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História Miniatura de inspetor. - O silêncio constrangedor no quarto do Jaebeom


Escrita por: BthdUnnieNoona

Capítulo 5 - O silêncio constrangedor no quarto do Jaebeom


Jinyoung nem se preocupava mais em se proteger da chuva, ele se molharia de qualquer jeito. As ruas estavam desertas enquanto a sua silhueta vagava solitária na noite fria e escura. A sua casa parecia estar mais longe do que ele lembrava, o rapaz nem conseguia recordar a última vez que tinha voltado pra casa a pé. 

 Talvez ele estivesse demorando a chegar por não estar andando, mas sim se arrastando pelo percurso. Jinyoung estava cansado em todos os sentidos possíveis e imagináveis da palavra. 

No fim do dia ele se sentia mais sozinho do que nunca. A mãe partiu quando ele ainda era pequeno e o senhor Park não lhe dava muita atenção, às vezes ele se sentia apenas um mero empregado. Jinyoung só tinha dois amigos, mas nos últimos tempos os dois tinham ficado cada vez mais ocupados fazendo sei lá o que. 

 Ele achava que se tornando inspetor as coisas fossem mudar, talvez ele fosse se sentir mais valorizado, realizado ou até mesmo ganhar um pouco de aprovação do pai em algum sentido, mas tudo o que ele conseguiu foi uma carga extra de estresse. 

 Jinyoung estava tão frustrado e perdido em seus pensamentos que nem notou quando uma figura toda emcapuzada foi lentamente se aproximando dele. 

Os olhos do Park saltaram e o seu coração quase saiu pela boca por conta do susto, quando do nada ele sentiu em aperto em seu pulso. 

 "Por que está perambulando por aí desprotegido?" Indagou a voz conhecida. 

Após identificar o sujeito e perceber que estava seguro Jinyoung pôs a mão no peito tentando se acalmar. 

 "Eu te assustei?" Perguntou o culpado se divertindo com a situação.

 "Claro que sim!" Exclamou Jinyoung enquanto empurrava Jaebeom depois de ter se recuperado. 

 "Sua casa ainda está longe, vem comigo!" O mais velho sugeriu quase que impondo. 

 "Como sabe onde eu moro?" Perguntou Jinyoung 

 "Eu te segui uma vez." Jaebeom admitiu casualmente como se fosse algo normal de se fazer "Você vem ou não?" pressionou arqueado uma das sobrancelhas. 

 Jinyoung até chegou a pensar que não era a melhor das ideias ir de noite sozinho pra casa de uma pessoa que abertamente confessou ter seguido ele até onde morava em segredo, mas o adolescente não estava muito afim de continuar o caminho então decidiu arriscar. 

 "Você mora longe?" O mais novo quis saber 

 "Moro ali." Jaebeom respondeu apontando para uma das casas que o Park tinha acabado de passar em frente.

"Eu te vi pela janela." Jinyoung abriu a boca surpreso, mas sem fazer som algum. 

 "Vem!" O mais velho chamou puxando ele pela manga molhada. 

A residência do JB era limpa e organizada, não era muito grande nem com excesso de mobília, mas era aconchegante e armoniosa. Jaebeom continuou puxando o mais novo até chegarem no seu quarto. 

 "Seus pais sairam?" Jinyoung perguntou curioso por conta do vazio, silêncio e escuridão em que o lugar se encontrava quando eles entraram. 

"Eles raramente estão aqui." 

O Lim emprestou roupas limpas e secas para o Park que se sentiu um pouco melhor depois do banho, apesar de estar um pouco tímido por conta da situação. 

 Eles não tinham começado o dia muito bem e Jaebeom tinha ignorado Jinyoung nas últimas horas, isso até o momento em que o viu na rua. O mais novo nunca iria imaginar que o outro estaria disposto a ajudá-lo. 

 Naquele momento ambos estavam sentados na cama do Lim, em silêncio, enquanto que o único barulho que se ouvia era o causado pelo balançar das cortinas. 

 Jaebeom estava com as pernas cruzadas olhando para janela voltando a agnorar a presença do outro, se recusando a dar o primeiro passo para quebrar o gelo. Ele sabia que Jinyoung estava desconfortável, e talvez ele quisesse que o outro se sentisse assim. 

 Jinyoung entrelaça as mãos segurando uma das pernas, a qual ele usa para apoiar o queixo enquanto fita o chão. Tentando buscar palavras para se expressar. 

Ele não queria ser ingrato, mas não conseguia dizer nada, nem mesmo um obrigado. Ele estava nervoso demais e parte de suas energias eram gastas só pra tentar esconder o constrangimento. O seu lábio inferior já estava vermelho sangue de tanto morder. 

 O vento soprava cada vez mais forte na janela anunciando uma tempestade.  



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