçado. Ha, ha, ha.

– Vem cá, eu limpo isso. – disse ela então soluçou, de dentro da bolsa, usando com cuidado os dedos da mão direita que estavam sujos de maionese pegou vários guardanapos guardados ali, limpou com um deles a mão e usou o resto para limpar meu rosto – Isso parece tão errado, essa coisa branca no seu rosto. – ela riu. Que momento mais feliz para fazer uma piadinha infame.

– Como você planejou tudo isso? – perguntei.

– Bom, eu sei que você não nota um palmo diante da cara a não ser que a pessoa abane a mão…

– Espera! Você tá me chamando de lerdo? – perguntei.

– To. – disse ela rindo – Enfim, eu pedi a ajuda de Thalia para dar o troco, e eu consegui porque eu sou foda. – ela sorriu orgulhosa de si mesma terminando de limpar meu rosto – Prontinho, agora não parece mais tão errado, tá de boa.

– Ótimo, agora vamos para casa.

Eu pus o carro para se mover, às vezes, Annabeth ria, eu acabava rindo com ela. Eu gostava de ouvi-la rir, era bonitinha a risada dela, parecia delicada, comparada aquelas mãozinhas que já me bateram milhares de vezes. Annabeth respirou fundo e tentou parar de rir distraindo-se com o rádio. Ela começou a mexer até que o cara da radio disse que tocaria “Somebody’s Watching Me”, do Rockwell e Michael Jackson, eu não queria falar, mas eu adoro essa música. Se você não ouviu ainda vá ouvir, é muito legal, bem animada e é o Michael, você quer mais o que?

Who's watching
Tell me who's watching
Who's watching me

I'm just an average man with an average life
I work from 9 to 5, hey hell, I pay the price
All I want is to be left alone, in my average home
But why do I always feel
Like I'm in the Twilight Zone? And...

Annabeth estava cantando estava com seus pés no meu porta-luvas balançando eles no ritmo da música. Se divertir sozinha ela não ia. Eu também queria cantar. Então, no refrão, na parte do Michael, a festa começou.

I always feel like somebody's watching me
And I have no privacy, whoa-oa-oa
I always feel like somebody's watching me
Tell me, is it just a dream

A parte mais divertida de se estar com alguém em um carro é quando liga-se o rádio e os dois gostam da mesma música começa-se a cantoria mais animada do mundo. Se alguém visse Annabeth e eu dentro daquele carro cantando desse jeito, acharia que nós éramos amigos de infância, não inimigos de infância. Nós tínhamos uma sintonia muito boa para cantarmos músicas. Quando começou “Bring Me to Life”, da Evanescence, foi mais uma prova que tínhamos sintonia. Nunca andar de carro foi tão divertido. Estava tudo perfeito entre nós e era uma merda, as coisas não funcionavam assim.

Finalmente, chegamos na nossa casa, o radio foi desligado, a felicidade pela cantoria se dissipou e quando ficamos lado a lado para caminhar até a porta da casa, Annabeth disse uma coisa que eu estava pronto para dizer:

– Ninguém vai saber sobre o que aconteceu nesse carro.

– Assim como nunca vão saber do nosso… – pigarreei – da nossa conversa no banheiro naquela festa.

– É bom nem lembrar. – ela fez uma cara de nojo enquanto esperava eu abrir a porta.

– Escuta aqui, mocinha, não faça essa cara que eu sei que se a gente tivesse avançado na nossa… conversa você estaria implorando por mais, toda noite. – sussurrei as duas últimas palavras no ouvido dela.

Ela riu debochando.

– Você é que pensa, peixinho dourado. – disse ela entrado na casa depois de mim.

Encarei-a nervoso. Como ela ousava duvidar da minha masculinidade? Agarrei a cintura dela a trazendo para mais perto. Porra, ela é cheirosa. Dei um beijinho no pescoço dela, ela parecia surpresa, mas não reclamou.

– Você quer tirar a prova, Annabeth? – perguntei desafiadora e sedutoramente.

Annabeth sorriu torto, eu achei que ela ia aceitar o desafio. Ela abriu a boca para falar…

– Annabeth, Percy, são vocês? – era o meu pai. Eu tive que soltar Annabeth rapidamente e respirar fundo para relaxar e não demonstrar a meu pai que estava quase agarrando a Annabeth na porta de casa, eu sou bem parecido com meu pai então ele logo veria que eu tinha feito algo assim, é um droga quando seus pais te entendem tão bem. Ele desceu as escadas sorrindo, o velho Poseidon era bonito como eu, só que eu era mais, porque eu sou o filho e tenho vantagens – Como foi a escola?

– Bem. – eu e Annabeth respondemos a mesma coisa, um depois do outro.

– Deixando essas perguntas idiotas que eu já sei a resposta de lado, eu vim avisar… Vocês dois vão ficar sozinhos com seus amigos hoje, vocês vão ter que cuidar da casa. – eu e Annabeth nos olhamos quando ele disse que nossos amigos viriam, não só os meus. Ele apontou o dedo para nós – Juízo, nada de misturas, nada de toques, ou beijos e essas coisinhas legais que levam a filhos (só se houver camisinhas o suficiente, não falem para Atena essas coisas que eu estou falando com vocês, ela me mata se souber que eu sou um mau exemplo às vezes). – acho que a Atena já sabe que ele é um mau exemplo, tá estampado na cara dele – Não abram a porta para estranhos, eu e Atena voltaremos tarde então estamos confiando que vocês tem maturidade o suficiente para não permitir que alguém saia daqui grávida ou em coma alcoólico. E se caso alguém morrer, quando eu chegar, vocês me chamem, não falem com a Atena, eu ajudo a esconder o corpo e ainda arrumo um álibi para vocês.

Eu já comentei por acaso que tenho o melhor pai do mundo? Se não, comento agora, eu tenho o melhor pai do mundo. Ele ia ajudar a esconder os corpos. Annabeth sorriu maléfica olhando para mim, acho que ela estava pensando “Eu vou matar você, e seu pai vai me ajudar com o corpo”. E acho que meu pai vai mesmo, do jeito que ele é. Ele sorriu para nós.

– Só façam isso e está tudo bem. Tem comida o suficiente na geladeira para todos vocês e deixamos um pouco de dinheiro no quarto da Annabeth para caso vocês queiram comprar pizza, comida chinesa ou vodka… – ele sussurrou a última parte com a mão no lado da boca.

– Poseidon! – Atena também desceu as escadas, com os braços cruzados, reprovando meu pai – Não ensine essas coisas para as crianças.

Meu pai ficou vermelho de vergonha e coçou a nuca, rindo nervosamente.

– É só brincadeira.

Atena não acreditou, se limitou a seguir para a cozinha. Ele nos olhou e foi aí que as coisas foram assimiladas e as perguntas começaram.

– Porque o dinheiro tá no quarto dela? – perguntei apontando para Annabeth com o polegar.

– Porque ela é mais sensata com dinheiro que você. – meu pai respondeu calmamente, nem queria disfarçar, minha boca abriu-se em surpresa – Não me olha assim, você é meio irresponsável com dinheiro e você sabe disso.

Annabeth desfranziu a testa e fez a pergunta mais importante:

– Como assim “seus amigos”? Eu pedi para a minha mãe deixar as minhas amigas dormirem aqui só.

– E eu pedi para você deixar meus amigos dormirem aqui. – disse olhando para meu pai.

– É, vocês dois pediram. E eu e Atena deixamos separadamente, depois que descobrimos que esse “incidente” aconteceu, nós conversamos e percebemos que a casa é grande e achamos que não vai ter problema. – disse meu pai.

– Não tem problema nada desde que vocês usem proteção! Pelo amor de Deus! – gritou Atena lá da cozinha. Eu já comentei que Atena é também a melhor madrasta do mundo? – Querem transformar isso aqui em Woodstock fiquem a vontade, mas nada de gravidez! Todo mundo acaba castrado. – talvez por causa dessa parte, não seja mais tão legal assim. O Percy Junior é muito importante para mim (- É, eu sei, senhor Percy, afinal tem vezes que você passa a noite com ele na mão…) (- CALA BOCA, SENHOR PERCY!).

– Enfim, é pra vocês se divertirem. – disse meu pai então ele se retirou.

Annabeth e eu nos olhamos.

– Não parece uma má ideia. Os nossos amigos se dão bem ao contrário de nós.

Eu queria protestar porque eu sabia que os meus amigos iriam ficar atrás das amigas da Annabeth, mas foi aí que eu percebi. A Annabeth iria fazer uma festinha do pijama com as amigas delas, será que…? Que elas…? Vocês sabem. Será que elas me deixariam assistir? Talvez eu e meus amigos poderíamos revezar para podermos assistir a “festa” delas. Eu dei um sorriso imenso. Annabeth arqueou a sobrancelhas e cruzou os braços.

– O que você está pensando? – perguntou ela. Pelo seu tom de voz, acho que ela pensava que eu pensava em fazer uma orgia.

– Você e suas amigas… – eu ri como um idiota – Festa do pijama… – ri idiotamente novamente – Vocês…

– O que você está pensando, seu tarado? – ela me reprovou com o olhar e depois riu sem conseguir se controlar – Meninos. – murmurou ela sorrindo – Não vai rolar sexo entre nós, Percy.

Meu queixo caiu, eu fiz biquinho achando que eu ia chorar. Minha vida foi uma mentira?

– Em festas do pijama as meninas não fazem sexo umas com as outras? – perguntei surpreso e um pouco triste.

Ela riu.

– Não, imbecil. A gente come bobagem e conversa sobre bobagem até ninguém aguentar mais ficar acordada. E desde que a gente fez quinze, às vezes a gente bebe, mas nem sempre. – contou ela.

É oficial, eu vou chorar.

– Mas… mas… – tentei dizer, desconsolado.

– Você vê pornô demais. Só que se você quiser – disse ela sorrindo com pena de mim –, se houver sexo ou até um beijinho que seja, você vai ser o primeiro que eu contarei.

Eu fiquei todo feliz, fazendo Annabeth rir. Acho que nunca acontecer uma coisa dessas. Não na vida real, droga de mentiras da indústria pornô. Fui enganado por tempo demais, o que mais é mentira? AAHHH, porque mentiram para mim? (- Senhor Percy, pare com o drama.) (- Tá bom, senhor eu-mando-aqui-Percy.) (- Eu sou você esqueceu? Eu mando aqui, senhor Percy.). Ele tem razão.

… ALGUMAS HORAS DEPOIS …

Nossos amigos começaram há chegar meia hora depois que nossos pais saíram. E como eu havia dito, meus amigos ficaram atrás da amigas de Annabeth. Eu e ela fomos pegar as comidas um pouco emburrados por causa daquele mela-mela entre os casais. Annabeth e eu acabamos nos ajudando nesse momento de pegar comidas. Ela era pequena demais para alcançar as bacias de plástico no armário, ficava se esticando como se resolvesse alguma coisa, ela ia acabar querendo se pendurar no armário para pegar as bacias e ia acabar esmagada.

– Deixa que eu pego. – afirmei.

Ela deu um sorrisinho e saiu da frente.

– Eu pego as batatinhas. – disse ela.

Enquanto, eu pegava quatro bacias grandes de plástico transparente do armário, Annabeth foi até o armário do outro lado da cozinha pegar no armário que batia na cintura dela e dessa vez era de tamanho bom para ela não ser esmagada e pegou os quatro sacos de batata chips que tinha ali, aquele treco era tamanho família, mas eu conseguia comer isso sozinho. Ela jogou dois sacos, um depois o outro, para mim e se aproximou da bancada ficando ao meu lado.

Now that I know what I'm without

You can't just leave me

Breathe into me and make me real

Bring me to life

Cantava ela enquanto abria os sacos e jogava um em uma das bacias. Ela tinha uma voz aceitável quando a música em si estava mais alta que a voz dela, e a voz da Amy tampava a voz de Annabeth, porém quando ela cantava sozinha a coisa não era tão alegre assim. Porém o que tem? Ela não estava em um concurso de canto, ela só estava cantando.

Então a mágica que não aconteceu no carro aconteceu ali naquela cozinha, cada um cantou a parte que tinha de cantar, eu cantava a parte do Paul e a Annabeth, a parte da Amy, e o melhor, nem um de nós tinha voz bonita então não houve receios.

(Wake me up)

Wake me up inside

(I can't wake up)

Wake me up inside

(Save me)

Call my name and save me from the dark

(Wake me up)

Bid my blood to run

(I can't wake up)

Before I come undone

(Save me)

Save me from the nothing I've become

Duas vezes a música foi parada para depois voltar a ser cantada com a boca cheia de batatinhas que – por mais estranho que tenha sido – um colocou na boca do outro. Estava até que bem legal as coisas entre nós dois ali. Só que a alegria foi cortada rapidinho. Nós pegamos as bacias e iríamos para nossos respectivos quartos e pela cantoria que não parava íamos continuar até chegarmos lá, porém ao nos viramos na direção da porta da cozinha Thalia estava lá, apoiada na porta e Luke estava atrás dela, os dois sorriam satisfeitos. Eu e Annabeth estagnamos e nenhum dos dois sabia o que dizer.

– Er… – Annabeth tentou dizer.

– Continuem, não se importem conosco. – disse Luke, ainda sorrindo.

– Nós só viemos ver se vocês precisavam de ajuda, mas acho que vocês estão bem quanto a isso. – disse Thalia.

– Porque vocês estão sorrindo assim? – perguntou Annabeth entregando as bacias para Thalia.

– Porque foi bonitinho. – respondeu Thalia sorrindo.

– Só estávamos cantando. – disse entregando as bacias para Luke.

– É. – concordou Annabeth.

Os dois se encararam, sorriram e foram para cima. Eu e Annabeth nos olhamos e depois de uns segundinhos eu voltei a cantar sorrindo e ela fez o mesmo então começamos a pegar as bebidas. O Luke e a Thalia estão loucos. Só porque duas pessoas cantam juntas significa que eles ficarão juntos para sempre? Eu acho que não. Funcionou para a Gabriella e o Troy, mas isso não vem ao caso.

Quando nossos pais saíram, eu e Annabeth acabamos brigando pela sala, porque nós dois queríamos assistir algum filme de terror ali. nossos amigos disseram que nós todos cabíamos na sala e não havia motivos para brigar. O problema é que eles não entendem a essência das brigas que eu tenho com Annabeth, é algo importante e sério, cria equilíbrio no cosmos e no universo.

– Annabeth, Percy, sério, podemos dividir a sala. – afirmou Frank.

– ENTÃO TÁ, DIVIDIREMOS A SALA, JACKSON, TUDO BEM PRA VOCÊ? – perguntou Annabeth gritando.

– TUDO ÓTIMO. VAI SER MELHOR, CHASE. QUE FILME VAMOS ASSISTIR? EU QUERIA VER “SOBRENATURAL”, PODE SER? – perguntei também gritando.

– LÓGICO QUE PODE, EU JÁ ASSISTI.

– É BOM?

– É ÓTIMO.

– ENTÃO VAI SER ESSE!

Nós bufamos e cruzamos os braços.

– Porque vocês estão gritando? – perguntou Frank, impressionante o quanto ele podia ser calmo em qualquer situação.

Eu e Annabeth ficamos tentando responder, porém nada vinha, nós demos os ombros, os nossos amigos encolheram os ombros sem entender qual era o nosso problema também, então a organização para sentarmos começou. Bom, Frank e Hazel ficaram sentadinhos no sofá de frente para a TV. Calypso encostou-se no sofá do lado direito da sala que era ocupado por Thalia e Luke, Luke estava sentado no canto do sofá e Thalia estava jogada sobre ele, as vezes os dois davam um selinho não tão discretamente assim. Eu me sentei com as costas no sofá onde Hazel e Frank estavam e Annabeth ficou do meu lado. Tyson colocou Ella no seu colo e sentou-se ao lado de Calypso segurando a ruivinha nos braços, que já tremia de medo por causa do filme que nem havia começado direito. Leo foi bem safado quanto a escolha do seu lugar, ele olhou para Calypso e deu um sorrisinho.

– A Annabeth tem os peitos maiores, então eu vou sentar apoiado nela, vai ser como ter dois travesseiros nas minhas costas. – comentou ele, Calypso ficou vermelha de ódio, e Annabeth riu, mas estava ligeiramente envergonhada, dava para ver o leve tem rosado nas bochechinhas brancas. E assim foi. Annabeth separou as pernas e Leo sentou-se entre elas ficando com as costas no peito de Annabeth.

O filme realmente era bom, tinha um capiroto infernado com o rosto vermelho e preto chamado de Homem com Fogo na Face, Thalia às vezes dava um saltinho, mas quem gritava era Ella, a coitadinha parecia um filhote de gato ruivo assustado nos braços grandes de Tyson. Hazel às vezes grudava em Frank e o grandão gostava. Já Leo estava apenas fazia Calypso sentir ciúmes, ele passou o filme todo olhando para Calypso e pegava a mão de Annabeth fazendo carinho nela, Annabeth ria e revirava os olhos e fazia Leo largar a sua mão para poder pegar mais pipoca.

Antes do filme acabar, Leo fez a última coisa que poderia ter feito e acabou com a paciência de Calypso, ele deu um beijinho na bochecha de Annabeth olhando o tempo todo para Calypso. Calypso bufou de raiva se levantou e foi atrás de Leo, o elfo saiu do colo de Annabeth rindo e foi se arrastando pelo achao de quatro até levantar-se e correr de Calypso.

– VOLTA AQUI, SEU ELFINHO… FOFO! – acho que esse não foi um bom xingamento.

Nem preciso dizer que os dois sumiram, né? Acho que matando o Leo, a Calypso não estava, afinal, ela havia o chamado de fofo, eles devem estar fazendo as pazes no banheiro.

Depois de o filme ter acabado, as meninas foram para o quarto de Annabeth e os meninos foram para o meu e Calypso e Leo ainda não tinham voltado. Quando eu achei que eu e meus amigos iríamos ficar conversando ou jogando vídeo game na minha TV, percebi que eu não era tão legal quanto um par de peitos.

O primeiro a sair do meu quarto falando que ia buscar água foi o Luke, eu posso afirmar que se uma pessoa vai buscar água por mais de cinco minutos e a garota que ele gosta está na mesma casa que ele, eles foram se agarrar! Depois o Tyson saiu falando que ia no banheiro, e por último o Frank saiu. Haja banheiro nessa casa, pelo que eu saiba tem quatro certinho. Tem um no meu quarto, um no da Annabeth, um no do meu pai e da mãe da Annabeth e um ao lado da escada no primeiro andar.

Só para ter certeza de que não tinha ninguém se catando no meio do corredor, encostei o meu ouvido na porta do banheiro. É, tinha alguém se dando bem lá dentro e eu jurava que era o Leo porque eu ouvi a voz da Calypso dizer: “Porque você trouxe uma chave de fenda?” e a voz do Leo responder: “É por precaução.”. Tomara que ele esteja falando do encanamento ou sei lá… é melhor eu nem explicar porque estou aflito por causa dessa chave de fenda, vocês que entendam.

Ainda bem que o Grover e a Juníper não vieram, acho que eles se agarrariam em cima de uma árvore lá no meio da calçada por causa da falta de banheiros para se esconder.

Então acho que uma festa do pijama pode ser uma coisa máscula, meus amigos estão se agarrando com outras meninas então acho que eu sempre estou certo.

Eu saí do meu quarto indo para a cozinha, ver se comia alguma coisa. Chegando lá encontro a luz acesa e Annabeth sentada à bancada com um pote de sorvete na sua frente, um tubo de chantilly numa mão e uma colher na outra. Ela me olhou e acenou com a mão que estava com a colher.

– Oi. – disse.

– Oi. – disse ela jogando mais chantilly no sorvete – Só nós sobramos de novo… que deprimente.

– É, eu sei. – parei e pensei um pouquinho. Cadê a Piper? Ela não tinha namorado, eu podia usar isso a meu favor e podia tentar algo com ela – Cadê a Piper? Achei que ela viria. – perguntei tentando parecer sem nenhuma segunda intenção.

– Ela está com o Jason, acredita? – Annabeth choramingou.

– Há essa hora? – perguntei – São quase duas da manhã… – foi então que eu entendi, eu sou tão burrinho às vezes, mas sou sempre lindão.

– Eles devem estar nus uma hora dessas e eu aqui engordando. – ela choramingou apontando para o sorvete com chantilly.

– Bom, você já me viu nu, eu quero a minha vez, você pode ficar nua para mim nesse instante e esquecer o sorvete.

– Eu já fiquei nua, se você caiu e não viu direito não é culpa minha. – ela deu uma risadinha lembrando do meu tombo embaraçoso.

– Então vamos fazer assim… você não precisa ficar nua, essa roupa está boa – afirmei olhando o pijama curto e largo que ela usava – e você pode emagrecer dançando no meu colo.

– Virei prostituta agora pra sair dançando no colo dos outros? – perguntou ela indnada.

– Virou agora? Sério?

– Não começa. – mandou ela colocando uma boa colherada de sorvete com chantilly na boca.

Então… a boca dela… estava com chantilly no cantinho… e… ai meu Deus. Respirei fundo tentando não parecer desconcertado.

– Tá sujo aqui. – avisei murmurando.

– Onde? – perguntou ela.

Passei o dedo indicador no canto direito do lábio dela e limpei o chantilly mostrando o dedo para ela. Eu ia tirar o dedo da frente dela e limpá-lo, porém o olhar dela me prendeu. Estava um pouco escurecido e eram tão acinzentados e únicos que foi impossível me mexer. Depois de uns poucos segundos nos encarando, Annabeth entreabriu os lábios e aproximou a boca do meu dedo, cobrindo-o com ela, chupando-o e lambendo o chantilly da ponta antes de soltá-lo.

– Isso é provocação. – afirmei um pouco inquieto.

– Ah é? – perguntou ela com os olhos desafiadores.

Eu não consegui me aguentar, eu estava aproximando meu rosto do dela devagar e Annabeth não estava se afastando, ela continuava parada, apenas olhando com desejo para os meus lábios. E então…


Notas Finais


Continua...

Que conversas mais normais o Percy tem com ele mesmo, não é Diamonds?

Que capitulo grande, Deus do céu. Mas de boas né? Porque vocês gostaram, não gostaram diamonds? Então tá todo mundo com vontade de saber como vai ser o primeiro beijo do Percy e da Annabeth?

Comentem Diamonds e me deixem feliz.

Beijinhos até o próximo capitulo.


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