História Miracles In December - Cry

Estávamos quase na metade do mês e as coisas estavam indo mais do que bem, eu e Bang estamos desfrutando de um sentimento bom e nos conhecendo cada dia mais, claro eu não toquei no assunto que causou nossa briga mais nenhuma vez e Bang estava mais do que feliz ao meu lado apesar de sempre me tratar como criança, o que estávamos descobrindo juntos era uma coisa só nossa, que ninguém sabia mais já não agüentava mais esconder da minha família, minha vontade era de chegar em casa dizendo a todos o quanto eu estava feliz e como Bang era importante mais Bang disse que ainda era cedo pra isso, que deveríamos esperar, então eu apenas obedeci. Quando senhor Kim não estava vendo Bang aproveitava para roubar alguns selares meus e me chamar de coelhinho baixinho no meu ouvido, eu adorava isso e o chamava só de Baby, que pra mim era fofo e mais bonitinho. Todas as tardes ia pra casa dele jogar e curtir nossos momentos juntos, era tão bom... Bang era o meu presente de natal mais lindo e incrível que ganhei na vida, ele era maravilhoso e acabou cedendo então fomos logo comprar uma linda arvore de natal. Escolhi praticamente tudo, Bang era péssimo pra essas coisas então eu mesmo fiz tudo. Logo a casa de Bang ganhava mais vida e parecia mais feliz, os quadros deprimentes dele logo foram para num quartinho de bagunças e eu fiz ele comprar outros de coisas felizes, o primeiro quadro da casa foi um que eu mesmo tirei do meu quarto e dei a ele, era meu quadro preferido, o desenho era um tomate pequeno, Bang morria de rir do meu quadro mais mesmo assim ele ganhou um lugar especial no melhor lugar da sala, a gente ficava abraçados nos sofá olhando ele enquanto comiamos pipoca com chocolate, algo que ambos adoramos.

-Vem Bang, me ajuda a enfeitar sua arvore.

-Zelo eu já falei sobre isso...

-Vem logo Bang! Sem você eu não termino! –Fiz bico sabendo que com isso ele cederia.

-Isso é jogo sujo, não faz bico Zelo... –Me abraçou por trás beijando meu pescoço.

-Bang... isso faz cócegas... –Resmunguei.

 Mais uma vez influenciado por mim ele cedeu e terminamos, ficou ate bonita a arvore, aquele canto vazio da sala ficou preenchido com ela ali.

...xxx...

 Acabei chegando tarde em minha casa, minha omma estava seria e queria conversar, me mandou subir para meu quarto e assim eu fiz. Ela estava diferente, uma cara nada boa, me sentei na cama esperando que ela começasse.

-Onde você estava Choi?

-É Zelo... –Sussurrei baixo.

-Responda!

-Eu estava com Bang... a senhora sabe que ele é meu amigo e que jogamos vídeo game sempre e...

-Não quero saber, quero que se afaste dele Choi! Não vá mais a casa dele.

-Porque não? –Me exaltei.

-Porque eu te proíbo!

-Sem motivos algum, ele é uma boa pessoa não me faz mal porque devo me afastar?

-Porque eu estou mandado. Fique longe dele.

-você não é assim omma, algo aconteceu... porque não me diz o que é?

-Você é só uma criança Jung Hong... ele esta influenciando você...

-Influenciando? Como omma? Fala? Porque essa implicância com ele?

-Você acha que eu não sei Zelo? Acha que eu não vi? Eu vejo nos seus olhos, eu percebo na sua fala, pena que so percebi tarde demais...

-Do que você tá falando omma?

-Eu vi aquele... eu vi ele te beijando quando passei na frente da loja... –Falou com repulsa com cara de nojo.

-Você viu? –Fiquei surpreso.

-Zelo você vai se afastar dele, vai sair daquela loja e nunca mais ira o ver.

-NÃO! Você não vai faze isso! Eu não vou perder meu trabalho nem meu emprego não é justo, e não vou perder muito menos ele!

-Choi!!! Você vê o que esta falando? Vê que está cego? Ele poluiu sua mente filho, ele te deixou assim. Eu prometo que se você se afastar dele tudo ficara bem, confie em mim.

-Não omma! Você que não entende... eu amo ele... eu jamais vou o abandonar...

-CALA A BOCA JUNG HONG! Você não sabe o que diz... você só está confuso... eu ajudo você...

-Você é minha omma, devia ficar sempre do meu lado... eu achei que você me amava e sempre torceria por minha felicidade... eu me enganei... –Lagrimas começaram a brotar de meus olhos.

-Eu amo você Jung Hong e é por isso que devo abrir seus olhos filho, ele fez a sua mente, te enganou, me deixa te ajudar...

-Sai omma! Eu não quero sua ajuda e não vou me afastar dele! Eu o amo você querendo ou não!

-Se você não se afastar eu denuncio ele por assédio a você! –Ameaçou com a expressão seria.

-Eu não acredito no que estou ouvindo... –Falei me levantando  indo ate meu guarda-roupas.

-Você esta ouvindo Choi, se ele chegar perto de você eu denuncio ele por assedio!

-Só pra você saber eu já tenho 18 anos omma... vai denunciar o que?

-Não faz isso filho... você não é esse tipo de pessoa, você é religioso sabe o que esta escrito na bíblia, acha que essa tipo de gente será perdoado? Ira pro céu? Você não é assim filho você não é...

-GAY! FALA OMMA!!! GAY, POIS É ISSO QUE EU SOU! Sou homossexual sim você querendo ou não, e sim eu sou religioso e sempre vou ser, independente de quem esteja ao meu lado... só Deus deve julgar omma, quem é você pra dizer que ele ou qualquer outro homossexual vai pro inferno? Você é apenas mais uma dessa pessoas preconceituosas... amar não é pecado, só estamos fazendo isso e se eu tiver de ir pro inferno por causa desse sentimento eu vou! Mais sem ele eu não vivo mais!

-PARA CHOI! NÃO FALA ISSO! Você não é essa coisa, você é meu filhinho, meu bebe que eu amo, você não vai fazer isso... –Ambos estávamos chorando.

-Eu jamais vou te perdoar omma... eu prefiro ele do que viver escondendo quem eu sou... eu o amo e nunca vou desistir dele... você querendo ou não.

-ENTÃO VAI EMBORA! SE PREFERE ELE VAI EMBORA E NÃO VOLTA NUNCA MAIS!!! –Falou limpando as lagrimas.

-Se é isso que você quer eu faço, mais não me procura mais omma porque eu morri pra vocês!!! Eu morri.

-Você é a vergonha da família... você não faz parte mais dessa casa... você morreu pra mim Choi Jung Hong! Vai embora. –Sussurrou de costas.

Terminei a mochila que estava fazendo e sai esbarrando nela que estava de costas a mim, não a olhei nem me despedi apenas sai embaixo daquela neve fria e densa que caia, minha visão embaçada so fazia as coisas piorarem, as lagrimas me impedirão de ver meu caminho a frente, me sentei em um banco e chorei, chorei como nunca antes.

...xxx...

“Dia 20 de Dezembro. Faltam apenas cinco dias”

...xxx...

 Acordei com a cabeça doendo e senti meus olhos molhados, deveria estar chorando. Olhei para os lados desconhecendo onde estava, tentei me levantar mais estava fraco, ouvi passos e alguém mexer na porta, era o senhor Kim, estava acompanhado por Baby.

-O-onde eu estou?

-Zelo! –Baby falo vindo ate mim e me abraçou.

--Baby, senhor Kim... o que eu to fazendo aqui?

-ola Choi... eu achei você ontem a noite num banco perto da nossa loja, você dormia então eu te trouxe pra minha casa, você estava com uma mochila deduzi que estava indo embora de sua casa.

-Obrigado... –Sussurrei. –Senhor Kim se importa de nos deixar sozinhos um pouco? –Falei olhando o chão.

-Não, tudo bem. Fiquem a vontade, eu vou trabalhar.

-Obrigado.

-Zelo o que aconteceu?

-Baby me deixa morar com você... cuida de mim... por favor...não tenho mais ninguém... –Chorei o abraçando forte escondendo meu rosto no pescoço dele.

-Claro que sim Zelo... não precisa perguntar... eu cuido de você sempre meu anjo...

-Eu não tenho mais casa, ela me expulsou Baby, ela disse que eu morri...

Bang afagava meu cabelo enquanto eu chorava em seu peito, as palavras da minha omma queimavam como brasa aqui no meu peito, só eu sei como doía e que não passaria tão cedo.

...xxx...

 Bang me levou pra casa dele e no caminho eu ate tentei explicar melhor o que aconteceu mais as lagrimas me impedem de falar então ele disse que era melhor eu me acalmar primeiro e depois falaríamos sobre isso... eu nem sei se terei coragem de dizer a ele que minha omma o ameaçou por minha culpa, por minha culpa ele poderia ser preso se eu fosse menor... não posso imaginar ninguém o machucando, ninguém.

 Bang levou minhas coisas e colocou tudo em seu quarto, me mandou deitar que ele iria preparar chocolate quente pra mim, Baby era mesmo um amor, ele sabia bem como me mimar e me fazer sorrir.

 Fiquei com muito medo de dormir sozinho, fiquei com medo de Baby me deixar ou simplesmente desaparecer então ele que iria dormir no sofá se deitou ao meu lado me abraçando por trás assim eu me sentia mais seguro.

-Zelo você quer me contar o que aconteceu? Hum? –Sussurrou afagando meus cabelos de cachinhos loiros.

-Baby eu... eu estou com vergonha das coisas que ouvi... –Falei chorando baixinho.

-Ei meu amor... ei, ei olhe pra mim... meu anjo... –Ele segurou meu queixo me virando levemente para ele. –eu te amo e sempre vou ficar do seu lado, pode me dizer não vai acontecer nada Zelinho, eu vou te proteger sempre.

-É que... é que ela falou... ela disse coisas tão ruins a respeito de você Baby... ela não podia ter falado aquelas coisas Baby... ela destruiu meu coração... ela é minha omma... –Tentava limpar as lagrimas mais outras novas faziam questão de cair molhando meu rosto novamente.

-Tudo bem Zelo, não me importo com o que ela disse, meu amor por você é mais forte... eu posso superar tudo... quase tudo. –Abaixou a cabeça desfazendo seu belo sorriso.

-Porque quase tudo Baby? Me conta, por favor... –Olhei dentro dos olhos dele querendo mostrar que já estou pronto.

-Tudo bem Zelo... meu garoto esta crescendo não é?! Acho que você merece saber so espero que ainda possa me amar depois de tudo que eu disser... –Sussurrou sorrindo olhando o lençol da cama.

-Eu sempre vou te amar Baby... pode confiar em mim. –Enxuguei minhas lagrimas me sentando na cama o tomando em meu colo, vi que sua expressão de felicidade avia mudado e que aquele assunto iria o fazer derramar lagrimas... lagrimas as quais eu nunca vi antes mais que agora pressinto que verei.

-Era exatamente dia 24 de dezembro, véspera de natal... as luzes brilhavam, a cidade tinha tomado uma forma mágica e lá estava eu... dentro do carro com minha família... estávamos voltando pra casa... eu estava empolgado com o natal...

Continua...