História Minha Vida em Poesia - Correntinha de Prata

Como a corrente que me foi dada

Sem perceber, meu suor a corrói

Involuntariamente, estrago algo

Importante, e isso me dói

Três palavras me foram ditas

Sinceras, pude perceber

Aquela curta mensagem, embora

Fez meu coração se aquecer

Correspondesse – talvez – um dia

Mas faltava-me coragem para

Assumir, afirmar, concretizar

E o destino só me complicava

Queria, mas quem disse que podia?

Sentia, mas quem disse que demostraria?

Tentei, mas não éramos compatíveis

Eu queria mais e você só – a mim – sorria

Jogo tolo, quem sabe? Perdi

Além de um amigo, um companheiro

Abraços quentes e suas mãos

Seu olhar e seu carinho certeiro

Ah, que saudades destes e de você

Como a correntinha de prata que você me deu

Estraguei tudo, sem nem perceber

Seu amor agora se foi e meu coração ainda não se resolveu

Poderia enfim te dizer  tchau?

Seu rosto triste me diz que te feri

Me culpo sim do que fiz, mas

A nenhum outro posso comparar o que senti

Memórias me vem à tona, são frequentes

Desde do dia em que éramos crianças

Até a tarde de nosso encontro no centro

Mas isso não passam mais de lembranças

Como a corrente que me foi dada

Sem perceber, meu suor a corrói

Involuntariamente, estrago algo

Importante, e isso me dói